MENSAGEM DA CRUZ

MENSAGEM DA CRUZ
ESPAÇO LITERARIO SOBRE A MENSAGEM DA CRUZ :

sábado, 31 de maio de 2025

A MULHER ENCURVADA: (Lc 13,10-17) ... POR OSWALDO SOUZA ESCRITOR, HISTORIADOR E PESQUISADOR BÍBLICO!!!


¹⁰ E ensinava no sábado, numa das sinagogas. ¹¹ E eis que estava ali uma mulher que tinha um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; e andava curvada, e não podia de modo algum endireitar-se. ¹² E, vendo-a Jesus, chamou-a a si, e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade. ¹³ E pôs as mãos sobre ela, e logo se endireitou, e glorificava a Deus. 

¹⁴ E, tomando a palavra o príncipe da sinagoga, indignado porque Jesus curava no sábado, disse à multidão: Seis dias há em que é mister trabalhar; nestes, pois, vinde para serdes curados, e não no dia de sábado.

¹⁵ respondeu-lhe, porém, o Senhor, e disse: Hipócrita, no sábado não desprende da manjedoura cada um de vós o seu boi, ou jumento, e não o leva a beber? ¹⁶ E não convinha soltar desta prisão, no dia de sábado, esta filha de Abraão, a qual há dezoito anos Satanás tinha presa? Lucas 13:10-16... 

¹⁷ E, dizendo ele isto, todos os seus adversários ficaram envergonhados, e todo o povo se alegrava por todas as coisas gloriosas que eram feitas por ele. Lucas 13:17

E ensinava no sábado, numa das sinagogas. E eis que estava ali uma mulher que tinha um espírito de enfermidade, havia já DEZOITO ANOS; e andava curvada, e não podia de modo algum endireitar-se. E, vendo-a Jesus, a chamou para perto Dele, e disse-lhe: “MULHER ESTÁS LIVRE DA TUA ENFERMIDADE”. E pôs as mãos sobre ela, e logo se endireitou, e glorificava a Deus.

Nos evangelhos, o livro de Lucas é o único que possui a narrativa da cura da mulher encurvada. Jesus estava mais uma vez ministrando na sinagoga e entre a multidão estava uma mulher possessa de um espírito de enfermidade havia já dezoito anos; ela andava encurvada sem de modo algum poder endireitar-se. Vivia debaixo de um governo maligno. 

Sua enfermidade era espiritual e refletia no físico. Suas vértebras se fundiram e era impossível consertar.

Hoje temos obras científicas comprovadas de que as doenças do espírito provocam descargas muito fortes na estrutura física do homem provocando todo tipo de enfermidades. Quem sabe na vida daquela mulher a falta de perdão, ressentimentos, raízes profundas de amarguras, foram as brechas para o inimigo trabalhar e lançar aquela enfermidade.

Durante dezoito anos aquela mulher encurvada estava todas as semanas no templo, ouvindo as pregações, louvando, ofertando e sacrificando, mas sem nenhuma solução para o seu problema. Hoje temos muitos vivendo como essa mulher: Vida pessimista, encurvada, oprimida por cargas e fracassos durante anos. Sempre olhando para baixo sem nunca levantar sua cabeça buscando uma solução que vem do alto de Deus!!!

O versículo 12 nos diz que Jesus viu aquela mulher. As mulheres na sinagoga ocupavam os últimos lugares, elas não adoravam junto com os homens, havia uma cortina que separava, mas Jesus a viu: Chamou-a e liberou uma Palavra de Autoridade contra o espírito de enfermidade que a atormentava... E logo em seguida tocou-a e ela se endireitou e glorificava a Deus.

JESUS CRISTO contemplou nos últimos bancos, na ala das mulheres!!! Sentiu compaixão pela dor daquela mulher, parou tudo, e chamou-a para frente, a ala dos homens, quebrando totalmente o protocolo da tradição e diante de todos libertou-a de todo o tormento.

A vida é muito mais importante do que as tradições e ritos. Quem sabe muitos tem se levantado contra a tua vitória, mas creia que Jesus no momento certo te defenderá diante de tudo e todos, tu serás justificado pelo Bom Mestre. No versículo 6 Jesus afirma que aquela mulher estava cativa e era Filha de Abraão, ou seja, era israelita, filha da promessa, mas o inimigo de Deus a havia escravizado.

Olha meus irmãos, amigos e parente: Jesus é o único capaz de libertar o cativo!!! Talvez você em alguma área da sua vida esteja encurvado. Você não consegue andar corretamente. Aquela mulher não levantava a cabeça, só olhava para o chão. Ninguém conseguia ver sua face, andava escondida, cheia de complexos.

Mas quando Jesus chega, Ele muda tudo. Quando Jesus chega o nosso inimigo tem que se render diante do Seu grande Poder. Quando Jesus chega os inimigos tem que recuar e saírem envergonhados. Meu irmão, minha irmã, este é o seu dia. Este é o seu momento!!! Levante-se, erga a cabeça e tome posse do milagre!!! Jesus está lhe dizendo: “Vocês estão curados. FICA NA SANTA E GLORIOSA PAZ DO SENHOR NOSSO DEUS. AMÉMMMMM”

QUAL A VITORIA QUE VENCE AO MUNDO? A NOSSA FÉ!!!

Deus te abençoe!!!  Oswaldo Souza...


 

QUERES SER CURADO? - João: 5:1-15 (LER): POR OSWALDO DE SOUZA ESCRITOR!!!


INTRODUÇÃO: Logo após a Porta das Ovelhas, havia um tanque chamado Betesda (que significa Casa da Misericórdia), e ali se reunia uma grande multidão. Multidão de enfermos e doentes. Um dia Jesus chegou e viu um dos que ali estavam paralisados há 38 anos, e lhe faz uma pergunta: queres ser curado? Essa pergunta de Jesus pode parecer muito óbvia, mas será que realmente, havia um desejo de cura?

ALGUMAS VERDADES: 1º - A chegada de Jesus naquele lugar era o cumprimento da profecia de Ml.3:1 – O anjo da Aliança quem vem em nosso favor. A Bíblia diz que Jesus sabia da vida daquele homem, e o tempo que ele ali estava. 2º - Às vezes a gente pensa que Deus não se importa com a nossa dor, que Ele não está vendo a nossa aflição, que Ele não está ouvindo nosso clamor. Deus se importa!!! 

Deus está atento a cada dor. Porém, Deus não responde a dor, ao sofrimento, a aflição, não responde as pessoas porque estas possuem problemas, Ele só responde a fé. Está escrito: Se tu creres verá a Glória de Deus” (Jo.11:40). Sinal de que Deus vê a dor e se importa com ela, mas responde à fé. A fé move o sobrenatural.

Se você crer, todo jugo será despedaçado. Se você tiver fé, o dia do seu milagre vai chegar “e pode ser hoje agora”!!!! 3º - Só o primeiro que entrasse no tanque assim que o anjo movesse as águas era curado. Aquele homem viu muitas vezes a água se mover e outro entrar primeiro e receber a benção. 

NÃO DESISTA: Mas ele não desistiu. Por sua perseverança, Jesus chegou. Não sei quanto tempo você está esperando a água se mover, um milagre de Deus na sua vida, mas o MESMO JESUS que andou em Jerusalém, Judéia, Jericó e que esteve ali no Tanque de Betesda, ESTÁ AQUI hoje agora!!!!

4º - Estamos vivendo uma visão de cura. Deus quer nos curar e nos sarar. A palavra “cura” aparece nesse texto oito vezes. Oito na Bíblia é o número da redenção. Então, Deus está interessado em redimir, em salvar. Agora, existe a cura física e a espiritual. 

Aquele homem estava doente fisicamente, 38 anos prostrado numa cama. Jesus sabia disso, assim como sabe a razão e os motivos que nos levam a ficar paralisados por tanto tempo. A pergunta de Jesus foi direto a alma, ao íntimo daquele homem. Ele estava paralítico por causa do pecado.

Tem pessoas que só querem receber cura física, mas não querem ser curados espiritualmente. Jesus quer ir ao centro da sua vida, mudar o quadro por completo, Ele pode mudar sua vida por completo.

5º - tem bênçãos que podem se tornar maldição. Como? Quando a pessoa dá mais valor à benção do que àquele que deu a benção. Bênçãos são temporárias. Princípios são eternos. Pratique os princípios e as bênçãos correrão atrás de você. Seja uma pessoa de aliança de compromisso com Deus.

6º - A pergunta é QUERES ser curado? Você quer mesmo? O problema de muitos permanecerem paralisados é porque não querem a cura, gostam da enfermidade. Não querem mudança, acostumaram-se e acomodaram-se com a realidade. Não sonham, não lutam mais. Estão prostrados emocionalmente, familiarmente, profissionalmente...

Pessoas que querem manter a doença, que amam a enfermidade. Sabem que está matando e destruindo a sua vida, mas estão mantendo a doença. É como o vício, a pessoa sabe que está morrendo, mas mantém o vício porque dá prazer.

7º - Pv.8:36 – (Provérbios 8:36) - Mas o que pecar contra mim violentará a sua própria alma; todos os que me odeiam amam a morte. Todos os que pecam amam a morte, violentam a si mesmos. O pecado é uma violência contra Deus, contra si mesmo, contra a família. O pecado paralisa as pessoas, prostra as pessoas.

A palavra de Jesus foi “Levanta-te”, saia dessa condição tome uma atitude, posicione-se. Deixe prostrado (derrotado o que outrora te prostrava).

CONCLUSÃO: O que você quer? Manter a doença ou ser curado? Não adianta colocar a culpa no outro. Adão colocou a culpa em Eva (a mulher que o Senhor me deu), Eva disse que foi a serpente (a cobra que o Senhor criou). O outro pode até ser um problema, mas o que você fez/faz para mudar essa realidade? 

UMA COISA É SER CURADO, OUTRA COISA É MANTER A CURA. PARA SER CURADO VOCÊ PRECISA:

1. CRER (FÉ): Aquele homem tinha fé. Esperou muito tempo porque tinha fé. Você crê? Porque ele creu, ele teve um milagre mais glorioso ainda, ele recebeu aquele que era maior, Que o tanque de Betesda, o Senhor da Misericórdia, o Anjo da Aliança.  

2. ESPERANÇA (PACIÊNCIA): A esperança gera paciência um dia minha benção vai chegar.  3. PERSEVERANÇA: Perseverança para esperar a chegada do Anjo da Aliança. Ele esperou Jesus chegar, ele sabia que o milagre viria.

JESUS DEU UMA PALAVRA SIMPLES AQUELE HOMEM: Levanta-te, toma teu leito e anda”. A mesma palavra que Jesus diz ao paralítico diz a nós hoje: levante-se, ande, faça a minha obra. É a mesma palavra de cura. É se levantar e agir, tomar uma atitude.

Pegar a situação, o problema, o leito, e decidir não ser mais prostrado e andar, avançar. Jesus mandou o homem andar. Poderia ter dito para ele correr. Mas não falou porque a fé, a vida cristã não é uma carreira de velocidade, mas de perseverança. A visão de Deus é uma visão de perseverança.

Andar é mais importante que correr. Continuar é mais importante do que conquistar. De quê adianta conquistar e não continuar? Jesus encontrou o homem depois no templo. Poderia ter encontrado em qualquer outro lugar. Só existe uma maneira de manter a cura: guardando a santidade. Aquele homem entendeu.

Então Jesus dá uma palavra a ele para que não peque mais para que não lhe sucedesse coisa pior (vs.14). Isso é muito sério. 

Se você não souber se manter na benção quando for abençoado, o inimigo de Deus vem com ira e, em um vacilo, pode destruir a sua vida. Depois que aquele homem viu Jesus, os fariseus perguntaram quem o havia curado, ele disse: foi Jesus. Ele anunciou o nome daquele que faz milagres.

Toda pessoa curada é fiel a Deus, e encontra o seu lugar na Casa de Deus, na comunhão. Todo curado tem autoridade para curar, e se torna instrumento de Deus para levar cura para muitos.

Você pode ser curado. Você pode ser livre. Tudo o que você precisa Deus já proveu para você. A pergunta Dele é: Você quer? Ou você se contenta com essa vida? Tudo depende da fé: se você quer e se você crê. Para ser curado você precisa estar no lugar certo, ter fé, receber a palavra e tomar uma atitude.

Essa é a palavra que Deus está liberando para você hoje Levanta-te, toma o teu leito e anda. Saia dessa prisão. Decida hoje ser livre. Tenha uma atitude de FÉ E toma agora a sua DECISÃO e mergulhe nas águas de Deus, pois o anjo da aliança esta aqui hoje “movendo as águas do Espírito Santo”.

DEUS TE ABENÇOE!!! OSWALDO SOUZA...


 

quinta-feira, 29 de maio de 2025

A CAVERNA DE ELIAS: LIVRO DE NÚMERO 191!!! LIVRO BONUS POR OSWALDO DE SOUZA ESCRITOR, HISTORIADOR E PESQUISADOR BIBLÍCO!!!


A experiência de Elias na caverna está entre as passagens da Bíblia que mais evidenciam a fragilidade humana. Mas o estudo bíblico dessa passagem revela que Deus cumpre sua vontade apesar das limitações do ser humano. Elias na caverna é um lembrete que até os mais fortes podem ser fracos.

Elias foi um dos profetas mais emblemáticos de Israel. Inclusive, no Novo Testamento ele aparece no episódio da transfiguração de Jesus junto de Moisés representando a escola profética da comunidade da aliança.

Além disso, sem dúvida o profeta Elias foi um dos homens da história da humanidade que presenciaram de forma mais extraordinária às claras manifestações do poder de Deus. Ele viu morto ressuscitar pelo poder divino através de seu ministério; viu Deus controlando diretamente a natureza secando a terra e depois mandando chuvas torrenciais; e viu fogo descer do céu da parte do Senhor.

Mas depois de tudo isso ele ainda tentou fazer de uma caverna o seu lar. Elias na caverna é uma prova de que milagres não mantêm ninguém de pé. O que mantém o servo de Deus ativo em seu serviço é a comunhão com o Senhor na obediência à sua Palavra.

Por que Elias se escondeu na caverna? A história de Elias na caverna está registrada em 1 Reis 19. Mas para entendermos o motivo pelo qual o profeta fugiu para a caverna, precisamos retornar ao capítulo anterior. Mas engana-se quem pensa que 1 Reis 18 é um capítulo melancólico que culmina na imagem do fracasso de Elias na caverna no capítulo seguinte. Muito pelo contrário!!!

No capítulo anterior ao episódio da caverna, Elias aparece no auge. Nem de longe ele lembra um homem frágil, amedrontado, com crise de identidade e um discurso vitimista escondido numa caverna.

Em 1 Reis 18 Elias aparece como um homem corajoso para confrontar o rei Acabe; para convocar todo o Israel e os profetas de Baal no monte Carmelo; para desafiar os profetas pagãos e depois matá-los diante da manifestação do poder do Senhor; e para orar por chuva em Israel depois de anos de terrível seca. Por fim, sob a capacitação do Senhor, ele ainda correu por quase quarenta quilômetros do monte Carmelo até Jezreel.

Mas então como um homem assim foi do auge ao fundo do poço? Do monte da vitória para a caverna do desalento? Por que Elias fugiu para a caverna? Talvez Elias estivesse esperando que as demonstrações do poder de Deus no monte Carmelo produzissem quebrantamento em Jezabel e Acabe.

Mas não foi isso que aconteceu. Em vez de arrependimento, a perversa esposa do rei Acabe declarou guerra ao Senhor, e começou por ameaçar o seu porta-voz em Israel, o profeta Elias.

Então diante desse cenário pode ser que Elias tenha julgado ter falhado em sua missão como profeta. De fato, ele se sentiu um fracasso, e quando recebeu a carta de ameaça de Jezabel, fugiu temendo por sua vida. Alguém pode perguntar o porquê de Jezabel ter mandado uma ameaça a Elias ao invés de tê-lo matado prontamente. Muito provavelmente ela fez isso por pura estratégia.

Elias tinha acabado de provar diante de todo o Israel que era um profeta de Deus. Se Jezabel matasse Elias, possivelmente ela enfrentaria o descontentamento do povo. Então parece que o objetivo principal de Jezabel era fazer Elias fugir. Ela preferia um Elias na caverna em vez de um Elias mártir.

Elias a caminho da caverna: A estratégia de Jezabel funcionou e Elias fugiu de Jezreel em direção a Berseba. Nesse ponto a Bíblia não mostra Elias consultando ao Senhor; muito menos se recordando das experiências grandiosas que ele havia tido ao longo de seu ministério.

O Senhor não o havia desamparado em nenhum momento, e também não seria naquela ocasião que Ele iria desampará-lo. Mas Elias desviou os olhos da fé e os colocou sobre as circunstâncias. Seu comportamento foi tão irracional que ele, um homem caracterizado pela coragem, fugiu de um inimigo derrotado.

De Berseba, Elias partiu para o deserto. Ele se assentou debaixo de um arbusto típico de terrenos desérticos e orou a Deus. Mas a oração de Elias foi a expressão de sua desesperança. Em sua oração ele declarou que queria desistir e desejou a morte. Em seguida ele se deitou e dormiu.

Então a Bíblia diz que ele acordou quando um anjo lhe tocou ordenando que ele comesse a refeição que o Senhor havia milagrosamente lhe fornecido. Depois, Elias dormiu novamente até que outra vez foi acordado pelo anjo para, mais uma vez, se alimentar.

Com aquelas duas refeições a Bíblia diz que Elias caminhou quarenta dias e quarenta noites até o Monte Horebe. Aqui vale lembrar que o Monte Horebe é o mesmo Monte Sinai onde Deus se revelou a Moisés. Nesse percurso Elias caminhou quase 400 quilômetros, numa viagem que levou quarenta dias e quarenta noites.

O texto bíblico não explica por que essa viagem demorou tanto, já que esse percurso poderia ser feito num tempo muito menor. Alguns comentaristas enxergam alguns paralelos com os quarenta anos que Israel peregrinou no deserto; com os quarenta dias que Moisés passou na montanha; e com os quarenta dias que Jesus passou no deserto quando foi tentado.

Elias na caverna: Foi quando chegou ao Horebe que Elias entrou numa caverna, onde passou a noite. A situação do profeta era tão complicada que muitos estudiosos acreditam que Elias teve depressão naquele episódio. Ele estava exausto e abatido. Seja como for, ele estava disposto a desistir de seu ministério e até de sua vida.

Mas foi na caverna que Deus falou com Elias. Em vez de repreendê-lo, o Senhor apenas lhe perguntou: “Que fazes aqui, Elias?” (1 Reis 19:9). Isso mostra a forma pessoal, paciente e atenciosa com que Deus trata os seus filhos que passam por momentos de desespero.

No entanto, Elias não respondeu de forma direta a pergunta do Senhor. Na verdade, ele tentou se justificar em sua resposta, mostrando uma mistura de orgulho com pena de si mesmo. Ele alegou ter sido um servo fiel e zeloso pelo Senhor, enquanto os israelitas quebraram a aliança. No fim, ele acabou julgando estar sozinho e sendo perseguido.

Então Deus lhe ordenou que saísse da caverna para o monte e se colocasse perante o Senhor. A Bíblia diz que veio um vento muito forte, mas o Senhor não estava no vento. Depois veio um terremoto que abalou o monte, mas o Senhor não estava no terremoto. Na sequência veio um fogo, mas o Senhor não estava no fogo.

Por último o texto bíblico diz que veio “um ciclo tranquilo e suave” (1 Reis 19:12). Foi então que Elias saiu e se colocou à entrada da caverna. Nesse momento ele ouviu a voz do Senhor. Mas talvez para a surpresa de Elias, o Senhor lhe fez a mesma pergunta anterior: “Que fazes aqui, Elias?” (1 Reis 19:13). Mais uma vez o profeta repetiu a mesma resposta auto piedosa e um tanto quanto egocêntrica.

Deus restaura Elias na caverna: Embora Elias tivesse agido pelas aparências em vez de agir pela fé, Deus o restaurou ao seu serviço. Deus lhe preparou para terminar o seu notável ministério de forma estratégica.

Por isso que na porta da caverna Elias recebeu do Senhor três ordens: 1) ungir Hazael como o novo rei da Síria; 2) ungir Jeú como novo rei de Israel; e 3) ungir o jovem Eliseu como seu sucessor na escola profética de Israel.

Essas três ordens confrontavam o estado deprimente de Elias. O profeta havia fugido com medo da ameaça de uma mulher perversa que era esposa de um rei fraco e reprovado. Mas ele deveria saber que aquele casal só continuaria no poder até quando Deus quisesse.

Deus não apenas controla o trono de Israel, mas controla o trono de todas as nações da terra. Como diz o profeta Daniel, aquele que se assenta no trono do universo é o mesmo que remove reis e estabelece reis (Daniel 2:21). 

A prova disso era que o Senhor não apenas estava levantando o novo rei de Israel, mas também estava instituindo o novo rei da Síria, uma nação pagã. Na verdade Deus haveria de usar os movimentos militares de Hazael e Jeú, e o trabalho profético do jovem agricultor Eliseu, para executar os seus propósitos soberanos.

Tudo isso, inclusive, resultou na completa destruição da casa do rei Acabe. E assim, pela paciente misericórdia do Senhor, o episódio de Elias na caverna terminou com o profeta tratado e restaurado por Deus.

Receber Estudos da Bíblia: O que aprendemos com Elias na caverna? Há algo muito interessante na Escritura. Diferentemente das literaturas que procuram idealizar os seus heróis, a Bíblia não esconde as falhas, erros e as limitações dos homens que foram usados poderosamente pelo Senhor.

Até mesmo a galeria dos heróis da fé em Hebreus destaca a fragilidade dessas pessoas que ficaram conhecidas por sua fé exemplar (Hebreus 11).

Portanto, com o profeta Elias não foi diferente. Tiago escreve que “Elias era um homem semelhante a nós” (Tiago 5:17). É possível que ao escrever essas palavras, Tiago estivesse pensando justamente na história de Elias na caverna. Então há lições a aprender tanto com as vitórias dos homens e mulheres de Deus na Bíblia, quanto com suas derrotas. Portanto, no episódio de Elias na caverna podemos aprender algumas lições importantes.

Elias na caverna nos ensina o quando é doloroso sair da vontade do Senhor: A história de Elias na caverna nos ensina que fora da vontade do Senhor, os corajosos cedem ao medo; os vitoriosos são derrotados; e os fortes fracassam.

Elias era o homem que tinha desafiado centenas de profetas de Baal; que tinha presenciado o que Deus fez no Carmelo; que tinha provado que Deus é Aquele que governa sobre o universo e controla as forças da natureza.

Mas mesmo assim ele foi parar numa caverna assustado, vacilante e desanimado. Quando os servos de Deus saem da vontade de Deus, eles ficam sujeitos a cometer todo tipo de insensatez e a falhar naqueles que são seus pontos mais fortes.

Foi assim com Abraão quando fugiu para o Egito. Faltou fé ao homem que é uma referência de fé na Bíblia, e por isso ele escondeu que Sara era sua esposa (Gênesis 12). A Bíblia diz que Moisés era o mais manso dos homens, mas ele perdeu o privilégio de entrar na Terra Prometida porque lhe faltou a calma (Números 20:1-13; cf. Números 12:3).

Uma característica do rei Davi era sua integridade, mas em seu envolvimento com Bate-Seba lhe faltou ser justamente um homem íntegro (2 Samuel 11-12). O apóstolo Pedro era valente e corajoso, mas lhe faltou coragem quando ele negou a Jesus (Marcos 14:66-72).

Elias na caverna nos ensina que Deus tem sua forma particular de agir. Uma coisa é fato: nem sempre Deus fala o que queremos ouvir; ou age da forma que mais nos agrada. A experiência de Elias na caverna é uma prova disso. O profeta estava desanimado e desesperado.

Então quando finalmente Deus falou com ele, talvez Elias esperasse alguma resposta da parte do Senhor. Em vez disso, primeiro o que Ele ouviu, por duas vezes, foi uma pergunta ao invés de uma resposta.

Quando o Senhor ordenou que ele saísse da caverna, três acontecimentos estrondosos aconteceram: a ventania, o terremoto e o fogo. Mas nenhuma palavra da parte do Senhor veio desses acontecimentos. A palavra do Senhor veio a Elias na calmaria, com uma voz mansa e suave.

Sim, o Deus que é Senhor sobre o vento, os alicerces da terra e o fogo, é o mesmo que também pode se manifestar com suavidade. 

Muitas vezes esperamos por grandes acontecimentos e demonstrações do poder de Deus, quando na verdade Deus pode estar querendo falar conosco através de um ciclo suave e tranquilo. Como diz o comentarista bíblico; os sussurros do Calvário são mais poderosos que o trovão do Sinai para conduzir os homens ao arrependimento.

Então aqui devemos aprender com Elias. Apesar de seu momento de fraqueza, ele teve os ouvidos sensíveis o suficiente para ouvir a voz suave do Senhor. Elias na caverna nos ensina que não podemos nos esconder atrás de justificativas. No lamento de Elias, o profeta tentou se justificar perante Deus. Além disso, ele se apoiou num tipo de auto-piedade.

Primeiro, debaixo do zimbro no deserto, ele orou a Deus pedindo para morrer e disse não ter sido melhor que seus pais. Mas Deus não havia pedido que Elias fosse melhor do que alguém. O propósito de Deus para Elias era que ele cumprisse o serviço para o qual foi chamado. Como todo crente, o que Elias devia fazer era ouvir a Palavra do Senhor e obedecê-la.

Depois, já na caverna, Elias procurou se justificar. Ele alegou ter sido zeloso e fiel ao Senhor, diferentemente dos demais israelitas, e agora ele estava sozinho e ameaçado de morte.

Perceba que num certo aspecto em sua resposta Elias questionou a ação do Senhor, afinal, será que Deus não havia visto que ele tinha sido um servo fiel, que ficou de pé quando os outros caíram? Como Deus teria permitido que o último crente do reino de Israel fosse ameaçado de morte e tivesse que fugir?

Em primeiro lugar: Se Elias tivesse mesmo sido um servo fiel, então o que ele estava fazendo escondido numa caverna a centenas de quilômetros do local onde ele deveria exercer seu ministério? Em segundo lugar, não era verdade que Elias fosse o último crente de Israel.

A graça de Deus havia conservado um remanescente fiel que não se corrompeu com Baal. Em terceiro lugar, Deus não havia abandonado Elias. A prova disso era que pacientemente Deus estava falando com Elias na caverna e escutando o seu desabafo.

Elias na caverna nos ensina que Deus cumpre seu propósito. O retrato de Elias na caverna é uma demonstração clara de como o propósito de Deus prevalece sobre as nossas falhas. 

O Senhor poderia ter deixado Elias entregue ao seu desânimo naquela caverna. Ele poderia ter levantado outra pessoa para o lugar de profeta em Israel, porque ninguém é indispensável perante o Senhor. Mas Deus cumpre o seu propósito através de nós, e apesar de nós.

Então apesar das falhas de Elias, Deus tratou com ele e o restabeleceu ao seu lugar. Onde Elias via motivos para desistir, Deus via motivos para ele voltar ao trabalho. Onde Elias só via solidão pensando estar sozinho, Deus via outros sete mil que foram preservados por Ele e não se dobraram a Baal. Enquanto Elias se lamentava pelo passado e pelo presente de Israel, Deus já estava tratando do futuro de seu povo.

Elias na caverna nos ensina que devemos nos esconder em Deus, não numa caverna: A experiência de Elias na caverna nos serve de exemplo quando estivermos em nossas próprias cavernas.

Muitas vezes somos fracos, volúveis e inconsequentes, mas o Deus Todo-Poderoso é imutável e enxerga além das circunstâncias que nos amedrontam. Como diz o salmista, o Senhor é como um pai que se compadece de seus filhos. Ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó (Salmo 103:13,14).

Deus cuida de nós e nos restaura, a ponto de entendermos que o lugar mais seguro que podemos estar não é dentro de uma caverna, mas dentro de sua vontade. Que possamos sair de nossas cavernas para nos refugiarmos no esconderijo do Altíssimo, onde podemos descansar à sombra do Onipotente (Salmo 91:1).

DEUS TE ABENÇOE!!! OSWALDO DE SOUZA...


 

quarta-feira, 28 de maio de 2025

SOBREVIVENTE DO HOLOCAUSTO MEU PAI: LIVRO DE NÚMERO 190!!! - HISTÓRIA DA MINHA VIDA: LIVRO BONUS POR OSWALDO DE SOUZA ESCRITOR, PESQUISADOR E HISTORIADOR BIBLÍCO!!!


10 LONGOS ANOS INTERNADO NO HOLOCAUSTO BRASILEIRO

Podemos dizer que quando nasci foi como um alento na família Souza, pois meu pai recém-saído do hospital de Barbacena onde viveu por muitos anos (10 ANOS, TRÊS MIL E SEISCENTO DIAS) em um lugar chamado como a: Sucursal do inferno, depósito de lixo humano, porão da loucura.

As expressões são usadas para tentar definir o Hospício de Barbacena, conhecido como Colônia, e dão a dimensão da barbárie cometida no maior sanatório do Brasil, do início do século XX até os anos 80. As crueldades relatadas no livro Holocausto Brasileiro (Geração Editorial, 39,90 reais), porém, vão além...

Lembro quando criança cresci mediante ao grande silencio da família que procurava esconder e não comentar as barbaridades vividas pelo meu pai José Osvaldo de Souza. Conhecido como O MAJOR um homem tranquilo amoroso e com momentos de mudanças de comportamento, entre a calmaria de espirito com uma sanidade estranha. Meu pai tinha um que hoje eu defino como excesso de proteção aos filhos onde ele entrava no quarto com meus irmãos e não deixava ninguém entrar com um extinto de proteção quase a beira de uma loucura...

Minha irmã Zélia contava algumas lembranças do dia que buscaram meu pai que como um criminoso foi amarrado como se fosse um animal e levaram (arrastado) para o hospital conhecido por suas barbaridades!!!

Vivendo por longos 10 anos as torturas aos experimentos de drogas que eram testadas nos pacientes, você me pergunta como em um índice de mortes tão grande seu pai saiu de lá vivo e apto para novamente viver na sociedade? Como apesar das terríveis lembranças não reveladas, ocultas no silencio de um olhar triste e meigo? Um pai amoroso, trabalhador que me cercou de carinho como sobreviveu do chamado holocausto brasileiro? Eu te respondo um milagre que me trouxe a existência onde Deus em sua infinita bondade me deu como presente o melhor pai do mundo...

Relato de alguns fatos do hospital de loucos da cidade de Barbacena: A obra da jornalista mineira Daniela Arbex, que acaba de chegar às livrarias, conta assombrosas histórias de pessoas que morreram ali - foram cerca de 60.000 (sessenta mil mortes) ao longo de oito décadas, segundo o governo estadual, com base nos registros do hospital - ou que sobreviveram em condições desumanas. Inaugurado em 1903, o Colônia foi o primeiro hospício de Minas Gerais, instalado no município a 169 quilômetros da capital, na Serra da Mantiqueira...

Seu funcionamento, no entanto, se assemelhava mais ao de um campo de concentração. Na década de 30, o hospital abrigava 25 vezes mais internos que sua capacidade permitia. Para driblar a superlotação, a direção substituiu camas por capim, que ocupava menos espaço. Por falta de roupas, muitas pessoas circulavam nuas. A comida era escassa e da pior qualidade. Os filhos das internas eram entregues, sem autorização, para adoção por outras famílias. Durante a década de 70, os corpos dos mortos eram vendidos às faculdades de medicina do estado...

“Deus te abençoe e te livre das barbaridades humanas”

OBS: Meu pai viveu entre a sanidade em meio às barbaridades e holocausto e tristezas no porão dos loucos por cerca de; 3650 dias longe da família, jogado e abandonado pela sociedade sofrendo as barbáries e insanidades humanas. Muitas vezes lançados ao exilio e tristezas pelos próprios parentes em busca de roubo dos bens de seus familiares...

HOLOCAUSTO BRASILEIRO: (Em memoria de meu pai) OS DESERDADOS SOCIAL:

Depois de muitos pedidos quero repassar mais uma triste historia da colônia de Barbacena também chamado de holocausto Brasileiro, lugar onde meu pai sobreviveu 10 longos anos, saindo do pavilhão chamado porão do inferno em 1954, em 1955 um ano depois eu nasci sendo criado e educado pelo melhor pai do mundo José Osvaldo de Souza “o Major”...

O TREM DE DOIDO:

A estação Bias Fortes era a última parada dos deserdados social. Vinha no denominado “trem de doido”. Assemelhavam-se aos judeus levados, na Segunda Guerra Mundial, para os campos de concentração. Ao entrarem no “trem de louco”, os passageiros tinham a humanidade confiscada. Homens e mulheres levados ao holocausto da vida sem guerra, sem crime e sem ajuda de ninguém que pudesse ouvir seus gritos de socorro!!!

PRIMEIRO CONSTRANGIMENTO:

Ao desembarcarem no manicômio eram separados por sexo e desprovidos de suas roupas. Esse era o primeiro constrangimento. Depois passavam por um banho coletivo e recebiam o uniforme. Depois, eram separados por pavilhões de acordo com as suas características e capacidade de trabalho.

REBATIZAMENTOS:

Sem documentos, eram rebatizados pelos funcionários. O tratamento não era especializado e havia poucos psiquiatras trabalhando. Postos de trabalho eram trocados por votos dados aos coronéis de Barbacena. O hospital era um grande curral eleitoral.

HISTORIA DE GERALDA:

Umas das mais tristes histórias deste capítulo trágico de uma era de trevas no Brasil, em um lugar onde os Hitlerianos; “discípulos de Hitler” faziam suas vítimas. Oswaldo de Souza...

Geralda Siqueira Santiago Pereira, sessenta e dois anos. Aos quinze anos, ela deu à luz a João dentro do hospital Colônia de Barbacena. Interná-la foi à alternativa encontrada pelo patrão que a estuprara e não queria assumir o filho.

Depois do estupro, logo a gravidez foi descoberta e familiares do patrão começaram a articular uma saída. A mais fácil foi mandar a gestante para longe, para um local onde não pudesse mais sair. Foi levada ao holocausto por duas freiras amigas da família. Na entrada do seu pavilhão já deparou com mulheres nuas pisando descalças no chão coberto de fezes. Este era o seu novo “lar”.

No primeiro dia, mesmo grávida, tomou um eletrochoque para “amansar”. João Bosco nasceu em 21 de outubro de 1966. Dois anos depois, Geralda recebeu alta, mas não pôde levar a criança.

NESTA ESTAÇÃO MEU PAI A MAIS DE 70 ANOS ATRÁS DESEMBARCOU NO CHAMADO TREM DE DOIDO. PARA O LUGAR CHAMADO HOJE PELO NOME DE HOLOCAUSTO BRASILEIRO COM MAIS DE SESSENTA MIL MORTOS ESQUECIDOS POR TODOS INCLUSIVE ALGUNS QUE FORAM EXCLUÍDOS NA MEMÓRIA DE SEUS PARENTES...

ALGUNS RELATOS: ESCULTORA FRANCESA CAMILLE CLAUDEL!!!

Em 1913, a escultora francesa Camille Claudel, 49 anos, foi internada em um manicômio por sua família após uma crise na qual quebrou suas obras. Camille foi diagnosticada com paranoia, apresentava delírios nos quais sentia-se perseguida, achava que seu ex-amante, o escultor Auguste Rodin, roubaria suas esculturas e tinha pensamentos suicidas.

A escultora passou por dois manicômios nos últimos 30 anos de sua vida e somente “libertou-se” do cárcere aos 78 anos, quando, ainda interna, morreu de fome, em 1943, como aconteceu com muitos pacientes por causa da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Assim como a escultora francesa Camile Claudel: 60.000 morreram no Brasil no lugar chamado holocausto brasileiro, morreram inclusive alguns de fome...

RELATO CABO ANTONIO:

Antônio Gomes da Silva, atualmente (na época que o livro foi escrito) com sessenta e oito anos, um dos sobreviventes do hospital. - Ele conta: Recordava-se sempre do início das sessões, quando era segurado pelas mãos e pelos pés para que fosse amarrado ao leito. Os gritos de medo eram calados pela borracha colocada à força entre os lábios, única maneira de garantir que não tivesse a língua cortada durante as descargas elétricas.

O que acontecia após o choque o Cabo não sabia. Perdia a consciência, quando o castigo lhe era aplicado. O colega Antônio da Silva, o Toninho, lembra bem o que acontecia depois que o aparelho era ligado. Ele via os companheiros estrebucharem quase como se os olhos saltassem da face. DE QUEM É A CULPA OU QUEM VAI PAGAR POR ESTE HORROR!!!

As mortes aconteciam por fome, frio, doenças e até por eletrochoques. A alimentação era precária. O aspecto da comida era tão repugnante que o psiquiatra e psicanalista Francisco Paes Barreto ao conhecer o hospital em 1965, quando faria uma pesquisa, perguntou ao cozinheiro: “Ué!!! Vocês criam porcos aqui? Não. Isso aqui é a comida dos pacientes”. Por causa da fome os pacientes comiam ratos e bebiam água do esgoto, que ficava aberto no pátio do hospital, e urina. As crianças internas bebiam leite até vomitarem, no dia que este era servido.

A Colônia também lucrava com a venda de cadáveres para os cursos de Medicina. Entre 1969 e 1980 foram vendidos 1.823 corpos, sem autorização dos familiares das vítimas...

http://www.academia.edu/5835399/Daniela_Arbex_-_Holocausto_Brasileiro_Vida_Genocidio_e_60_Mil_Mortes_no_Maior_Hosp%C3%ADcio_do_Brasil

MEU PAI SOBREVIVEU AO HOLOCAUSTO BRASILEIRO:

10 longos anos internado no holocausto brasileiro!!!

O RESGATE DE UMA HISTORIA: QUEM VAI PAGAR POR ISTO, PELO SOFRIMENTO DE MEU PAI, MINHA MÃE E MEUS IRMÃOS? TREM DE DOIDO: Parte do livro de minha vida que conta a historia de meu pai José Osvaldo de Souza, o Major que viveu por longos dez anos em um lugar chamado a sucursal do inferno ou porão da loucura, que transformou uma síndrome simples em um tormento sem fim.

Momentos da minha historia que transformou meu pai um pacato trabalhador que gostava de criar animais em um louco encarcerado e sendo tratado de maneira sordia e covarde, com experimentos de remédios que trouxe a morte a muitos e torturas com choques elétricos a um homem que o único crime era ser trabalhador e honesto e pai de família exemplar...

Um ano antes de meu nascimento todo aquele sofrimento estava para acabar, uma injeção proposta por um dos médicos caríssima onde minha mãe uma humilde mulher que vivia e criava os filhos com as roupas que eram lavavas e passadas (onde sofreu muitas humilhações), que deu a luz a doze filhos e criou uma sobrinha, minha querida irmã de criação Gení que eu amava muito (falecida em acidente de carro aos 23 anos) aonde dos doze filhos somente seis chegou a sobreviver e alcançar a fase adulta...

Dona Nivalda uma descendente indígena pobre que era na roça colhedora (derriçava café a partir dos seis anos) de café. Humilhou-se pedindo a ajuda financeira a familiares e amigos para pagar aquele experimento que poderia por certo trazer o óbito ao meu querido e amoroso pai, que naquele momento recebeu alta sobrevivendo ao experimento. Agora em casa a uma vida seminormal entre lucidez e devaneios, evidenciava uma grande tristeza que era amenizada, quando ele pegava sua sanfona de oito-baixa e tocava suas músicas preferenciais...

OBS: CRESCI VENDO E OUVINDO MEU PAI QUE TOCAVA COM HARMONIA E GRAÇA MUSICAS COMO SAUDADE DO MATÃO SUA MUSICA PREDILETA!!!

ESTE LIVRO TORNA-SE UMA CARTA DENUNCIA DAS BARBARIDADES: Atendendo há muitos pedidos de amigos e irmãos sobre o caso do manicômio de Barbacena, onde parte de um livro com o título de “holocausto brasileiro”, parte deste livro da autora Daniela Arbex...

Neste livro-reportagem fundamental, a premiada jornalista Daniela Arbex resgata do esquecimento um dos capítulos mais macabros da nossa história: A barbárie e a desumanidade praticada, durante a maior parte do século XX, no maior hospício do Brasil, conhecido por Colônia, situado na cidade mineira de Barbacena. Vou falar sobre o famigerado “trem de doido”...

TREM DE DOIDO: Sem qualquer critério para internação, os deserdados sociais chegavam a Barbacena de trem, vindos de vários cantos do país. Eles abarrotavam os vagões de carga de maneira idêntica aos judeus levados, durante a Segunda Guerra, para os campos de concentração nazista de Auschwitz, na Polônia.

Os considerados loucos desembarcavam nos fundos do hospital, onde os guarda-freios desconectava o último vagão, que ficou conhecido como “trem de doido” (nos anos 40 (1944) em um destes vagões estava meu pai José Osvaldo de Souza conhecido com Major).

A expressão, incorporada ao vocabulário dos mineiros, hoje define algo positivo, mas, na época, marcava o início de uma viagem sem volta ao inferno. Wellerson Durães de Alkmim, 59 anos, membro da Escola Brasileira de Psicanálise e da Associação Mundial de Psicanálise, jamais esqueceu o primeiro dia em que pisou no hospital em 1975. Eu era estudante do Hospital de Neuropsiquiatria Infantil, em Belo Horizonte, quando fui fazer uma visita à Colônia ‘Zoológica’ de Barbacena.

Tinha 23 anos e foi um grande choque encontrar, no meio daquelas pessoas, uma menina de 12 anos atendida no Hospital de Neuropsiquiatria Infantil. Ela estava lá numa cela, e o que me separava dela não eram somente grades. O frio daquele mês de maio cortava sua pele sem agasalho. A metáfora que tenho sobre aquele dia é daqueles ônibus escolares que foram fazer uma visita ao zoológico, só que não era tão divertido, e nem a gente era tão criança assim. Fiquei muito impactado e, na volta, chorei diante do que vi.

Leia a matéria completa em: Holocausto brasileiro: 50 anos sem punição (Hospital Colonia) Barbacena-MG - Geledés

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QUEM VAI PAGAR PELA BARBÁRIE? A cidade de Barbacena ignorou isso por muito tempo, ate tentou apagar esta historia triste de sofrimentos, mortes e torturas, mas o certo é que se faturou muito dinheiro com a indústria da morte.

Hoje se criou o museu da loucura, mas vive fechado para reforma, agora pergunto, reforma? Ou para encobrir uma historia de assassinatos por encomendas? Pois se alguém quisesse ficar livre de uma pessoa sem escrúpulo nenhum eram enviados no chamado trem de doido (que hoje entre os mineiros, esta verdade triste de sofrimentos de famílias virou motivos de piada de botequim, em escarnio sem causa) e esta pessoa de lá não mais saia, pois aquela viagem era sem volta...

MEU PAI FOI UM DOS ABENÇOADOS EM SAIR DAQUELE TERRIVEL LUGAR COM VIDA!!!

Reformar o que? Não se reforma uma historia de vida ceifada da sociedade, de quem é a culpa? Quem vai pagar por isto? Por Oswaldo de Souza...

Holocausto brasileiro: 60 mil morreram em manicômio de Minas Gerais: Hospital Colônia de Barbacena. Crédito: Geração Editorial/divulgação. Foram pelo menos 60 mil mortes no hospício, onde apenas 30% dos “pacientes” tinha diagnóstico de doença mental.

A maioria dos internos fazia parte de minorias excluídas do convívio social, como epiléticos, mendigos, alcoólatras, homossexuais, prostitutas, meninas grávidas violentadas ou que perderam a virgindade antes do casamento. A instituição foi criada em 1903 com 200 leitos, e alcançou a marca de cinco mil pacientes na década de 1960...

NOTA: O hospital foi construído na antiga fazenda da caveira, que pertencia ao conhecido na historia brasileira como o delator dos inconfidentes; Joaquim Silvério dos Reis; como vemos por isto que começou bem mal o campo de concentração no Brasil. Em memoria de meu pai José Osvaldo de Souza o 'MAJOR'...

Muitas pessoas pensam que tudo isto são fantasias e imaginações, vivem em seus jardins floridos que não imaginam e se esquecem que nos jardins floridos da vida tem espinhos e estrumes, sujeiras e sofrimentos, e animais peçonhentos transvestidos de jardineiros, por: Maurílio Oswaldo de Souza; filho do homem que tinha o apelido de Major, O tocador de sanfona oito baixas...

Aqui termino meu relato de uma mancha histórica Brasileira, onde se falava do holocausto dos alemães e ignorava fatos que geraram sofrimentos e tristezas de violência com feridas nas almas que não se sarava. Até hoje lembro por várias vezes que observava meu pai com os olhos brilhando de terror na pequena frase “HOSPITAL”, meu pai era mais um na terrível viagem sem volta do: TREM DE DOIDO!!!

MAS GRAÇAS Á DEUS ELE VOLTOU, A PARTIR DAI EU NASCI E FUI CRIADO PELO MEU GRANDE HEROI. UM HOMEM QUE ME EDUCOU COM UM AMOR IMENSURAVEL (SEM MEDIDA) ... OSWALDO DE SOUZA...

A VELHA SANFONA DE OITO BAIXAS:

Esta vendo aquele homem? Com um olhar triste fixado no horizonte com os lombos encurvados pelo cansaço da vida e lida, andar lento com passos arrastados de quem já sofreu e trabalhou incessantemente pelo pão de cada dia.

Uma voz embargada de taquara rachada, embaçada e rouca que tanto me ensinou o caminho certo a seguir, tantas historias contadas aos longos dos anos onde eu deitava em seu colo com um olhar feliz e deslumbrado com suas estórias de reis e príncipes...

Agora ele pega a velha sanfona e tocava divinamente naquele pequeno e surrado instrumento a velha de oito baixas que expressava às tristezas e amarguras do velho Babaquara. Sua musica preferida chamava-se saudade do matão e o som com harmonia e graça enchia todo o nosso quarto.

Meu olhar de orgulho e admiração mirava naquele rosto cheio de rugas que escrevia em seu face uma vida de lutas e sofrimento, agora o velho sanfoneiro com seus olhos rasos d’água tocava as teclas pequenas do instrumento para contar suas magoas e saudades... E O SOM COM HARMONIA TRAZIA A LEMBRANÇA DE MINHA FALECIDA VÒ FLORIPES COM SUA MUSICA PREFERIDA “SAUDADE DO MATÃO”...

Aquele homem valoroso de mãos calejadas pelo duro trabalho da lida pegava em suas horas de folga os velhos guardas chuvas dos vizinhos para consertar e reformar costurando seus panos (tecidos) com aquela calma que lhe era peculiar, trocava as varetas, reformava os cabos, trocava os gatilhos e as ponteiras (quando estouravam). De repente não mais que de repente ajeitava o seu velho chapéu de couro dos tempos que candeava boi pelas estradas empoeiradas da roça, meu pai saia para o velho carteado com os amigos...

Sentado ao entardecer ao lado do portão de madeiras a sombra da grande trepadeira com seu sombreado, rosto ansioso os olhos de criança voltados para a entrada da rua chamada do meio da fazenda Tapera Alta, de repente surgia aquele homem cansado de mais um dia de labuta carregando seus baldes cheirando a leite. O menino corria com aquelas pernas pequenas ao encontro daqueles braços entre sorrisos de alegria estendia minha pequenina mão e na mesma hora recebia uma pequena moeda trocada por doces e balas. O velho homem estava de volta ao lar...

À noite aquele velho homem ligava seu radio antigo que logo soava o seus sons de violas e cânticos sertanejos embalando a harmonia da família. O velho lampião de querosene era aceso com o peculiar isqueiro de pedra que soltava sua fumaça preta enchendo o cômodo de chão batido com aquele cheiro de óleo.

O silencio enchia a casa começava a radionovela que todos amavam e ao som sonoro do velho radio chiador contava a estória do Jeronimo o herói do sertão com suas lutas contra o crime do valente sertanejo e seu amigo o fiel Saci. Quando terminava o dia a luz do velho lampião era soprada e a escuridão tomava conta do velho casebre de pau a pique... Esta vendo aquele velho homem sanfoneiro com sua velha sanfona de oito baixas na mão? Este homem era meu pai, por: Oswaldo de Souza, escritor, pesquisador e historiador...

LETRA DA MUSICA SAUDADES DE MATÃO; TONICO E TINOCO:

Neste mundo eu choro a dor, Por uma paixão sem fim. Ninguém conhece a razão. Porque eu choro num mundo assim. Quando lá no céu surgir.

Uma peregrina flor. Pois todos devem saber. Que a sorte me tirou foi uma grande dor. Lá no céu, junto a Deus. Em silêncio a minha alma descansa. E na terra, todos cantam.

Eu lamento minha desventura desta pobre dor. Ninguém me diz; Que sofreu tanto assim”... Esta dor que me consome. Não posso viver. Quero morrer. Vou partir pra bem longe daqui. Já que a sorte não quis.

Me fazer feliz. Quando lá no céu surgir. Uma peregrina flor. Pois todos devem saber. Que a sorte me tirou foi uma grande dor...

Quando meu pai tocava e cantava esta música lembrava da perda de minha vó falecida...


PERDAS, PERDAS SOMENTES PERDAS: EM MEMORIA DE MEUS PAIS E IRMÃOS!!!

Perdas, perdas, que dói a alma e machuca o coração. Perdas, perdas que trazem lagrimas que nunca se perdem. Perdas, perdas dor de sentimentos traídos e danos sofridos. Perdas, perdas rancores deixados em espasmos de contratempos. Perdas, perdas rostos apagados revividos em fotos sem vidas.

Perdas, perdas como restaurar como apagar da memoria os que se foram. Perdas, perdas danos de almas entregues e prostradas. Perdas, perdas momentos sem paz, sem descanso em busca de consolo. Perdas, perdas ao longo dos tempos deixados sem alento. Perdas, perdas que serão ganhos ao soar da trombeta.

Perdas, perdas agora esquecida no reencontro da vida. Perdas, perdas lagrimas enxugadas dor apagada. Perdas, perdas que são ganhos eternos na presença do príncipe da paz. Perdas, perdas na alegria no encontrar de novo. Perdas, perdas momentos eternos em um lugar sem perdas, perdas...

SAUDADES DOS MEUS:

Saudades, palavra triste quando se perdeu os que amavam que partiram sem se despedir deixando um enorme vazio no meu coração... Saudades da velha palhoça em que me deitava no velho colchão de palha ouvindo as conversas de minha amada e saudosa mãezinha.

Saudades da minha avó que andava encurvada com suas pernas cansadas e frágeis com o olhar dos seus olhos do mais limpo e puro azul. Saudades de nossa casa de pau a pique com luz de querosene... Palhoça com seu velho rádio que fazia a trilha sonora do nosso casebre transformado em lar. Entre Emilinhas e marlenes velhas cantoras de radio e canções sertanejas do Tonico e Tinoco....

Hoje me sinto meio sozinho, procurando rostos esquecidos pelo passar do tempo. Saudades palavra triste de quem perdeu os seus amados e muitos dizem que o tempo cura. Cura não!!! Mas não vejo minha sanidade quando se trata das lembranças que não conseguem ser apagadas da mente deste velho matuto por natureza.

Que não se envergonha das lagrimas derramadas por lembrar-se dos momentos de harmonia familiar e almoços de domingo com a mesa colocada com macarronadas e carnes cozidas guardadas em uma lata no meio das gorduras dos porcos matados no fundo do quintal sobre as folhas cortadas de bananeiras....

A velha sanfona ainda se faz escutar na voz de batráquios de meu pai, quanta saudade de seu rosto lindo cheio de rugas que escreverem em seu rosto tempos de sofrimentos e privações do velho porão da loucura em Barbacena.

Os olhos negros de minha mãe varrendo a casa de chão batido com seu avental sujo de carvão e lenhas buscadas nos pastos da antiga fazenda Tapera Alta e Chacrinha, trabalhos na lida do rústico fogão de lenha com seu fogo que um dia deixaram marcas em minha pele. Dores não esquecidas do tempo que engatinhava entre lenhas e mobílias rústicas e velhas...

Saudades dos gritos de meus irmãos ao sábado à tarde tomando banho na fria agua do poço no fundo de nosso grande quintal rodeados pelos bichos da casa chamada de pau a pique com cobertura de sape e sua velha chaminé de manilha crua soltando fumaças e saudades...

O velho sabão tirava as sujeiras das lidas no banho de regador e bacia com agua aquecida no fogão de lenha ou não em tempos de necessidades, faltas e sofrimentos, mas se fosse para viver novamente com os meus viveria só para estar com aqueles que hoje só me deixaram a saudade, única lembranças e herança guardadas de suas vidas...

Saudades, palavra triste quando se perde os que amavam que partiram sem se despedir deixando um enorme vazio no meu coração. Saudades de perdas de momentos e dias que se apagam deixando lembranças eternizadas pelas lagrimas que hoje regam meu chão.

Fazendo nascerem às sementes de uma esperança que certamente surgiram brotos e arvores de frutos dos amores não esquecidos que me abandonaram a beira da estrada cruel dos não esquecimentos e dores...

Um dia nos encontraremos novamente e Essa saudade que hoje me faz chorar neste momento, certamente haverá um reencontro onde nossas almas serão puras na felicidade eternizadas pelas misericórdias de Deus.

EM MEMÓRIA DE MEU PAI, OSVALDO DE SOUZA...


DEUS TE ABENÇOE!!! OSWALDO DE SOUZA ESCRITOR...