A
parábola do homem rico tolo (Lucas 12:16-21) - Havia um homem muito rico, que
possuía muitas terras. Centenas de escravos trabalhavam nelas. Grandes e muitas
eram as plantações de trigo. Muito bem preparados eram também os campos em que
os escravos cuidavam da cultura de cereais. As vinhas estendiam-se pela
planície imensa. E os pastos verdes, onde os rebanhos se multiplicavam, iam até
as montanhas distantes...
E
cada vez mais o homem se enriquecia. Exportava os seus produtos para os países
vizinhos. Os mercadores de Tiro, de Sidon, de Esmirna e de Damasco estavam
sempre em sua casa, realizando e combinando grandes negócios. O homem rico
havia mandado construir grandes armazéns para as suas colheitas. Mas, os
celeiros, embora enormes, já eram insuficientes para armazenar os frutos dos
seus campos de cultura. Um dia, ele pensou: “Que farei? Os celeiros já estão
pequenos... Não tenho mais onde recolher tantos frutos...”
E
preocupado com as suas colheitas, cada vez maiores, resolveu derrubar os
celeiros e construir outros muito maiores... Mandou chamar os melhores
construtores do país e foram edificados vários celeiros gigantescos. E o grande
agricultor ficou satisfeito quando contemplou, finalmente, as novas e imensas
construções na sua rica e bem cuidada fazenda. Agora estava tranquilo. Os
celeiros eram enormes e neles caberia toda a produção dos seus campos. Disse
aos amigos, aos construtores e aos servos:
Agora
poderei viver tranquilo muitos anos. Os celeiros podem armazenar todas as
colheitas e tão cedo não será preciso aumentá-los. Posso agora, finalmente,
viver sossegado e pensar somente na exportação dos produtos. E à noite, muito
satisfeito, antes de deitar-se, ao invés de orar, raciocinava e dizia a si
mesmo: “Oh alma! Tens em depósito muitas riquezas, para muitos e muitos anos!!!
Descansa, come, bebe e alegra-te. E o rico deitou-se, muito orgulhoso da sua fortuna, CONFUNDINDO
CORPO E ALMA, tão grande era a sua ignorância das coisas espirituais.
Deitou-se
sem um pensamento para Deus e não buscou a Deus. Só imaginava que poderia,
daquele dia em diante, viver sem preocupações, pois teria riquezas acumuladas
para muitos anos. Assim
pensava o rico, mas, Deus pensava de outra maneira: O rico pensava que era
inteligente, mas, Deus achava que ele era simplesmente um homem sem juízo, um
homem tolo. E nessa mesma noite,
após a inauguração dos celeiros e os pensamentos de orgulho do rico, DEUS
DISSE: Insensato, esta noite a tua alma será chamada; e o que tanto juntaste
para quem será? E sem que ninguém soubesse como, nem a que hora, nessa noite o
rico morreu, sem um gemido e sem uma prece, no seu leito luxuoso.
Os seus planos de tranquilidade para o futuro foram inúteis. Ele não sabia que o futuro pertence somente a Deus. De nada lhe valeram os celeiros recheados de frutos e cereais. Inútil foi juntar tanta riqueza, sem nunca haver pensado em Deus nem nas necessidades do próximo. Morreu sem fé e sem humildade no coração. As suas riquezas de nada lhe valeram na Pátria Espiritual, porque ele nunca as utilizou buscando o Deus das verdadeiras riquezas. O que tem valor na Eternidade ele não possuía, porque nunca havia juntado “TESOUROS NO CÉU”, mas, somente na terra.
Deus te abençoe!!! Maurílio Souza...
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