MENSAGEM DA CRUZ

MENSAGEM DA CRUZ
ESPAÇO LITERARIO SOBRE A MENSAGEM DA CRUZ :

terça-feira, 30 de maio de 2023

A HISTORIA DO ESCRAVO CHICO ITAÚNA O PEDRA PRETA - LIVRO BONUS ON-LINE GRATUITO: POR MAURÍLIO OSWALDO ESCRITOR E HISTORIADOR!!!


O FRANCISCO APELIDADO DE ITAÚNA O PEDRA PRETA PELOS INDIOS DA TRIBO PURIS!!! UMA MISTURA DE FICÇÃO E REALIDADE DA HISTORIA BRASILEIRA!!!

Esta historia aconteceu nos meados de 1870 uns dez anos antes do termino da escravatura no Brasil; No ano de 1888 a escravidão foi abolida através da Lei Áurea, que foi assinada pela princesa Isabel no dia 13 de maio daquele ano. Essa medida beneficiou uma grande quantidade de escravos que ainda existia no país. Contudo, não podemos achar que a escravidão acabou no Brasil do dia para a noite. Entre uma pitada e outra do velho e bom para o Chico cigarro de palha com seu fumo de rolo. Francisco homem velho de idade com rugas da dureza do tempo, cabeça branquinha com suas cãs pichainho; conta sua historia desde os primeiros anos como escravo assim como também de seus avôs vindo da África em navios chamados negreiros:

Os navios negreiros ou navios tumbeiros foram embarcações que fizeram a travessia do Atlântico, transportando mercadorias para troca no continente africano, homens e mulheres do continente africano para as colônias europeias no novo mundo, e produtos como açúcar e café, dentre tantos outros, para o continente europeu. Esse modelo de negócio ficou conhecido como comércio triangular, cuja principal atividade foi o tráfico negreiro, um dos negócios mais lucrativos do mundo da época, enviando cativos que se tornaram escravos para sustentar as produções nas plantações ou explorações do ouro, como foi o caso do Brasil.

O velho Chico começa sua historia às vezes meio triste outras vezes esboçava um leve sorriso naquela boca desdentada e com muitos dentes apodrecidos pelos maus tratos e de mastigar o fumo de rolo; ele conta sua longa historia: O moço Chico jovem escravo fortalecido pela dureza das batalhas do dia a dia, corpo marcado pelos chicotes e amarras dos brancos com seu subjugo nas duras correntes que cortavam os pulsos e calcanhares do pobre mulato que nasceu na senzala e tirado de sua mãe quando tinha quatro anos. Criado pelos duros feitores homens maus e castigadores crescendo entre troncos, cafezais, chicotes e canaviais, com cicatrizes que eram como tatuagens da ignorância dos senhores de engenhos e dos cafezais...

Os avôs de Chico chegaram ao Brasil depois de ficarem por muito tempo nos porões de navios de negros africanos trazidos pelos comerciantes portugueses e vendidos para produção de açúcar chegando homens e mulheres que foram caçados, aprisionados e depois escravizados e judiados pelos homens brancos, agora eu pergunto quem vai pagar por tais atrocidades??? 

Os escravos faziam os trabalhos rudimentares com suas tarefas pesadas e cruéis. Entre senzalas e vendas e leilões animalescos como se os brancos fossem donos do mundo, mas eram apenas homens sem bondade, misericórdia e alma. Homens orgulhosos, soberbos e ignorantes que ignorava que os negros tinham e tem almas, sofrimentos e sentimentos que eram homens e mulheres normais apenas diferenciadas por sua cor, que eram tratados como animais das florestas com semelhança ao homem.

Um dia Chico já um homem forte depois de viver mais de vinte anos subjugados nos troncos: Tronco era o nome dado ao material de tortura e grande humilhação, era constituída de madeira dura como os corações insensíveis dos senhores e feitores; que eram homens contratados pelos senhores de fazenda cuja função principal era vigiar e castigar as duras penas os escravos. O tronco era colocado estrategicamente nos lugares onde podia ser visto por todos nas senzalas a titulo de exemplo... 

Se fossemos medir a ignorância destes homens chegaríamos à insensibilidade zero a desumanidade total. E hoje eu vejo pessoas indignadas e com razão de Hitler e seus castigos hediondos, pessoas que são descendentes insensíveis quanto ao trato de familiares cruéis dos seus bisavôs; feitores e donos de cafezais e cana de açúcar que são seus antepassados que deixaram na família um rastro de maldição quanto as suas atrocidades, mancharam suas riquezas com sangue inocente.

Um dia o escravo Chico estava em mais um dia de sua dura lida trabalhando nos cafezais de seu Manuelino um homem mal de família portuguesa rico de bens e pobre dos bens, subjugado pelo capataz Genésio homem mal contratado a peso de ouro, por causa de sua maldade nos tratamentos dos escravos. Dia comum onde o sofrimento era algo do cotidiano. Genésio sem dó pega com seu chicote e castiga o Bentinho escravo adolescente e visto como rebelde presença assídua nos troncos com seu corpo já marcado... 

Os jovens de hoje tem tatuagens neste tempo de escuridão no Brasil pela dureza da cerviz dos cafeicultores os corpos eram marcados pelos cortes dos chicotes malditos da era colonial ou podemos chamar do período covarde dos senhores das fazendas com seus bigodes nojentos e encardidos pelo fumo e pelas marafas. Bentinho não suportando a dureza das chicotadas desmaia e seu corpo inerte cai completamente desfalecido. Neste momento atroz o escravo Chico pensou; Mataram Bentinho!!!

Em um momento de fúria o moço Chico escravo forte com seus músculos naturais construídos pela labuta do dia a dia no roçado, pega a Genésio pela sua jugular e em um só golpe de seus braços quebrando o pescoço do maldoso capataz. Agora não tem jeito mais; Chico moço valente sai correndo embreando nas matas em uma corrida frenética pela vida. Sem parar para descansar o escravo Chico chega a uma aldeia de índios chamados Os Puris; Era um povo de origem Puri, grupo indígena possivelmente oriundo dos Tupis-Guaranis, que juntamente com os brancos e os negros são responsáveis pela formação do povo de Viçosense. 

As tribos que formavam o triangulo mineiro pertenciam predominantemente ao grupo Jê ou Tapuia. Já na Zona da Mata Mineira havia uma exceção, a origem era Goitacá. Eram eles os croatas e Puris. Sabendo disso e pensando exclusivamente nos Puris, um dos possíveis fatores que justificam sua chegada em Viçosa e região, a partir do século dezesseis, pode ser entendida sua migração para estas terras com o episodio de 1556, lembrado por PANIAGO.

A autora resgata a luta dos franceses, que contaram com a ajuda dos povos Tamoios (que habitavam a região do Paraíba) para se instalarem no Brasil. Nesta batalha os Tamoios foram derrotados e expulsos pelas tropas de Mem de Sá em 20 de janeiro de 1567 e migraram para as terras mineiras onde encontraram os povos Puris que já habitavam a região do Paraíba. Por possuírem uma personalidade pacífica os Puris acabaram sendo obrigados a deixar suas terras. Foi a partir daí que migram para o interior de Minas Gerais, instalando-se primeiramente no Vale do Rio Pomba, onde acabaram sendo expulsos pelos Goitacazes de Muriaé. Em seguida procuraram refúgio nas terras altas da região de Viçosa e no Vale do Piranga.

Os Cropós e Puris possuíam estatura ora baixa, ora mediana e eram de formas robustas, grossos e compactos, portanto, além de espadaúdos. Mediam os homens entre 1,35 m e 1,65 m de altura e as mulheres alcançavam, em média, apenas 1,40 m de altura. O peito se lhes apresentava largo e curto; grosso era-lhes o pescoço. Tinham braços musculosos e redondos, pés estritos atrás e largos na frente e pele de coloração acobreada. Seus cabelos, de negro carregado, apresentavam-se grossos, compridos e abundantes. 

Cultivavam especialmente milho e mandioca. Eram também grandes conhecedores de ervas e sabiam produzir bebidas das mais variadas fontes. Aquela aldeia que era uma das facções dos Puris povo que vivia pacificamente, generosos e hospitaleiros cuidaram do índio Chico que eles já sabiam que era um dos muitos fugitivos dos flagelos cruentos e desumanos dos brancos modernistas e colonizadores das terras indígenas e nas matanças de seu povo.

Ali o jovem escravo negro forte e alto mistura de raça do homem branco dono de cafezais com sua mãe a moça Francisca dado a origem de seu nome Francisco que também era seu sobre nome Francisco de Francisca. Os Puris contaram para Chico a historia dos índios Brasileiros e de kikio: Antes da chegada do europeu, os índios eram os únicos habitantes das Américas. No momento do expansionismo indígena pela América um dos povos se diferenciou desenvolvendo uma língua proto-tupi no sul da Amazônia. Essa língua com o tempo se derivou transformando em várias outras línguas que deram origem a várias etnias indígenas entre elas os Tupis e os Guaranis... Kikiô morreu feliz. Deixando a terra para os dois. Guarani foi pro sul, Tupi pro norte...

Com a migração indígena pelo Brasil e América do Sul os Guaranis se deslocaram para o sul, se fixam principalmente no Paraguai e nos Estados do Sul do Brasil. Já os Tupis se deslocaram principalmente para o norte e nordeste brasileiro. E formaram suas tribos. Cada um em seu lugar. Vez em quando se encontravam. Pelos rios da América. E lutavam juntos contra o branco. Em busca de servidão. E sofreram tantas dores. Acuados no sertão. Tupi entrou no Amazonas. Guarani ainda chama... A luta contra o branco foi algo constante na história do índio, os índios do nordeste se deslocaram para o sertão para fugir do branco e com o passar do tempo tiveram que se deslocar cada vez mais em busca de abrigo. 

Os Guaranis acabaram em reduções jesuíticas (os Jesuítas que matavam índios em nome da religião e achando que era em nome de Deus; OBS: E não era) ou indo trabalhar administrados pelos brancos. Com a falta de mão de obra escrava os guaranis eram caçados pelos bandeirantes (considerados heróis no Brasil, heróis? matadores de índios e caçadores de índios colonizando suas terras tomadas por suas armas cruentas)...

Dizem a lenda que: Kikio na lua cheia. Quer Tupi, quer Guarani. Kikiô na lua cheia. Quer Tupi, quer Guarani. Kikio na lua cheia. Quer Tupi, quer Guarani. Kikiooooooo!!! Podemos entender com esse trecho que Kikio é na verdade o verdadeiro dono dessas terras deixando elas para seus filhos, os índios e grita ate hoje por suas terras e seu povo, seu sangue clama por justiça!!! Com esta historia o escravo foragido Chico entendeu que não foram apenas os escravos, mas também os índios Brasileiros foram subjugados e judiados pelos homens brancos que buscavam servidão. 

Aquela aldeia dos Puris era situada em uma mata fechada onde formaram o grupo Puris do caiapó em um lugar perto da aldeia embrenhadas pelas matas na bocaina de Botafogo que era um Quilombo para onde o escravo Chico Itaúna (Pedra Preta); apelido e nome dado pelos índios do povo indígena Puris. Já totalmente recuperado de sua luta pela liberdade e em busca de uma vida de paz.

Observamos aqui; Dois povos duas marcas uma dos fugitivos; Os escravos a outra expulsa de seus habitares naturais tentam sobreviver de maneira pacifica e harmoniosa o povo de origem indígena e o povo de origem escravos do Quilombo da Bocaina do Botafogo. O Quilombo da bocaina do Botafogo foi de origem da família composta por doze escravos fugitivos que deram origem aqueles grupos de escravos fortalecidos cada dia mais pelos fugitivos que já compunha em sua quantidade de mais de cento e trinta homens e mulheres mais crianças que viviam da caça e das hortaliças e frutas campestres plantadas e cultivadas em meio ao matagal com suas grandes arvores e plantas nativas, aquele lugar era chamado de quilombolas. O município de Botafogo existe ate os nossos dias vista como uma comunidade de origem Quilombeiras.

Quilombo é o nome dado no Brasil aos locais de refúgio dos escravos fugidos de engenhos e fazendas durante o período colonial e imperial. Nesses locais, os escravos passavam a viver em liberdade, criando novas relações sociais com índios e nativos os matutos e ermitões grupo que eram chamados eremitas. Muitos quilombos existiram no Brasil e centenas deles ainda existem, formando o que hoje é chamado também de comunidades quilombolas. 

Os quilombos no Brasil também eram conhecidos como mocambos. Nos demais locais da América onde houve escravidão também ocorreu a formação desses locais de refúgio e vida em liberdade. Na América espanhola, essas comunidades ficaram conhecidas como palenques; na América francesa, o nome era maronage; e na América inglesa eram nomeados como marroom communities.

Os quilombos eram locais de refúgio, mas também de resistência dos escravos contra a escravidão. Neles, os escravos plantavam e realizavam coletas de produtos das matas, como madeira e frutos, além de caçarem e criarem animais. A população dos quilombos era formada tanto por escravos e escravas quanto por indígenas e homens livres, mestiços ou brancos pobres. Houve quilombos grandes e pequenos, alguns com milhares de pessoas, outros com algumas centenas, sendo os pequenos os mais comuns. Nos quilombos os fugidos constituíam famílias, criando uma nova forma de sociedade, na maioria dos casos livre da escravidão. 

Na chegada daquele novo escravo Francisco o Itaúna ou pedra preta, negro forte corajoso e bom de briga e guerra que sabia a arte de se esconder e que corria quilômetros sem se cansar. Chico logo conheceu uma escrava branca de olhos azuis como o céu e cintilante quanto o mar seu nome era Inácia, pois era filha de fazendeiros que viviam de plantação de café e mandioca na confecção de farinhas de mandioca em meio aquela terra hostis com homens maus de um arraial chamado Tabuleiro.

Inácia teve seu nome trocado por, Céu nos olhos por ser uma linda moça companheira e ajudadora de olhos de um puro anil, em todas as tarefas era prestativa  e logo o moço Chico se apaixona por aquela escrava branca de olhos azuis da cor do céu que deu origem ao seu apelido; Vitoria (por causa da lenda indígena da Vitoria Regia). Assim como em outros municípios da Zona da Mata, a região onde se localiza o município de Tabuleiro teve como seus primeiros habitantes índios das tribos Croatos e Cropós e também em suas matas os Puris. 

Na segunda metade do século dezessete, Por volta de 1767, o Padre José Manoel de Jesus Maria inicia o processo de catequese dos índios na então freguesia do Mártir São Manoel dos Rios Pomba e Peixe dos Índios Croatos e Cropós, sendo que 74 anos depois, pela lei provincial de 7 de abril de 1841, foi criado o curato do Senhor Bom Jesus da Cana Verde no local onde hoje funciona a própria sede da prefeitura municipal de Tabuleiro.

Tudo indica que a origem do nome de Tabuleiro remete ao modo como viajantes tropeiros e mascates denominavam a região, pois, quando por ali passavam, eram recebidos pelos moradores vendendo doces, pães, bolos e alimentos diversos em tabuleiros de madeira que eram colocados nas janelas das casas. Em 02 de janeiro de 1866 Tabuleiro é elevado a distrito com o nome de Tabuleiro do Pomba pela Lei Provincial n° 1275 e posteriormente ratificada, já na república, pela Lei Estadual n° 02 de 14 de setembro de 1891. 

Em 1911 é figurada como Vila e em 12 de dezembro de 1953, pela lei n° 1.039 é o primeiro município a emancipar-se política e administrativamente de Rio Pomba. A 1° de janeiro de 1954 é celebrada a sessão solene de instalação do município assim descrita pelo jornal O Imparcial: Naquele lugar moravam os pais de Inácia ate que foram ameaçados e perseguidos por duros cafeicultores em busca de terras para seus plantios e suas ocupações que eram feitas de mortes e violência.

As casas dos colonos eram queimadas e expulsos de suas propriedades e a partir dai se tornavam escravos dos grandes senhores de engenho e cafeicultores com sua força politica e corrupta chegavam com seus matadores de alugueis tomando de maneira covarde e cruel suas propriedades subjugando os que ficavam vivos que eram tratados como escravos brancos. Ali no subjugo dos chicotes cresceu a linda escrava branca Inácia com seus olhos de cor azul da cor do mar. 

Um belo dia ainda adolescente Inácia trabalhava na dura colheita de café. Linda e perseguida pelos patrões e seus filhos por sua beleza, foi atacada em meio ao estradão um caminho escuro cercado por uns matagais e animais. Inácia foi atacada por cinco dos homens do seu Senhor e nesta luta Inácia foi feroz como uma onça, mas em seu corpo jovem e frágil foi subjugada; Pelos malfeitores homens maus e perseguidores.

Ali perto quatro dos índios Puris estavam caçando com suas flechas envenenadas por ervas cujo veneno adormecia os animais que eram levados para servirem de alimentos e seus ossos de adereços e pontas de lança armas usadas na caça e na proteção contra homens perseguidores em busca de terras para plantio. A guerra e as lutas eram constantes entre os senhores dos vilarejos com os índios que viviam de maneira pacifica e ordeira em meio das matas de Bocaina de Botafogo. Foram cinco flechadas certeiras e aqueles animais vestidos de gente, pois assim eram chamados os capatazes, feitores e matadores de alugueis por seus maus por sua origem e piores dos que os animais.

Salvo de seus algozes a adolescente Inácia foi protegida pelos Índios Puris. O chefe daquele grupo de caça foi o moço índio Caipora hábil caçador que não se condoía de matar animais cortando com sua faca feita de ossos os pescoços. Ali estavam agora indefesos os homens capatazes hediondos completamente adormecidos pelo veneno das pontas das flechas, Caiporas da uma ordem matam como o carcará ave de rapina sem dó nem pena e cortando suas jugulares e jogam no rio para serem levados para longe de suas aldeias. E assim foi feito, levaram aquela moça branca e escrava que perdeu seu direito de liberdade pela maldade dos brancos. É levada em proteção para a aldeia próxima ao Quilombo de Bocaina do Botafogo.

Na crença daqueles índios os homens que morriam que não pertencia a tribo deveriam ser jogados nos rios assim fazendo trariam para os índios abundancia de peixes. Isto era orientado pelo Pajé: O pajé era uma figura de extrema importância dentro das tribos indígenas do Brasil. Detentor de muitos conhecimentos e da história da tribo, ele é o indígena mais experiente. Eram os Pajés responsáveis por passar adiante a cultura, história e tradições da tribo. O pajé também possui a função de curandeiro dentro da tribo, pois conhecia diversos rituais e também o poder da cura com ervas e plantas. O pajé também possui a função de líder espiritual da tribo. Ele conhece os meios de entrar em contato com os espíritos e deuses protetores da tribo.

Muitas lendas indígenas eram ensinadas pelos pajés; vamos ver uma delas: A lenda da Vitória Régia, muito conhecida na região Norte do Brasil, surgiu de algumas crenças indígenas da tribo tupi-guarani a respeito dos deuses. E era essa lenda que os pajés contavam para explicar o surgimento da planta Vitória Régia. Há muito tempo atrás, na tribo dos índios tupi-guarani, contavam uma história em que a lua, que era chamada de Jaci pelos índios, era um lindo deus guerreiro e que quando a noite começava Jaci beijava os rostos das mais belas virgens índias da aldeia. Ele as namorava e sempre que se escondia atrás das montanhas escolhia uma moça para levar consigo.  Quando isso acontecia, a moça deixava a sua forma humana e virava uma estrela.

Essa história era contada para todos da tribo, e uma jovem muito bela e guerreira, chamada Naiá, era apaixonada pela lua e queria muito ser levada e transformada em uma estrela. Os anciãos da tribo dela alertava a índia, pois quando uma moça era levada por Jaci e nunca mais voltava: Deixavam de ser humana. Mas Naiá não se importava, o que ela queria mesmo era ser uma estrela a brilhar no céu. 

Todas as noites ela ia à procura da lua, sempre a seguia em todo lugar que estivesse. Fazia cavalgadas pelas montanhas, pelas matas, subia e descia os montes, mas não conseguia alcançar Jaci e nada lhe acontecia. A jovem índia começou a ficar obcecada, parou de comer e de beber, só pensava na lua e em nada mais. Em uma linda e iluminada noite, Naiá parou um pouco sua caminhada e chegou perto de um riacho para descansar e beber um pouco de água.

Ao se aproximar das águas do riacho viu a lua refletida na água, imediatamente a índia achou que Jaci havia descido do céu para encontra-la e sem pensar duas vezes, Naiá se atirou dentro da água de encontro ao seu amado deus. Ela estava tão deslumbrada com seu desejo de ser levada pela lua que depois de pular dentro da água se deu conta que era apenas um reflexo, tentou sair, mas não conseguiu, a índia acabou se afogando dentro das águas e nunca mais foi vista por ninguém. 

Ao ver o que havia ocorrido com Naiá, Jaci, o deus da lua, ficou muito comovido e quis encontrar uma forma de recompensar o sacrifício feito pela bela jovem. Foi então que ele a transformou em uma estrela das águas, essa seria uma estrela única e deferente de todas as outras. A Vitória Régia é uma planta aquática, suas flores são brancas e só se abrem a noite, para serem iluminadas pela lua, exalando um perfume muito agradável.

Voltando a historia da escrava branca salva pelos índios que passou a ser chamada de Vitoria, por causa da lenda da Vitoria Régia, pois ela era branca como a flor da planta aquática que tinha os azuis cintilantes em suas pétalas como o azul dos olhos da moça. Como ela insistia em ser chamada por Inácia; Passou a ser chamada de Vitoria Inácia. Ali entre os índios Puris aquela escrava branca agora tratada com carinho e cuidada pelas índias mais velhas, pois era assim naquela comunidade indígena as mais experientes cuidavam como mães das mais novas. 

Inácia agora escondida e guardada pelos índios Puris passa a viver entre sua nova família a família dos selvagens e fortes contra os inimigos e homens maus, mais benevolentes e protetores dos homens bons os índio Puris da Bocaina. Seu nome Inácia é trocado por açucena agora batizada pelo Pajé da tribo: Que quer dizer branca e singela, a escrava branca e adolescente vive agora livre em meio a sua nova família a Vitoria Inácia ou Açucena.

Assim como na chegada de Chico Itaúna a pedra preta cercada de curiosidades das índias solteiras. Vitoria Inácia a Açucena foi cercada pelos índios jovens e solteiros que nunca viu uma moça tão branca e doce como aquela. O escravo Chico Itaúna negro por natureza fugitivo que vivia ainda com os índios Puris saiu a caça e ensinava aos índios a arte da caça das tribos africanas arte aprendida com seu avô que tinha sido cacique de sua tribo de origem dos Zulu: Zulu é o maior grupo étnico na África do Sul, sendo a sua população de mais ou menos 11 milhões de pessoas   e eram considerados como cidadãos de terceira classe durante o regime do apartheid.

APARTHEID A SEGREGAÇÃO RACIAL NA AFRICA: A Apartheid foi uma política de segregação social ocorrida na África do Sul entre 1948 e 1994, com a ascensão do Partido Nacional, cujo governo foi composto por uma minoria branca. O país foi governado por esta minoria que adotou desde 1948 uma política de segregação racial. Com o fortalecimento do regime entre as décadas de 1960 e 1970, uma forte oposição se fez presente. 

O Partido Nacional tinha como parâmetro as ideias de superioridade racial branca e para manutenção de seu governo e desse sistema investiu em vigilância e repressão constantes. Os casamentos entre brancos e negros eram proibidos e o ato sexual de brancos com não brancos, se descobertos, eram punidos com prisão. Somente brancos atuavam nos cargos diretivos do governo, no parlamento e eram eles os proprietários de terras produtivas. Já aos negros cabia o trabalho como mão de obra barata nas fazendas, nas minas e na indústria.

Além disso, a circulação pelo país era restrita e controlada por diversos documentos de identificação ou passes e salvo-condutos. A burocracia foi uma importante estratégia de controle sobre mulheres e homens negros e sua livre circulação pelo país. Nelson Mandela foi o maior defensor dos negros durante a segregação racial, lutou contra o racismo e ficou preso por 27 anos. A apartheid representou a transformação do racismo em lei na África do Sul - a segregação racial foi legalmente aceita entre 1948 e 1994. 

Os zulus que eram considerados pela apartheid terceira classe das criaturas; São povos que vivem na África, mais especificamente na região da África do Sul, Lesoto, Suazilândia, Zimbábue e Moçambique Atualmente os zulus, tem expansão e poderes políticos restritos, mas no passado, foi uma nação guerreira que resistiu ao máximo à invasão Imperialista Britânica e Bôeres no século XIX.

Eles moram em cabanas, feitas de palhas de árvores próprias das florestas tropicais e em forma circular, sem janelas e facilmente desmontáveis. Na filosofia do povo Zulu; Os homens vivem para a caça e para a guerra. Todos os ensinamentos de caça dos Zulus foram passados para Chico Itaúna que agora passa os costumes milenários das tribos da África antiga. O avô do escravo descendente dos reis Zulus com seu olhar altivo de cacique, embora sendo escravo judiado não perdeu sua dignidade dos chefes das tribos. Com sua voz forte de trovão ensinava os costumes da tribo os Zulus para Chico Itaúna: 

Na tribo Zulu quando um rapaz tinha idade suficiente para passar a guerreiro, era despojado das roupas e, todo o seu corpo, pintado de branco, davam-lhe a seguir um escudo para se proteger e uma azagaia ou pequena lança para matar animais ou inimigos. Soltavam-no então dentro do mato. Quem o visse, ainda enquanto estivesse pintado de branco, deveria caça-lo e mata-lo. E esta tinta branca levava cerca de um mês para desaparecer. Por isso o rapaz era obrigado a ficar no mato durante um mês viver da melhor forma que pudesse.

Durante um mês era está a sua vida, tanto sob um calor ardente quanto sob chuva ou frio. Quando finalmente a pintura branca desaparecia, ele podia regressar à sua aldeia. Era recebido então com grande alegria e permitia-se que tomasse seu lugar entre os jovens guerreiros da tribo. Mas eles não eram enviados nas matas fechadas sem os treinamentos dos caciques que eram exímios guerreiros ali no meio das florestas entre os animais ferozes, o índio tinha que ser o caçador e predador e ao mesmo tempo presa e mais um na cadeia alimentar daquele lugar. Tinha que se proteger e caçar usando as técnicas de caça de se esconder e também lutar pela sobrevivência. 

Chico Itaúna o homem de pedra como era chamado saia para a caça e trazia suas caças para a tribo Puris, e sempre quando chegava à aldeia da Bocaina de Botafogo, tinha festa e o que não faltava no fogo das fogueiras improvisadas eram as carnes dos animais. Quando Chico Itaúna chegou jovem negro e bonito, forte e valente foi recebido com festa e logo apresentado para a escrava branca de olhos azuis e singela, muito bela com seus cabelos claros agora soltos sem os lenços protetores e o grande chapéu de palha que sombreava seu rosto.

O homem de pedra Itaúna abre um sorriso com seus dentes brancos cuidado com ervas e ossos de animais, pois era assim que cuidavam dos dentes e hálitos com plantas dos ensinamentos dos ancestrais: Sem tecnologia, itens tirados da natureza faziam sucesso na busca pelo sorriso perfeito. Antigamente o homem já fazia bochechos com uma mistura de hortelã e água para deixar o hálito mais agradável, portanto naquela tribo o cultivo da hortelã era fundamental para manter o hálito saudável. Alguns povos usavam galhos, folhas de árvores e penas para essa função. 

Outros, pequenas lascas de madeiras entendidas como palitos e há até os que usavam as próprias mãos para fazer a higienização bucal com plantas que criavam em suas resinas espumas amargas mais eficazes na limpeza bucal. Ao ver aquele sorriso bonito e simpático daquele grande e forte ébano, pois Chico Itaúna destaca-se por sua altura com quase dois metro de altura e seus ombros largos e fortes que parecia ter muito mais de dois metros em sua altura.

Vitoria Inácia; a Açucena nome dado pelo Pajé por sua pele branca e singela ficou encantada e seu pequeno coração de moça nova nunca tinha batido tão forte, parecia que ia saltar de seus lábios rosas por natureza. Não podia negar; alguma coisa aconteceu com ela a partir daquele momento sentiu que estava diante do homem de sua vida, e olha que aquilo não era algo comum como nos dias hoje. Quando as jovens se apaixonavam era única sua paixão. Itaúna agora suado pelas caçadas e cansado da longa caminhada carregando junto com o pequeno grupo de caçadores as carnes das caçadas, pede licença para a moça bonita de olhos tão azuis que nunca fora visto por ele.

O índio Barnabé Crescêncio o Coto amigo agora mais que irmão do Itaúna o homem de pedra; como gostava de ser chamado, índio que cresceu nas fazendas dos brancos, mas quando adolescente foi resgatado de seu cativeiro pelos Guerreiros Puris que eram homens treinados e guerreiros que resgatavam os índios Tupis e Guaranis dos jugos dos brancos em busca de servidão. Chamada como a bandeira de caça aos índios no Brasil do século dezessete: Neste período inicio o ciclo da caça aos índios, os holandeses dominaram vários pontos africanos em que os portugueses obtinham escravos. Com pouca quantidade de escravos para atender as necessidades dos fazendeiros e senhores de engenho brasileiros, ocorreu uma procura maior por mão-de-obra escrava indígena.

Foi então que muitos bandeirantes, principalmente paulistas, aproveitaram a situação para entrar neste negócio. Agora pergunto os Bandeirantes eram heróis ou vilões da historia Brasileira. A corrupção e busca pelo o ouro não é coisa nova no Brasil. As bandeiras de caça ao índio foram expedições (bandeiras) organizadas por paulistas (bandeirantes), que tinham como objetivo capturar e aprisionar indígenas. Estes eram vendidos para servirem de mão-de-obra, principalmente na agricultura. A maioria das bandeiras de caça ao índio foi em direção ao sul do Brasil, pois nesta área havia maior concentração de aldeamentos indígenas controlados pelos jesuítas.

A preferência pelos indígenas dos aldeamentos do sul também tinha outra justificativa. Os índios destes aldeamentos já estavam acostumados com o trabalho agrícola, em função dos ensinamentos dados pelos jesuítas. Estes indígenas trabalhavam no plantio e colheita destes aldeamentos. Como conheciam o trabalho, era uma mão-de-obra que os bandeirantes conseguiam obter maior valor de venda. 

A maior parte dos indígenas capturados por estas bandeiras foram vendidos para fazendeiros de São Paulo. Mas a Capitania do Rio de Janeiro e os senhores de engenho do Nordeste também compraram esta mão-de-obra, embora em menor quantidade. E foi em uma destas caçadas que o menino Barnabé Crescêncio foi levado para a venda como um escravo branco.

Comprado junto com alguns índios que foram amarrados e trazidos para a escravidão em Minas Gerais comprado na grande feira de São Paulo não tinha hortigranjeiros, mas sim homem e mulheres em comum acordo dos Jesuítas que treinavam para valorização dos preços por causa do conhecimento nos cultivos do roçado. Os Bandeirantes que eram os mercadores desta mercadoria útil para os senhores dos cafés e engenhos de açúcar. 

Amarrados a uma carroça e cercados por quatro capangas que na verdade eram matadores profissionais. Com aqueles quatro não tinha perdão a tentativa e a força para escapar era punida com agressões e torturas. Barnabé Crescêncio menino novo ágil e bom por sua natureza foi tirado de sua família pelos Jesuítas e agora vendido para as terras mineiras como escravo dos cafezais pelos Bandeirantes.

Neste tempo tinha surgido a lenda do cavalheiro fantasma que diziam entre os índios e escravos que era a alma de uma mistura do índio branco com um escravo negro que voltava dos mortos para assombrarem os cafezais e seus senhores e saiam nas caladas das noites de lua cheia em busca de vingança e sangue dos brancos. O cavalheiro fantasma que surgia em seu cavalo preto chamado Ébano cujos olhos eram chamados de chamas de fogo, montado no cavalo Ébano saia o vingador assombrado cuja finalidade era a caça e morte dos senhores e capatazes assim como a libertação dos índios escravos brancos e os negros. 

A meia noite saia o bando do cavalheiro fantasma em busca de sangue com sua tropa de encapuzados chamados de bando das trevas, pois vestiam com roupas toda de preto e ninguém sabia sua origem. Este grupo aterrorizavam os Senhores e nas noites de lua cheia o bando colocava terror com suas armas em formas de tridentes com flechas venenosas em suas pontas caçando feitores de escravos e a soltura dos escravos que eram libertados e suas senzalas queimadas...

Como lutar com aqueles agentes das trevas os vingadores do cavalheiro fantasma. O medo e terror invadiam as noites e todos ouviam o tropel do cavalheiro e seu bando. Feita de chifre dos carneiros se ouvia ao longe antes dos ataques e queimadas com as solturas dos escravos que sumiam cobertos pela negridão da noite. Ouvia o som parecido com um berrante ou shofar dos Hebreus, alguns diziam que era o som do inferno para os senhores dos cafezais, mas para os escravos era o som do céu e de sua liberdade... 

Os escravos capturados eram levados para um lugar chamado à floresta dos malditos, pois todos que entravam naquelas matas fechadas nunca mais saiam para contar a historia daquele lugar que nem índios nem escravos ou homens brancos por mais coragem que tinham não entravam adentro daquele lugar sinistro e funesto. Na sua entrada havia esqueletos de feitores e capangas. A lenda entre os índios era que naquela mata morava o cavalheiro fantasma com seus cavalheiros das trevas.

Barnabé Crescêncio agora estava preso amarrado a carroça com sede e com fome fragilizado pelo cansaço da dura e comprida viagem. Todos os dez escravos comprados a peso de ouro estavam fracos por causa da inanição careciam de alimentos para se fortalecerem. Neste momento a escuridão começa a alcançar aquela tropa constituída dos dez escravos indígenas, o carroceiro apelidado de Bagaça, pois gostava de se embriagar com a cachaça guardada em sua cuia de cuité. Neste momento se ouve a ordem de parada iam acampar a beira do rio próximo a hoje Coronel Pacheco. O nome da cidade homenageia o Coronel José Manoel Pacheco (1838-1914), que foi vereador em Juiz de Fora nas legislaturas de 1873-76, 1898-1900 e 1905-07. Mas naquele tempo se chamava; Agua Limpa:

O município teve origem no antigo povoado de Água Limpa, depois conhecido por Triqueda, que tornou-se distrito de Juiz de Fora em 31 de julho de 1890. Posteriormente, a sede do distrito foi transferida, definitivamente, para o povoado de Lima Duarte, renomeado Água Limpa. Água Limpa pertenceu, entre 1938-43, ao município de Rio Novo, retornando a Juiz de Fora após esse período. Em 30 de dezembro de 1962, se emancipou de Juiz de Fora, adotando a denominação de Coronel Pacheco. Ali naquele lugar a escuridão tomou conta da noite, o silencio fúnebre era quebrado apenas pelos estalos da fogueira. 

Os escravos cansados não conseguiam dormir por causa da fome tinham comido apenas mandioca crua e dura. Os capatazes se revezavam em dupla para vigiar e guardar o acampamento, sabiam que breve chegariam ao seu destino. De repente se ouve o som tenebroso do shofar que como um grito de liberdade ecoou quebrando o silencio da noite.

Os capatazes que vigiavam ficaram atentos os que dormiam sabia que era uma emboscada do cavalheiro das trevas e seu bando de encapuzados infernais. Com suas armas chamadas: pistola de pederneira, as primeiras foram feitas no século dezessete. Era um mecanismo feito para substituir o fecho de mecha, consistia em uma pedra de sílex presa no percussor, que após ser acionado, provocava uma faísca que detonava a pólvora. Mas estas armas a escuridão da noite e a luz da fogueira criavam um alvo fácil para as flechas certeiras do cavalheiro das trevas e seu bando. Quatro flechadas se ecoou na calada da noite acertando os alvos dos capangas que cem imobilizados pelas flechas envenenadas com fortíssimo soníferos extraídos das plantas manipuladas pelo pajé dos índios Puris.

Naquele momento a garganta começa fechar com o choque anafilático as vistas escurecem e as pernas ficam bambas e não mais suportam o peso do corpo e caem no chão desfalecidos os homens maus e algozes dos índios escravos brancos daquela comitiva. Neste momento a figura daquele cavalheiro alto, pois dizia que a lenda tinha a aparência de três metros de altura um gigante forte e impiedoso com os escravagistas. Escravagistas: Homens que defendiam a escravatura, a escravidão; Chamados também de escravocrata. Que eram partidário do escravagismo, do sistema segundo o qual algumas pessoas devem ser privadas de sua liberdade, por servidão, especialmente os negros e agora com os Jesuítas e Bandeirantes os índios.

Com golpes certeiros de sua lança em forma de tridentes o Cavalheiro das trevas mata a cada um dos quatro capatazes e matadores de aluguel torturadores de índios e escravos. Seus corpos são pendurados e uma marca foi colocada a fogo no corpo uma marca de caveira como símbolo da morte; Sinal e aviso do Cavalheiro contra todos que subjugavam com maldade os escravos. 

Um aviso de mudanças ou tratavam bem seus escravos ou teriam a visita do bando das trevas. Na mesma hora alimentos de mandioca cozida e frutas como banana, laranjas e abacaxis assim como gomos da cana açucarada para os escravos índios novos ainda em sua adolescência. O cavalheiro olha para Barnabé Crescêncio e logo uma empatia se deu entre os dois. O cavalheiro sabia que ali estava um ótimo ajudante para seu bando, o cavalheiro olha para o carroceiro Bagaça e diz para ele contar a historia para todos na venda do seu Joaquim na Vila de Tabuleiro.

De repente em um abrir e fechar de olhos o cavalheiro desaparece na escuridão da noite levando com ele o seu bando e os escravos índios brancos que desapareceram e aqueles índios nunca mais foram visto por aquelas bandas. A pergunta era constante na Vila de Tabuleiro; para onde eram levados aqueles que desapareceriam juntos aos barulhos dos tropéis dos cavalos. O mais rápido possível o Bagaça pegou um dos cavalos ainda atrelados e em galope correu para a fazenda do seu Firmino que parecia dono e chefe maior daquelas redondezas. Diz a historia que enriqueceu explorando a vendas de escravos e das terras tomadas pela força e miras dos seus capangas matadores de alugueis. E logo que contou o enredo fúnebre de sua viagem correu para a venda do seu Joaquim o Bijoia.

Ali começa a contar a sua versão estava ainda sem sono quando ouviu um som como se fosse um gemido de uma alma penada foram três gemidos como se anunciando o ataque, logo os ouvidos aguçados dos quatro capangas dos dois que estavam acordados e ou outros dois que estavam cochilando em uma ronqueira só disse Bagaça. De repente como um raio quatro flechas certeiras atingiram os pescoços dos homens que caiaram sem direito a um gemido, e nem tempo de atirarem com suas pistolas pederneiras. De repente surge diante dele alumiado pela fogueira aquele cavalheiro e seu cavalo que soltava fogo em suas respiradas, o cavalheiro com um salto só empunhando uma arma branca:

A alabarda que era composta por uma haste pequena que tinha na ponta, afiada, uma espécie de machado, e em quatro golpes certeiros cortam na rapidez de um corisco os pescoços dos capangas do seu Firmino que não tiveram tempo de se defenderem. Com uma voz rouca de trovão o cavalheiro da uma ordem e quando a ordem saia de sua boca todos tremiam diante aquele mandamento. 

A ordem era que pendurasse os mortos nos galhos das arvores e neste momento o cavalheiro usa novamente a sua alabarda cujo fio brilha com a luz da fogueira improvisada. Neste momento o cavalheiro das trevas deixa a marca como um aviso para todos que maltratassem índios e escravos um xis era colocado sinal de eliminação e destruição de todos os covardes; sejam senhores, capangas e feitores todos estavam agora na mira do cavalheiro das trevas e seu bando infernal.

Seu Firmino quando vê os corpos de seus capangas solta brado de maldições e seus gritos se ouvia ao longe e jura ali diante dos mortos que destruiria o bando e o cavalheiro. Mas como matar e destruir uma alma penada que voltou das trevas para assombrar a todos os fazendeiros da região. Assim cresceu naquela região as façanhas do cavalheiro das trevas e seu bando. Com a lenda os fazendeiros começaram a tratar bem os seus escravos e colonos. 

Não havia mais os roubos das terras e os escravos das Quilombeiras tinham a paz. Ate que um dia foi proclamado a Abolição da Escravatura foi o acontecimento histórico mais importante do Brasil após a Proclamação da Independência, em 1822. No dia 13 de maio de 1888, após seis dias de votações e debates no Congresso, a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, que decretava a libertação dos escravos no país.

Agora os índios selvagens deixam suas terras próximas às cidades e começam a adentrar ainda mais pelas florestas desaparecendo e refugiando pelas grandes matas. Com os fazendeiros agora sossegados e com o tratamento mais humanizados o Chico Itaúna pode descansar junto a sua amada nas terras aquilombadas de Botafogo. Ali cria sua família a família do Francisco o negro da tribo Zulu com sua amada e não se houve mais falar do terrível e temido cavalheiro de três metros de altura o fantasma do cavalheiro das trevas. 

Mas dizem que muitos colonos escutam os rastros das correntes e os urros de um cavalheiro nas noites de lua cheia ouviam o tropel de seu bando provocando calafrio e temos entre os senhores de engenho e cafeicultores. Diz o Bagaça no botequim do Bijoia que era um aviso ou tratavam bem seus empregados ou receberiam a visita do justiceiro vingador o cavalheiro das trevas.

Entre uma pitada e outra do velho é bom Chico com seu cigarro de palha com seu fumo de rolo. Francisco homem velho de idade com rugas da dureza do tempo, cabeça branquinha com suas cãs pichainho, me diz com uma voz forte do cavalheiro vai deitar netinho tá tarde. Neste momento me levanto dou um beijo naquela mão de herói e respondo “boa noite vô Chico, sua bença”. Neste momento viro encostado no umbral daquele casebre que era nosso lar e vejo uma lagrima cair dos olhos do Francisco Itaúna; A pedra preta. Saudade não apenas ainda desejo de vingança das hostilidades e crueldades dos homens ricos e brancos!!!

Em manhã fria de inverno Chico Itaúna fecha seus olhos pela ultima vez, no colo de sua veia a Açucena de olhos azuis da cor do céu. O velho Chico só tinha um pedido que logo foi atendido pelos filhos dos escravos das terras Quilombeiras. Lança o meu corpo no rio, pois um dia voltarei em forma de um grande peixe vigiando as águas e terras de maldades. e neste dia quando anoitecer o grande peixe se transformara nos temível Cavalheiro das Trevas e seu bando para libertar os oprimidos daquele vilarejo. em um beijo suave e doce despedi do meu velho avô e logo vi o seu corpo de pedra desaparecer nas águas caudalosas do rio, descanse em paz Velho Chico Itaúna o Pedra Preta...

A lenda do cavalheiro ainda continua nas noites de lua cheia com o relincho do seu cavalo e o som do shofar; anunciando que o guardião estava a espreita e com isso ouve paz por aquelas banda nas terras vermelhas do sertão no tropel do bando dos justiceiros!!! 

FIM... Maurílio Oswaldo...


 

segunda-feira, 29 de maio de 2023

CHIBOLETE OU SIBOLETE: LIVRO BONUS!!! LIVRO ON LINE GRATUITO POR MAURÍLIO OSWALDO ESCRITOR, HISTORIADOR E PESQUISADOR BÍBLICO!!!


O Que Significa “Chibolete” ou “Sibolete” na Bíblia? A palavra “chibolete” é a transliteração de um termo hebraico que aparece de forma não traduzida no livro de Juízes no famoso teste “chibolete e sibolete” (Juízes 12:6). O significado de “chibolete” na Bíblia aparece tanto como “corrente de água” como “espiga de cereal”.

Na verdade a palavra “chibolete” procede de uma raiz hebraica que indica uma “correnteza que flui”. É por isso que no Salmo 69:2 essa palavra é traduzida como “corrente” ou “correnteza”; bem como em Isaías 27:12 essa palavra é geralmente traduzida como “rio”. Mas no livro de Jó essa mesma palavra é traduzida como “espigas” de cereal (Jó 24:24). No livro do profeta Zacarias a palavra “chibolete” também aparece, mas dessa vez ela indica “ramos” de oliveira em crescimento (Zacarias 4:12).

Mas o que de fato chama atenção dos leitores da Bíblia é a passagem do livro de Juízes que traz essa palavra sem traduzi-la. Isso acontece porque naquele contexto a palavra foi empregada como um teste linguístico, ou seja, um tipo de identificado de sotaque ou pronúncia que distinguia duas tribos semitas: Os Efraimitas e os Gileaditas.

Por esse motivo foi importante que a palavra permanecesse sem ser traduzida nas versões bíblicas para indicar de forma correta ao leitor a forma com que ela de fato foi aplicada naquele episódio.

Posteriormente a palavra “chibolete” ou “xibolete” passou a ser usada justamente para designar o meio de reconhecimento dos grupos a que pertencem certos indivíduos. Esse método já foi aplicado em vários momentos de guerras e conflitos ao longo da história, principalmente para identificar uma pessoa que pertencia ao povo inimigo.

O TESTE “CHIBOLETE E SIBOLETE” NA BÍBLIA:

O teste “chibolete e sibolete” foi aplicado nos dias de Jefté, um dos juízes que julgaram Israel. Jefté era um Gileadita que libertou os israelitas do domínio dos Amonitas que já durava dezoito anos. Então após ele ter tido êxito contra o povo de Amom, a Bíblia diz que surgiu um conflito dentro do próprio Israel.

O que aconteceu foi que os integrantes da tribo de Efraim protestaram porque Jefté supostamente havia deixado eles de fora da batalha contra os Amonitas. Então eles ameaçaram matar Jefté queimando sua casa com ele dentro (Juízes 12:2). Por isso naquele contexto o conflito foi inevitável. Os homens de Gileade foram reunidos por Jefté e lutaram contra os efraimitas.

Os efraimitas perderam o conflito e acabaram sendo dispersados. Nessa dispersão, muitos tentaram fugir de Gileade através do vau do Rio Jordão. Mas Jefté colocou seus soldados no Jordão para impedir que os rebeldes escapassem ilesos. Então para identificar quem de fato era da tribo de Efraim e quem não era, os homens de Jefté aplicaram o teste “chibolete” “sibolete”.

Quando os efraimitas chegavam ao vau do Jordão e se deparavam com os soldados de Jefté, obviamente eles negavam sua ligação com a tribo de Efraim. Mas ao serem submetidos ao teste, eles acabavam revelando sua verdadeira identidade, pois eram incapazes de pronunciar a palavra “chibolete”.

Por causa de seu sotaque, ao invés de “chibolete” os efraimitas pronunciavam “sibolete”. Então esse teste foi basicamente uma “senha linguística” que identificava a diferença de dialeto entre os povos semitas, e assim deixava claro quem era Efraimita.

Infelizmente essa história é triste porque ela revela um conflito que não deveria ter ocorrido entre o povo de Deus, mas que ocorreu por causa de motivações pecaminosas. Como resultado disso, cerca de quarenta e dois mil efraimitas foram mortos naquela ocasião.

CHIBOLETE OU SIBOLETE:

E ajuntou Jefté a todos os homens de Gileade e combateu com Efraim, e os homens de Gileade feriram a Efraim; porque, estando os Gileaditas entre Efraim e Manassés, disseram: Fugitivos sois de Efraim. Porém tomaram os Gileaditas aos efraimitas os vaus do Jordão; e sucedeu que, quando os fugitivos de Efraim diziam: Passarei; então, os homens de Gileade lhes diziam:

És tu Efraimita? E dizendo ele não; então diziam: Dize, pois, chibolete; porém ele dizia, sibolete, porque não podia pronunciar assim bem; então pegavam dele e o degolavam nos vaus do Jordão; e caíram de Efraim, naquele tempo, quarenta e dois mil (Juízes, 12. 4-6).

Este é um dos episódio mais curioso do texto sagrado, nele nós vamos encontrar uma guerra interna entre dois povos, os Gileaditas e os efraimitas, ambos pertencente a nação de Israel. O curioso é que, os efraimitas por não saberem pronunciar a palavra chibolete de forma correta, foram degolados e morreram quarenta e dois mil.

Em vez de se unirem para lutarem contra seus inimigos, os israelitas estavam lutando e exterminando uns aos outros. Os efraimitas eram problemáticos, e voltaram a causar problemas, como haviam feito quando Gideão vencera os Midianitas (Jz.8.1-3). No entanto, Jefté não era tão diplomático como Gideão e simplesmente não aceitou suas acusações e ameaças feitas contra ele.

A hostilidade se intensificou, e os comentários depreciativos feitos pelos efraimitas acerca dos Gileaditas levaram Jefté e seus homens a pegarem armas e entrarem em uma guerra contra os efraimitas (Jz.12.1-4).

No conflito, os Gileaditas derrotaram os efraimitas e tomaram os vaus do Jordão (o trecho raso do rio), por onde os homens derrotados teriam de atravessar a fim de voltar para casa (12.5). Todos os que desejassem atravessar deveriam pronunciar a palavra chibolete.

Os efraimitas, que não conseguiam articular o som de "ch" nessa palavra e a pronunciavam como sibolete, eram identificados pelo seu sotaque e consequentemente executados. Quarenta e dois mil efraimitas tiveram esse fim (12.6).

Não saber falar a palavra certa, este é o grande problema de muitos cristãos, que ficam distantes e perdem a comunhão com Deus e com a igreja. Quando o cristão perde os bons costumes e a comunhão com Deus, ele deixa de falar a linguagem da fé, e perde o foco da adoração a Deus.

Chibolete significa rio corrente, riacho ou uma espiga de trigo. Sibolete tem o mesmo significado porem, já era um dialeto Efraimita. Simbolicamente a palavra chibolete gera vida, enquanto sibolete gera morte.

SIBOLETE=MORTE.

Quem não consegue falar a linguagem do povo de Deus, não pode fazer parte da nação santa. Quem fala sibolete faz parte de outro povo e estar sujeito a morte. A falta de comunhão com Deus e com o corpo de Cristo nos leva a falar uma língua diferente. A causa do surgimento de heresias é justamente esta falta de comunhão com o corpo de Cristo. Pequenas coisas podem significar sibolete para a vida de muitos.

A falta de concordância, de submissão, de liberação do perdão, leva muitos a criarem suas próprias interpretações quanto a Bíblia. Infelizmente a consequência é perder a comunhão com Deus e morrerem espiritualmente. Sibolete neste ponto de vista é: Afastamento da igreja, interpretação própria da Bíblia, falta de disponibilidade para servir a Deus. Enfim, é ficar pra trás, é perder a identidade de verdadeiro cristão.

CHIBOLETE=VIDA:

Chibolete é vida, paz, segurança, prosperidade e verdade. Chibolete significa falar a linguagem do Espírito, é falar o idioma da fé e viver debaixo da vontade de Deus. Falar chibolete é viver em comunhão com Deus e com o corpo de Cristo.

É viver pela palavra de Deus e ter vida através da mesma. É viver em santidade e estar disposto a servir. Vivendo em santidade certamente viverás e não morrerás. Diga sempre CHIBOLETE que é vida e nunca SIBOLETE que é morte. Amém!!! Juízes 12:6 - Então lhes diziam: Dize, pois, Chibolete; porém ele dizia: Sibolete; porque não o podia pronunciar bem; então pegavam dele, e o degolavam nos vaus do Jordão; e caíram de Efraim naquele tempo quarenta e dois mil.

Essa passagem Bíblica é curiosa, também assustadora. Mais de quarenta mil homens mortos por ocasião do sotaque que os denunciava como nação inimiga. Quando li esse texto de Juízes que narra uma guerra entre Gileaditas e efraimitas fiquei a procurar algo de bom, uma lição em meio a matança.

Parece impossível querer algo assim, contudo relacionei a passagem em questão aos diversos tipos de linguagem existentes no mundo: Linguagens de vida e de morte. Os efraimitas, não conseguiam pronunciar “chibolete”, falavam “Sibolete”. Chibolete significa “espiga de cereal” ou ainda “córrego”.

Existe um “sotaque” que denuncia as intenções do coração, que mata tal qual água de córrego imunda e contaminada. Que não alimenta ninguém de paz, senão de guerra. Que exibe espiga, sem fartura de grão, pronta para ser levada pelo vento e indo em direções tantas, mata como os Gileaditas aos efraimitas. É a língua, descrita por Tiago como: “pequeno membro que põe fogo num grande bosque” Tg 3:5. Esse “sotaque sibolete” que caracteriza morte: Destrói, persegue, mente e blasfema.

Na eleição da graça, “sotaque sibolete” pode ser transformado, atravessar o Jordão (onde eram mortos os efraimitas) e imergir nas águas em batismo de regeneração. No Jordão, o fogo inflamado pela linguagem do inferno é apagado dando lugar a uma nova linguagem .

Um novo coração que revela “Chibolete”; a linguagem da vida. A mesma linguagem que impactou o mundo com testemunho de amor, um poder nascido do Trono da Graça, diferente, perfeito, abraçando os condenados à morte, à beira do Jordão. Tão perto da Salvação, a distância de uma fala, uma pronúncia: Jesus. Nome sobre todo Nome, Universal.

No Jordão: onde João Batista anunciava arrependimento e salvação, onde a linguagem “Chibolete” convidava tribos, línguas e nações. “E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles, E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” At 2:2,4...

O Espírito Santo de Deus é a linguagem da vida, que busca habitar em homens de toda nacionalidade. Quando aceitamos a Cristo Jesus, confessando O como Salvador e Senhor, há libertação. É como um efraimita falando “Chibolete”: Vai em paz, não o degolaremoas. “Nunca homem algum falou tal qual esse homem” Jo 7:46, diziam os fariseus sobre Jesus.

O homem que fala a linguagem da vida, pode ser perseguido e mesmo morto pelos inimigos. É o que acontece com milhões de cristãos diariamente, foi o que aconteceu a Jesus e aos discípulos, mas a moral da história, o final, é como um belo filme que deixa os telespectadores exultantes de satisfação por ver o triunfo do bem sobre o mal:

“Porque se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com Ele” I Ts 4:14. Ao final, prevalece a mensagem do que clamava no deserto, em língua Chibolete.

CHIBOLETE OU SIBOLETE?

No Antigo Testamento, no livro de Juízes, capitulo 12, temos um episódio muito interessante da história de Israel, causado por uma briga entre irmãos. Era Efraim contra Gileade (liderados por Jefté). Como ambas as tribos se confundiam na aparência, Jefté usou de uma alta tecnologia, para identificar e diferenciar os amigos dos inimigos.

Ao deparar com um suspeito, os soldados de Jefté ordenavam que o tal pronunciasse a palavra “Chibolete”. Se fosse amigo ele repetiria a palavra com o som de “CHI”, mas se fosse de Efraim a resposta seria “SIbolete”, com som de “SI” e com isso o inimigo era identificado e então degolado.

E ajuntou Jefté a todos os homens de Gileade, e combateu contra Efraim; e os homens de Gileade feriram a Efraim; porque este dissera-lhe: Fugitivos sois de Efraim, vós Gileaditas que habitais entre Efraim e Manassés, Porque tomaram os Gileaditas aos efraimitas os vaus do Jordão; e sucedeu que, quando algum dos fugitivos de Efraim dizia: Deixai-me passar; então os Gileaditas perguntavam:

És tu Efraimita? E dizendo ele: Não, Então lhe diziam: Dize, pois, Chibolete; porém ele dizia: Sibolete; porque não o podia pronunciar bem; então pegavam dele, e o degolavam nos vaus do Jordão; e caíram de Efraim naquele tempo quarenta e dois mil. Juízes 12:4-6...

Já no Novo Testamento, vemos um aperfeiçoamento dessa Tecnologia, pois além de uma simples sílaba, o que determinava a identidade do suspeito, era o seu modo de falar, como quando Pedro, tentando se disfarçar, entrou no Sinédrio durante a condenação de Cristo e foi identificado como um dos seus discípulos.

E a criada, vendo-o outra vez, começou a dizer aos que ali estavam: Este é um dos tais. Mas ele o negou outra vez. E pouco depois os que ali estavam disseram outra vez a Pedro: Verdadeiramente tu és um deles, porque és também galileu, e tua fala é semelhante. E ele começou a praguejar, e a jurar: Não conheço esse homem de quem falais. Marcos 14:69-71...

Para não ser pego, Pedro teve que praguejar e imitar a forma de falar dos que condenavam a Cristo, para não ser reconhecido e talvez, condenado com Ele. Na igreja de Antioquia, algo mais interessante ocorreu. Após Paulo e Barnabé ensinarem os discípulos por todo um ano, a população local conseguia identificar e diferenciar perfeitamente os que eram do Caminho dos que não eram. 

Essa diferenciação foi tão significativa que em Antioquia, os discípulos foram pela primeira vez, chamados de “Cristãos”, que significava “pequenos Cristos”. E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos. Atos 11:26

Nesse episódio, a identidade não consistia apenas pela pronuncia de uma silaba, nem tampouco pelo modo de falar, mas, sim por toda uma conduta no decorrer do tempo, tanto na forma de se portar, como de pensar e falar. E hoje, o que diferencia os crentes dos não crentes?

Será que podemos usar da mesma tecnologia para identificarmos os ímpios disfarçados de crentes, que permanecem infiltrados no meio dos filhos de Deus? Será que apenas a fala, a forma de se portar ou fato de frequentar os cultos é o bastante para identificarmos os verdadeiros crentes?

Não é a toa que a Palavra nos faz um alerta sobre; Os falsos irmãos e falsos profetas: Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho; Atos 20:29. Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Mateus 7:15...

As heresias proclamadas por "anjos" e pessoas reconhecidas no meio evangélico: Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema. Gálatas 1:8-9

Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo. Olhai por vós mesmos, para que não percamos o que temos ganho, antes recebamos o inteiro galardão. Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho. Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. 2 João 1:7-10

E da necessidade de discernimento espiritual para não cair nos laços do engano: Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo. 1 Coríntios 2:14-16...

Por isso, em nosso contexto atual, talvez, além da conduta e da forma de falar, o que se pensa a respeito de certos assuntos, seja também significativo, como por exemplo, as opiniões sobre homossexualismo, divórcio, aborto, correção de filhos e/ou mesmo da política, talvez, ajudem a identificar aqueles que estão com a sua mente contaminada pelos conceitos do mundo, daqueles que conservam a sua mente em Cristo e de Cristo.

FICA A NOSSA REFLEXÃO COMO ALERTA!!!

Vigiai, estai firmes na fé; portai-vos varonilmente, e fortalecei-vos. 1 Coríntios 16:13... Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco. Filipenses 4:8-9...

DEUS TE ABENÇOE!!! MAURÍLIO OSWALDO...


 

domingo, 28 de maio de 2023

O CAMINHO ESTREITO: MAIS PERTO QUERO ESTAR: DESEJO ARDENTE DE MEU CORAÇÃO!!! POR MAURÍLIO OSWALDO ESCRITOR, HISTORIADOR E PESQUISADOR BIBLÍCO...


Nos últimos momentos da tragédia do “Titanic”, em abril de 1912, a orquestra do navio tocou este hino, enquanto o grande transatlântico ia vagarosamente afundando…

A autora deste hino, Sarah F. Adams, foi uma bem-sucedida intérprete teatral de Sheakespeare, na peça Lady Macbeth, mas, devido a problemas de saúde deixou sua carreira artística e se tornou escritora de talento, e, junto com sua irmã Eliza, escreveu muitos poemas que depois receberam melodia, tornando-se conhecidos e amados hinos, entre os quais o principal: “Mais Perto Quero Estar, Meu Deus, de Ti”.

Este é um dos poucos hinos aceitos tanto pelas igrejas protestantes, como pela igreja católica e a judaica. Ele tem sido traduzido em quase todas as línguas. Seus versos exprimem uma confortante mensagem que tem ajudado a inúmeras pessoas que passam por grandes crises na vida. Em qualquer circunstância nós podemos sentir-nos bem perto de Deus, pela fé e confiança em Seu cuidado paternal.

Este hino era o favorito do presidente William McKinley, dos Estados Unidos, que foi assassinado em 1901, no exercício de seu mandato. Suas últimas palavras, segundo o médico que o assistiu em seus momentos finais, foram pronunciadas cantando suavemente: “Mais perto quero estar, meu Deus de Ti, inda que seja a dor que me uma a Ti”.

Sara Adams nasceu na Inglaterra, em 1805, e morreu prematuramente em 1848, aos 43 anos de idade.

A música deste extraordinário hino é de autoria do conhecido compositor, Dr. Lowell Mason, que nasceu em Massachussetts, EUA, em 1792, oriundo de uma família de talentosos músicos. O sucesso que este hino teve em todas as partes do mundo se deve tanto à sua expressiva letra, quanto à beleza e suavidade da melodia. O Dr. Mason morreu em Nova Jersey, em 1872.

O hino: Mais perto quero estar, Meu Deus de Ti, Inda que seja a dor. Que me una a Ti. Coro: Eis meu constante orar: Mais perto quero estar, Mais perto quero estar, Meu Deus, de Ti. Andando triste aqui, Na solidão, (mesmo em volta de muitas pessoas). Paz e descanso a mim, Teus braços dão.

Minh’a alma cantará (e estará sempre cantando). A Ti, Senhor, Cheia de gratidão, Por Teu amor. (Extraído do livro “Posso crer no amanhã”, de Tércio Sarli)...

Estas musicas que foram expressas por corações ansiosos, anelantes, e totalmente entregues em uma busca constante o desejo expresso em palavras. O mais profundo e honesto desejo humano de alguém cansado de ser estrangeiro e querendo de forma completa e sem reserva pelo seu chamado “MAIS PERTO QUERO ESTAR MEU DEUS DE TI”...

Viver neste mundo meus irmãos é importante, mais viver no céu com JESUS CRISTO é o que faz do meu viver algo URGENTE, o querer estar nas suas ruas de ouro e sentado do seu lado no trono eterno...

IMPORTANTE meus irmãos é aquilo que não tem prazo de validade, URGENTE meus irmão é aquilo que tem um prazo de validade: Jesus Cristo é “o caminho, e a verdade, e a vida”. Ninguém se achega à verdadeira felicidade, exceto ou há não ser por Ele. Ouça as notas desta canção; CRISTO É A FELICIDADE, QUEM NÃO TEM CRISTO NÃO PODE DIZER QUE É FELIZ DE VERDADE!!!

Estou certo de que vocês já ouviram (SE NÃO OUVIRAM DEVERIAM BUSCAR MAIS), muitas vezes a declaração feita certa vez pelo Profeta Joseph Smith (1805–1844): “A felicidade é o objetivo e o propósito de nossa existência; e será também o seu fim, se buscarmos a senda (CAMINHO EXTREITO E PEDREGOSO) que a ela conduz”.

Entrem pela porta estreita, pois larga é a porta e amplo o caminho que leva à perdição (PERDA DA SALVAÇÃO), e são muitos os que entram por ela. Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida!!! São poucos os que a encontram. MAT–7:13,14.

O CAMINHO ESTREITO E APERTADO:

Ainda que as trevas sejam mais densas, surgirá com uma luz forte e dominadora: A LUZ DO EVANGELHO DIZENDO EM ALTO E BOM SOM; LAMPADA (LANTERNA) PARA MEUS PÉS E LUZ (FAROL FORTE E INTENSO) PARA MEUS CAMINHOS É A TUA PALAVRA ETERNA NOS CÉUS E DURADOURA NESTA TERRA!!!

“O pecado pode ser o resultado de atividades, de início, inocentes ou perfeitamente legítimas, quando moderadas, mas que, em excesso, podem desviar do caminho estreito e apertado, levando-nos à destruição.” – Tudo que é constante em sua vida não uma simples diversão pode se tornar seu dominador... E VOCÊ DE DOMINADOR, POIS TUDO EU POSSO. TORNA-SE VOCÊ UM ESCRAVO, MAS NEM TUDO ME CONVÉM!!! EXEMPLO CADA UM EM SÃ CONSCIENCIA PROCURA O SEU...

NAS MINHAS VIAGENS SEMPRE ENCONTREI NO CENTRO DA ESTRADA A LINHA BRANCA DEFININDO DIREITA E ESQUERDA!!!

Ultrapassar o limite das linhas RETAS DE DEUS poderia ter sido muito perigoso. Então pensei: “Será que alguém, com a cabeça no lugar, se desviaria para a esquerda ou para a direita da pista, se soubesse que o resultado seria fatal? Se desse valor à vida mortal, certamente haveria de permanecer entre as linhas.” NO SEU LUGAR SEPARADO POR DEUS!!!

ATÉ UMA CRIANÇA SEJA SEU FILHO OU SEU NETO SABE ONDE ANDAR E COMO ANDAR: Josias, rei de Judá, reinou em justiça. Quando sucedeu a seu pai, TINHA APENAS OITO ANOS DE IDADE. As escrituras nos dizem que, embora não passasse de um menino, Josias “fez o que era reto aos olhos do Senhor… e não se apartou dele nem para a direita nem para a esquerda”. (II Reis 22:2.)...

 DEUS TE ABENÇOE!!! MAURÍLIO OSWALDO...