Sermão
C.H.Spurgeon!!! - Sermão pregado em uma noite de Quinta-Feira, 5 de Agosto,
1886. Pregado por C. H. Spurgeon, No Tabernáculo Metropolitano, Newington.
“Porém, se não fizerdes assim, eis que pecastes contra o SENHOR; e
sabei que o vosso pecado vos há de achar”. Números 32:23... Com
esse conceito, deixem-me explicar-lhes que, de acordo com o capítulo que lemos
e expomos, os israelitas tinham conquistado a região de propriedade de Ogue,
rei de Basã, e Seom, rei dos amorreus. E as tribos de Ruben e Gade, tendo
grande quantidade de gado, pensaram que uma região tão rica em pasto seria
eminentemente adequada para eles e seus rebanhos. Eles não eram maus peritos,
pois a região era especialmente compatível para rebanho de ovelhas. Eles,
portanto, pediram a Moisés que aquela região fosse dada a eles.
Mas Moisés contestou. Será que se eles
pensaram em ficar parados e aproveitar aquela região e, então, deixar que o
resto das tribos atravessasse o Jordão e lutasse pelas suas posses? Se sim, ele
declarou que isso era uma estrada muito má a ser tomada – que eles eram
egoístas em buscar seu próprio conforto e que iriam desencorajar o povo de Deus
e fazer todo tipo de dano.
Ele, portanto, propôs a eles que se quisessem
conquistar aquela região para si mesmo, deveriam ao menos atravessar o rio com
seus irmãos e lutar e continuar lutando até que a terra do outro lado do Jordão
fosse liberta de seus antigos habitantes e todo o Israel pudesse ter o
território inteiro e cada tribo pudesse
possuir sua porção.
Ele apresenta isso como uma questão de honra
e uma questão de retidão, que eles fossem ajudar na conquista do resto da
terra. Por que eles deveriam receber sua parte sem lutar e deixar as outras
tribos sofrerem a labuta e perigo de guerra? Não havia Deus ordenado a todos
eles a irem avante expulsar os condenados cananeus?
Como eles poderiam fugir de seu dever sem
cometer grande pecado? Ele teria que os fazerem ir todos para a guerra e com
essa condição poderiam ter as ricas campinas de Basã, mas não de outra forma.
Isto era claramente justo e equitativo e elogiável para aqueles envolvidos.
Eles de uma vez aceitaram a proposta e Moisés, para ratificar o acordo, disse-lhes
nas palavras do texto: Que se eles não guardassem sua promessa e dessem tudo
para ajudar seus irmãos;
Então eles teriam pecado contra Deus e deveriam
ter certeza de que esse pecado iria achá-los. Comentei, lendo o capítulo, que
Moisés falou muito sabiamente, muito fortemente, muito honestamente e que o
povo fora muito flexível. Eles renderam à sua persuasão e a dificuldade que
ameaçara dividir a nação fora remediada prontamente. É bom ter um líder sábio.
É bom para ele quando lidera pessoas sensatas!
Ó, que eu seja capaz, essa noite de entregar
uma palavra há seu tempo e que seus ouvidos estejam prontos para ouvi-la! Que o
Senhor nos traga tão graciosamente uma meditação neste culto como Ele o fez do
discurso de Seu servo Moisés! Que ao Seu Santo Espírito seja todo o louvor.
Iremos falar desta vez, primeiro, qual era
este pecado? Segundo, qual seria o pecado principal daquele pecado? “Porém, se não
fizerdes assim, eis que pecastes contra o SENHOR”. Isso seria a atrocidade
especial deste pecado, que seria nivelado ao próprio Deus. E, então, o terceiro
ponto – qual seria a consequência de tal pecado?
“Sabei que o vosso pecado vos há de achar”.
Eles seriam culpados e não demoraria muito sem punição. Primeiro então, O QUE
ERA ESTE PECADO? O que envolvia este pecado no qual o Espírito de Deus disse
através de Moisés “Sabei que o vosso pecado vos há de achar”.
Um santo pregador uma vez pregou sobre o pecado
de assassinato por esse texto; outro sobre roubo; ainda outro sobre falsidade.
São bons sermões, contudo eles não têm nenhuma relação com esse texto se ele
for lido como Moisés o pronunciara. Se você pegar o texto como está, não existe
nenhuma conexão com assassinato, ou roubo, ou nada do tipo.
Na verdade, não é sobre algo que os homens
fazem, mas é sobre algo que os homens não fazem. A iniquidade de não fazer algo
é um pecado não tão falado quanto deveria ser. O pecado da omissão é claramente
objetivado nessa advertência – “Porém, se não fizerdes assim… sabei que o vosso
pecado vos há de achar”.
O
que, então, era este pecado? Lembre que é o pecado do povo do próprio Deus. Não
é o pecado dos egípcios e filisteus, mas o pecado da nação escolhida por Deus
e, desta forma, esse texto é para você que pertence a alguma das tribos de
Israel – você para quem Deus deu uma porção aos Seus amados.
É
para você, cristão professo e membro da igreja, que o texto fala “sabei que o
vosso pecado vos há de achar”. E qual é este pecado? É, infelizmente, comum
entre os cristãos professos e deve ser tratado:
É
o pecado que dirige qualquer um a esquecer de sua parte na santa guerra e obra
do Senhor que deve ser feita por Deus e por Sua Igreja. Um grande número de
erros que podem ser emaranhados juntos nesse crime e devemos tentar separá-los
e colocá-los em ordem diante de seus olhos.
Primeiro,
era o pecado da ociosidade e do comodismo. “Nós temos gado: aqui está uma terra
que possui muito pasto; deixe-nos tê-la para nosso gado e nós construiremos
apriscos para nossas ovelhas com as abundantes pedras que jazem aqui, e nós
iremos reconstruir essas cidades dos Amorreus, e iremos habitá-las. Elas estão
quase prontas para nós, e lá nossos pequenos devem habitar confortavelmente”.
Nós
não nos importamos com batalhas: Já vimos o bastante disto nas guerras contra
Seom e Ogue. Ruben prefere permanecer nos currais. Gade tem mais deleite nos
balidos das ovelhas e dobramentos dos cordeiros e seus seios do que ir adiante
para batalhar”.
Oxalá,
a tribo de Ruben não estivesse morta e a tribo de Gade não falecera! Muitos que
são da família da fé estão igualmente indispostos para os esforços, igualmente
apaixonados pela facilidade. Escute-os falar “Graças a Deus estamos a salvo!
Nós passamos da morte para a vida. Fomos nomeados com o Nome de Cristo. Fomos
lavados no Seu precioso sangue e, portanto, estamos seguros”.
DEUS
TE ABENÇOE!!! MAURÍLIO OSWALDO...
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