Um
homem solitário sentado a beira do cais em
silencio observa ao longe o navio desaparecendo em meio as ondas no horizonte
do mar, perdido em seus pensamentos com uma lagrima teimosa em cair, pensa como
é difícil suportar o abandono...
Vidas
que partem sem nós e se perdem na imensidão deixando apenas às lembranças
misturadas à saudade, neste momento surge à revolta que nos anestesia, depois
vem à dor sem consolo para dar lugar ao conformismo e prosseguir, porém agora
sozinho, navegando no mar da solidão, pois abandono é como um navio que sai de
viagem sem você a bordo....
As
ondas insistem em bater no cais da vida trazendo pessoas e levando pessoas, trazendo
conhecimentos e levando relacionamentos que deixa-nos sem conforto e com o
corpo dolorido pela tristeza de um homem sem ninguém...
Como
as pedras, resistimos aos açoites do mar que deixam feridas expostas em um
coração dilacerado pelo abandono, e no corpo ambulante do marinheiro sem pátria
que não consegue reter as lagrimas e deixa cair molhando as areias secas da
praia, o olhar perdido no horizonte com a certeza que tudo desapareceu e foi
perdido pelo homem sem destino esquecido no cais da vida...
“Deus
te abençoe” Pr Maurílio Souza
Assim
como o poema é a arte abstrata, quando você lê o poema ou vê o quadro traz a
sua própria interpretação, fica para o seu mundo imaginário... Pr Maurílio Souza
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