A
graça do perdão de Deus, a graça da misericórdia de Deus, perdoa qualquer
pecado por mais duro e por maior que ele seja! ”Quem
dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra” (João
8,7). Nesta passagem
bíblica:
No primeiro momento ela parece ser dura para nós: uma mulher pega em
adultério é apresentada diante de Jesus. Primeiro, vemos a má intenção que
tiveram aqueles que a levaram; pois o que eles queriam, na verdade, não era
condenar a mulher, mas colocar Jesus em apuros. A lei mandava apedrejar quem
fosse pego em flagrante adultério.
ALI HAVIA O CONFRONTAMENTO DA LEI
DOS MANDAMENTOS COM A LEI DOA AMOR DE DEUS – SEMPRE O AMOR DE DEUS É MAIOR QUE
O JUÍZO!!!
No entanto, Jesus, o Senhor da vida, prega o
perdão, prega a misericórdia. E agora? Ele vai se opor à lei dos judeus, se
opor à lei de Moisés? Jesus simplesmente se abaixa e começa a escrever algo no
chão; alguns pregadores da Igreja dizem que Ele estaria escrevendo os pecados
cotidianos que os homens cometem.
Mas, o mais importante é o silêncio que o
Senhor provoca, é o silêncio que tem que ser provocado dentro de nós, para que
possamos refletir um pouco mais sobre a nossa vida antes de atirar a pedra ou pensar
na vida dos outros. E o que acontece é justamente isso, porque Jesus levanta e
diz: ”Aquele
que não tiver pecado que se já o primeiro a atirar uma pedra”. A
começar pelos mais velhos, um por um foi se retirando.
Sabem, meus irmãos, não é nosso dever, não
cabe a nós atirarmos pedras em ninguém. O nosso dever é apontar o caminho da
vida, da misericórdia e o caminho da salvação. Podemos até ajudar os outros a
refletirem sobre o que têm feito em sua vida, mas, primeiro, pensemos na nossa!!!
Pois cada um de nós vai dar conta de si mesmo: 1 Coríntios 11:28 - “Examine, pois, cada um a si próprio, e dessa
maneira coma do pão e beba do cálice”. - 1 Coríntios 11:31 – “Contudo, se nós
tivéssemos a cautela de julgar a nós mesmos, não seríamos condenados”. - 2
Coríntios 13:5 – “Examinai, portanto, a vós mesmos, a fim de verificar se
estais realmente na fé. Provai a vós mesmos. Ou não percebeis que Jesus Cristo
está em vós? A não ser que já estejais reprovados”.
A
pior escuridão é aquela em que nós reconhecemos os erros dos outros pecadores,
os pecados dos outros e não temos a capacidade de reconhecer os nossos próprios
pecados!!! – Nossa vida cristã não pode ser uma janela (fariseu) e sim um
espelhos (publicano).
A Parábola do Fariseu e o Publicano: A Parábola
do Fariseu e o Publicano é uma parábola contada por Jesus durante seu
ministério terreno (Lucas 18:8-14). O significado da Parábola do Fariseu e o
Publicano fala sobre qual deve ser a atitude correta na oração. Neste estudo
vamos conhecer o contexto, explicação, significado e as lições dessa que é uma
parábola de Jesus muito conhecida entre os cristãos. Para algumas pessoas que
confiavam em sua própria justiça e menosprezavam os outros, Jesus contou ainda
esta parábola:
“Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro,
publicano. O fariseu, em pé, orava em seu íntimo: ‘Deus, eu te agradeço porque
não sou como os outros homens: roubadores, corruptos, adúlteros; nem mesmo como
este cobrador de impostos. Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo
quanto ganho’. Entretanto, o publicano ficou à distância. Ele sequer ousava
olhar para o céu, mas batendo no peito, confessava: ‘Ó Deus, sê benevolente
para comigo, pois sou pecador’. Eu vos asseguro que este homem, e não o outro,
foi para sua casa justificado diante de Deus. Porquanto todo aquele que se
vangloriar será desprezado, mas o que se humilhar será exaltado!” (Lucas
18:9-14).
O evangelista nos informa que Jesus contou a
Parábola do Fariseu e o Publicano à algumas pessoas que confiavam em si mesmas.
Essas pessoas se consideravam justas, e por isso desprezavam os outros. Apesar
de ser um grupo indefinido, é muito provável que sua maioria era constituída
por fariseus.
A Parábola do Fariseu e o Publicano sucede
imediatamente na narrativa bíblica à Parábola do Juiz Iníquo. Não é possível
saber se de fato Jesus contou as duas parábolas na sequência uma da outra. Pode
ser que Jesus tenha pronunciado essas parábolas em ocasiões diferentes, e Lucas
as organizou dessa forma. Seja como for, ambas as parábolas estão relacionadas
e se completam.
Enquanto a Parábola do Juiz Iníquo enfatiza a
importância da perseverança na oração: A Parábola do Fariseu e o Publicano
destaca a motivação e o comportamento correto ao orar. Lembram-se sempre; “Porque o juízo será sem
misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa do
juízo”. Tiago 2:13. A Parábola do Fariseu e o Publicano é
constituída de duas orações feitas por dois homens com dois resultados diferentes.
Os personagens dessa parábola são:
O fariseu e o publicano. O
FARISEU: Os fariseus consistiam em um partido
religioso dos judeus que era radicalmente conservador. Seus integrantes se
orgulhavam por se acharem cumpridores da Lei e das tradições. Em diversas
ocasiões, Jesus confrontou e repreendeu representantes desse grupo pela
religiosidade hipócrita. Era comum que os fariseus fossem ao Templo
para orar. Pela fama de piedosos que ostentavam, eles gostavam de exibir sua
condição de religiosos fazendo orações em lugares públicos.
O PUBLICANO: Os
publicanos formavam um grupo profissional da época de Jesus que era empregado
dos romanos. Eles exerciam a função de cobrar os impostos
e taxas alfandegárias. Os publicanos eram desprezados pelos demais judeus,
especialmente pelos fariseus. O motivo disso é que eles eram considerados traidores
e corruptos. Diferentemente dos fariseus, os publicanos não andavam pelas
sinagogas. Quando desejavam orar, eles procuravam a área externa do Templo a
qual tinham acesso por serem judeus. Foi exatamente isto que fez o publicano da
parábola de Jesus.
A ORAÇÃO DO FARISEU: O
fariseu e o publicano estavam no Templo no mesmo período e com o mesmo
objetivo: orar. O fariseu muito provavelmente procurou um lugar de destaque;
talvez o mais próximo possível do santuário real no Templo. No Templo, o
fariseu orou em pé, olhando para o céu. Aparentemente ele orava a Deus, mas
Jesus é claro ao dizer que ele “dirigia uma oração a si mesmo” (Lucas 18:11). Em
outras palavras, o fariseu estava falando de si consigo mesmo. Seus elogios
eram dirigidos ao seu próprio ego.
Em sua oração, em momento algum ele confessou
seus pecados e mostrou arrependimento. Ao contrário disso, o fariseu parecia
tentar mostrar para Deus o quanto ele era bom, e como Deus era privilegiado por
ter alguém daquela qualidade orando diante dele. O fariseu focava em se
comparar com às outras pessoas. Mas ele não fazia no sentido positivo, como por
exemplo, se comparando a homens íntegros como Jó, o profeta Elias, o profeta
Jeremias, o profeta Daniel e tantos outros.
Na verdade ele se comparava aos demais no
sentido negativo, ou seja, ele afirmava não ser um ladrão, um injusto e um
adúltero. Quando viu o publicano orando, também o incluiu em sua lista de
desprezados. Sua auto-glorificação era à custa da miséria alheia.
A ORAÇÃO DO PUBLICANO: A
oração do publicano foi muito diferente da oração do fariseu. Ele se prostou à
distância. Ao contrário do fariseu, ele não queria ser visto, apenas desejava
desesperadamente o perdão de Deus. O peso e a vergonha por seus pecados fizeram
com que ele nem mesmo se atrevesse a olhar para o céu.
A Palavra de Deus havia esmiuçado seu ego e o
convencido de seus pecados. Ao invés de se auto-elogiar, ele reconheceu o
estado de miséria em que se encontra, e bateu contra o peito se auto-acusando,
clamando a Deus por misericórdia: “Ó Deus, sê misericordioso para comigo, o pecador”. As
palavras do publicano foram as mesmas do salmista Davi quando disse: “Compadece-te de mim, ó
Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a
multidão das tuas misericórdias” (Salmo 51:1). O único pedido do publicano era para que a
ira de Deus fosse removida sobre si. Ele queria simplesmente ser perdoado.
Voltando a mulher adultera: Jesus
é bondoso para com essa mulher, a acolhe no Seu coração; no Seu jeito de
profeta, de Messias, Ele provoca uma reflexão no coração dos outros para que
ninguém faça mal a ela. Por isso Ele mesmo diz: ”Então Jesus se levantou e disse: “Mulher, onde estão eles? Ninguém
te condenou?”- Ela respondeu: “Ninguém, Senhor”. Então Jesus lhe disse: “Eu,
também, não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais” (João
8, 10-11).
A graça do perdão de Deus, a graça da
misericórdia de Deus, perdoa qualquer pecado por mais duro e por maior que ele
seja!!! A mesma graça da misericórdia de Deus nos chama a não nos enveredarmos
novamente pelos caminhos do pecado e do erro para que não nos aconteça coisa
pior.
Não existe coisa pior do que voltar à vida
velha, ao pecado velho; não existe coisa pior do que voltar para a vida
passada!!! Somos tentados e chamados a fazer isso, mas, o importante a cada dia
é lavarmos o nosso coração para que a vida nova de Deus esteja em nós. E mesmo
que caiamos em pecados ou em erros maiores do que outrora, maior é a
misericórdia de Deus!!! Não tenhamos medo de recorrer a essa graça; nós só
podemos ter medo de morrer no pecado e permanecer nele!!! QUE DEUS NOS LAVE E NOS PURIFIQUE DE TODAS AS NOSSAS FALTAS!!! Deus
te abençoe.
Maurílio Souza...
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