MENSAGEM DA CRUZ

MENSAGEM DA CRUZ
ESPAÇO LITERARIO SOBRE A MENSAGEM DA CRUZ :

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

IGREJA PEQUENA DO MATUTO SONHADOR: HISTÓRIAS DA IGREJA DO ROÇADO!!! UMA COLETANIA DOS MEUS 250 LIVROS GRATUITOS POSTADOS: LIVRO NÚMERO (76) SEPTUAGÉSIMO SEXTO - ESCRITOR OSWALDO DE SOUZA


A igreja no pé da serra aonde ia o irmão chorão, era chamado assim, pois orava e chorava aos pés do Senhor Jesus Cristo. Quanto tempo se passou a saudade que ficou dos hinos que cantava da harpa cristã surrada do pastor matuto que falava nóis vai e nóis fica, pastor simples de chinelo de dedo nos pés e a palavra no coração. Agora na cidade o irmão chorão lembra com saudade da igreja do Boqueirão no pé da serra...

Lembra com saudade e seu coração chora quando ia chegando à noite onde com ansiedade não via a hora chegar para ir para a pequena igrejinha adorar ao Deus dos símplices e humildes.

E quando chegava ele olhava para o altar e as lágrimas já começavam a rolar no momento sublime e feliz do matuto sonhador. Lembra da cruz, lembra do amor e gritava feliz, lembra da dor e gritava obrigado meu Senhor...

O matuto agora em suas lembranças vê seu pastor humilde cabisbaixo meditando na pregação preparada no coração de Deus que recebeu como revelação com sua enxada na mão. A igreja calada olhando para seu pastor com os olhos de sofredor semeando chorando aguardando seus feixes com amor.

A primeira igrejinha, o primeiro amor do irmão chorão sonhador. Mãos calejadas que carregava sua bíblia surrada, aguardando as ruas de ouro no paraíso celestial onde todos serão príncipes e doutor no seu lar celestial do seu Senhor...

Adeus vida sofrida, adeus chinelo de dedo, adeus roçado do suor, agora vive feliz o matuto no seu eterno penhor recebido do seu Deus de amor... Quando você pensa em igreja o que vem em sua mente? A imponência dos templos faraônicos? Ou na simplicidade e humildade de um povo? Igreja não são templos e sim pessoas!!! - A simplicidade e humildade precedem a honra!!!

Deus não escolhe e salva grandes templo de alvenaria, Deus escolhe e salva pessoas humildes e humanas para fazer seu templo, morada de seu espírito santo!!!

O IRMÃO PÉ DE CASCÃO:

José acorda com os galos, levanta de sua palhoça e vai para o roçado. Sempre com os pés descalços criando na sola dos seus pés o calejamento da dureza do chão dos caminhos poeirento das estradas do boqueirão. O irmão José pé de cascão como era chamado na igreja de sapé e chão batido.

Levava consigo pro roçado o velho embornal encardido e com cheiro de estrume de vaca. No embornal coisa pouca só uma broa de fubá um vidro de um recipiente aproveitado com café pretinho, amargo e sem doce que era como gostava. Uma bíblia surrada que havia ganho dos missionários, porém o irmão não sabia ler, mas sabia de cor e salteado seus versículos guardados em tempo de repetição.

Enxada nas costas seu instrumento e ferramenta de trabalho segue para sua labuta. Naquele dia específico tinha um roçado no terreno de Seu Manoel português em sua origem, com seu bigode cheirando a fumo de rolo, com o bafo cheirando ao rapé que fazia expirar pela manhã. Seu Manoel pede para o José fazer a limpeza, mas para tomar cuidado com a cascavel que morava no local.

Terminado o duro e cansativo serviço, ia agora para casa fazer um franguinho com quiabo para ficar forte, pois tinha culto na igrejinha de chão batido onde seus pés cascorentos socavam em um louvor e adoração aos Deus dos humildes trabalhadores. Esquecidos pelos homens, mas lembrados por Deus.

Agora era hora de se aprontar em um banho na bica do boqueirão, levava uma barra de sabão para lavar o poeirão e suor da labuta sertaneja. Alegrei quando me disseram vamos a casa do Senhor.

A igreja pequena e aconchegando abrigava em seu interior os sertanejos guacos que sem leitura ouvia a voz do seu pastor. Um home bom e companheiro que largara a cidade grande para ensinar a palavra de Deus ao povo sofrido e esperançoso da roça.

A música preferida de José Cascão era: Adeus roçado, adeus enxada, adeus terra vermelha da estradinha do boqueirão, pois vou morar no céu. Andar nas ruas de ouro preparada pros roceiros e doutores.

Lá não existe adeus ou até breve que se torna eterno na MORADA DO MEU DEUS. Adeus igreja, igrejinha do roçado vou morar com Jesus na minha casa preparada, amém!!!

DA ENXADA AO MOSQUETÃO COM JESUS NO CORAÇÃO. HOMENAGEM AO PRACINHA BRASILEIRO:

Ele era um homem que vivia no roçado, mãos calejadas da enxada sua companheira diária de sol a sol, saia pela manhã com sua marmita presa ao embornal semeando aquilo que seria o alimento das casas de seu povo, mãos marcadas pelas feridas do cafezal, homem simples e mateiro.

Conhecia todas as plantas e arvores nativas de sua região, homem bom, hospitaleiro e trabalhador que carrega em si a honestidade aprendida pelo seu velho pai, que recebia um beijo na mão e um sonoro “bença pai” que era respondido com um “Deus te abençoe”, pelo ancião matuto que um dia desbravou aquelas terras.

NO COSTUME DO ROÇADO A BENÇÃO DO PAI E A BENÇÃO DA MÃE ERAM IMPORTANTES E TODOS SE SENTIAM ABENÇOADO!!!

Mas um dia os pés descalços foram trocados pela dura botina do exército e sai o roceiro largando sua dura lida diária trocada à enxada pelo mosquetão e pelos estridentes ruídos dos canhões.

Não conhecia carro e nem avião viaja para uma terra longínqua longe dos seus familiares da roça troca agora a moringa ou o coité pelo cantil, troca sua enxada pelo fuzil logo ele aquele homem sereno e calmo de fala arrastada que nunca matou um animal que não fosse para comer.

Não é chamado mais pelo nome ou apelido dos cafezais e roçados agora é chamado por o pracinha Brasileiro, ou pelo número de sua surrada e agora suada gôndola seu blusão grande e mal cortado, mas o suor não é mais da lida do campo e arado, pois agora esta no campo hostil de uma guerra que não era a sua cheia de violências era o lugar de sua luta pela sobrevivência.

A ORAÇÃO FAZIA PARTE DO SEU COSTUME DIARIO, MATANDO A SAUDADE DOS FAMILIARES E DA IGREJA PEQUENA DO BOQUEIRÃO!!!

Carregava em seu embornal um pouco da terra vermelha do lugar onde nasceu e viveu que um dia espera voltar, onde nas horas de saudades segurava aquela terra e olhava para apagada foto do seu velho pai, que todos os dias aguardava ansioso por sua volta sentado nos degraus de entrada com o rosto triste e saudoso encostado na soleira da porta.

ORANDO E CHORANDO COM SUAS PALAVRAS ARRASTADAS DO SUJEITO DO MATO. ORAÇÃO ENSINADA PELO PASTOR DE CHINELO DE DEDO EM SUA SIMPLICIDADE!!!

Numa manhã de bombardeio nosso desconhecido herói cristão é atingido e vê seu sangue misturar com a terra que não era a sua, beija a foto do velho pai segura a bíblia com sua mão calejada agora suja de seu sangue que mistura a sua verdadeira terra, a terra de seu lugar o velho roçado com sua igrejinha e amigos e irmãos.

Neste momento longe dos seus ele dá o seu último suspiro e morre o pracinha brasileiro soldado 394 do batalhão de infantaria.

O CÉU UM AGURDAVA COM OS ANJOS EM UNISSONO SOM DIZENDO AO PRACINHA MATUTO CRISTÃO: SEJA BEM-VINDO AO SEU LAR CELESTIAL NÃO COM TERRA VERMELHA, MAS ESTRADAS DE OURO!!!

Alguns dias se passam e seu velho pai não recebe o seu filho de volta e sim uma bandeira que o pracinha Brasileiro cristão dignificou até a morte, a mesma bandeira queimada, pisoteada e desonrada por muito políticos corruptos e sem caráter de nossa ignorante atualidade...

NESTE DIA JUNTO Á SUA FAMILIA A IGREJA PEQUENA DO BOQUEIRÃO CHORA A MORTE DE SEU IRMÃO!!!

NOSSA MISSÃO DA IGREJA PEQUENA DO BOQUEIRÃO:

O pastor de chinelo de dedo e camisa surrada pregou hoje na igreja do roçado seu sermão: Nossa missão é levar paz ao cansado. Levar consolo ao desconsolado. É levar vida onde habitar a morte. Levar água ao sedento. Levar alegria a aquele que esta triste...

Nossa missão é levar a verdade onde existe o engano. Levar uma mão amiga ao que estiver caído. É levar o amor ao que só recebeu ódio. Levar esperança aos desesperados. Levar justiça aos injustiçados...

Nossa missão é levar harmonia para as famílias. Levar união aos desunidos da vida. É levar a amizade para aquele abandonado por todos. Levar a prosperidade do Senhor aos necessitados. Levar saúde ao que estiver enfermo e doente...

Nossa missão é ter compaixão com aquele que errou e perdoar aquele que nos ofendeu, mostrar misericórdia que é olhar com os olhos do coração as necessidades do próximo.

A gloriosa missão para a IGREJA PEQUENA DO BOQUEIRÃO é levantar da nossa zona de conforto e sair enfrentando estradas com chuvas e sol, frio e calor sendo preparados como obreiros do senhor feitos como o aço temperado pelo fogo e pela água. Caminhantes errantes que foram abençoados para abençoar e salvos para salvar...

NOSSA MAIOR MOTIVAÇÃO DA IGREJA PEQUENA DO BOQUEIRÃO:

Naquilo que falamos procuramos descrever os eventos relatados na bíblia de acordo com minha visão expositora dos fatos, muitas vezes através de nossas frases que são dirigidas aos ouvintes com isso estabelecendo entre nós uma mensagem real conforme nossos pensamentos e entendimentos. Sem criticar seu credo, fé ou religião, apenas com o intuito de abençoar sua vida...

Nosso interesse não é fazer proselitismo, pois nossa ação ou nosso empenho não é tentar converter uma ou várias pessoas em prol de nossa determinada causa, doutrina, ideologia ou religião, mas em proclamar as virtudes de Deus que nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz.

Não usamos com nossas narrativas de fatos bíblicos em técnicas de persuasão muitas vezes antiéticas, humanas e intelectuais...

Portanto nossa MAIOR MOTIVAÇÃO é abençoar, pois fomos abençoados, e salvos. E com a palavra de Deus recebemos nossa salvação em Cristo Jesus pelo aprendizado real bíblico, NA IGREJA PEQUENA DO BOQUEIRÃO...

COMO DIZEM OS POETAS NAS MÚSICAS:

IGREJA PEQUENA: Me lembro com saudade e às vezes meu coração chora. Vai chegando à noite, eu não vejo a hora. De ir para igreja adorar a Deus. E quando chego olho pro altar, vejo o pastor sentado.

Olhando pra igreja que está calada. Vejo em seus olhos um olhar sofredor. Porque se lembra com saudades da primeira igrejinha. Que era pequena e apertadinha. E não existia luz pra clarear...

Mas quando o pastor pregava o céu se abria. A igreja orava e o poder caía. Aquela que era igreja de oração. Igreja pequena, onde Deus falava. O poder caía e a Sua igreja Jesus visitava.

Onde está agora aquela igrejinha? Que o louvor subia. E no mesmo instante o poder caía. Eu sinto que esta igreja é como a de outrora. As crianças cantam e também dão glórias. E a mocidade é firme na fé...

E quando esta igreja clama, o Senhor responde. Descendo Sua glória e o Seu poder. Fazendo milagre acontecer. E hoje o pastor desta igreja se encontra feliz. Vai ensinando o que a Bíblia diz. Mantendo sua igreja firme e fiel. E toda igreja em oração, prossegue prudente. Em consagração, marcham para frente. A igreja que ora vai morar no céu...

Igreja pequena, onde Deus falava. O poder caía e a Sua igreja Jesus visitava. Onde está agora aquela igrejinha? Que o louvor subia. E no mesmo instante o poder caía. Aleluia!!! - Fonte: Musixmatch... Compositores: Josias Moreira Barbosa

IGREJA VELHA: Igreja velha que saudade imensa. Aquele tempo que bem longe vai. Quando você existia aqui. Recordações hoje traz pra mim. Igreja velha que saudade imensa. Daqueles dias que você deixou. Igreja velha não existe mais.

Amar a Deus você me ensinou. Igreja velha não existe mais. Amar a Deus, você me ensinou!!! Igreja velha quando eu me lembro. Do grande amor que você me deu. Passar os anos eu não me esqueci. Recordações hoje trás pra mim. Igreja velha não vou esquecer.

Que foi você quem me ensinou a amar. Igreja velha você não morreu. Dentro de mim, você viva está. Igreja velha você não morreu. Dentro de mim, você viva está. (Mas que saudade! mas que saudade imensa!!!

É isto mesmo minha velha igreja. É a saudade que está de dentro de mim. Quando me lembro daqueles dias maravilhosos. Você me amava, como também me ensinou a amar.

Olha, as coisas por aqui hoje estão muito diferentes. E com grandes saudades, também lembro de você. Obrigado minha igreja, por tudo o que você fez por mim. Você continua aqui dentro de mim, muito obrigado!!!

Igreja velha quando eu me lembro. Do grande amor que você me deu. Passar os anos eu não me esqueci. Recordações hoje trás pra mim. Igreja velha não vou esquecer. Que foi você quem me ensinou a amar.

Igreja velha você não morreu. Dentro de mim, você viva está. Igreja velha você não morreu. Dentro de mim, você viva está... Fonte: Musixmatch. Compositores: Jair Pires Da Silva.

No proseado do sertão meu pai me contava as prosas do carreirão. Meu pai ponhava nas manhãs de revoadas dos pássaros, o boi velho com o boi novo na carroça de atrelado. E pergunto o porquê desta prática da roça: Meu pai respondeu na letra de uma canção: Fui buscar um boi de carro. Que estava na prisão. Pra levar pra matadouro. A pedido do patrão.

Isto era ontem na vida do sertanejo e é na vida da igreja atual, depois de velho cansado, mas com toda experiência de uma vida o homem de Deus passa a ser considerado ultrapassado. E começa a valorizar o novo e bunito e bom no proseado, mas que nunca viveu o que era pregado.

Despreza e a igreja perde a quantidade de ensinamentos na mente dos velhos pastores sonhadores. Meu velho dizia assim o boi novo anda desnorteado e boi velho anda em linha reta.

O boi velho criou a reta carreirão, o boi novo como aquele que manqueja criou a estrada poeirenta e sinuosa e aí aprendemos a história do bezerro manco. O bezerro manco sobe morro acima e para facilitar, pois estão acostumadas as coisas rápidas e fáceis.

Vai subindo de carreirinha e zig e no zag ora para direita e ora para a esquerda sem um rumo certo. Formando aí o que chamamos o caminho do bezerro manco.

Pegar rota ou estrada errada perder- se, tomar uma decisão errada. Comprido que só vida de pobre. Muito longo. Conché. Manco. Concheba. Manco, coxo.

O manco cria caminho cheio de curvas e aquele caminho torna-se uma estrada, e depois uma avenida e depois o estradão que leva para o mundão torto com o caminho zigzagueado do bezerro novo. Háaaa se ao menos ele parasse e perguntasse ao boi novo e aí em pedido de ajuda facilitava a caminhada do povo da cidade....

Outra coisa não se lança fora o ferro que Deus afiou, pois, afiado ele afiara o ferro sem fio para afiar, ou endireitar e assim numa vida melhorada. Quando eu joguei o laço, O animal pra mim olhou, O que ele me falou.

Foi de cortar o coração: Me disse assim portador, Destino triste é o meu, eu não sei por qual motivo. O meu patrão me vendeu, ajudei a tanta gente. Fui escravo do roçado, Depois de velho e cansado, ninguém me agradeceu...

Gratidão arquivo em falta no mercado da vida. Vou contar uma história aqui; em um naufrágio de uma barca na noite fria de inverno muito caiaram nas águas fria do rio. Um moço forte bondoso e corajoso pulou nas águas geladas salvando muitas pessoas das águas geladas.

Passaram-se vinte anos aquele rapaz hoje já um senhor de idade foi entrevistado por um reporte da tv. O triste e fatídico fato deixou o homem bondoso em um cadeirante por causa da hipotermia das águas supergeladas.

Como ele estava sentindo em ser um salvador de muitas pessoas: Ele respondeu feliz e triste, porque nem uma destas pessoas voltaram para agradecer o seu feito. Ingratidão simplesmente ingratidão!!!

Ao lado do boi vapor, O meu primeiro parceiro. Só puxava o carro cheiro, obedecendo ao carreiro, na passagem do riacho, me ajoelhava no barro, ou desatolava o carro, ou quebrava o tanoeiro...

Quantas coisas os homens de Deus fizeram por sua vida e agora descansa esquecido pelos ingratos. Quem trabalhava comigo, batia por desaforo, cortava meu corpo inteiro. Com um chicote de couro, Invés de me libertar, para morrer no cercado.

Meu sangue vai ser jorrado, nas tábuas de um matadouro... Assim como Jesus Cristo morreu em uma cruz, perdoando a humanidade sem ser por muitos grateados!!!

Deus te abençoe!!! Oswaldo de Souza...


 

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