INTRODUÇÃO: Significado do Nome Lucas -
Lucas: Significa "o que vem da Lucânia", “lucano”,
"luminoso" ou "iluminado". O nome Lucas tem origem no grego
Loukás que é na realidade um apelido do original Loukanós, que quer dizer
"da Lucânia, lucano". O nome Loukanós vem da raiz lyke, luk ou luc,
que originaram a palavra lux que quer dizer "luz", por isso também é
atribuído à Lucas o significado de “luminoso”. Lucânia foi o nome de uma região
situada no sul da Itália entre o Mar Tirreno e o Golfo de Taranto.
Surgiu na Inglaterra por volta do século XII,
nas formas Luka e Luke, que deram origem a diversos sobrenomes, tornando-se
muito comum entres os cristãos de todo mundo através de várias grafias. É nome
de um personagem bíblico, autor do terceiro evangelho que leva seu nome
localizado no Novo Testamento. Lucas era um médico que foi convertido ao
cristianismo pelo apóstolo Paulo, e foi um companheiro dele por muito tempo em
suas viagens missionárias.
É mencionado por Paulo como “o médico amado”
e também pode ser citado como pintor. Lucas é o pioneiro dos artistas, dos
médicos e dos cirurgiões. Equivale ao nome Lúcio, que também tem sua origem
calcada na raiz lyke, luc, luk e significa “luminoso”. Lucas é um nome bastante
comum no Brasil, sendo atribuído apelidos carinhosos por amigos e familiares
para as pessoas com este nome, como Luca ou Luque.
Médico e companheiro fiel do apóstolo Paulo.
Foi o escritor do Evangelho de Lucas e de Atos dos Apóstolos. Que Lucas era
pessoa bem instruída é evidente dos seus escritos. Também, sua formação como
médico é notada no seu uso de termos médicos.
Lu 4:38; At 28:8. Lucas não classifica a si mesmo de testemunha ocular
dos eventos na vida de Cristo, registrados no seu Evangelho. (Lu 1:2) Portanto,
parece que ele se tornou crente algum tempo depois de Pentecostes de 33 dC.
No livro de Atos, Lucas é mencionado de modo
indireto pelo uso dos pronomes “nós” e “nos”, e por verbos na primeira pessoa
do plural. (At 16:10-17; 20:521:18; 27:128:16) Ele estava com Paulo em Trôade,
na segunda viagem missionária do apóstolo, e acompanhou-o dali a Filipos, onde
talvez tenha permanecido até o retorno de Paulo na sua terceira viagem
missionária.
Lucas acompanhou Paulo à Judéia, no fim desta
viagem missionária (At 21:7, 8, 15), e, enquanto o apóstolo estava por uns dois
anos encarcerado em Cesaréia, Lucas provavelmente escreveu seu Evangelho ali
(c. 56-58 dC). Acompanhou Paulo na sua viagem a Roma, para este ser julgado
ali. (At 27:1; 28:16) Visto que o livro de Atos abrange eventos a partir de 33
dC até o fim dos dois anos de encarceramento de Paulo em Roma, mas não registra
o resultado do apelo de Paulo a César, é provável que Lucas tenha completado
ali o livro de Atos por volta de 61 dC.
Lucas juntou-se a Paulo em enviar
cumprimentos aos cristãos em Colossos, quando Paulo lhes escreveu de Roma (c.
60-61 dC), e o apóstolo o identificou como “o médico amado”. (Col 4:14)
Escrevendo de Roma a Filêmon (c. 60-61 dC), Paulo incluiu cumprimentos de
Lucas, chamando-o de um dos seus “colaboradores”. Que Lucas continuou com Paulo
e estava com ele pouco antes do martírio do apóstolo é evidente da observação
de Paulo: “Apenas Lucas está comigo.”
2Ti 4:11.
Alguns sustentam que Lucas era gentio,
baseando-se principalmente em Colossenses 4:11,14. Visto que Paulo mencionou
primeiro os “circuncisos” (Col 4:11) e depois mencionou Lucas (Col 4:14),
inferem que Lucas não era da circuncisão e assim não era judeu. Mas, isto de
modo algum é conclusivo. Romanos 3:1,2, declara que Deus incumbiu os judeus das
suas proclamações sagradas. Lucas é um dos incumbidos dessas proclamações
inspiradas.
ESTUDO DE LUCAS PARTE DOIS: Lucas é o autor
do terceiro Evangelho e do livro de Atos, At. 1:1-5. Os dois livros mostram uma
similaridade de estilo. O escritor foi um companheiro de viagem de Paulo, At.
16:10-17. E os dois documentos são
dirigidos à mesma pessoa: Teófilo. O evangelho de Lucas foi escrito por volta
do ano 60 d.C.
I - QUEM FOI LUCAS: Homem crente, cheio do
Espírito do Senhor, com ampla visão da necessidade da obra, Lucas empregou seus
dons ligados à palavra escrita para proclamar o que sabia a respeito de Jesus
Cristo. Ele fora evangelista, pastor e chamado de “médico amado”:
1) O médico amado - Esse é o tratamento
afetivo que lhe dispensa Paulo em Cl. 4:14. Seus pais eram de origem grega.
Lucas não fora discípulo de Jesus, em seu ministério. Provavelmente
converteu-se com a pregação de Paulo. Por ter amplo vocabulário e dom da
comunicação, ao escrever o terceiro Evangelho e Atos, Lucas oferece-nos maior
quantidade de informações históricas do que qualquer outro autor do Novo
Testamento.
2) Evangelista e pastor - Lucas foi
companheiro nas viagens missionárias do apóstolo Paulo, permanecendo com ele
até sua morte, Cl. 4:14; 2Tm. 4:11 e Fm. 24. Lucas ficou em Filipos, na segunda
viagem missionária de Paulo, a fim de ajudar a estabilizar a nova igreja ali,
At. 16: 40; 17: 1.
II - ASPECTOS BÁSICOS DO LIVRO: a) A chave do
livro de Lucas - O autor diz, na introdução, 1:1-4, que muitos contemporâneos
haviam empreendido a mesma tarefa, o que nos leva a concluir que: havia, ao
tempo do escritor, várias obras que continham relatos de partes da vida e obra
de Jesus; os autores dessas narrações tinham tentado um arranjo sistemático das
fontes disponíveis, 1: 1; estes fatos eram bem conhecidos no mundo cristão; o
autor sentia-se tão bem informado e capaz como os outros para escrever sua
própria narrativa; dirigia sua obra a uma pessoa de alta categoria, a quem
trata de “excelentíssimo”.
Teófilo provavelmente havia sido informado
oralmente a respeito de Cristo, mas precisava de mais conhecimentos que o
firmassem e o convencessem da verdade.
b) Parábolas. Das 35 parábolas registradas no
NT, 19 são encontradas no Evangelho de Lucas, entre elas: a da figueira
estéril, 13; a da grande ceia, da dracma perdida, 15; do administrador infiel,
16; do fariseu e do publicano, 18.
c) A linguagem - O Evangelho de Lucas é o
mais literário de todos. Contém no início quatro belos hinos: o cântico de Maria, 1:46-55, quando foi
visitar Isabel; o cântico de Zacarias,
uma palavra profética do pai de João Batista, 1:67-79; o cântico dos anjos, 2:14, quando Jesus
nasceu e o cântico de Simeão, em 2:28-32, ao tomar o menino Jesus nos braços.
d) A paixão do Salvador, 18: 31-23: 56 - É
interessante observar como Lucas, ao relatar os dias finais de Jesus, dá um
toque característico de linguagem à última ceia, ao aviso de Jesus a Pedro, ao
episódio de suor com sangue, à disposição dos acontecimentos em casa de Caifás,
ao comparecimento de Jesus perante Herodes, ao discurso de Jesus às mulheres de
Jerusalém, 23:27-31, ao ladrão arrependido, sem alterar a sua marcha nem o seu
significado. As simpatias e os sofrimentos humanos foram postos em relevo por
Lucas, ao mostrar como o Filho do Homem sofria na cruz em obediência ao Pai.
e) Ao relatar a ressurreição do Salvador,
24:1-53, Lucas o faz de uma forma nova e diferente. A realidade é a mesma dos demais
evangelhos, porém a forma como relata a aparição do Cristo ressurreto aos
discípulos no caminho de Emaús elimina qualquer dúvida que, porventura, o
leitor possa ter quanto ao fato. A inesperada e convencedora manifestação da
presença viva de Jesus, sua interpretação das Escrituras e a convicção
espiritual que se apossou deles, quando Ele lhes falava, constituía evidência
incontestável de que alguma coisa de novo havia acontecido na terra.
III - ENSINOS QUE SE DESTACAM NESTE EVANGELHO:
O propósito de Lucas ao escrever para os gregos era o de alcançar a maioria dos
convertidos através da pregação de Paulo, At. 11:20-21. As pessoas educadas
nessa cultura costumavam glorificar a sabedoria, a beleza e o homem ideal.
Quando o evangelho começou a circular, puderam conhecer mais claramente a
mensagem universal de Jesus, que assim pode ser resumida:
a) Oferta universal de salvação - Jesus é o
perfeito Deus-Homem que oferece a salvação a todas as nações, Lc. 2: 29-32. É
uma oferta universal, pois para Ele não há judeu, nem gentio, nem grego, nem
bárbaro, nem escravo, nem livre. Sua obra é uma interpretação viva e completa
daquele que tem poder para redimir o homem em qualquer lugar e em qualquer
tempo.
b) Redentor e salvador - Lucas descreve
Cristo como redentor de todos os que creem, oferecendo perdão e salvação
independentemente do privilégio de uma raça particular ou nação, a saber: aos
samaritanos, 9: 51-56; 10: 30-37; aos pagãos, 2: 32; 3: 6; 4: 25-27; aos
judeus, 1: 33; 2: 10; aos publicanos, pecadores e desterrados, 3: 12; 5: 27-32;
7: 37-50; ao povo de modo geral, 7: 36; 11: 37; 14: 1; aos pobres, 1: 53; 2: 7;
6: 20; 7: 22; aos ricos, 19: 2; 23: 50; a mulheres e a homens.
c) A doutrina do Espírito Santo - Lucas dá especial atenção à doutrina do Espírito Santo, mais que Mateus e Marcos juntos. Ele nos informa que todos os principais personagens do Evangelho tinham o poder do Espírito Santo para a obra: João Batista, 1: 15; Maria, 1: 35; Isabel 1: 41; Zacarias, 1: 67; Simeão, 2: 25, 26, e o próprio Jesus 4: 1.
Deus te abençoe!!! Maurílio Souza...
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