MENSAGEM DA CRUZ

MENSAGEM DA CRUZ
ESPAÇO LITERARIO SOBRE A MENSAGEM DA CRUZ :

segunda-feira, 30 de setembro de 2024

DESLIGANDO DO PASSADO: TRIGÉSSIMA QUARTA LIÇÃO DO SEMINÁRIO E ENSINAMENTOS PARA OS SERVOS DE DEUS: POR OSWALDO SOUZA ESCRITOR!!!


CRESCENDO ATRAVÉS DA SANTIFICAÇÃO: (HEBREUS - 12.14). - (Hebreus - 12:14) - Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor; ... SÍNDROME DE LAZARO: João – 11.43,44. (João 11:43) - E, tendo dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora. (João 11:44) - E o defunto saiu, tendo as MÃOS E OS PÉS LIGADOS COM FAIXAS, e o seu ROSTO ENVOLTO NUM LENÇO. Disse-lhes Jesus: DESLIGAI-O, E DEIXAI-O IR... PARA HAVER UMA BENÇÃO SOBRE NOSSAS VIDAS PRECISAMOS DESLIGAR DO PECADO DO PASSADO!!! Nos também estávamos mortos em nossos delitos e pecados fomos ressuscitados, mas precisamos passar por um período chamado SANTIFICAÇÃO.

EXISTE UM PROCESSO DE LIBERTAÇÃO: SANTIFICAÇÃO: Existe um processo de libertação e encontramos este processo. Em Deuteronômio, mostra o que fazer para que uma mulher prisioneira de guerra fosse introduzida na tribo de Israel. (Deuteronômio 21:11) - E tu entre os presos vires uma mulher formosa à vista, e a cobiçares, e a tomares por mulher, (Deuteronômio 21:12) - Então a trarás para a tua casa; e ela RAPARÁ A CABEÇA e CORTARÁ AS SUAS UNHAS. (Deuteronômio 21:13) – E DESPIRÁ O VESTIDO DO SEU CATIVEIRO, e se assentará na tua casa, e CHORARÁ A SEU PAI E A SUA MÃE um mês inteiro; e depois chegarás a ela, e tu serás seu marido e ela tua mulher...

4 PROCESSOS DE SANTIFICAÇÃO OU LIBERTAÇÃO: 1º - RAPAR A CABEÇA: O cabelo significa cobertura e essa libertação ocorre em duas fases. Colossenses – 1.13. - 1º - Deus libertou do império das trevas: Nos livrou do jugo (laço) do diabo. Precisamos nos livrar do espírito de escravidão. 2º - NOS TRANSPORTOU PARA O REINO (GOVERNO) DO FILHO DO SEU AMOR: - No primeiro somos dominados no segundo somos dominadores.

(Efésios 2:6) - E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez ASSENTAR NOS LUGARES CELESTIAIS, em Cristo Jesus; (Efésios 1:20) - Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus. (Efésios 1:21) - Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro; (Efésios 1:22) - E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, (Efésios 1:23) - Que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.

2º - CORTAR AS UNHAS: - 1º - Significa retirar toda sujeira acumulada no decorrer dos anos, pedir que o sangue do cordeiro lave todos os pecados. 2º - Cortar as unhas significa cortar HÁBITOS E VÍCIOS PECAMINOSOS tanto em ATITUDES COMO EM PENSAMENTOS, em outras palavras; santificação de corpo, alma e espírito.

3º - TROCAR O VESTIDO DO CATIVEIRO: (RASGAR, DESTRUIR O VESTIDO). - OBS: Não reformados, reabilitados, reeducados. Somos recriados (NOVAS CRIATURAS). - (II Coríntios 5:17) - Assim que, se alguém está em Cristo, NOVA CRIATURA É:

AS COISAS VELHAS JÁ PASSARAM; eis que tudo se fez novo. - (Gálatas 6:15) - Porque em Cristo Jesus nem a circuncisão, nem a incircuncisão tem virtude alguma, mas sim O SER UMA NOVA CRIATURA. Rasgar o vestido do cativeiro é trocar de posição, não podemos ser príncipes e princesas na casa do rei Jesus com vestes de cativeiro.

EX; JOSÉ A FARAÓ – (Gênesis 41:42) - E tirou Faraó o anel da sua mão, e o pôs na mão de José, E o fez VESTIR DE ROUPAS DE LINHO FINO, e pôs um colar de ouro no seu pescoço. - EX: ESTER – (Ester 5:1) – SUCEDEU, pois, que ao terceiro dia Ester se VESTIU COM TRAJES REAIS, e se pôs no pátio interior da casa do rei, defronte do aposento do rei; e o rei estava assentado sobre o seu trono real, na casa real, defronte da porta do aposento. EX: REI JOAQUIM – (Jeremias 52:33) – E lhe fez MUDAR AS VESTES DA SUA PRISÃO; e passou a comer pão sempre na presença do rei, todos os dias da sua vida. VOCÊ QUER COMER PÃO NA PRESENÇA DO REI? TROCA O SEU VESTIDO!!!

COMO TROCAR A VESTE? VIVER DE MUDANÇAS: (Romanos 8:29) - Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.  (Romanos 8:30) - E aos que predestinou a estes também chamou; E aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou. 1º - MUDANÇA DE MENTE: (Metanoia ou arrependimento). - (Atos 2:38) – E disse-lhes Pedro: ARREPENDEI-VOS, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo!!!

MUDANÇA DE ATITUDE: (Atos 3:19) – ARREPENDEI-VOS, POIS, E CONVERTEI-VOS, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do SENHOR, RENOVAR SUA MENTE: (Romanos 12:1)...

ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em SACRIFÍCIO VIVO, SANTO e AGRADÁVEL A DEUS, que é o vosso culto racional. (Romanos 12:2) - E não sede conformados com este mundo, mas SEDE TRANSFORMADOS pela RENOVAÇÃO do vosso entendimento, Para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus...

PARA EXPERIMENTAR COISAS NOVAS: (I Coríntios 2:9) - Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que DEUS PREPAROU para os que o amam. 2º - PELA CONVERSÃO: Através da mudança de: Natureza -Procedimento ou atitude – De lado ou de direção. OBS: ESTES PASSOS SÃO NOSSOS E NÃO DE DEUS, NOS DECIDIMOS A LARGAR O PECADO E SERVIR A DEUS.

3º - REMIDOS – MUDANÇAS DE PRISIONEIRO A UM HOMEM LIVRE: Libertação do cativeiro – libertação da condenação. REMISSÃO: Vem da palavra; remitir que quer dizer colocar de volta no caminho (nos trilhos) ... 4º - JUSTIFICAÇÃO: (Atos 13:39) - E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser JUSTIFICADOS, por ele é JUSTIFICADO todo aquele que crê. Reconhecido por justo – Reconhecido por inocente. Estes passos são de Jesus o cordeiro de Deus.

5º - TRANSFORMAÇÃO (OU RESTAURAÇÃO): (II Coríntios 3:17) - Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. (II Coríntios 3:18) - Mas todos nós, com ROSTO DESCOBERTO, refletindo como um espelho a glória do Senhor, SOMOS TRANSFORMADOS de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor. MUDANÇA DE FORMA!!!

6º - GLORIFICAÇÃO: (Romanos 8:30) - E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também GLORIFICOU. Participação do poder de Jesus, de suas virtudes, sua natureza divina. A UNÇÃO DE DEUS TRAZ A GLORIFICAÇÃO!!! 7º - EXALTAÇÃO: Ser exaltado na gloria da eternidade para Jesus e com Jesus.

4º - CHORAR A SEU PAI E SUA MÃE: (Deuteronômio 21:13) - E despirá o vestido do seu cativeiro, e se assentará na tua casa, E CHORARÁ A SEU PAI E A SUA MÃE UM MÊS INTEIRO; e depois chegarás a ela, e tu serás seu marido e ela tua mulher. Significa renunciar heranças hereditárias, chorar e pedir perdão pelas nossas gerações passadas. ESQUECER O PASSADO!!!

CORTAR O CORDÃO UMBILICAL COM O PASSADO!!! - LEMBRE-SE: VOCÊ É UM PRÍNCIPE, UMA PRINCESA, VESTE SUA NOVA ROUPA E RASGA, JOGA FORA SUAS VESTES ANTIGAS. AMÉM!!! Meu irmão e minha irmã ouçam meu conselho e a palavra rema de Deus para sua vida: Não dirija sua vida olhando para o retrovisor.

ESQUEÇA – AVANÇA – PROSSIGA: Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Filipenses 3:12-14...

Um barco não afunda por esta dentro da água, mas afunda quando a água está dentro do barco... Um homem não peca por esta no mundo e sim porque o mundo está dentro dele... Mas como tirar o mundo de dentro do homem? Primeiro precisamos nos esvaziar das coisas deste mundo, tudo aquilo que está trazendo peso em nossa consciência, e com ele uma escravidão com algemas que não temos força para resistir ou vencer...

 

DEUS TE ABENÇOE!!! OSWALDO DE SOUZA...


 

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

PREPARA-TE, Ó IGREJA, PARA TE ENCONTRARES COM O TEU SENHOR: UMA COLETANIA DOS MEUS 250 LIVROS GRATUITOS POSTADOS: LIVRO NÚMERO (79) SEPTUAGÉSIMO NONO - ESCRITOR OSWALDO DE SOUZA!!!


Amós 4:1-13 - Bíblia Viva 1 ESCUTEM-ME, SUAS "vacas gordas" de Basã que vivem em Samaria, vocês mulheres que estimulam seus maridos a roubar os pobres e oprimir os necessitados, vocês que nunca têm bebida suficiente! 2 O Senhor Deus jurou pela sua santidade que vai chegar o dia em que Ele, colocará ganchos em suas narinas e as levará para longe de sua terra como se leva o gado. Todas vocês, até a última, serão levadas embora, arrastadas, presas pôr anzóis!

3 Vocês serão arrancadas de suas belas casas e empurradas para fora da cidade pela brecha mais próxima das muralhas. O Senhor falou... 4 Andem, continuem sacrificando aos ídolos em Betel e em Gilgal. Continuem desobedecendo; os seus pecados se amontoam. Ofereçam sacrifícios pela manhã, diariamente, e tragam os dízimos duas vezes por semana!

5 Façam sacrifícios a seu próprio modo e tragam ofertas especiais. Isso os deixa muito orgulhosos e vocês contam tudo aos quatro ventos! 6 Eu fiz vocês passarem fome, diz o Senhor, "mas isso não adiantou; vocês se recusaram a voltar para mim. 7 Eu arruinei as suas plantações, impedindo que chovesse três meses antes da colheita. Deixei chover numa cidade e em outra não. Enquanto chovia numa plantação, a outra ficava seca e morria.

8 Gente de duas, três cidades, caminhava cansada até um lugar onde houvesse chovido para conseguir um pouco d’água, mas não havia água suficiente para todos. Apesar disso, vocês não voltaram para mim, diz o Senhor.

9 Castiguei suas fazendas e vinhas com pragas e ferrugem; os gafanhotos comeram as suas figueiras e oliveiras e apesar disso tudo, vocês não se converteram a mim, diz o Senhor. 10 Mandei contra vocês pragas semelhantes às do Egito. Matei os seus jovens na guerra e espalhei os seus cavalos. O cheiro dos cadáveres era insuportável e assim mesmo vocês se recusaram a vir. 11 Destruí algumas de suas cidades como fiz com Sodoma e Gomorra. Os sobreviventes pareciam pedaços de lenha, meio queimados, tirados da fogueira. Mas vocês não quiseram voltar a Mim, diz o Senhor.

12 Por tudo isso, trarei sobre vocês todos os males de que falei. Prepare-se para enfrentar o julgamento do seu Deus, povo de Israel! 13 Vocês estão enfrentando aquele que formou as montanhas e criou os ventos, aquele que conhece cada um de seus pensamentos. Ele transforma o dia claro em escuridão e esmaga as montanhas com seus passos. O Senhor, o Deus do Universo é o Seu nome...

ESTA PALAVRA É PARA PREPARAR O CRENTE PARA ENCONTRAR-SE COM DEUS:

Amós 4.12, Portanto, assim te farei, ó Israel! E porque isso te farei, prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus. Devemos estar prontos para o arrebatamento, pois JESUS vem buscar os preparados e não os que estão se preparando. Em muitos o ensino escatológico provoca medo, porém este ensino foi dado por DEUS para nos dar a alegria em saber que brevemente estaremos com Ele para sempre. Salmos 101.6 Os meus olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá.

Alertar a todos que o noivo está chegando. Foi-nos dadas pistas para que pudéssemos saber, não o dia e nem a hora, porém a estação própria para a colheita de DEUS. Os sinais são patentes e as profecias nunca se cumpriram com tanta velocidade, estejamos prontos, aí vem o Noivo!!!! Mt 25.6 - Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro. Mt 25.13 Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir.

MEU IRMÃO ESTA É A HORA DA SUA DECISÃO:

"Multidões, multidões no vale da decisão!!! Porque o dia do Senhor está perto, no vale da decisão" Joel 3:14... O "vale da decisão", um local específico e espiritual em que os filhos de Deus passam em algum momento de suas vidas. Vale é como um buraco na montanha, a parte baixa, feia, sem vida do monte. Nós sabemos que Deus está em cima do monte, como Moisés pôde presenciar e tentou levar todos de Israel para vê-lo face a face, mas se o Senhor está em cima, por que vamos para baixo?

Para se subir a um monte, é preciso começar pelo vale, passar por ele é regra, uma vez que faz parte do caminho, mas não podemos estacionar nele, temos que decidir a subir para encontrar com nosso senhor. O versículo diz: "Multidões, multidões", não é uma multidão, são várias! Sinal de que muita gente passa e fica empacado no vale da decisão. Essas pessoas querem ver o Senhor, se não quisessem não se disporiam a subir o monte, mas por terem suas vontades contaminadas e passivas, param no vale e não conseguem caminhar.

A Palavra continua e diz que o dia do Senhor virá no vale da decisão. Amados, o Senhor é um Deus justo, Ele nos ama, mas é justo, portanto, se não nos decidimos plenamente por Ele e por sua Vontade chegará um momento em que o Seu dia chegará sobre nós e aí, Ele decidirá como ficará nossa situação. Não rejeitemos isso, vamos passar rapidamente pelo vale da decisão e continuar a subir o monte.

CONCLUSÃO: - Você está preparado para a volta do nosso Senhor Jesus? (Hebreus10:37) “Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará;”

PREPARA-TE, Ó IGREJA, PARA TE ENCONTRARES COM O TEU SENHOR: Amós 4:1-13...

ANÁLISE HISTÓRICA: Amós, um dos maiores chamados profetas "menores". Profetizou durante os dias de Uzias, rei de Judá e de Jeroboão II, rei de Israel. Acerca de 760 ªc. Amós pertencia à classe pobre dos aldeões onde sabia que os pobres eram oprimidos e os ricos ficavam cada vez mais ricos e os pobres tornavam-se cada vez mais empobrecidos. Qualquer propriedade possuída pelo pequeno proprietário era obrigado a vender e havia uma força bruta adversas. Para Amós não havia justiça na terra.

Os que emprestavam dinheiro tomavam as roupas para servirem de garantia pela dívida. Os Juízes recebiam subornos onde a injustiça significava vitória e a verdade derrota. - O homem honesto perdia o direito de ir aos tribunais e até mesmo o direito à vida. - Ou seja, não havia ordem. Amós era um camponês de Tecua. (cerca de seis milhas ao sul de Belém) onde exerceu atividade durante o reinado dos reis contemporâneos Ozias e Jeroboão.

O seu ministério se instaurou claramente no apogeu da prosperidade de Israel. Passava a maior parte do seu tempo como pastor e "cultivador de sicômoros" fruto semelhante ao figo. - Amós foi advertido por Amasias que deveria ganhar o seu sustento em Judá (aceitando um salário como os profetas profissionais).

Amós respondeu que ele não era um nãbi (profeta) daquele gênero, nem era tampouco um dos "filhos dos profetas": Recebera uma vocação especial. A sua mensagem era direta contra as injustiças sociais, e se tornou em um grande defensor da justiça. Amós foi um profeta enviado por Deus a um povo obstinado, que não queria ouvir a Sua voz.

Foi necessário que Deus enviasse sobre eles à seca, a fome, as pragas dos gafanhotos, para eles pararem e caírem em si.  Mas, mesmo assim, a dureza do coração persistia e aquele povo continuava longe de Deus. - Agora, através deste profeta do sul, Deus manda como que um ultimato: - "Prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus".

Esta é a tua última oportunidade. Ou te arrependes dos teus pecados e dos teus maus caminhos ou virei a ti e tirarei de ti o teu castiçal, para não teres mais oportunidade de brilhar! Às vezes é preciso chegar a medidas extremas para que vejamos o perigo em que estamos.

OBJETIVO DESTA (PALAVRA) ESTUDO:

1º - PREPARAR O CRENTE; para encontrar-se com DEUS – “Amós 4.12 Portanto, assim te farei, ó Israel! E porque isso te farei, prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus”.

Devemos estar prontos para o arrebatamento, pois JESUS vem buscar os preparados e não os que estão se preparando. Em muitos o ensino escatológico provoca medo, porém este ensino foi dado por DEUS para nos dar a alegria em saber que brevemente estaremos com Ele para sempre. – “Salmos 101.6 Os meus olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá”.

2º - ALERTAR A TODOS; que o noivo está chegando. Deus esta dando pistas para que possamos saber não o dia e nem à hora, porém a estação própria para a colheita de DEUS. Os sinais são patentes e as profecias nunca se cumpriram com tanta velocidade, estejamos prontos, aí vem o Noivo; - “Mt 25.6 - Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.

Mt 25.13 - Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir”. - Meus irmãos e amigos um dia querendo ou não todos compareceram diante de Deus, para prestar contas da tua vida. Que preparação tens feito para esse encontro com Deus? Lembra-te que, perante Deus, ninguém pode prevalecer com seus pecados e com sua alma manchada, por isso.

"PREPARA-TE MEU IRMÃO PARA TE ENCONTRARES COM DEUS"!

Em que consistirá essa preparação? Será que são suficientes as tuas boas obras? Será que tens merecimentos próprios para comparecer diante de Deus, Santo Justo e Verdadeiro? Lembre-se "todos nós somos, aos Seus olhos, como o imundo e todas as nossas justiças como trapos de imundície” (Isaías 64:6). Estamos mortos em delitos e pecados, logo, nada disso servirá de preparação.

QUE FAREMOS, POIS?

1º - Cada um de nós sinta os seus pecados, arrependa-se e confesse os seus pecados a Deus – “Atos 2:38 - E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo”; 2º - Cada um de nós creia, de todo o coração, no Senhor Jesus Cristo – “Atos 16:31 - E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa”.

Cada um de nós lance sobre Jesus os seus pecados, pois Ele é fiel e justo para nos perdoar - I João 2:1 – “MEUS filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. I João 2:2 - E ele é a propiciação (sacrifício e oferta a Deus para receber a absolvição) pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo”.

PROPICIAÇÃO: Sacrifício e oferta a Deus para receber a absolvição e justificação. Absolvição: Ser livre da condenação. JUSTIFICAÇÃO: ser feito por justo ou inocente. Cada um de nós dê testemunho da sua fé, sendo batizado – “Atos 2:31b - Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados”.

MEU IRMÃO ESTA É A HORA DA SUA DECISÃO: "Multidões, multidões no vale da decisão! Porque o dia do Senhor está perto, no vale da decisão" Joel 3:14.

O "VALE DA DECISÃO"; Um local específico e espiritual em que os filhos de Deus passam em algum momento de suas vidas. Vale é como um buraco na montanha, a parte baixa, feia, sem vida do monte. Nós sabemos que Deus está em cima do monte, como Moisés pôde presenciar e tentou levar todos de Israel para vê-lo face a face.

MAS SE O SENHOR ESTÁ EM CIMA, POR QUE VAMOS PARA BAIXO?

Para se subir a um monte, é preciso começar pelo vale, passar por ele é regra, uma vez que faz parte do caminho, mas não podemos estacionar nele, temos que decidir a subir para encontrar com nosso senhor. Lembre-se: vale representa o mundo um lugar de sofrimento e provação.

Monte representa a igreja (a porta do céu), um lugar de paz e bênçãos, milagres e poder, santidade e amor onde habita Senhor Jesus. Monte também simboliza a eternidade onde encontraremos com o Senhor Nosso Deus. O versículo diz: "Multidões, multidões", não é uma multidão, são várias!

Sinal de que muita gente passa e fica empacado no vale da decisão. Essas pessoas querem ver o Senhor. Se não quisessem não se disporiam a subir o monte, mas por terem suas vontades contaminadas e pecados, param no vale e não conseguem caminhar.

LEMBRE-SE: MUITOS SÃO CHAMADOS E POUCOS OS ESCOLHIDOS.

A Palavra continua e diz que o dia do Senhor virá no vale da decisão. Amados, o Senhor é um Deus justo, Ele nos ama, mas é justo, portanto, se não nos decidimos plenamente por Ele e por sua Vontade chegará um momento em que o Seu dia chegará sobre nós. NESTE MOMENTO ELE DECIDIRÁ COMO FICARÁ NOSSA SITUAÇÃO!!! Não rejeitemos isso, vamos passar rapidamente pelo vale da decisão e continuar a subir o monte para encontrar com o Senhor Jesus.

CONCLUSÃO: Você está preparado para a volta do nosso Senhor Jesus? (Hebreus 10:37) “Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará;” Queria falar do significado de duas palavras deste estudo: 1º - ENCONTRAR: essa raiz denota um encontro planejado em que o sujeito intencionalmente confronta o objeto. "Ter encontro previamente (próximo) marcado". - 2º - PREPARAR: Aprontar, arranjar, dispor com antecedência. Predispor favoravelmente. Estudar, organizar previamente. Dar preparo, tendo em vista algo futuro, onde certas coisas são arrumadas.

VENCENDO O VALE:

(Salmos 84:2) - A minha alma está desejosa, e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo. (Salmos 84:3) - Até o pardal encontrou casa, e a andorinha ninho para si, onde ponha seus filhos, até mesmo nos teus altares, SENHOR dos Exércitos, Rei meu e Deus meu. (Salmos 84:4) - Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvar-te-ão continuamente. (Selá.) (Salmos 84:5) - Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados. (Salmos 84:6) - Que, passando pelo vale de Baca, faz dele uma fonte; a chuva também enche os tanques.

(Salmos 84:7) - Vão indo de força em força; cada um deles em Sião aparece perante Deus. (Salmos 84:8) - SENHOR Deus dos Exércitos, escuta a minha oração; inclina os ouvidos, ó Deus de Jacó! (Selá.) (Salmos 84:9) - Olha, ó Deus, escudo nosso, e contempla o rosto do teu ungido. (Salmos 84:10) - Porque vale mais um dia nos teus átrios do que mil. Preferiria estar à porta da casa do meu Deus, a habitar nas tendas dos ímpios. (Salmos 84:11) - Porque o SENHOR Deus é um sol e escudo; o SENHOR dará graça e glória; não retirará bem algum aos que andam na retidão. (Salmos 84:12) - SENHOR dos Exércitos, bem-aventurado o homem que em ti põe a sua confiança.

INTRODUÇÃO: A vida humana se dá em meio a muitas lutas e tristezas. E a Palavra de Deus, longe de minimizar esse fato, nos mostra que por vezes (e muitas vezes), no nosso caminhar nem tudo são rosas, nem tudo é planícies... HÁ VALES PROFUNDOS, VALES SECOS, ÁRIDOS; HÁ ERMOS, HÁ DESERTOS: HÁ UM VALE DE LÁGRIMAS... É assim que o salmista do salmo 84 se refere e chama a sua própria vida: Vale de lágrimas - v. 6 (Bakha' no Hebraico; isto é: choro, lágrima).

Porque no mundo em que vivemos, por vezes, acabamos dando em um vale de lágrimas. De modo particular cada um de nós já passou, ou está passando, por esse vale. Para alguns, o vale da perda, da traição, da violência, para outros, o vale da tentação, da indiferença ou da depressão. Há sempre um desses vales sombrios que nos fazem chorar no caminho,

MAS O QUE FAZER? O salmista que passou essa terrível experiência nos dá a fórmula para quem quer atravessar esse vale e sair dele. 1. É PRECISO TER DEUS COMO FONTE DE NOSSA FORÇA; - V.5. "bem-aventurado o homem cuja forca está em Ti"... Só vence o vale de lágrimas aquele que faz de Deus a sua Fonte, o seu Gerador-mor, a Usina de sua vitalidade. 

Isso porque não há força humana que resista ao Vale de Baca. Na hora do desprezo, da depressão, da tragédia, qualquer forca humana é menor que as adversidades que nos atingem. Portanto, só vence o vale de baca quem já entra nele afirmando de onde vem a sua força. A nossa força não vem do pensamento positivo, não vem do dinheiro, não vem da família - a nossa força vem do Senhor.

2. É PRECISO TER A GEOGRAFIA DO CORAÇÃO MUDADA: "Bem-aventurado o homem (...) em cujo coração se encontram os caminhos aplanados, o qual, passando pelo vale árido, faz dele um manancial (...)". Esse que é capaz de transformar o vale árido das lágrimas num manancial de bênção, é aquele cuja geografia do coração já foi alterada - o seu coração já foi aplanado, nivelado. Ele tem um coração plano, sem tortuosidade.

ISTO SIGNIFICA O SEGUINTE: só muda a geografia do lado de fora da vida, quem já mudou a geografia do lado de dentro. É a topografia do coração que determina a topografia da vida. Portanto, é impossível mudar a história que nos circunda, sem que primeiro mudemos a história do nosso coração. Quem traz dentro de si essa geografia do coração transformado é capaz de transformar qualquer deserto em manancial de bênçãos.

3. É PRECISO VIVER A TEOLOGIA DA GRAÇA: Essa teologia esta em todo esse salmo 84 ...e o verso 11 traz essa afirmação da graça dizendo: "Porque o SENHOR Deus é Sol e Escudo; o SENHOR dá Graça e Glória". É impressionante a redundância intencional do salmista ao falar da Graça: "SENHOR dá Graça".

Graça já significa dar; "dar graça" então é graça ao quadrado - é graça em dobro. O que significa? Significa que o vale de lágrimas não é em razão de um estancamento, um esgotamento, uma exaustão da Graça de Deus. O vale não estanca a Graça de Deus, ele apenas a inflaciona a torna do tamanho da nossa dor.

Ela ganha a anatomia do nosso sofrimento. De modo que quanto maior a dor maior o derrame e dispêndio da Graça em nossa vida. É por isso que é na travessia das lágrimas que o tem maior percepção da grandeza da Graça de Deus: ...no verso 1 ele chama DEUS DE AMÁVEL, no verso 2, de DESEJÁVEL, ...e ainda no 2, de PROMOTOR DA ALEGRIA. No verso 3, ele PERCEBE DEUS COMO NINHO. Deus se torna o seu Lugar de descanso e repouso. E no verso 9, Deus é ainda o seu PROTETOR. É DEUS ESCUDO.

CONCLUSÃO: Quem sabe, nós não estejamos hoje, no meio de nosso Vale de Baca - consumidos pelas lágrimas do sofrimento. Esse salmo é uma carta de alforria de Deus para nossas vidas, ...cujo cotidiano é marcado por essas mudanças ou contratempo e lutas que acabam por tornar nossas vidas em um vale de lágrimas. De modo que com essas atitudes certas nós podemos transformar o vale de lágrimas em vale de bênçãos.

E O VALE DA INDECISÃO EM VALE DA DECISÃO!!! IRMÃOS PERMANECEMOS FIRMES EM NOSSA FÉ PREPARADOS PARA ENCONTRAR COMO O NOSSO SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO!!!

 

Deus te abençoe!!! Oswaldo de Souza.

 

 

 


 

A LENDA DO CAVALEIRO DO QUILOMBO: UM CONTO RESUMIDO PROSEADO DE CHICO ITAUNA!!! UMA COLETANIA DOS MEUS 250 LIVROS GRATUITOS POSTADOS: LIVRO NÚMERO (78) SEPTUAGÉSIMO OITAVO - ESCRITOR OSWALDO DE SOUZA!!!


Esta história aconteceu nos meados de 1870 uns dez anos antes do término da escravatura no Brasil; no ano de 1888 a escravidão foi abolida através da Lei Áurea, que foi assinada pela princesa Isabel no dia 13 de maio daquele ano. Essa medida beneficiou uma grande quantidade de escravos que ainda existia no país. Contudo, não podemos achar que a escravidão acabou no Brasil do dia para a noite. 

Entre uma pitada e outra do velho e bom para o Chico cigarro de palha com seu fumo de rolo. Francisco homem velho de idade com rugas da dureza do tempo, cabeça branquinha com suas cãs pichainho; conta sua história desde os primeiros anos como escravo assim como também de seus avôs vindo da África em navios chamados negreiros...

O velho Chico começa sua historia às vezes meio triste outras vezes esboçava um leve sorriso naquela boca desdentada e com muitos dentes apodrecidos pelos maus tratos e de mastigar o fumo de rolo; ele conta sua longa historia: O moço Chico jovem escravo fortalecido pela dureza das batalhas do dia a dia, corpo marcado pelos chicotes e amarras dos brancos com seu subjugo nas duras correntes que cortavam os pulsos e calcanhares do pobre mulato que nasceu na senzala e tirado de sua mãe quando tinha quatro anos. 

Criado pelos duros feitores homens maus e castigadores crescendo entre troncos, cafezais, chicotes e canaviais, com cicatrizes que eram como tatuagens da ignorância dos senhores de engenhos e dos cafezais...

Os avôs de Chico chegaram ao Brasil depois de ficarem por muito tempo nos porões de navios de negros africanos trazidos pelos comerciantes portugueses e vendidos para produção de açúcar chegando homens e mulheres que foram caçados, aprisionados e depois escravizados e judiados pelos homens brancos, agora eu pergunto quem vai pagar por tais atrocidades??? 

Os escravos faziam os trabalhos rudimentares com suas tarefas pesadas e cruéis. Entre senzalas e vendas e leilões animalescos como se os brancos fossem donos do mundo, mas eram apenas homens sem bondade, misericórdia e alma.

Homens orgulhosos, soberbos e ignorantes que ignorava que os negros tinham e tem almas, sofrimentos e sentimentos que eram homens e mulheres normais apenas diferenciadas por sua cor, que eram tratados como animais das florestas com semelhança ao homem.

Um dia Chico já um homem forte depois de viver mais de vinte anos subjugados nos troncos: Tronco era o nome dado ao material de tortura e grande humilhação, era constituída de madeira dura como os corações insensíveis dos senhores e feitores; que eram homens contratados pelos senhores de fazenda cuja função principal era vigiar e castigar as duras penas os escravos. O tronco era colocado estrategicamente nos lugares onde podia ser visto por todos nas senzalas a titulo de exemplo...

Se fossemos medir a ignorância destes homens chegaríamos à insensibilidade zero a desumanidade total. E hoje eu vejo pessoas indignadas e com razão de Hitler e seus castigos hediondos, pessoas que são descendentes insensíveis quanto ao trato de familiares cruéis dos seus bisavôs; feitores e donos de cafezais e cana de açúcar que são seus antepassados que deixaram na família um rastro de maldição quanto as suas atrocidades, mancharam suas riquezas com sangue inocente.

Um dia o escravo Chico estava em mais um dia de sua dura lida trabalhando nos cafezais de seu Manuelino um homem mal de família portuguesa rico de bens e pobre dos bens, subjugado pelo capataz Genésio homem mal contratado a peso de ouro, por causa de sua maldade nos tratamentos dos escravos. Dia comum onde o sofrimento era algo do cotidiano. Genésio sem dó pega com seu chicote e castiga o Bentinho escravo adolescente e visto como rebelde presença assídua nos troncos com seu corpo já marcado...

Os jovens de hoje tem tatuagens neste tempo de escuridão no Brasil pela dureza da cerviz dos cafeicultores os corpos eram marcados pelos cortes dos chicotes malditos da era colonial ou podemos chamar do período covarde dos senhores das fazendas com seus bigodes nojentos e encardidos pelo fumo e pelas marafas. Bentinho não suportando a dureza das chicotadas desmaia e seu corpo inerte cai completamente desfalecido. Neste momento atroz o escravo Chico pensou; Mataram Bentinho!!!

Em um momento de fúria o moço Chico escravo forte com seus músculos naturais construídos pela labuta do dia a dia no roçado, pega a Genésio pela sua jugular e em um só golpe de seus braços quebrando o pescoço do maldoso capataz. Agora não tem jeito mais; Chico moço valente sai correndo embreando nas matas em uma corrida frenética pela vida. 

Sem parar para descansar o escravo Chico chega a uma aldeia de índios chamados Os Puris; Era um povo de origem Puri, grupo indígena possivelmente oriundo dos Tupis-Guaranis, que juntamente com os brancos e os negros são responsáveis pela formação do povo de Viçosense.

Ali o jovem escravo negro forte e alto mistura de raça do homem branco dono de cafezais com sua mãe a moça Francisca dado a origem de seu nome Francisco que também era seu sobre nome Francisco de Francisca.

Aquela aldeia dos Puris era situada em uma mata fechada onde formaram o grupo Puris do caiapó em um lugar perto da aldeia embrenhadas pelas matas na bocaina de Botafogo que era um Quilombo para onde o escravo Chico Itaúna (Pedra Preta); apelido e nome dado pelos índios do povo indígena Puris. Já totalmente recuperado de sua luta pela liberdade e em busca de uma vida de paz.

Observamos aqui; Dois povos duas marcas um dos fugitivos; os escravos a outra expulsa de seus habitares naturais tentam sobreviver de maneira pacifica e harmoniosa o povo de origem indígena e o povo de origem escravos do Quilombo da Bocaina do Botafogo.

O Quilombo da bocaina do Botafogo foi de origem da família composta por doze escravos fugitivos que deram origem aqueles grupos de escravos fortalecidos cada dia mais pelos fugitivos que já compunha em sua quantidade de mais de cento e trinta homens e mulheres mais crianças que viviam da caça e das hortaliças e frutas campestres plantadas e cultivadas em meio ao matagal com suas grandes arvores e plantas nativas, aquele lugar era chamado de quilombolas. O município de Botafogo existe ate os nossos dias vista como uma comunidade de origem Quilombeiras.

Quilombo é o nome dado no Brasil aos locais de refúgio dos escravos fugidos de engenhos e fazendas durante o período colonial e imperial. Nesses locais, os escravos passavam a viver em liberdade, criando novas relações sociais com índios e nativos, os matutos e ermitões grupo que eram chamados eremitas. Muitos quilombos existiram no Brasil e centenas deles ainda existem, formando o que hoje é chamado também de comunidades quilombolas.

Os quilombos no Brasil também eram conhecidos como mocambos. Nos demais locais da América onde houve escravidão também ocorreu a formação desses locais de refúgio e vida em liberdade. Os quilombos eram locais de refúgio, mas também de resistência dos escravos contra a escravidão. Neles, os escravos plantavam e realizavam coletas de produtos das matas, como madeira e frutos, além de caçarem e criarem animais.

A população dos quilombos era formada tanto por escravos e escravas quanto por indígenas e homens livres, mestiços ou brancos pobres. Houve quilombos grandes e pequenos, alguns com milhares de pessoas, outros com algumas centenas, sendo os pequenos os mais comuns. Nos quilombos os fugidos constituíam famílias, criando uma nova forma de sociedade, na maioria dos casos livre da escravidão.

Na chegada daquele novo escravo Francisco o Itaúna ou pedra preta, negro forte corajoso e bom de briga e guerra que sabia a arte de se esconder e que corria quilômetros sem se cansar. Chico logo conheceu uma escrava branca de olhos azuis como o céu e cintilante quanto o mar seu nome era Ignácia, pois era filha de fazendeiros que viviam de plantação de café e mandioca na confecção de farinhas de mandioca em meio aquela terra hostis com homens maus de um arraial chamado Tabuleiro.

Ignácia teve seu nome trocado por Vitoria, Céu nos olhos por ser uma linda moça companheira e ajudadora de olhos de um puro anil, em todas as tarefas era prestativa  e logo o moço Chico se apaixona por aquela escrava branca de olhos azuis da cor do céu que deu origem ao seu apelido; Vitoria (por causa da lenda indígena da Vitoria Regia).

Assim como em outros municípios da Zona da Mata, a região onde se localiza o município de Tabuleiro teve como seus primeiros habitantes índios das tribos Croatos e Cropós e também em suas matas os Puris. Na segunda metade do século dezessete. 

Por volta de 1767, o Padre José Manoel de Jesus Maria inicia o processo de catequese dos índios na então freguesia do Mártir São Manoel dos Rios Pomba e Peixe dos Índios Croatos e Cropós, sendo que 74 anos depois, pela lei provincial de 7 de abril de 1841, foi criado o curato do Senhor Bom Jesus da Cana Verde no local onde hoje funciona a própria sede da prefeitura municipal de Tabuleiro.

Tudo indica que a origem do nome de Tabuleiro remete ao modo como viajantes tropeiros e mascates denominavam a região, pois, quando por ali passavam, eram recebidos pelos moradores vendendo doces, pães, bolos e alimentos diversos em tabuleiros de madeira que eram colocados nas janelas das casas. Naquele lugar moravam os pais de Inácia até que foram ameaçados e perseguidos por duros cafeicultores em busca de terras para seus plantios e suas ocupações que eram feitas de mortes e violência.

As casas dos colonos eram queimadas e expulsos de suas propriedades e a partir dai se tornavam escravos dos grandes senhores de engenho e cafeicultores com sua força política e corrupta chegavam com seus matadores de alugueis tomando de maneira covarde e cruel suas propriedades subjugando os que ficavam vivos que eram tratados como escravos brancos.

Ali no subjugo dos chicotes cresceu a linda escrava branca Inácia com seus olhos de cor azul da cor do mar. Um belo dia ainda adolescente Inácia trabalhava na dura colheita de café. Linda era perseguida pelos patrões e seus filhos por sua beleza, foi atacada em meio ao estradão um caminho escuro cercado por uns matagais e animais. Inácia foi atacada por cinco dos homens do seu Senhor e nesta luta Inácia foi feroz como uma onça, mas em seu corpo jovem e frágil foi subjugada; pelos malfeitores homens maus e perseguidores.

Ali perto quatro dos índios Puris estavam caçando com suas flechas envenenadas por ervas cujo veneno adormecia os animais que eram levados para servirem de alimentos e seus ossos de adereços e pontas de lança armas usadas na caça e na proteção contra homens perseguidores e covardes em busca de terras para plantio.

A guerra e as lutas eram constantes entre os senhores dos vilarejos com os índios que viviam de maneira pacifica e ordeira em meio das matas da Bocaina de Botafogo. Foram cinco flechadas certeiras e aqueles animais vestidos de gente, pois assim eram chamados os capatazes, feitores e matadores de alugueis por serem maus por suas atitudes e origem eram piores dos que os animais. Salvo dos seus algozes a adolescente Inácia foi protegida pelos Índios Puris. O chefe daquele grupo de caça foi o moço índio Caipora hábil caçador que não se condoía de matar animais cortando com sua faca feita de ossos os pescoços.

Ali estavam agora indefesos os homens capatazes hediondos completamente adormecidos pelo veneno das pontas das flechas, Caipora dá uma ordem e matam como o carcará ave de rapina sem dó nem pena e cortando suas jugulares jogam no rio para serem levados para longe de suas aldeias. E assim foi feito. Conduziram aquela moça branca e escrava que perdeu seus direitos de liberdade pela maldade dos brancos. É levada em proteção para a aldeia próxima ao Quilombo de Bocaina do Botafogo.

Na crença daqueles índios os homens que morriam que não pertencia a tribo deveriam ser jogados nos rios assim fazendo trariam para os índios abundancia de peixes. Isto era orientado pelo Pajé: O pajé era uma figura de extrema importância dentro das tribos indígenas do Brasil. Detentor de muitos conhecimentos e da história da tribo, ele é o indígena mais experiente. Eram os Pajés responsáveis por passar adiante a cultura, história e tradições da tribo. 

O pajé também possui a função de curandeiro dentro da tribo, pois conhecia diversos rituais e também o poder da cura com ervas e plantas. O pajé também possui a função de líder espiritual da tribo. Ele conhece os meios de entrar em contato com os espíritos e deuses protetores da tribo.

Continuando a historia da escrava branca salva pelos índios que passou a ser chamada de Vitoria, por causa da lenda da Vitoria Régia, pois ela era branca como a flor da planta aquática que tinha os azuis cintilantes em suas pétalas como o azul dos olhos da moça. Como ela insistia em ser chamada por Ignácia; Passou a ser chamada de Vitoria Ignácia.

Ali entre os índios Puris aquela escrava branca agora tratada com carinho e cuidada pelas índias mais velhas, pois era assim naquela comunidade indígena as mais experientes cuidavam como mães das mais novas. Ignácia agora escondida e guardada pelos índios Puris passa a viver entre sua nova família a família dos selvagens e fortes contra os inimigos e homens maus, mais benevolentes e protetores dos homens bons os índio Puris da Bocaina. 

Seu nome Ignácia é trocado por açucena agora batizada pelo Pajé da tribo: Que quer dizer branca e singela, a escrava branca e adolescente vive agora livre em meio a sua nova família a Vitoria Ignácia ou Açucena.

Assim como na chegada de Chico Itaúna o pedra preta cercada de curiosidades das índias solteiras. Vitoria Ignácia a Açucena foi cercada pelos índios jovens e solteiros que nunca viu uma moça tão branca e doce como aquela. O escravo Chico Itaúna negro por natureza fugitivo que vivia ainda com os índios Puris saiu à caça e ensinava aos índios a arte da caça das tribos africanas arte aprendida com seu avô que tinha sido cacique de sua tribo de origem dos Zulus.

Todos os ensinamentos de caça dos Zulus foram passados para Chico Itaúna que agora passa os costumes milenários das tribos da África antiga. O avô do escravo descendente dos reis Zulus com seu olhar altivo de cacique, embora sendo escravo judiado não perdeu sua dignidade dos chefes das tribos. Com sua voz forte de trovão ensinava os costumes da tribo os Zulus para Chico Itaúna.

Chico Itaúna o homem de pedra como era chamado saia para a caça e trazia suas caças para a tribo Puris, e sempre quando chegava à aldeia da Bocaina de Botafogo, tinha festa e o que não faltava no fogo das fogueiras improvisadas eram as carnes dos animais. Quando Chico Itaúna chegou jovem negro e bonito, forte e valente foi recebido com festa e logo apresentado para a escrava branca de olhos azuis e singela, muito bela com seus cabelos claros agora soltos sem os lenços protetores e o grande chapéu de palha que sombreava seu rosto.

O homem de pedra Itaúna abre um sorriso com seus dentes brancos cuidado com ervas e ossos de animais, pois era assim que cuidavam dos dentes e hálitos com plantas dos ensinamentos dos ancestrais: Sem tecnologia, itens tirados da natureza faziam sucesso na busca pelo sorriso perfeito. Antigamente o homem já fazia bochechos com uma mistura de hortelã e água para deixar o hálito mais agradável, portanto naquela tribo o cultivo da hortelã era fundamental para manter o hálito saudável. Alguns povos

Usavam galhos, folhas de árvores e penas para essa função. Outros, pequenas lascas de madeiras entendidas como palitos e há até os que usavam as próprias mãos para fazer a higienização bucal com plantas que criavam em suas resinas espumas amargas mais eficazes na limpeza bucal. Ao ver aquele sorriso bonito e simpático daquele grande e forte ébano, pois Chico Itaúna destaca-se por sua altura com quase dois metro de altura e seus ombros largos e fortes que parecia ter muito mais de dois metros em sua altura.

Vitoria Ignácia; a Açucena nome dado pelo Pajé por sua pele branca e singela ficou encantada e seu pequeno coração de moça nova nunca tinha batido tão forte, parecia que ia saltar de seus lábios ou boca rosa por natureza. Não podia negar; alguma coisa aconteceu com ela a partir daquele momento sentiu que estava diante do homem de sua vida, e olha que aquilo não era algo comum como nos dias hoje. 

Quando as jovens se apaixonavam era única sua paixão. Itaúna agora suado pelas caçadas e cansado da longa caminhada carregando junto com o pequeno grupo de caçadores as carnes das caçadas, pede licença para a moça bonita de olhos tão azuis que nunca fora visto por ele.

O índio Barnabé Crescêncio o Coto amigo agora mais que irmão do Itaúna o homem de pedra; como gostava de ser chamado, índio que cresceu nas fazendas dos brancos, mas quando adolescente foi resgatado de seu cativeiro pelos Guerreiros Puris que eram homens treinados e guerreiros que resgatavam os índios Tupis e Guaranis dos jugos dos brancos em busca de servidão. Chamada como a bandeira de caça aos índios no Brasil do século dezessete.

Os índios destes aldeamentos já estavam acostumados com o trabalho agrícola, em função dos ensinamentos dados pelos jesuítas. Estes indígenas trabalhavam no plantio e colheita destes aldeamentos. Como conheciam o trabalho, era uma mão-de-obra que os bandeirantes conseguiam obter maior valor de venda. A maior parte dos indígenas capturados por estas bandeiras foram vendidos para fazendeiros de São Paulo.

Mas a Capitania do Rio de Janeiro e os senhores de engenho do Nordeste também compraram esta mão-de-obra, embora em menor quantidade. E foi em uma destas caçadas que o menino Barnabé Crescêncio foi levado para a venda como um escravo branco.

Comprado junto com alguns índios que foram amarrados e trazidos para a escravidão em Minas Gerais comprado na grande feira de São Paulo que não tinha hortigranjeiros, mas sim homem e mulheres em comum acordo com os Jesuítas que treinavam para valorização dos preços por causa do conhecimento nos cultivos do roçado. Os Bandeirantes que eram os mercadores desta mercadoria útil para os senhores dos cafés e engenhos de açúcar.

Amarrados a uma carroça e cercados por quatro capangas que na verdade eram matadores profissionais. Com aqueles quatro não tinha perdão a tentativa e a força para escapar era punida com agressões e torturas. Barnabé Crescêncio menino novo ágil e bom por sua natureza foi tirado de sua família pelos Jesuítas e agora vendido para as terras mineiras como escravo dos cafezais pelos Bandeirantes.

Neste tempo havia surgido a lenda do cavalheiro fantasma que diziam entre os índios e escravos que era a alma de uma mistura do índio branco com um escravo negro que voltava dos mortos para assombrarem os cafezais e seus senhores e saiam nas caladas das noites de lua cheia em busca de vingança e sangue dos brancos.

O cavalheiro fantasma que surgia em seu cavalo preto chamado Ébano cujos olhos eram chamados de chamas de fogo, montado no cavalo Ébano saia o vingador assombrado cuja finalidade era a caça e morte dos senhores e capatazes assim como a libertação dos índios escravos brancos e os negros. A meia noite saia o bando do cavalheiro fantasma em busca de sangue com sua tropa de encapuzados chamados de bando das trevas, pois vestiam com roupas toda de preto e ninguém sabia sua origem.

Este grupo aterrorizavam os Senhores e nas noites de lua cheia o bando colocava terror com suas armas em formas de tridentes com flechas venenosas em suas pontas caçando feitores de escravos e a soltura dos escravos que eram libertados e suas senzalas queimadas...

Como lutar com aqueles agentes das trevas os vingadores do cavalheiro fantasma. O medo e terror invadiam as noites e todos ouviam o tropel do cavalheiro e seu bando. Feita de chifre dos carneiros se ouvia ao longe antes dos ataques e queimadas com as solturas dos escravos que sumiam cobertos pela negridão da noite.

Ouvia o som parecido com um berrante ou shofar dos Hebreus, alguns diziam que era o som do inferno para os senhores dos cafezais, mas para os escravos era o som do céu e de sua liberdade... 

Os escravos capturados eram levados para um lugar chamado à floresta dos malditos, pois todos que entravam naquelas matas fechadas nunca mais saiam para contar a historia daquele lugar que nem índios nem escravos ou homens brancos por mais coragem que tinham entravam adentro daquele lugar sinistro e funesto. Na sua entrada havia esqueletos de feitores e capangas. A lenda entre os índios era que naquela mata morava o cavalheiro fantasma com seus cavalheiros das trevas.

Barnabé Crescêncio agora estava preso amarrado a carroça com sede e com fome fragilizado pelo cansaço da dura e comprida viagem. Todos os dez escravos comprados a peso de ouro estavam fracos por causa da inanição careciam de alimentos para se fortalecerem. Neste momento a escuridão começa a alcançar aquela tropa constituída dos dez escravos indígenas, o carroceiro apelidado de Bagaça, pois gostava de se embriagar com a cachaça guardada em sua cuia de cuité.

Neste momento se ouve a ordem de parada iam acampar a beira do rio próximo a hoje Coronel Pacheco. O nome da cidade homenageia o Coronel José Manoel Pacheco (1838-1914), que foi vereador em Juiz de Fora nas legislaturas de 1873-76, 1898-1900 e 1905-07. Mas naquele tempo se chamava; Agua Limpa: O município teve origem no antigo povoado de Água Limpa, depois conhecido por Triqueda, que se tornou distrito de Juiz de Fora em 31 de julho de 1890.

Posteriormente, a sede do distrito foi transferida, definitivamente, para o povoado de Lima Duarte, renomeado Água Limpa. Água Limpa pertenceu, entre 1938-43, ao município de Rio Novo, retornando a Juiz de Fora após esse período. Em 30 de dezembro de 1962, se emancipou de Juiz de Fora, adotando a denominação de Coronel Pacheco. Ali naquele lugar a escuridão tomou conta da noite, o silencio fúnebre era quebrado apenas pelos estalos da fogueira.

Os escravos cansados não conseguiam dormir por causa da fome tinham comido apenas mandioca crua e dura. Os capatazes se revezavam em dupla para vigiar e guardar o acampamento sabia que em breve chegariam ao seu destino. De repente se ouve o som tenebroso do shofar que como um grito de liberdade ecoou quebrando o silencio da noite.

Os capatazes que vigiavam ficaram atentos os que dormiam sabia que era uma emboscada do cavalheiro das trevas e seu bando de encapuzados infernais. Com suas armas chamadas: pistola de pederneira, as primeiras foram feitas no século dezessete. Era um mecanismo feito para substituir o fecho de mecha, consistia em uma pedra de sílex presa no percussor, que após ser acionado, provocava uma faísca que detonava a pólvora. Mas estas armas a escuridão da noite e a luz da fogueira criavam um alvo fácil para as flechas certeiras do cavalheiro das trevas e seu bando.

Quatro flechadas se ecoaram na calada da noite acertando os alvos dos capangas que foram imobilizados pelas flechas envenenadas com fortíssimo soníferos extraídos das plantas manipuladas pelo pajé dos índios Puris. Naquele momento a garganta começa fechar com o choque anafilático as vistas escurecem e as pernas ficam bambas e não mais suportam o peso do corpo e caem no chão desfalecidos os homens maus e algozes dos índios escravos brancos daquela comitiva. Neste momento a figura daquele cavalheiro alto, pois dizia que a lenda tinha a aparência de três metros de altura um gigante forte e impiedoso com os escravagistas.

Escravagistas: Homens que defendiam a escravatura, a escravidão; Chamados também de escravocrata. Que eram partidários do escravagismo, do sistema segundo o qual algumas pessoas devem ser privadas de sua liberdade, por servidão, especialmente os negros e agora com os Jesuítas e Bandeirantes os índios.

Com golpes certeiros de sua lança em forma de tridentes o Cavaleiro das trevas mata a cada um dos quatro capatazes e matadores de aluguel torturadores de índios e escravos. Seus corpos são pendurados e uma marca foi colocada a fogo no corpo uma marca de caveira como símbolo da morte; Sinal e aviso do Cavalheiro contra todos que subjugavam com maldade os escravos. Um aviso de mudanças ou tratavam bem seus escravos ou teriam a visita do bando das trevas.

Na mesma hora alimentos de mandioca cozida e frutas como banana, laranjas e abacaxis assim como gomos da cana açucarada para os escravos índios novos ainda em sua adolescência. O cavalheiro olha para Barnabé Crescêncio e logo uma empatia se deu entre os dois. O cavalheiro sabia que ali estava um ótimo ajudante para seu bando, o cavalheiro olha para o carroceiro Bagaça e diz para ele contar a história para todos na venda do seu Joaquim na Vila de Tabuleiro.

De repente em um abrir e fechar de olhos o cavalheiro desaparece na escuridão da noite levando com ele o seu bando e os escravos índios brancos que desapareceram e aqueles índios nunca mais foram vistos por aquelas bandas. A pergunta era constante na Vila de Tabuleiro; para onde eram levados aqueles que desapareceriam juntos aos barulhos dos tropéis dos cavalos.

O mais rápido possível o Bagaça pegou um dos cavalos ainda atrelados e em galope correu para a fazenda do seu Firmino que parecia dono e chefe maior daquelas redondezas. Diz a historia que enriqueceu explorando a vendas de escravos e das terras tomadas pela força e miras dos seus capangas matadores de alugueis. E logo que contou o enredo fúnebre de sua viagem correu para a venda do seu Joaquim o Bijoia.

Ali começa a contar a sua versão estava ainda sem sono quando ouviu um som como se fosse um gemido de uma alma penada foram três gemidos como se anunciando o ataque, logo os ouvidos aguçados dos quatro capangas dos dois que estavam acordados e os outros dois que estavam cochilando em uma ronqueira só disse Bagaça. De repente como um raio quatro flechas certeiras atingiram os pescoços dos homens que caiaram sem direito a um gemido, e nem tempo de atirarem com suas pistolas pederneiras.

De repente surge diante dele alumiado pela fogueira aquele cavalheiro e seu cavalo que soltava fogo em suas respiradas, o cavalheiro com um salto só empunhando uma arma branca: A alabarda que era composta por uma haste pequena que tinha na ponta, afiada, uma espécie de machado, e em quatro golpes certeiros cortam na rapidez de um corisco os pescoços dos capangas do seu Firmino que não tiveram tempo de se defenderem. Com uma voz rouca de trovão o cavalheiro da uma ordem e quando a ordem saia de sua boca todos tremiam diante aquele mandamento.

A ordem era que pendurasse os mortos nos galhos das arvores e neste momento o cavalheiro usa novamente a sua alabarda cujo fio brilha com a luz da fogueira improvisada. Neste momento o cavalheiro das trevas deixa a marca como um aviso para todos que maltratassem índios e escravos um xis era colocado sinal de eliminação e destruição de todos os covardes; sejam senhores, capangas e feitores todos estavam agora na mira do cavalheiro das trevas e seu bando infernal.

Seu Firmino quando vê os corpos de seus capangas solta brado de maldições e seus gritos se ouvia ao longe e jura ali diante dos mortos que destruiria o bando e o cavalheiro. Mas como matar e destruir uma alma penada que voltou das trevas para assombrar a todos os fazendeiros da região. Assim cresceu naquela região as façanhas do cavalheiro das trevas e seu bando. Com a lenda os fazendeiros começaram a tratar bem os seus escravos e colonos.

Não havia mais os roubos das terras e os escravos das Quilombeiras tinham a paz. Ate que um dia foi proclamado a Abolição da Escravatura foi o acontecimento histórico mais importante do Brasil após a Proclamação da Independência, em 1822. No dia 13 de maio de 1888, após seis dias de votações e debates no Congresso, a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, que decretava a libertação dos escravos no país.

Agora os índios selvagens deixam suas terras próximas às cidades e começam a adentrar ainda mais pelas florestas desaparecendo e refugiando pelas grandes matas. Com os fazendeiros agora sossegados e com o tratamento mais humanizados o Chico Itaúna pode descansar junto a sua amada nas terras aquilombadas de Botafogo.

Ali cria sua família a família do Francisco o negro da tribo Zulu com sua amada e não se houve mais falar do terrível e temido cavalheiro de três metros de altura o fantasma do cavalheiro das trevas. Mas dizem que muitos colonos escutam os rastros das correntes e os urros de um cavalheiro nas noites de lua cheia ouviam o tropel de seu bando provocando calafrio e temor entre os senhores de engenho e cafeicultores. Diz o Bagaça no botequim do Bijoia que era um aviso ou tratavam bem seus empregados ou receberiam a visita do justiceiro vingador o cavalheiro das trevas.

Entre uma pitada e outra do velho é bom para o Chico com seu cigarro de palha com seu fumo de rolo. Francisco homem velho de idade com rugas da dureza do tempo, cabeça branquinha com suas cãs pichainho, me diz com uma voz forte do cavalheiro vai deitar netinho tá tarde.

Neste momento me levanto dou um beijo naquela mão de herói e respondo “boa noite vô Chico, sua bença”. Neste momento viro encostado no umbral daquele casebre que era nosso lar e vejo uma lagrima cair dos olhos do Francisco Itaúna; A pedra preta. Saudades, não apenas ainda desejo de vingança das hostilidades e crueldades dos homens ricos e brancos!!!

Em manhã fria de inverno Chico Itaúna fecha seus olhos pela ultima vez, no colo de sua veia a açucena de olhos azuis da cor do céu. O velho Chico só tinha um pedido que logo foi atendido pelos filhos dos escravos das terras Quilombeiras: Lança o meu corpo no rio, pois um dia voltarei em forma de um grande peixe vigiando as águas e terras das maldades.

E neste dia quando anoitecer o grande peixe se transformara no temível Cavaleiro das Trevas e seu bando para libertar os oprimidos daquele vilarejo. Em um beijo suave e doce despedi do meu velho avô e logo vi o seu corpo de pedra desaparecer nas águas caudalosas do rio, descanse em paz Velho Chico Itaúna o Pedra Preta...

A lenda do cavaleiro ainda continua nas noites de lua cheia com o relincho do seu cavalo e o som do shofar; anunciando que o guardião estava à espreita e com isso ouve paz por aquelas bandas nas terras vermelhas do sertão no tropel do bando dos justiceiros!!!  

FIM... Oswaldo de Souza bisneto do Francisco da Francisca...