Provérbios 23,7 está escrito assim: “Porque,
como imaginou no seu coração, assim é ele. Come e bebe, te disse ele; porém o
seu coração não está contigo. ”
SINDROME DE GAFANHOTO:
Texto base: Números capítulos 13 e 14 - No mundo inteiro
a águia é símbolo de nobreza. Pela sua força, alteza e vigor, ela desponta-se
como campeã indiscutível deste símbolo de grandeza. A águia é forte, viva,
corajosa, vencedora, símbolo daqueles que esperam no Senhor.
O povo de Deus é
como a águia. É um povo forte. É um povo guerreiro. É um povo vencedor. É um
povo que não retrocede diante das dificuldades, não teme o perigo, nem se
intimida com as ameaças do adversário. Somos um povo que marcha altaneiramente,
aprendendo e buscando as leis do céu, rompendo barreiras, vencendo as lutas do
dia a dia, conquistando as alturas, refugiando-se no colo do Deus
Todo-poderoso.
É preocupante,
entretanto, perceber que existem, hoje, muitos cristãos vivendo um projeto
diferente de vida. Ao contrário da águia, são tímidos, fracos, impotentes,
dominados pelo medo. Longe de triunfar nas crises. Vivem vencidos e caminham
pela vida cabisbaixos, derrotados e tristes.
É lamentável
constatar como tantos cristãos vivem dominados pelo complexo de inferioridade,
dominados pela auto-estima, com a auto-imagem pequena. São pessoas que vivem
amargando e curtindo um profundo sentimento de auto-repúdio e desvalor. Estes
olham para dentro de si mesmos e enxergam-se com lentes embaçadas e olhos míopes,
tendo de si mesmos os conceitos mais distorcidos possível.
Há pessoas que são
como os dez espias de Israel. Eles eram príncipes, nobres, homens de valor.
Foram escolhidos criteriosamente por serem homens fortes, inteligentes,
líderes, representantes ilustres de suas tribos. Moises os enviou para
conhecerem a terra prometida e depois, com relatos vivos, incentivarem o povo a
lutar com coragem na sua conquista.
Eles foram.
Passaram lá quarenta dias. Ficaram deslumbrados com a exuberância da terra. Era
uma terra fértil, boa, que manava leite e mel. Era tudo quanto Deus já havia
falado. Voltaram da jornada com os frutos excelentes da terra. Todavia, na hora
de dar o relatório, disseram a Moisés e ao povo que a terra era boa, mas
devorava os seus habitantes; a terra manava leite e mel, mas eles não
conseguiriam entrar lá; pelo contrário, morreriam no deserto, comendo pó, pois
lá havia gigantes ameaçadores e imbatíveis, e, aos olhos deles, eles eram como
gafanhotos.
Eram príncipes,
mas sentiam-se diminuídos diante dos gigantes; eram nobres, mas sentiram-se
desprezíveis; eram valorosos, mas sentiram-se como insetos; foram tomados por
um sentimento doentio de auto desvalorização e, consequentemente, de
impotência.
Há hoje um
batalhão de pessoas derrotadas pela síndrome de gafanhoto. Gente que se
considera um inseto. Estes caminham pela vida cabisbaixos, vencidos,
desanimados, desencorajados para a luta. Não crêem nas promessas de Deus. Só
olham para as dificuldades, para os gigantes, e não para Jesus. São pessoas que
vivem choramingando, entoando o cântico triste e amargo de suas derrotas
antecipadamente.
Acham que nada vai
dar certo na vida, que não adianta lutar e que estão engajadas numa causa
perdida e sem esperança. Há muitas pessoas que foram vencidas não pelo gigante
das circunstâncias, mas pelo gigante de seus sentimentos turbulentos. Estes
caminham pela vida cantando como a galinha-d´angola: “To fraco, to fraco, to
fraco”. Eles dizem que nada vai dar certo, não vão conseguir, não adianta
lutar, pois há gigantes no caminho.
Aqueles dez espias
conseguiram contaminar todo o arraial de Israel com o seu pessimismo e toda a
aquela multidão se alvoroçou rebelada contra Moisés. Revoltaram-se contra Deus,
porque foi envenenada pela síndrome de gafanhoto. Toda aquela multidão
perambulou quarenta anos no deserto, porque deu ouvidos à voz dos mensageiros
do caos e não às promessas do Deus fiel.
Vejamos algumas passagens no livro de números nos capítulos 13 e 14, o
que produz esta síndrome de gafanhoto: 1 – Os sintomas
da síndrome de gafanhoto - 1º - Senso de fraqueza – “Não poderemos subir...”
(Números 13.31) - 2º - Complexo de inferioridade – “... porque é mais forte do
que nós” (Nm 13.31). - 3º - Arautos do caos – “E diante dos filhos de Israel
infamaram a terra” (Nm 13.32) -4º - Fraca auto-estima – “... e éramos aos
nossos próprios olhos como gafanhotos...” (Nm 13.33) - 5º - Visão distorcida da
realidade – “... éramos gafanhotos aos seus olhos” (Nm 13.33)
2 – Os efeitos da
síndrome de gafanhoto: 1º - Induz o povo ao desespero – “... e o povo chorou
aquela noite” (Nm 14.1). - 2º - Induz o povo à murmuração – “Todos os filhos de
Israel murmuraram...” (Nm 14.2). - 3º - Induz o povo à ingratidão – “... antes
tivéssemos morrido no Egito” (Nm 14.2). - 4º - Induz à insolência contra Deus –
“E por que nos traz o Senhor a esta terra, para cairmos à espada...” (Nm 14.3).
- 5º - Induz à apostasia – “Não nos seria melhor voltarmos para o Egito?” (Nm
14.3). - 6º - Induz à rebeldia contra Deus – “Tão-somente não sejais rebeldes
contra o Senhor...” (Nm 14.9). - 7º - Induz ao medo do inimigo – “... e não
temais o povo dessa terra...” (Nm 14.9).
- 8º - Induz à
perseguição contra a liderança instituída por Deus – “... toda a congregação
disse que os apedrejassem” (Nm 14.10).
3 – O que fazer
quando estamos afetados pela síndrome de gafanhoto? 1º - Quebrantar-se diante de Deus – “Então
Moises e Arão caíram sobre os seus rostos... e Josué e Calebe rasgaram as suas
vestes...” (Nm 14.5 e 6). - 2º Firmar-se nas promessas infalíveis da Palavra de
Deus - ”A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra muitíssima boa” (Nm
14.7).
4 – Como Deus
trata a questão da síndrome de gafanhoto? 1º Deus traz livramento aos que crêem
na sua Palavra (Nm 14.10); - 2º Deus mostra cansaço com a incredulidade do povo
diante de tantos sinais do Seu favor e da Sua bondade (Nm 14.11); - 3º Deus
perdoa o povo em resposta à oração (Nm 14.20). - 4º Deus não retira as consequências
do pecado (Nm 14.21-23) – (diferente do tempo da graça).
CONCLUSÃO: A terra prometida e não o deserto é onde devemos
viver. Somos príncipes e não gafanhotos. É hora de tapar os ouvidos às vozes
agourentas do pessimismo e nos erguer com santa ousadia para uma vida
vitoriosa. Devemos viver três princípios de Deus para erradicar do coração
enfermo esta terrível semente da síndrome de gafanhoto, que são:
1º - você não é o
que você pensa que é. Há pessoas que está doente, contaminada pelo vírus do
pessimismo, derrotada pela febre da fraca auto-estima, esmagada pelo complexo
de inferioridade, com a síndrome de gafanhoto. Há cristãos, filhos do Deus
altíssimo, que vivem curvados, enfraquecidos, porque não sabe quem são e o que
têm em Cristo Jesus. Por verem tantos gigantes e problemas à sua frente,
sentem-se como insetos, enquanto são príncipes.
2º - você não é o
que as pessoas dizem que você é. Talvez você tenha enfiado na sua mente,
permitiu entrar no seu coração uma palavra de maldição despejada sobre a sua
vida. Talvez você tenha arquivado no cofre da sua memória uma palavra de
fracasso que seu pai, sua mãe, seu marido, seu professor, seu patrão lhe disse
e, a partir daí, começou a cultivar um sentimento de sem valor e de fracasso,
sendo um produto do que as pessoas lhe disseram. Por favor, não aceite a
decretação da desgraça em sua vida. Maldição sem causa não se cumpre. Reaja.
Jesus levou toda nossa maldição.
3º - você é o que
Deus diz que você é. Aquele que espera em Deus crê no Seu Filho e foi
regenerado pelo Espírito Santo não é o que pensa que é, nem o que as pessoas
dizem que é, mas o que Deus diz que ele é. O que é que Deus diz que somos?
1 - Somos eleitos
e amados por Deus desde os tempos eternos. 2 - Somos chamados com santa
vocação. 3 - Somos regenerados, selados e habitados pelo Espírito Santo. 4 - Somos
remidos e comprados pelo sangue do Cordeiro. 5 - Somos propriedade exclusiva de
Deus e somos habitação de Deus. 6 -Somos filhos do Rei e somos herdeiros de
Deus, a herança de Deus, embaixadores de Deus, a menina dos olhos de Deus. 7 - Somos corpo de Cristo, ramos da videira
verdadeira, noiva do cordeiro, povo mais do que vencedor. 8 - Somos nobres.
Corre em nossas veias mais do que sangue azul. Somos filhos do Rei dos Reis,
herdeiros de suas promessas. Por fim: Nós
somos o que Deus diz que somos. Ele é fiel. Sua Palavra é a verdade. Ela não
pode falhar. Somos como a águia. Somos príncipes e não gafanhotos!
Deuteronômio 7,17:
“Se disseres no teu coração: Estas nações (PROBLEMA, LUTAS, DIFICULDADES,
DOENÇA) são mais numerosas (PODEROSAS) do que eu; como as poderei lançar fora
(COMO VAI VENCÊ-LAS)?”
Extraído do livro:
Voando nas Alturas
Autor do Livro:
Pr. Hernandes Dias Lopes
Editora: Candeia
– “Deus te abençoe” Pr Maurílio Souza...
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