O sol surge no
horizonte com seu brilho ainda tímido naquela invernada, o pequeno Osvaldinho acorda
sonolento assopra o fogo do velho lampião cuja fumaça preta de querosene deixava
marcas pretas em seu rosto juvenil de menino prosa e faceiro com seus doze anos,
agora ele levanta para suas tarefas e a difícil labuta da família Souza, gente
simples e humilde que vivia naquele rincão do pequeno arraial de Boa Vista...
O
pequeno retireiro inicia seu duro serviço ajunta as vaquinhas amarra as pernas para
não levar um coice da vaca malhada cujas tetas cheia são preparadas para a primeira
ordenha do dia, naquela fria manhã com seus ventos cortantes o menino Osvaldinho
grita; “sossega malhada”, pois preciso tirar seu leite....
As seis grandes
leiteiras com seus vinte litros são colocada por aquele menino Osvaldinho, catraio
magrinho de braços fortes suspende os vasos de leite sobre as soleiras de madeira
do carro de boi atrelado com o “Mimoso” do lado direito e o outro boi de chifre
comprido com nome de vaca o “estrela” do lado direito. Naquela manhã do roçado
sai o carro de boi cujas rodas grandes e pesadas com suas vassouras o pequeno
arbusto que servia de um lubrificante cuja seiva no atrito liberava um óleo natural
exprimido entre os eixos...
Na cálida e silenciosa
manhã o barulho da carroça acorda os colonos e caipiras com seu barulho e
rangido como se fosse um grito do pequeno menino caminha entre os roçados. O candeeiro
pequeno e frágil grita “vamos mimoso, sossega estrela”, os pássaros começam sua
alvorada com seus cantos trilhados começando o dia dos bandos em suas revoadas,
o caipira caminha pelas estradas empoeiradas de terra vermelha do sertão. Com
seus pés descalços e cascorentos José Osvaldo de Souza nome dado pelo seu velho
pai... O menino agora atinge seu alvo chega ao seu destino o armazém do Seu Maurílio “que nome demais de bonito e diferente soo” pensa o pequeno bacuri...
A vida em sua roda continua
sem barulho diferente daquele carro de boi do pequeno Osvaldinho leva o menino
quarenta anos depois para uma casa de “pau a bique e chão batido” de um remoto lugar
chamado Fazenda Tapera Alta. Osvaldo homem feito diferente daquele pequeno caipira
candeeiro das juntas de bois Mimoso e Estrela escuta o choro do seu decimo
segundo filho um choro alto e trilhante que quebra o silencio daquela noite
quase natalina o senhor Osvaldo pega a pequena criança em seus braços e agora
viaja em suas lembranças do velho armazém e grita com satisfação seu nome será
chamado Maurílio “que nome mais bonito soo” fala em um grito miúdo a velha parteira
que sem estudo nenhum colocou no mundo muitas crianças. E ali naqueles braços
paterno o menino deixa de chorar agora seguro naqueles braços de amor é
colocado em seu berço improvisado de colchão de pano de saco alvejado e palha lugar de muitos grandes sonhos...
O guri cujo nome foi
registrado uma semana depois se chamava Maurílio Oswaldo de Souza; “que nome
mais bonito soo”. Viveu sem ser famoso, mas com um coração orgulhoso do seu
velho pai o menino candeeiro do roçado Osvaldinho
“Deus te abençoe” Pr
Maurílio Souza...
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