Sou
filho com muita honra de um velho matuto, com seu chapéu surrado voz
de taquara rachada um olhar triste de alguém que sabe o que é sofrer e
passar lutas em uma vida de necessidades...
Lembro que pela manhã pegava meu velho embornal feito de pano de saco alvejado no anil com meus cadernos cheios de orelhas, meus lápis ainda cotoco apontados com o canivete e saia para estudar na escola. No antigo casarão do Caputo Mourão, juntos ao material de escola levava a pequena marmita de meu pai, que trabalhava na antiga escola de laticínio Cândido Tostes lugar onde se aposentou depois de trabalhar por muito tempo...
Lá meu pai fazia seus queijinhos, que eram curados no grande freezer onde meu velho trabalhava com muita vontade e disposição, pois naquele serviço foi onde dos doze filhos; Criou e educou seis, pois chegaram a adultos apenas a metade. Tenho o costume de dizer que; dos doze restaram seis filhos...
Lembro que pela manhã pegava meu velho embornal feito de pano de saco alvejado no anil com meus cadernos cheios de orelhas, meus lápis ainda cotoco apontados com o canivete e saia para estudar na escola. No antigo casarão do Caputo Mourão, juntos ao material de escola levava a pequena marmita de meu pai, que trabalhava na antiga escola de laticínio Cândido Tostes lugar onde se aposentou depois de trabalhar por muito tempo...
Lá meu pai fazia seus queijinhos, que eram curados no grande freezer onde meu velho trabalhava com muita vontade e disposição, pois naquele serviço foi onde dos doze filhos; Criou e educou seis, pois chegaram a adultos apenas a metade. Tenho o costume de dizer que; dos doze restaram seis filhos...
Mas
o meu maior e grande orgulho de meu pai era sua antiga profissão candeeiro de boi. Foi seu primeiro oficio trabalhados desde a tenra idade dos doze anos guiando a grande manada de
garrotes pelas estradas empoeiradas dos grandes sertões de Minas Gerais. Ali o
jovem menino mineirinho dos pés ligeiros; Candeava seus bois em cima de um cavalo com a velha e surrada
sanfona de oito baixas.
Sanfona que fazia a alegria das pionadas nas paragens de noite de lua cheia. Comendo feijão tropeiro entre as modas de viola e os acordes da sanfona tocando e cantando saudade do matão sua musica predileta...
Sanfona que fazia a alegria das pionadas nas paragens de noite de lua cheia. Comendo feijão tropeiro entre as modas de viola e os acordes da sanfona tocando e cantando saudade do matão sua musica predileta...
Um
dia contava meu pai de muitas chuvas e inundações lá estava o jovem ainda novo candeeiro
e seu primo cavalgando no meio das enxurradas. Naquele ano na estação das
grandes chuvas ou estação chuvosa na chamada também de estação verde.
Chegando ao velho pontilhão onde estavam acostumados a passar a ponte coberta pelas águas caudalosas ao passar pela ponte não havia mais passagens, pois as madeiras e troncos foram levadas pelas águas do rio. Meu pai e seu primo com grande desespero e vontade de viver venceram este dia de luta saindo nadando.
Neste dia perderam o velho alazão cavalo cevado criado na fazenda de Boa Vista arraial próximo a Tabuleiro do Pomba como era chamada sua cidade...
Chegando ao velho pontilhão onde estavam acostumados a passar a ponte coberta pelas águas caudalosas ao passar pela ponte não havia mais passagens, pois as madeiras e troncos foram levadas pelas águas do rio. Meu pai e seu primo com grande desespero e vontade de viver venceram este dia de luta saindo nadando.
Neste dia perderam o velho alazão cavalo cevado criado na fazenda de Boa Vista arraial próximo a Tabuleiro do Pomba como era chamada sua cidade...
Nas
grandes chuvas, no frio de inverno e nas poeiras da terra vermelha nas estradas
da vida levaram meu velho pelo mundo onde hoje meu matuto pai descansa com seu
corpo misturado a terra vermelha transformado e junto as poeiras, poeiras vermelha do sertão que era sua vida de matuto e candeeiro com sua labuta rural...
Deus
te abençoe!!! Maurílio Souza...
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