A HISTÓRIA DA REDENÇÃO CONTADA PELAS 7 FESTAS DE ISRAEL - O
livro bíblico de Levítico (Capítulo 23) esboça de maneira bem esclarecida e
cronológica as sete festas solenes instituídas por Deus. Cada festa com seu
significado soma a outra para contar de forma universal e profética o plano de
Deus para salvar o ser humano.
Dessa
forma, além de um significado contextual para o povo que a celebrava no Antigo
Testamento, elas passam a assumir um significado mais abrangente na história
tipificando alguns aspectos da obra salvífica ou salvítica de Jesus Cristo...
Sem
detalhar as festas no seu plano histórico, vamos falar de seus cumprimentos
proféticos no amplo contexto da história da salvação. As primeiras quatro
festas estão relacionadas com a primeira vinda de Cristo, e as três últimas com
a segunda vinda do nosso Senhor.
São elas: 1° PÁSCOA – 2° PÃES ASMOS – 3° PRIMÍCIAS – 4° PENTECOSTES – 5° TROMBETAS – 6° DIA DA EXPIAÇÃO – 7° TABERNÁCULOS - (Para fácil memorização, note que as quatro primeiras começam com a letra "P", e duas das três últimas começam com a letra "T")
São elas: 1° PÁSCOA – 2° PÃES ASMOS – 3° PRIMÍCIAS – 4° PENTECOSTES – 5° TROMBETAS – 6° DIA DA EXPIAÇÃO – 7° TABERNÁCULOS - (Para fácil memorização, note que as quatro primeiras começam com a letra "P", e duas das três últimas começam com a letra "T")
1 - PÁSCOA (Lev. 23:4e5): Estas são as solenidades do Senhor, as santas
convocações, que convocareis ao seu tempo determinado:No mês primeiro, aos
catorze do mês, pela tarde, é a páscoa do Senhor. Levítico 23:4,5 - Festa instituída quando o povo de Israel
foi libertado da escravidão do Egito (Ex. 12). Um cordeiro era morto no dia
quatorze do primeiro mês (Abib) do calendário hebraico.
Cumpriu-se
de forma precisa numa sexta-feira ao pôr-do-sol quando Cristo foi morto como um
cordeiro (I Cor. 5:7; - Alimpai-vos,
pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem
fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. I Ped. 1:18 e 19). – “Sabendo que não
foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa
vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, Mas com o
precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,”...
2 - PÃES ASMOS (Lev. 23:6 a 8): No dia seguinte à Páscoa
(15 de Abib) começava um período de sete dias onde o povo deveria comer pão sem
fermento e oferecer oferta queimada ao Senhor. No verso sete o texto diz que no
primeiro dia, ou seja, o dia seguinte a Páscoa, o povo não poderia trabalhar.
Essa
festa se cumpriu a partir do dia seguinte à morte de Cristo, quando em Lucas
23:54 a 56 diz que as mulheres na sexta-feira de Páscoa embalsamaram o corpo de
Jesus e então no Sábado (dia seguinte) descansaram. – “E era o dia da preparação, e amanhecia o
sábado. E as mulheres, que tinham vindo com ele da Galiléia, seguiram também e
viram o sepulcro, e como foi posto o seu corpo. E, voltando elas, prepararam
especiarias e unguentos; e no sábado repousaram, conforme o mandamento.”
Começa
então o período de consagração daqueles que eram povo de Deus, na esperança da
ressurreição de Cristo, que morreu sem pecado, tipificado pelo pão sem fermento
(Fermento representa o pecado, leia Mat. 16:6). – “E Jesus disse-lhes: Adverti, e acautelai-vos
do fermento dos fariseus e saduceus.”
3 - PRIMÍCIAS (Lev. 23:9 a 14): Acontecia no dia imediato
à festa dos pães asmos (16 de Abib) e festejava o início da colheita. Sem
entrarmos em detalhes sobre sua contagem, que divergia entre os Fariseus e
Saduceus, vamos esboçar seu significado profético no plano de redenção.
Jesus
morreu literalmente no dia 15 do primeiro mês (Páscoa) e ressuscitou no dia 16,
"como
primícias dos que dormem" (I Cor. 15:20). Assim como o povo dedicava ao Senhor os primeiros frutos da colheita,
Jesus dedica ao Pai os primeiros frutos da salvação, quando na Sua morte muitos
ressuscitaram (Mat. 27:51 a53) e depois foram levados ao Céu com Ele. – “E
eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e
fenderam-se as pedras; E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que
dormiam foram ressuscitados; E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição
dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos.”
4 - PENTECOSTES OU FESTA DAS SEMANAS (Lev. 23:15 a 22): Parece haver uma ligação
desta festa com as anteriores, como sendo uma continuação. Essa festa
comemorava o fim da colheita, uma espécie de segunda festa das primícias e o
inicio de uma nova semeadura.
O
Pentecostes cumpriu-se cronologicamente em tempo exato (Atos 2:1) – “Chegando o dia de Pentecoste, estavam todos
reunidos num só lugar.” e com a descida
do Espírito Santo, os seguidores de Deus entregaram "quase três mil
pessoas" (Atos 2:41) como frutos da
grande colheita desde a morte e ressurreição de Jesus.
Depois
da Festa do Pentecostes havia um intervalo até a próxima festa. Assim acontece
na história, temos um grande intervalo desde o Pentecostes até a retomado dos
cumprimentos proféticos prefigurados pela festa.
5 - TROMBETAS (Lev. 23:24 e 25): No primeiro dia do sétimo
mês era tocada a trombeta para anunciar o primeiro dia do ano civil, ou ano
novo.
A
trombeta também alertava ao povo da proximidade do Dia da Expiação, que era dia
de juízo onde se exigia preparação e solenidade. A Festa das Trombetas era um
dia de descanso e consagração, representado pelas ofertas queimadas oferecidas
a Deus neste dia.
Seu
cumprimento profético se deu, no anúncio da proximidade do grande Dia da
Expiação, claramente estampado na Primeira Mensagem Angélical: "Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é
chegada a hora do Seu juízo" (Apoc. 14:7).
6 - DIA DA EXPIAÇÃO (Lev. 23:26 a 32): Acontecia no décimo dia
do sétimo mês. O Santuário era purificado das transgressões daqueles que um dia
sacrificaram um cordeiro e tiveram seus pecados transferidos simbolicamente
através do sangue do animal que era aspergido no tabernáculo.
Segundo
a profecia de Daniel 8:14, Teve início esse grande dia, quando Jesus passou
literalmente para o Lugar Santíssimo do Santuário celestial para julgar aqueles
que aceitaram um dia o sacrifício de Cristo na cruz como cordeiro de Deus (Heb.
9:23 a 28). – “De sorte que era
bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se
purificassem; mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que
estes. Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do
verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de
Deus; Nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo
sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio; De outra maneira,
necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo. Mas agora
na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo
sacrifício de si mesmo. E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez,
vindo depois disso o juízo, Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para
tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o
esperam para salvação.”
7 - TABERNÁCULOS (Lev. 23:33 a 44): No décimo quinto dia
acontecia a última festa do ano religioso, a Festa dos Tabernáculos.
Os
israelitas, em memória ao tempo em que eram errantes no deserto e viviam em
tendas, deviam voltar a morar em barracas durante sete dias. Ao contrário da
contrição da festa anterior, havia muito júbilo e alegria nesta ocasião.
O JUÍZO HAVIA PASSADO E O PERDÃO DOS PECADOS ESTAVA GARANTIDO!!!
Era uma
festa de colheita também de uvas (sacrifício do sangue) e azeitonas (unção do
azeite), e havia um espírito de gratidão por tudo que o Senhor havia feito
durante o ano. Ação de graças pela salvação pelo sangue e unção do Espirito
santo...
Seu
cumprimento está no futuro, depois do término do Dia da Expiação, na ocasião da
volta de Cristo. Ele virá para fazer a colheita final (Apoc. 14:14 a 16) e
seremos levados ao Céu com Ele. OBS - "Todos nós entramos na nuvem, e
estivemos sete dias ascendendo para o mar de vidro". Profecia de um dos
livros apócrifos ou espúrios!!!
Será um
dia de muito louvor e gratidão pelo perdão dos pecados (concluído na festa
anterior - O Grande Dia da Expiação) e seguirá por sete dias até recebermos de JESUS
AS COROAS DA VITÓRIA.
A Bíblia
também relaciona essa festa com a restauração final do povo de Deus: "Todos os que restarem de todas as
nações que vieram contra Jerusalém subirão de ano em ano para adorar o Rei, o
Senhor dos Exércitos, e para celebrar a Festa dos Tabernáculos" (Zac.
14:16).
CONCLUSÃO: As sete festas de Israel contam de forma
universal e cronológica, a história da salvação desde a morte de Cristo na
cruz, como cordeiro pascoal, até Sua segunda vinda de forma gloriosa.
Apesar
de não celebrarmos hoje essas comemorações como Israel no Antigo Testamento
fazia, podemos estudá-las e aprender muitas lições de vida cristã. Sobretudo,
não devemos nos esquecer que estamos vivendo no contexto do Dia da Expiação e
Cristo está hoje no Santo dos Santos fazendo o juízo investigativo antes de
retornar a essa Terra. - É hora de reflexão, contrição e expectativa do
glorioso dia que nos aguarda.
“Deus te abençoe” Pr Maurílio Souza...
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