Com bênçãos
Deus coroou os atos da criação. Primeiro ele abençoou o homem e o seu trabalho.
Depois abençoou o sétimo dia. Homem, trabalho e dia foram abençoados. O homem o
foi para poder empreender tudo o que o Criador lhe determinou que fizesse. O
sétimo dia foi abençoado e santificado (separado) para ser ocasião de descanso.
Abençoando-os, Deus relacionou-se intimamente com o homem, com o trabalho e com
o necessário descanso, realidades que ele próprio idealizou.
O Deus previdente abençoou o descanso, pois pensava no homem desobediente que,
separado dele, não saberia associar o trabalho com o descanso, nem daria
atenção aos limites que devem reger tanto um como o outro. A fonte do descanso
não está, simplesmente, em um dia. Ela se encontra no Senhor que fez o tempo e
quer ver o homem, coroa da criação, operante e, ao mesmo tempo, descansado.
Deus não o criou para a esgotante fadiga.
Não dando atenção ao necessário descanso em Deus, o homem torna-se cansado,
oprimido, ansioso e desanimado. Jesus percebeu isso vendo as situações
estafantes em que as pessoas viviam. Então, falou-lhes: “Vinde a mim, todos os
que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mateus 11.28). E,
para que seus discípulos não continuassem afadigados com o trabalho de cada dia
– “porque eles não tinham tempo nem para comer, visto serem numerosos os que
íam e vinham”, convidou-os: “Vinde repousar um pouco, à parte, num lugar
deserto” (Marcos 6.31).
O conselho apostólico é: “Não andeis ansiosos de cousa alguma; em tudo, porém,
sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela
súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento,
guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Filipenses
4.6,7). O Apóstolo mostra que não é preciso chegar à ansiedade. Há uma
alternativa para ela - a oração. O resultado maior de estarmos na presença de
Deus em oração, além da resposta que teremos ao que lhe pedimos, é que seremos
inundados com a “paz de Deus”. Paz da qual Jesus disse: “Deixo-vos a paz, a
minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso
coração, nem se atemorize” (João 14.27). Alegremo-nos, porque a paz que provém
de Deus, a qual Jesus nos dá, é uma das expressões do fruto de Espírito –
daquele que reside em nosso coração.
Jesus faz uma pergunta: “Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais
do que as vestes?” (Mateus 6.25). Depois, pediu que observassem as aves do céu
e considerassem os lírios do campo, e vissem que neles não há nenhuma
ansiedade, opressão, estafa ou distúrbios emocionais, pois descansam no Deus
que os alimenta e os veste. E nós, por que nos inquietamos? Por que imitamos os
gentios em suas situações de angústia, temores e preocupações, se somos filhos
d’“aquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto
pedimos ou pensamos, conforme o poder que opera em nós” (Efésios 3.20) ?
Descansar em Deus - o Senhor que abençoou o homem, o trabalho e o repouso - é a
riqueza à nossa disposição para que dela usufruamos ao nos sentir
sobrecarregados, ansiosos, frustrados e até mesmo depressivos. Confiemos na
palavra que Deus falou através do profeta: “E será que, antes que clamem, eu
responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei” (Isaías 65.24). Que
nossa fé repouse no Abençoador que abençoou o homem, o trabalho e o descanso e
quer ver-nos operosos e descansados nele. Amém.
"Deus te abençoe" Pr Maurílio Souza...
Nenhum comentário:
Postar um comentário