Um
homem do campo acostumado com o arado, bom no carteado, que gosta da roça que
por Deus foi presenteado, um matuto de rosto amarrado demonstrando estar meio
chateado. Um homem de conversa arrastada de fala abreviada de andar com perna
alongada, homem do campo que vive na sutileza no meio da mata que exibe sua
beleza...
Um
simples e humilde que não se define apenas estica um proseado na venda do Seu
Joaquim no meio dos sacos de arroz e de feijão segue sua vida em meio ao
bordão, se é pra viver do roçado tem que ter o rosto bronzeado que nem os
homens do praiado. O matuto sonhador que não esconde sua dor na perda do seu
amor que fugiu com o doutor...
Vive
na solidão do amargo coração na palhoça de sapé, no colchão de palha de milho
desfiado misturado ao capim com barba de bode e crina de animal, onde dorme o
matuto abandonado cheio de esperança e fé. Casa simples de picumã de esteira de
bambu e barro misturado com esterco para dar a ligação com roseira que serve de
enfeite no portão onde esta a carroça amarrada com seu cavalo alazão...
De
manhã no trilhar dos pássaros no barulho da bicharada sai o capiau babaquara
para o dia no roçado, nas lidas da terra avermelhada que um dia guardara em seu
seio o sertanejo guasca de olhos tristes e vida em desamor. Na desembocadura do
boqueirão em frente à bocarra do covão na terra de Deus seu criador, despede
aqui O CAIPIRA SONHADOR...
Deus
abençoe!!! Maurílio Oswaldo...
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