MENSAGEM DA CRUZ

MENSAGEM DA CRUZ
ESPAÇO LITERARIO SOBRE A MENSAGEM DA CRUZ :

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

O BOI VELHO E O BOI NOVO: MEUS PROSEADOS DA ROÇA!!! POR OSWALDO DE SOUZA ESCRITOR!!!


No proseado do sertão meu pai me contava as prosas do carreirão. Meu pai ponhava nas manhãs de revoadas dos pássaros, o boi velho com o boi novo na carroça de atrelado. E pergunto o porquê desta prática da roça? Meu pai respondeu na letra de uma canção: Fui buscar um boi de carro. Que estava na prisão. Para levar para o matadouro. A pedido do patrão.

Isto era ontem na vida do sertanejo e também é na vida da igreja atual, depois de velho cansado, mas com toda experiência de uma vida o homem de Deus passa a ser considerado ultrapassado. E começa a valorizar o novo e bunito e bom no proseado, mas que nunca viveu o que era pregado.

Despreza e a igreja perde a quantidade de ensinamentos na mente dos velhos pastores sonhadores. Meu velho dizia assim o boi novo anda desnorteado e boi velho anda em linha reta. O boi velho criou a reta do carreirão, o boi novo como aquele que manqueja criou a estrada poeirenta e sinuosa e aí aprendemos a história do bezerro manco. 

O bezerro manco sobe morro acima e para facilitar, pois estão acostumadas as coisas rápidas e fáceis. Outra coisa não se lança fora o ferro que Deus afiou, pois, afiado ele afiara o ferro sem fio para afiar, ou endireitar e assim numa vida melhorada.

Quando eu joguei o laço, O animal para mim olhou, O que ele me falou. Foi de cortar o coração: Me disse assim portador, Destino triste é o meu, Eu não sei por qual motivo. O meu patrão me vendeu, Ajudei a tanta gente. Fui escravo do roçado, Depois de velho e cansado, ninguém me agradeceu... Gratidão arquivo em falta no mercado da vida.

Ao lado do boi de vapor, O meu primeiro parceiro. Só puxava o carro cheio, Obedecendo ao carreiro, Na passagem do riacho, Me ajoelhava no barro, Ou desatolava o carro, Ou quebrava o tanoeiro... Quantas coisas os homens de Deus fizeram por sua vida e agora descansa esquecido pelos ingratos. Quem trabalhava comigo, Batia por desaforo, Cortava meu corpo inteiro. Com um chicote de couro, Invés de me libertar, para morrer no cercado.

Meu sangue vai ser jorrado, nas tábuas frias do matadouro... Assim como Jesus Cristo morreu em uma cruz, perdoando a humanidade sem ser por muitos grateados!!! Meu pai continuava seu proseado musical do roçado: Quem trabalhava comigo, batia por desaforo, cortava meu corpo inteiro. Com um chicote de couro, Invés de me libertar, para morrer no cercado. Meu sangue vai ser jorrado, nas tábuas de um matadouro...

DEUS TE ABENÇOE!!! OSWALDO DE SOUZA... 


 

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