Vou
contar uma triste história de um vaqueiro afamado. Trabalhou 60 anos em uma
fazenda de gado. E depois de ficar velho, do patrão foi desprezado... O patrão
disse: Vaqueiro não pode mais campear. Já está velho demais, escute o que eu
vou falar. Vá procurar outro canto pra você poder morar. O vaqueiro disse:
Patrão, eu lhe peço um favor. Não tenho casa e nem dinheiro e não sei para onde
vou.
Já
que estou velho e cansado, deixa eu morar com o senhor? O patrão disse:
Vaqueiro, tá com a carreira encerrada. Pegue sua rede e seu saco, aqui não lhe
devo nada. Lugar de vaqueiro velho é morrer no meio da estrada... O vaqueiro pegou
sua mala e foi seguindo naquela estrada. Deu um aboio na porteira, correu toda
a boiada. Urravam como diziam: Fica, meu véio camarada.
Os
cavalos relinchavam, batendo o pé no mourão. A bezerrama chorava, como quem
diz: Não vai, não. E o vaqueiro, coitado, seguiu naquele estradão... Depois que
ele saiu, foi que o patrão foi ver. O valor de um vaqueiro, que ele pode
perder. Desde o dia em que saiu, o gado começou a morrer...
Ali,
naquela fazenda, não tinha mais alegria. Estava se acabando tudo, todo dia boi
morria. E o patrão, desesperado, não sabia o que fazia. Um dia, o patrão
falando: O que eu fiz, meu senhor. A mulher dele escutando, ligeiro lhe
respostou. Estás pagando a maldade, de quem tanto lhe ajudou.
E
o patrão se levantou, e disse muito ligeiro. Minha mulher, vou agora, andar o
Brasil inteiro. Gasto o que for preciso, mas eu trago meu vaqueiro... Pegou o
carro, e foi andando muito apressado. Chegando na capital, perguntou para o
delegado. Você me viu um vaqueiro que andava desprezado? O delegado disse sim,
agora vou lhe dizer.
Com
saudade da fazenda onde não pode viver. Pediu pra ficar aqui até o dia de
morrer. O patrão ficou suado, em um grande desespero. Pediu para o delegado,
deixa eu ver o meu vaqueiro. Para salvar minha fazenda, eu pago qualquer
dinheiro...
O
delegado, ligeiro, do patrão fez o mandado. Quando ele viu seu vaqueiro,
naquela sela, sentado. Lhe abraçou e disse a ele: Me perdoe que sou errado. O
vaqueiro levantou-se e disse: Está perdoado. O patrão veio me buscar para
cuidar do seu gado? Ele disse: Sim, senhor. Desde o dia em que deixou, está
tudo desmantelado...
E
o vaqueiro ligeiro, acompanhou seu patrão. Chegando lá na fazenda, foi tão
grande a animação. O gado urrava e pulava e os cavalos relinchavam, pedindo boi
no Mourão. No mesmo dia, o patrão ligou pra o Brasil inteiro. Preparou uma
vaquejada e convidou todos os vaqueiros. Daquele dia pra cá, a paz começou
reinar na casa do fazendeiro...
DAQUELE
DIA PARA CÁ, A PAZ COMEÇOU REINAR NA CASA DO FAZENDEIRO!!!
DEUS
TE ABENÇOE!!! OSWALDO DE SOUZA...

Nenhum comentário:
Postar um comentário