AJUDA-ME
NA MINHA INCREDULIDADE: Marcos
9:14 - Jesus estava no monte. Três dos seus discípulos o acompanhavam. Ali, no
alto do monte, Jesus se transfigurou e “as suas vestes tornaram-se
resplandecentes e sobremodo brancas, como nenhum lavandeiro na terra as poderia
alvejar” (Marcos 9:3).
Enquanto
isto, ao pé do monte, outra cena se desenrolava. Um pai desesperado rogava pelo
seu filho: Um garoto possesso por um espírito mudo desde a infância. Onde quer
que este espírito se apossasse do menino, este passava a trincar os dentes,
espumar e convulsionar-se.
Como
se isto fosse pouco, o espírito se comprazia em tentar matá-lo, ora lançando-o
ao fogo, ora atirando-o na água. Por conta deste doloroso processo, o garoto
estava definhando dia após dia.
Após
o acontecimento no alto do monte, Jesus desceu à planície dos homens e ali
encontrou uma numerosa multidão cercando dois grupos que discutiam entre si.
No
primeiro grupo estavam os discípulos de Jesus, à exceção, claro, daqueles que
haviam subido ao monte com Ele. No segundo grupo, os escribas, líderes
religiosos que julgavam ter o mais profundo conhecimento da lei e dos profetas.
No
centro da discussão o pobre garoto, seu pai e o gritante fracasso dos dois
grupos em trazer alívio ao sofrimento. Ao ver a chegada de Jesus a multidão
ficou atônita, provavelmente por conta da glória que ainda se manifestava Nele
após a transfiguração.
Fez-se
silêncio. O pai aflito tomou a palavra e relatou a sua triste história e toda a
polêmica gerada pelo fracasso dos discípulos em expulsar o demônio que
escravizava a vida de seu filho. Jesus ouviu a tudo sem deixar de expressar sua
consternação àquela geração incrédula.
Pediu
que lhe trouxessem o menino e quando ele viu a Jesus imediatamente o espírito
imundo se manifestou e o garoto agitou-se com violência caindo por terra
espumando em meio à convulsão.
Ao
ver seu filho naquele estado, o pai suplicou: “se tu
podes alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos”. - “Tudo é possível ao que crê”. Esta foi a resposta de Jesus. O pobre homem desabou! - Penso que naquele momento o pai fez uma
retrospectiva de sua luta.
Vejo-o
aflito ao lado da cama do filho passando noites em claro na expectativa de uma
crise que poderia surpreendê-lo na madrugada. Imagino-o tentando de todas as
maneiras segurar seu filho durante uma convulsão enquanto o espírito imundo
lutava para arrancá-lo da mão do pai para arremessá-lo no fogo ou na água.
Imagino
a dor deste pai em ver seu filho definhando, ver sua infância sendo roubada.
Sinto a ansiedade tomando conta do coração do pai ao ver seu filho próximo de
um lugar potencialmente perigoso, e lugar perigoso para aquela criança era
praticamente qualquer lugar:
Uma
fogueira, um rio, um tanque, uma parede, uma árvore, um terreno pedregoso.
Penso nas muitas e muitas vezes em que sua esperança foi frustrada na sua “via
crúcis” em busca de cura entre médicos,
exorcistas, operadores de milagres e charlatões.
Imagino
a sua esperança quando ouviu falar de Jesus e sua decepção em chegar e saber
que Ele não estava.
Vejo
seu coração sofrer mais um golpe quando os discípulos de Jesus também
fracassaram miseravelmente. O pai caiu em lágrimas e disse: “EU CREIO,
SENHOR! AJUDA A MINHA INCREDULIDADE”.
É
como se ele dissesse: “Eu creio, Senhor, mas a minha fé está por um fio”; “eu
creio, mas as circunstâncias não me dão esperança”; “eu creio, mas as decepções
só aumentam”; “eu creio, mas as minhas lutas parecem maiores que a minha fé”;
“eu creio, mas me sinto pequeno e impotente diante das dificuldades”;
“eu
creio, mas ver meu filho se convulsionando deste jeito, depois de tantos anos
de sofrimento, me mostram o fracasso de minha fé até aqui”; “eu creio, mas
sinto a cada dia esta fé desfalecer e, mesmo agora, diante de Ti, tenho medo de
me decepcionar mais uma vez”.
Eu
me identifico com este pai. Vejo-o refletido em tantos pais e mães que lutam
para livrar seus filhos escravizados pelas drogas, pela desesperança. Vejo este
pai refletido em cada esposa e esposo que luta pelo seu casamento em crise
mesmo quando parece não haver esperança;
Vejo-o
em cada pai e mãe desempregado que só encontra portas fechadas e não sabe como
fazer para trazer sustento para sua família; em cada pessoa que tem um ente
querido em um leito de hospital consumido por uma doença que parece ser sem
cura.
Vejo
este pai a cada dia na igreja do Senhor na face de homens e mulheres guerreiros
que ainda ousam crer, mas que as lutas os levam ao limite de suas forças e de
sua fé.
Me
identifico com este pai porque me sinto mais à vontade com aqueles que não têm
medo de confessar suas próprias fraquezas e limitações, porque neste mundo, em
que ter fé na fé parece ser caminho fácil, a sua confissão de impotência ecoa
no meu coração e me traz alento de que, afinal, eu também posso ter esperança,
mesmo não sendo esta coluna de fé inabalável que tantos parecem ou fingem ser.
A
confissão de sua própria limitação não gerou nenhuma critica nem repreensão de
Jesus. Ao contrário, aquele pai pediu a ajuda de Jesus à sua incredulidade e
foi exatamente isto que Jesus fez. Repreendeu o espírito, tomou o menino pela
mão e o devolveu, liberto e curado, ao seu dedicado pai.
Talvez
você esteja na situação deste pai. As lutas e angustias, problemas, aflições,
perseguições, crises, pelas quais você tem passado tenham abalado sua fé e
roubado sua esperança.
Mas,
assim como fez aquele pai, não desista. Mesmo que sua fé pareça pequena, mesmo
que a esperança pareça um fino vapor que desvanece, mesmo que os desafios sejam
como gigantes e muralhas intransponíveis.
Ouse
continuar e prosseguir. O que toca o coração de Deus não é o tamanho da fé, mas
a perseverança daquele que crê, até porque a fé dos homens não chega sequer ao
tamanho de um grão de mostarda.
Pois,
segundo Jesus, se houvesse alguém com uma fé deste tamanho os montes estariam
sendo transpostos.
Mesmo
os que se mostram gigantes hoje, ainda estão muito, muito longe desta fé que
move montanhas. A força da fé não reside em seu tamanho, mas na sua
perseverança.
A
fé perseverante é aquela que vence. É na perseverança que o fraco se faz forte
diante do Senhor.
Não
desista. Persevere!
A FÉ COMO GRÃO DE MOSTARDA: Se você tem um grão de
mostarda, mas reconhece que ele não é suficiente para o que você precisa, e
quer aumentar seu estoque de mostarda, o que deve fazer? Plantar para que possa
colher mais. Toda semente plantada se multiplica; e se o plantio for se repetindo,
a mostarda irá multiplicando-se! Assim é com a fé. - Não importa se o que você
tem é pouco, você pode aumentar, fazer crescer sua fé. Para que nossa fé cresça,
Quando você semeia uma semente tem que regar para que ela cresça saudável. E
como nós podemos regar a semente da nossa fé? 1º Com a oração – 2º Com jejum –
3º Com testemunho – 4º leitura bíblica - 5º Ouvindo a palavra de Deus – 6º Com frequência
nas reuniões de sua igreja – 7 Com a confissão da palavra de Deus e suas
promessas (historia do missionário com o doente terminal).
"Deus te abençoe" Pr Maurílio Souza
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