MENSAGEM DA CRUZ

MENSAGEM DA CRUZ
ESPAÇO LITERARIO SOBRE A MENSAGEM DA CRUZ :

sexta-feira, 27 de março de 2015

MEU PAI SOBREVIVEU AO HOLOCAUSTO: HISTORIA DE MINHA VIDA...


10 longos anos internado no holocausto brasileiro

Podemos dizer que quando nasci foi como um alento na família Souza, pois meu pai recém-saído do hospital de Barbacena onde viveu por muitos anos (10 anos) em um lugar chamado como a; Sucursal do inferno, depósito de lixo humano, porão da loucura. As expressões são usadas para tentar definir o Hospício de Barbacena, conhecido como Colônia, e dão a dimensão da barbárie cometida no maior sanatório do Brasil, do início do século XX até os anos 80. As crueldades relatadas no livro Holocausto Brasileiro (Geração Editorial, 39,90 reais), porém, vão além... Veja vídeo:



Lembro quando criança eu cresci mediante ao grande silencio na família que procurava esconder e não comentar as barbaridades vividas pelo meu pai José Oswaldo de Souza conhecido como major um homem tranquilo amoroso e com momentos de mudanças de comportamento, entre a calmaria de espirito com uma sanidade cruel, meu pai tinha um que hoje eu defino como excesso de proteção aos filhos onde ele entrava no quarto com meus irmãos e não deixava ninguém entrar com um extinto de proteção quase a beira de uma loucura...

Minha irmã Zélia contava algumas lembranças do dia que pegaram meu pai amarraram como se fosse um animal e levaram para o hospital conhecido por suas barbaridades;



Vivendo por longos 10 anos as torturas aos experimentos de drogas que eram testadas nos pacientes, você me pergunta como em um índice de mortes tão grande seu pai saiu de lá vivo e apto para novamente viver na sociedade? Como apesar das terríveis lembranças não reveladas no silencio de um olhar triste e meigo? Um pai amoroso, trabalhador que me cercou de carinho como sobreviveu do chamado holocausto brasileiro? Eu te respondo um milagre que me trouxe a existência onde Deus em sua infinita bondade me deu como presente o melhor pai do mundo....


Relato de alguns fatos do hospital de loucos da cidade de Barbacena; A obra da jornalista mineira Daniela Arbex, que acaba de chegar às livrarias, conta assombrosas histórias de pessoas que morreram ali - foram cerca de 60000 ao longo de oito décadas, segundo o governo estadual, com base nos registros do hospital - ou que sobreviveram em condições desumanas. Inaugurado em 1903, o Colônia foi o primeiro hospício de Minas Gerais, instalado no município a 169 quilômetros da capital, na Serra da Mantiqueira....

Seu funcionamento, no entanto, se assemelhava mais ao de um campo de concentração. Na década de 30, o hospital abrigava 25 vezes mais internos que sua capacidade permitia. Para driblar a superlotação, a direção substituiu camas por capim, que ocupava menos espaço. Por falta de roupas, muitas pessoas circulavam nuas. A comida era escassa e da pior qualidade. Os filhos das internas eram entregues, sem autorização, para adoção por outras famílias. Durante a década de 70, os corpos dos mortos eram vendidos às faculdades de medicina do estado...



“Deus te abençoe e te livre das barbaridades humanas”

OBS: Meu pai viveu entre as sanidades em meio às barbaridades e holocausto e tristezas no porão dos loucos por cerca de; 3650 dias longe da família, jogado e abandonado pela sociedade sofrendo as barbáries e insanidades humanas.

Pr Maurílio Souza

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