Em
tempo de extrema fome na terra de Samaria, duas mães combinam de cozinhar e
comer os próprios filhos. - II Reis 6:24-33...
No
tempo em que Jorão reinava em Israel, Ben-Hadade, rei da Síria, cercou todas as
terras de Samaria com suas tropas. Por ter suas fronteiras fechadas pela Síria,
começou a faltar recursos dentro da cidade de Samaria. Como o comércio havia
enfraquecido e a cidade estava desabastecida de recursos, até o que não tinha
qualquer valor começou a ser vendido por alto preço. Em pouco tempo, faltava
tudo na cidade e Samaria foi abalada por uma gravíssima fome. A situação ficou
desesperadora tanto para ricos quanto para pobres. Em Samaria vendia-se até
cabeça de jumento por oitenta peças de prata. Já a fome supervalorizou até as
fezes de pombos, que eram vendidas por cinco peças de prata cada duzentas
gramas...
Mas
além da falência da terra, faliu-se também a humanidade das pessoas, que
chegaram ao ponto de cometer atrocidades para matar a fome. As pessoas de
Samaria, que viviam acostumadas à fartura, agora disputavam fezes de pombos
para se alimentarem e algumas chegaram ao extremo de apelarem para o
canibalismo para sobreviverem. Certa
vez, estando o rei de Samaria passando pelo muro da cidade, uma mulher tomada
por uma aparência de desespero começou a gritar diante do rei dizendo:
Acode-me, ó rei, meu Senhor! O rei olhou para a mulher e friamente disse: Se o
Senhor não te acode, de onde te acudirei eu? Terei eu trigo ou vinho para
ajudá-la?
Mas
vendo o estado de desespero da mulher, o rei disse-lhe ainda: que tens? Ao
ouvir o que a mulher disse, o rei entrou em estado de grande abalo emocional. A
mulher apresentou ao rei uma outra mulher, que não tinha o mesmo parecer de
desespero, mas, ainda assim, tinha uma aparência castigada pela miséria que
assolava Samaria. Era como se o silêncio dessa segunda mulher dissesse que pior
do que estava não ficaria mais...
A
primeira mulher então desabafou aos prantos o que havia acontecido. Ela disse
ao rei que a outra mulher disse a ela: já que não temos mais nada para comer,
vamos cozinhar o seu filho hoje e comê-lo, e amanhã cozinhamos o meu filho para
fazermos a última refeição de nossas vidas. O rei, já em estado de choque,
continuou ouvindo a história da mulher. Ela finalizou dizendo que elas jantaram
o filho dela, mas que a outra mulher, no dia seguinte, recusou-se a cozinhar o
próprio filho e o escondeu, não cumprindo o trato. Sem poder suportar mais
ouvir a miséria das palavras daquela mulher, o rei, em alto estresse emocional,
rasgou as próprias vestes...
O
rei começou a caminhar pelo muro da cidade em total desconsolo e o povo viu que
ele, por dentro, vestia panos de saco, o que em Israel significava um manifesto
de grande sofrimento interior. O rei perguntou ao profeta Eliseu se foi Deus
quem fez cair toda aquela desgraça sobre Samaria. O profeta Eliseu deu a
seguinte mensagem da parte Deus ao rei: “Amanhã a esta hora, você poderá
comprar em Samaria três quilos e meio do melhor trigo ou sete quilos de cevada
por uma peça de prata.” Essa mensagem anunciava que a prosperidade estava
chegando à Samaria e que os dias de fome chegavam ao fim...
No
dia seguinte, os sírios já haviam fugido de Samaria e deixado no arraial muita
abundância de alimentos. Conforme a palavra do Senhor, Samaria foi abençoada
com muita fartura. Fiel é Deus!!!
Deus
te abençoe!!! Maurílio Souza...
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