AUTOR
Tanto o estilo quanto a linguagem oferecem evidências convincentes de que a mesma pessoa escreveu Lucas e Atos. “ O primeiro tratado” At 1.1 é, então provavelmente , uma referência ao terceiro evangelho, como o primeiro de uma série de dois volumes. E o fato de o escrito dedicar ambos os livros a Teófilo também demonstra solidamente uma autoria comum. Visto que a tradição de igreja atribui com unanimidade essas duas obras a Lucas, o médico, um companheiro próximo de Paulo (Cl 4.14; Fm 24; 2Tm 4.11), e, como as evidências internas sustentam esse ponto de vista, não há motivos para contestar a autoria de Lucas.
DATA
Eruditos que admitem que Lucas usou o Evangelho de Marcos como fonte para escrever seu próprio relato datam Lc pôr volta do ano 70 d.C. Outros, entretanto, salientam que Lucas o escreveu antes de At, que ele escreveu durante o primeiro encarceramento de Paulo pêlos romanos, cerca de 63 d.C. Como Lucas estava em Cesaréia de Filipe durante os dois anos
CONTEÚDO
Uma característica distinta do Evangelho de Lc é sua ênfase na universalidade da mensagem cristã. Do cântico de Simeão, louvando Jesus como “luz... Para as nações” (2.32) ao comissionamento do Senhor ressuscitado para que se “pregasse em todas as nações” (24.47), Lc realça o fato de que Jesus não é apenas o Libertador dos judeus, mas também o Salvador de todo o mundo.
·
A fim de sustentar esse tema, Lc omite muito material que é
estritamente de caráter judaico. Pôr exemplo, ele não inclui o pronunciamento
de condenação de Jesus aos escribas e fariseus (Mt 23), nem a discussão sobre a
tradição judaica (Mt 15.1-20; Mc 7.1-23). Lc também exclui os ensinamentos de
Jesus no Sermão da Montanha que tratam diretamente do seu relacionamento com a
lei (Mt 5.21-48; 6.1-8, 16-18). Lc também omite as instruções de Jesus aos Doze
para se absterem de ministrar aos gentios e samaritanos (Mt10.5).
·
Pôr outro lado, Lc inclui muitas características que demonstram
universalidade.
·
Ele enquadra o nascimento de Jesus em um contexto romano (2.1-2;
3.1), mostrando que o que ele registra tem significado para todas as pessoas.
Ele enfatiza ainda, as raízes judaicas de Jesus. De todos os escritores dos
Evangelhos só ele registra a circuncisão e dedicação de Jesus (2.21-24), bem
como sua visita ao Templo quando menino (2.41-52). Somente ele relata o
nascimento e a infância de Jesus no contexto de judeus piedosos como Simeão,
Ana, Zacarias e Isabel, que estavam entre os fiéis restantes “esperando a
consolação de Israel” (2.25). Pôr todo o Evangelho, Lc deixa claro que Jesus é
o cumprimento das esperanças do AT relacionadas à salvação.
·
Um versículo chave do evangelho de Lc é o 19.10, que declara que
Jesus “veio buscar e salvar o que se havia perdido”. Ao apresentar Jesus como
Salvador de todos os tipos de pessoas, Lc inclui material não encontrado nos
outros evangelhos, como o relato do fariseu e da pecadora (7.36-50); a parábola
do fariseu e o publicano (18.9-14); a história de Zaqueu (19.1-10); e o perdão
do ladrão na cruz (23.39-43).
Lc ressalta as advertências de Jesus sobre o perigo dos ricos e a simpatia dele pelos pobres (1.53;4.18; 6.20-21, 24-25; 12.13-21; 14.13; 16.19-31;19.1-10).
Lc ressalta as advertências de Jesus sobre o perigo dos ricos e a simpatia dele pelos pobres (1.53;4.18; 6.20-21, 24-25; 12.13-21; 14.13; 16.19-31;19.1-10).
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Este evangelho tem mais referências à oração do que os outros
evangelhos. Lc enfatiza especialmente a vida de oração de Jesus registrando
sete ocasiões em que Jesus
orou que não são encontrados em mais nenhum outro lugar (3.21; 5.16; 6.12;
9.18,29; 11.1; 23.34,46). Só Lc tem as lições do Senhor sobre a oração ensinada
nas parábolas do amigo importuno (18.9-14). Além disso, o evangelho é abundante
em notas de louvor e ação de graças ( 1.28,46-56,68-79; 2.14,20,29-32; 5.25-26;
7.16; 13.13; 17.15; 18.43)...
Além de apresentar Jesus como o Salvador do mundo, Lc dá os seguintes testemunhos sobre ele:
Jesus é o profeta cujo
papel equipara-se ao Servo e Messias (4.24; 7.16,39; 919; 24.19)
Jesus é o homem ideal, o perfeito salvador da humanidade. O título “Filho do Homem” é encontrado 26 vezes no evangelho.
Jesus é o Messias. Lc não apenas afirma sua identidade messiânica, mas também tem o cuidado de definir a natureza de seu messianismo. Jesus é, pôr excelência, o Servo que se dispõe firmemente a ir a Jerusalém cumprir seu papel (9.31.51).
Jesus é o homem ideal, o perfeito salvador da humanidade. O título “Filho do Homem” é encontrado 26 vezes no evangelho.
Jesus é o Messias. Lc não apenas afirma sua identidade messiânica, mas também tem o cuidado de definir a natureza de seu messianismo. Jesus é, pôr excelência, o Servo que se dispõe firmemente a ir a Jerusalém cumprir seu papel (9.31.51).
Jesus é o filho de Davi
(20.41-44), o Filho do Homem (5.24) e o Servo Sofredor (4.17-19) que foi
contado com os transgressores (22.37).
Jesus é o Senhor exaltado. Lc refere-se a Jesus como “Senhor” dezoito vezes em seu evangelho.
Jesus é o amigo dos proscritos humildes. Ele é constantemente bondoso para com os rejeitados.
Jesus é o Senhor exaltado. Lc refere-se a Jesus como “Senhor” dezoito vezes em seu evangelho.
Jesus é o amigo dos proscritos humildes. Ele é constantemente bondoso para com os rejeitados.
O ESPÍRITO SANTO
Há
Em primeiro lugar: a ação do ES é vista na
vida de várias pessoas fiéis, relacionadas ao nascimento de João Batista e
Jesus (1.35,41,67; 2.25-27), bem como no fato de João ter cumprido seu
ministério sob a unção do ES (1.15). O mesmo Espírito capacitou Jesus para
cumprir seu ministério.
Em segundo lugar: O ES capacita Jesus para
cumprir seu ministério—o Messias ungido pelo ES. Nos caps. 3-4, há cinco
referencias ao Espírito, usadas com força progressiva. 1) O Espírito desce
sobre Jesus em forma corpórea, como uma pomba (3.22); 2) Ele leva Jesus ao
deserto para ser tentado (4.1); 3) Após sua vitória sobre a tentação, Jesus
volta para a Galiléia no poder do mesmo (4.14) 4) Na sinagoga de Nazaré, Jesus
lê a passagem messiânica: “O Espírito do Senhor está sobre mim...”(4.18; Is
61.1-2), reivindicando o cumprimento nele (4.21). Então, 5) evidência seu
ministério carismático está repleta (4.31-44) e continua em todo seu ministério
de poder e compaixão.
Em terceiro lugar: O ES, através de oração de
petição leva a cabo o ministério messiânico. Em momentos críticos daquele
ministério, Jesus ora antes, durante ou depois do acontecimento crucial (3.21;
6.12; 9.18,28; 10.21). O mesmo ES que foi eficaz através de orações de Jesus
dará poder as orações dos discípulos (18.1-8) e ligará o ministério messiânico
de Jesus ao ministério poderoso deles através da igreja (24.48.49).
Em quarto lugar: O ES espalha alegria tanto
a Jesus como à nova comunidade. Cinco palavras gregas denotando alegria ou
exultação são usadas duas vezes com mais freqüência tanto Lc como Mt ou Mc.
Quando os discípulos voltam com alegria de sua missão (10.17), “Naquela mesma
hora, se alegrou Jesus no ES e disse...” (10.21). Enquanto os discípulos estão
esperando pelo Espírito prometido (24.49), “adorando-o eles, tornaram com
grande júbilo para Jerusalém. E estavam sempre no templo, louvando e bendizendo
a DEUS” (24.52-53)
ESBOÇO DE LUCAS
I. Prólogo 1.1-4
II. A narrativa da infância 1.5-2.52
Anúncio do nascimento de
João Batista 1.5-25
Anúncio do nascimento de Jesus 1.26-38
Visita das duas mães 1.39-56
O nascimento de João Batista 1.57-80
O nascimento de Jesus 2.1-40
O menino Jesus no templo 2.41-52
III. Preparação para o
ministério público 3.1-4.13Anúncio do nascimento de Jesus 1.26-38
Visita das duas mães 1.39-56
O nascimento de João Batista 1.57-80
O nascimento de Jesus 2.1-40
O menino Jesus no templo 2.41-52
O ministério de João
Batista 3.1-20
O batismo de Jesus 3.21-22
A genealogia de Jesus 3.23-38
A tentação 4.1-13
IV. O ministério Galileu
4.14-9.50O batismo de Jesus 3.21-22
A genealogia de Jesus 3.23-38
A tentação 4.1-13
Em Nazaré e Carfanaum
4.14-44
Do chamamento de Pedro ao chamamento dos doze 5.1-6.16
O Sermão da Montanha 6.17-49
Narrativa e diálogo 7.1-9.50
V. A narrativa de viagem
(no caminho para Jerusalém) 9.51-19.28Do chamamento de Pedro ao chamamento dos doze 5.1-6.16
O Sermão da Montanha 6.17-49
Narrativa e diálogo 7.1-9.50
VI. O ministério de Jerusalém 19.29-21.38
Acontecimentos na entrada
de Jesus em Jerusalém 19.29-48
História de controvérsias 20.1-21.4
Discurso escatológico 21.5-38
VII. A paixão e
glorificação de Jesus 22.1-24.53História de controvérsias 20.1-21.4
Discurso escatológico 21.5-38
A refeição de Páscoa
22.1-38
A paixão, morte e sepultamento de Jesus 22.39-23.56
A ressurreição e a ascensão 24.1.53...
A paixão, morte e sepultamento de Jesus 22.39-23.56
A ressurreição e a ascensão 24.1.53...
Ø SEMINÁRIO BÍBLICO COMUNIDADE CRISTÃ EM UBÁ / BELA
AURORA – MAURÍLIO SOUZA .
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