MENSAGEM DA CRUZ

MENSAGEM DA CRUZ
ESPAÇO LITERARIO SOBRE A MENSAGEM DA CRUZ :

sábado, 22 de abril de 2017

POEMA E HISTORIA DO BABAQUARA - EITA NOIS - POR MAURÍLIO SOUZA




Nasci no meio da roça em uma casa de palhoça, vivendo no meio do mato caçando ninho de passarinhos... Abria as porteiras, pulando no ribeirão, hoje moro na cidade, mas meu coração ficou no sertão. Colhendo café, caminhando descalço no meio da leras de batata, plantando tomates e colhendo milho nos milharais... Tomando banho de regador lembranças guardadas com muito amor. De manhã saia com o carro de boi que rinchava no estradão despertando os colonos para o trabalho no roçado que saiam com suas enxadas e pés descalços caminhando na terra vermelha da estrada do boqueirão.


No trilhado dos pássaros da sinfonia de canários, coleiros e pintassilgo na tranquilidade das matas e florestas com seus jacus e siriemas, onças e antas, jacarés e capivaras animais de berros e urros que fazem dos efeitos sonoros das matas com seus sons horripilantes e assustador... O verde das arvores em contrastes com as multicores de pássaros e borboletas criando uma tela de paisagens com o brilho e danças dos matizes. O Sol nasce nas campinas soberano e com autoridade se impõe sobre a escuridão trazendo claridade, a noite romântica e cheia de estrelas com sua lua formosa e graciosa inspirando os poetas com suas letras e musicas...


O caboclo da roça chamado de vários nomes e significados construíram e alimentaram este país varonil dos verdes das matas do azul do céu, do amarelo do ouro, nos brancos das nuvens com suas formas e efeitos desenhando com amplidão o firmamento... O Sertanejo Guaco, o Roceiro e Caipira, o Caburé e Araruama, O Arigó e Bugre, o Babaquara e Baicuara, o Biriba e Botocudo, o Bruaqueiro e caburé, não importa o nome do Caiçara ele sempre será o caboclo sertanejo um homem diferente de gostos diversos da broa de fubá com café de manhã, do frango com quiabo uma misturada de jiló com abobrinha carregada na pimenta da canjiquinha com costelinha. Das comidas sem frescuras do angu ao mugunzá...


Das festas do roceiro, dos forros e vaquejadas, das festas juninas com suas quadrilhas e do fole dos sanfoneiros. Com suas cantorias nas batidas das latadas, da espingarda do soca-soca dos milhos da broca, das pipocas no caldeirão e do amor no coração. Despede-se com sorriso faceiro com a vara de bambu para pescar tucunaré na bocada do ribeirão, com a minhoca de isca e o cipó timbupeva para colocar o pescado. Eita so que dia bunito e florido no roçado com os peixes no caritó voltando para minha Biboca com minha cama e colchão de palha, mas antes vou emendar bigode numa prosa fuxiqueira ate fica meio troncho e dormir no meu terreiro...


“Deus te abençoe” Pr Maurílio Souza.

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