MENSAGEM DA CRUZ

MENSAGEM DA CRUZ
ESPAÇO LITERARIO SOBRE A MENSAGEM DA CRUZ :

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

TRIGESSIMA SEGUNDA LIÇÃO SEMINÁRIO BÍBLICO: POR MAURÍLIO SOUZA ESCRITOR E HISTORIADOR BÍBLICO!!! ESTUDO DO PRIMEIRO E SEGUNDO LIVRO DOS REIS:


ESTUDO DO PRIMEIRO E SEGUNDO LIVRO DOS REIS:

1 e 2 Reis na verdade formam uma só obra literária, que na tradição hebraica é simplesmente chamada de “Reis”. A divisão dessa obra em dois livros foi introduzida pelos autores da Septuaginta e depois seguida na Vulgata Latina e na maioria das versões atuais da Bíblia.

Em 1448 a divisão em duas seções também apareceu num manuscrito hebraico e foi perpetuada nas edições posteriores do texto hebraico.
Tanto a Septuaginta quanto a Vulgata Latina designavam Samuel e Reis de maneira que ressaltava o relacionamento entre as duas obras (na Septuaginta era designado como: Primeiro, Segundo, Terceiro e Quarto Livros dos Reinos; na Vulgata Latina, Primeiro, Segundo, Terceiro e Quarto Reis).

Juntos, Samuel e Reis relatam a história inteira da monarquia, desde sua ascensão com o ministério de Samuel até a sua queda com a invasão dos babilônios.
A divisão entre 1 e 2 Reis foi feita num lugar apropriado, pouco depois da morte de Acabe, do Reino do Norte (22.37) e de Josafá, do reino do Sul. (22.50). Dividir nesse ponto faz o relato do reinado de Acazias de Israel ultrapassar o fim de 1Reis (22.51-53) e o começo de 2Reis (cap. 1).

O mesmo ocorre com o relato do ministério de Elias, que na maior parte apareceu em 1 Reis (caps. 17-19). No entanto, seu ato final de juízo, e a entrega de seu manto para Eliseu no momento da ascensão ao céu num redemoinho estão contidos em 2Reis (1.1 – 2.17). Estes são os dois livros de história mais importantes do mundo.

AUTOR: Como a maioria dos livros do Antigo Testamento, os autores dos registros dos Reis são desconhecidos.

A tradição judaica preservada no Talmude Babilônico atribui os livros de Reis ao profeta Jeremias. Essa associação pode estar fundamentada nas semelhanças entre Jeremias 52 e 2 Reis 24 e 25.
Também se notou que a história registrada nos livros dos Reis dá lugar de destaque à vida dos profetas do Antigo Testamento e à precisão da palavra profética relativa à monarquia de Israel e Judá. No entanto, há pouca evidência concreta para identificar o autor com base no contexto, tema teológico e propósito de composição.

Duas teorias distintas sobre a autoria e unidade da história de Reis prevalecem entre os estudiosos. A posição conservadora aceita a tradição judaica e considera o profeta Jeremias como compilador dos livros.
Os que descartam a tradição argumentam que os livros dos Reis indicam um autor ou compilador testemunha ocular da queda de Jerusalém. Sugere-se que o autor tenha juntado com habilidade muitas fontes históricas em um documento para descrever a desobediência à aliança de ambos os reinos e o motivo divino do exílio no estrangeiro.

Seja quem for o autor, fica claro que tinha familiaridade com o livro de Deuteronômio. Fica também claro, que usou uma variedade de fontes documentárias para compilar sua história da monarquia.
Três dessas fontes estão citadas no livro: - Registros históricos de Salomão (1Reis 11.41); - Registros históricos de reis de Israel (1Reis 14.19) - Registros históricos dos reis de Judá (1Reis 14.29). É possível que outras fontes documentárias também tenham sido empregadas.

DATA: O livro foi provavelmente composto na Palestina entre a queda de Jerusalém (587/586 a.C.) e o decreto de rei Ciro da Pérsia que permitiu o retorno dos judeus à pátria (539 a.C.). É possível que o livro tenha sido composto em duas fases.
A maior parte da história da monarquia hebraica poderia ter sido concluída entre a queda de Jerusalém e a represália babilônica pelo assassinato do governador Gedalias (2Rs 25.22-26; Jr 52.30).

Talvez a edição final da obra tenha sido publicada pouco depois da libertação do rei Joaquim na Babilônia pelo sucessor de Nabucodonosor, Evil-Merodaque (561 a.C.).
Alguns estudiosos situam a data da composição de 1 e 2 Reis no período subsequente à soltura de Joaquim da prisão e antes do fim do exílio babilônico em 538.

Essa posição é questionada por outros tendo por base algumas declarações de 1 e 2 Reis que falam de certas coisas no período pré-exílico que, segundo se diz, continuam existindo até o dia de hoje, como, as varas para transportar a arca (1 Rs 8.8); os trabalhos forçados (1 Rs 9.20-21).
Com base nessas citações sustenta-se que o autor deve ter vivido em Judá no período pré-exílico, e não na Babilônia no período pós-exílio.

Se esse argumento for aceito, devemos concluir que o livro original foi composto aproximadamente na data da morte de Josias e o material sobre o período subsequente ao seu reinado foi acrescentado durante o exílio, em 550. Esse conceito toma por base principalmente as declarações “até o dia de hoje”.

O REINO DIVIDIDO: O Reino do Norte (Israel) era menos estável politicamente que o Reino do Sul (Judá). Sua duração mais curta como nação independente (por volta de 209 anos) e a violência acontecida nas sucessões ao trono comprovam esse fato.
O historiador de Reis considerou “maus” todos os dezenove governantes de Israel (ou vinte se incluirmos Tibni, rival do Onri) porque perpetuaram o culto ao “bezerro de ouro” de Jeroboão.

A média de duração do reinado de um monarca israelita era apenas de dez anos, e nove famílias diferentes reivindicaram o trono. Sete reis foram assassinados, um cometeu suicídio, um foi ferido por Deus e outro foi deposto e levado para Assíria.
O Reino do Sul (Judá) persistiu por mais um século e meio (durou cerca de 345 anos). Ao contrário de Israel, os reinados dos dezenove reis de Judá e uma rainha tiveram média de duração de mais de dezessete anos.

A dinastia de Davi foi a única a reivindicar o trono do Sul, realçando a estabilidade política. O reinado da terrível rainha Atalia foi a única interrupção da sucessão davídica. No entanto, em Judá também ocorreram intrigas políticas, pois cinco reis foram assassinados, dois foram feridos por Deus e três foram exilados.
O historiador de Reis relatou que oito reis de Judá foram “bons” porque seguiram o exemplo de Davi e obedeceram a Javé (Asa, Josafá, Joás, Amazias, Azarias (Uzias), Jotão Ezequias e Josias).

ADORAÇÃO AO BEZERRO DE OURO: A palavra hebraica para “bezerro” é palavra flexível que denota qualquer animal macho ou fêmea da família dos bovinos. Todas as evidencias parecem indicar que os hebreus adotaram o símbolo do deus-touro dos egípcios, provavelmente o culto a Ápis de Mênfis.
Ápis era o touro sagrado e deus da fertilidade que concedia vida, saúde e força ao rei e fertilidade à terra e ao povo do reino. É bem provável que Jeroboão reintroduziu o símbolo do deus-touro em Israel por causa do exílio que enfrentou no Egito até a morte de Salomão (1 Re 11.40).

O MINISTÉRIO DE ELIAS E ELISEU: Elias foi um dardo de fogo que Deus desferiu contra o perverso Acabe e a idolatria de Israel. Ele atravessa essa página da história de modo rápido e terrível como um relâmpago. Elias, o tesbita, que era dos moradores de Gileade, é a breve biografia com que se apresenta.

O nome Elias significa “Jeová é meu Deus” e adaptava-se perfeitamente a ele. Foi o mais notável dos profetas. Acompanhe seu aparecimento repentino, sua coragem intrépida, o zelo, seu triunfo no monte Carmelo, a profundeza de seu desalento, seu glorioso arrebatamento ao céu num redemoinho e a aparição no monte da Transfiguração...


Deus te abençoe!!! Maurílio Souza...

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