MENSAGEM DA CRUZ

MENSAGEM DA CRUZ
ESPAÇO LITERARIO SOBRE A MENSAGEM DA CRUZ :

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

OSVALDINHO O MENINO CANDEEIRO DO ROÇADO: (CRÔNICA HISTORIA DE MINHA VIDA)

O sol surge no horizonte com seu brilho ainda tímido naquela invernada, o pequeno Osvaldinho acorda sonolento assopra o fogo do velho lampião cuja fumaça preta de querosene deixava marcas pretas em seu rosto juvenil de menino prosa e faceiro com seus doze anos, agora ele levanta para suas tarefas e a difícil labuta da família Souza, gente simples e humilde que vivia naquele rincão do pequeno arraial de Boa Vista... 

O pequeno retireiro inicia seu duro serviço ajunta as vaquinhas amarra as pernas para não levar um coice da vaca malhada cujas tetas cheia são preparadas para a primeira ordenha do dia, naquela fria manhã com seus ventos cortantes o menino Osvaldinho grita; “sossega malhada”, pois preciso tirar seu leite....

As seis grandes leiteiras com seus vinte litros são colocada por aquele menino Osvaldinho, catraio magrinho de braços fortes suspende os vasos de leite sobre as soleiras de madeira do carro de boi atrelado com o “Mimoso” do lado direito e o outro boi de chifre comprido com nome de vaca o “estrela” do lado direito. Naquela manhã do roçado sai o carro de boi cujas rodas grandes e pesadas com suas vassouras o pequeno arbusto que servia de um lubrificante cuja seiva no atrito liberava um óleo natural exprimido entre os eixos...

Na cálida e silenciosa manhã o barulho da carroça acorda os colonos e caipiras com seu barulho e rangido como se fosse um grito do pequeno menino caminha entre os roçados. O candeeiro pequeno e frágil grita “vamos mimoso, sossega estrela”, os pássaros começam sua alvorada com seus cantos trilhados começando o dia dos bandos em suas revoadas, o caipira caminha pelas estradas empoeiradas de terra vermelha do sertão. Com seus pés descalços e cascorentos José Osvaldo de Souza nome dado pelo seu velho pai... O menino agora atinge seu alvo chega ao seu destino o armazém do Seu Maurílio “que nome demais de bonito e diferente soo” pensa o pequeno bacuri...

A vida em sua roda continua sem barulho diferente daquele carro de boi do pequeno Osvaldinho leva o menino quarenta anos depois para uma casa de “pau a bique e chão batido” de um remoto lugar chamado Fazenda Tapera Alta. Osvaldo homem feito diferente daquele pequeno caipira candeeiro das juntas de bois Mimoso e Estrela escuta o choro do seu decimo segundo filho um choro alto e trilhante que quebra o silencio daquela noite quase natalina o senhor Osvaldo pega a pequena criança em seus braços e agora viaja em suas lembranças do velho armazém e grita com satisfação seu nome será chamado Maurílio “que nome mais bonito soo” fala em um grito miúdo a velha parteira que sem estudo nenhum colocou no mundo muitas crianças. E ali naqueles braços paterno o menino deixa de chorar agora seguro naqueles braços de amor é colocado em seu berço improvisado de colchão de pano de saco alvejado e palha lugar de muitos grandes sonhos...

O guri cujo nome foi registrado uma semana depois se chamava Maurílio Oswaldo de Souza; “que nome mais bonito soo”. Viveu sem ser famoso, mas com um coração orgulhoso do seu velho pai o menino candeeiro do roçado Osvaldinho


“Deus te abençoe” Pr Maurílio Souza...

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