MENSAGEM DA CRUZ

MENSAGEM DA CRUZ
ESPAÇO LITERARIO SOBRE A MENSAGEM DA CRUZ :

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

POESIA DO MATO NO POEMA DO BABAQUARA: POR MAURÍLIO OSWALDO ESCRITOR E HISTORIADOR!!!


Nasci no meio da roça em uma casa de palhoça, vivendo no meio do mato caçando ninho do falcão. Abria as porteiras, pulando no ribeirão, hoje moro na cidade com saudade sertão.

Colhendo café na sua derriçagem das folheiras, caminhando descalço no meio das batata e suas leras, plantando tomates e colhendo milho nos milharais. Tomando banho de regador lembranças guardadas com muito amor.

De manhã saia com o carro de boi que rinchava no estradão despertando os colonos para o trabalho no roção que saiam com suas enxadas e pés descalços caminhando na terra vermelha da estrada do boqueirão.

No trilhado dos pássaros da sinfonia de canários, coleiros e pintassilgo na tranquilidade das matas e florestas com seus jacus e siriemas, animais do meio do mato de pelos e penas.

Onças e antas, jacarés e capivaras animais de berros e urros de dor que fazem dos efeitos sonoros das matas com seus sons horripilantes e assustador...

O verde das arvores em contrastes com as multicores de pássaros e borboletas criando uma tela de paisagens com o brilho e danças dos matizes e seus amores.

O Sol nasce nas campinas soberano e com autoridade se impõe sobre a escuridão trazendo claridade, a noite romântica e cheia de estrelas com sua lua formosa e graciosa com seu bricão inspirando os poetas com suas letras e musicas ecoando na amplidão...

O caboclo da roça chamado de vários nomes e significados construíram e alimentaram este país varonil dos verdes das matas do azul do céu anil.

Do amarelo do ouro, nos brancos das nuvens com suas formas e efeitos desenhando os pensamentos com amplidão nos firmamentos...

O Sertanejo Guaco, o Roceiro e Caipira, o Caburé e Araruama, O Arigó e Bugre, o Babaquara e Baicuara, o Biriba e Botocudo, o Bruaqueiro e caburé, não importa o nome do Caiçara ele sempre será o caboclo barraqueiro.

Sertanejo um homem diferente de gostos diversos da broa de fubá com café de manhã, do frango com quiabo uma misturada de jiló com abobrinha feito com bambuzá sempre carregada na pimenta da canjiquinha com costelinha. Das comidas sem frescuras do angu ao mugunzá...

Das festas do roceiro, dos forros e vaquejadas, das festas juninas com suas quadrilhas e do fole dos sanfoneiros sentados nas estacas.

Com suas cantorias nas batidas das latadas, da espingarda do soca-soca dos milhos da broca, das pipocas no caldeirão e do amor no coração.

Despede-se com muito amor e sorriso faceiro encantador com a vara de bambu para pescar tucunaré na bocada do ribeirão, no silencio da mata o sono pega o caboclo sonhador abrindo seu bocão.

Com a minhoca de isca e o cipó timbupeva para colocar o pescado no iscado. Eita so que dia bunito e florido no roçado de Paraopeba.

Com os peixes no caritó voltando para minha Biboca com minha cama e colchão de palha, mas antes vou emendar bigode numa prosa fuxiqueira ate fica meio troncho e dormir no meu terreiro...
Maurílio Oswaldo...


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