Como
os livros de Samuel e Reis, 1 e 2 Crônicas formavam originariamente um único
volume. O texto foi dividido em 2 livros quando o texto hebraico original foi
traduzido para o grego.
Crônicas
vêm após Esdras/Neemias na Bíblia hebraica, sugerindo que sua aceitação no
cânon do Antigo Testamento se deu numa data posterior ou tenha sido considerado
apêndice dos Escritos por complementar as histórias encontradas nos livros de
Samuel e Reis. A versão atual segue o modelo do Antigo Testamento grego,
colocando Crônicas após Reis e antes de Esdras e Neemias.
TÍTULO:
O título hebraico do livro é literalmente as palavras dos dias ou os
acontecimentos das monarquias. Embora os títulos hebraicos sejam obtidos
tipicamente do primeiro versículo, neste livro, a frase-título encontra-se em 1
Crônicas 27.24.
Os
livros são chamados na Septuaginta de; Os dados omitidos, isto é, dados
desconsiderados pelas histórias de Samuel e Reis. O título Crônicas é uma forma
abreviada da sugestão de Jerônimo, tradutor da Vulgata Latina, de que a
história fosse chamada crônica de toda a história sagrada.
O
livro de Cônicas é o último livro da Bíblia Hebraica e faz parte dos Escritos;
as traduções grega e latina, em sua reorganização da Bíblia, colocaram o livro
ao lado dos chamados livros da história de Israel, Samuel e Reis.
AUTOR:
A tradição judaica considera Esdras como o autor dos livros das Crônicas. Pelo
menos dois fatores tornam possível essa identificação:
1
- O livro foi escrito depois do exílio babilônico dos judeus, próximo à época
do ministério de Esdras. 2 - Muitas passagens em Crônicas compartilham das preocupações
sacerdotais de Esdras. Outras considerações lançam dúvidas sobre a teoria
tradicional da autoria de Esdras.
A
data de composição de Crônicas não pode ser limitada aos anos da vida de
Esdras; o enfoque característico de Crônicas sobre a monarquia não aparece no
ensino de Esdras; e a aflição de Esdras com relação a apostasia associada aos
casamentos mistos não é um tema proeminente em Crônicas.
Em
outras palavras, as evidências históricas e escriturísticas não apontam
decisivamente para Esdras. O autor anônimo é conhecido como o Cronista.
DATA:
Os versos finais de 2 Crônicas indicam que o livro foi escrito após a
libertação dos exilados da Babilônia em 538 a.C. A ausência de influência
helenísticas sugere que a história foi composta antes do período alexandrino
(antes de 331 a.C.). As opiniões variam quanto a data precisa de composição do
livro.
O
REINO DIVIDIDO: O registro da história de Israel desde Roboão até Acaz
concentra-se nos acontecimentos do reino do Sul, Judá. Embora o livro de Reis
seja a fonte da maior parte da informação, Crônicas omite trechos extensos da
matéria relativa ao reino do Norte, Israel. Crônicas concentram a sua atenção
em Judá e sua capital, Jerusalém, a sede do reino davídico e do templo de Deus.
Os
reis do período em foco são avaliados pelo ideal da monarquia unida. O rei deve
ser fiel à lei de Moisés, deve apoiar a ordem do templo estabelecido por Davi e
Salomão, e também deve dar atenção a instrução profética e sacerdotal.
Alguns
reis são avaliados de forma negativa (Jeorão; Acazias; Acaz), outros
positivamente (Abias; Jotão). Na sua maior parte os registros são mistos
(Roboão; Asa; Josafá; Joás; Amazias e Uzias).
Deus
abençoava seu povo quando este era fiel e o castigava quando se afastava dele.
Vitória, segurança e prosperidade vinham àqueles que buscavam ao Senhor.
Derrota, inquietude e enfermidade vinham sobre aqueles que se esqueciam dele.
O REINO REUNIFICADO: Começando com
Ezequias, Israel entrou em uma nova fase de sua história. A exemplo de Davi e
Salomão, Ezequias conseguiu unir os fiéis de Israel e Judá ao redor do trono
davídico através do culto ao Senhor e da celebração no templo. Esse povo
reunificado experimentou períodos de fracassos:
A apostasia de Manasses 2Cr 33.1-10),
o reinado de Amom (2Cr 33.21024) e os reis de Judá imediatamente anteriores ao
exílio babilônico (2Cr 36.2-14). Mas Deus graciosamente, renovou o seu povo
após cada fracasso; a restauração de Manasses (2Cr 33.11-17), as reformas de
Josias (2Cr 34.3-35) e o retorno do exílio na Babilônia (36.22-23)...
DEFINIÇÃO DE SEPTUAGINTA E VULGATA:
SEPTUAGINTA:
Designação por que é conhecida a mais antiga tradução em grego do texto hebreu
do Antigo Testamento, feita para uso da comunidade de judeus do Egito no final
do século III a.C. e no II a.C.; teria sido realizada por 72 tradutores, donde
o nome (por simplificação: LXX, em latim)...
VULGATA:
Tradução latina da Bíblia feita por são Jerônimo 340-420, que foi declarada a
versão oficial da Igreja romana pelo Concílio de Trento, a versão mais
difundida ou mais aceita como autêntica de um texto...
Deus
te abençoe!!! Maurílio Souza.
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