MENSAGEM DA CRUZ

MENSAGEM DA CRUZ
ESPAÇO LITERARIO SOBRE A MENSAGEM DA CRUZ :

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

VIGÉSIMA SÉTIMA LIÇÃO SEMINÁRIO BÍBLICO: APOCALIPSE: Autor: Apóstolo João Data: Cerca de 79—95 d.C... POR MAURÍLIO SOUZA ESCRITOR E HISTORIADOR BÍBLICO!!!


Autor:
O autor se refere a si mesmo quatro vezes como João (1.1,4,9; 22.8). Ele era tão bem conhecido por seus leitores e sua autoridade espiritual era tão amplamente reconhecida que ele não precisou estabelecer suas credenciais. A Antiga tradição eclesiástica atribui unanimemente este livro ao apóstolo João.

Antecedentes e Data:
As evidências em Ap. indicam que foi escrito durante um período de extrema perseguição aos cristãos, que possivelmente tenha começado com Nero depois do grande fogo que quase destruiu Roma, em Julho de 64 d.C., e continuou até seu suicídio, em junho de 68 d.C.

Segundo esta visão, portanto, o livro foi escrito antes da destruição de Jerusalém em setembro de 70 d.C., e é uma profecia autêntica sobre o sofrimento continuo e a perseguição dos cristãos, que se tornou bem mais intensa e severa nos anos seguintes. Com base em declarações isoladas pêlos patriarca da igreja primitiva, alguns intérprete datam o livro perto do final do reino de Domiciano (81-96 d.C.), depois de João ter fugido para Éfeso.

Ocasião e Objetivo:
Sob a inspiração do Espírito e do AT, João sem dúvida vinha refletindo os acontecimentos horripilantes que ocorriam em Roma e em Jerusalém quando ele recebeu a profecia do que estava para acontecer — a intensificação do conflito espiritual confrontando a igreja (1.3), perpetrada pelo estado anticristão e numerosas religiões anticristãs. 

O objetivo desta mensagem era fornecer estímulo pastoral aos cristãos perseguidos, confortando, desafiando e proclamando a esperança cristã garantida e certa, junto com a garantia de que, em Cristo, eles estavam compartilhando o método soberano de Deus de superar totalmente as forças do mal em todas suas manifestações.

O Ap. também é um apelo evangelístico a todos aqueles que estão atualmente vivendo no reino das trevas para entrar no Reino da Luz (22.17)

Conteúdo:
A mensagem central do Ap. é que “Deus Todo-Poderoso reina” (19.6). Este tema foi validado na história devido à vitória do cordeiro, que é “o Senhor dos senhores e Reis dos reis” (17.14). Entretanto, aqueles que seguem o Cordeiro estão envolvidos em um conflito espiritual contínuo e, sendo assim, o Ap. fornece um maior discernimento quanto à natureza e tática do inimigo (Ef 6.10-12).

O dragão, frustrado pôr sua derrota na cruz e pelas consequentes restrições imposta sobre sua atividade, e desesperado para frustrar os propósito de Deus perante seu destino inevitável, desenvolver uma trindade forjada a fazer guerra com os santos (12.17). A primeira besta ou monstro simboliza a realidade do governo anticristão e poder político (13.1-10,13). A segunda, a religião anticristã, a filosofia, a ideologia (13.11-17).

Juntos, eles formam a sociedade, comercio e cultura secular cristã definitivamente enganosa e sedutora, a prostituta Babilônia (caps. 17-18), composta daqueles que habitam a terra.

Eles, portanto, possuem a marca do monstro, e seus nomes não estão registrados no Livro da Vida do Cordeiro. O dragão delega continuamente seu poder restrito e autoridade aos monstros e seus seguidores a fim de enganar e desanimar qualquer pessoa do propósito criativo-redentor de Deus.

Forma Literária:
Depois do prefácio, o Ap. começa (1.4-7) e termina em (22.21) como uma carta típica do NT. Embora contenha sete cartas para sete igrejas, está claro que cada membro deve ouvir a mensagem a cada uma das igrejas (2.7,11,17,29; 3.6,13,22), bem como a mensagem do livro inteiro (1.3; 22.16), a fim de que possam obedecer-lhe (1.3; 22.9).

Dentro desta carta está “a profecia” (1.3; 10.11; 19.10; 22.6-7,10,18-19). De acordo com Paulo, “o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação (estímulo) e consolação” (1Co 14.3). O profeta fala a Palavra e Deus como um chamamento à obediência na situação presente e na situação futura imediata, tendo em vista o futuro definitivo. Essa profecia não deveria ser selada (22.10) pôr ser relevante aos cristãos de todas as gerações.

Método de Comunicação:
João recebeu essas profecias de uma série de visões vívidas contendo imagens simbólicas e números que ecoam aqueles encontrados nos livros proféticos do AT. João registra essas visões na ordem cronológica na qual as recebeu muitas das quais retratam os mesmos acontecimentos através de diferentes perspectivas. 

Entretanto, ele não fornece uma ordem cronológica na quais determinados acontecimentos histórico devem acontecer. Pôr exemplo, Jesus nasceu no cap.12, é exaltado no cap.5 e está caminhando em meio às suas igrejas no cap.1.

A besta que ataca as duas testemunhas no cap.12 não é trazida à existência até o cap.13. João registra uma série de visões sucessivas, e não uma série de acontecimentos consecutivos. O Ap. é um quadro cósmico — uma série de quadros vivos coloridos, elaborados, acompanhados e interpretados pôr oradores cantores celestiais.

A palavra fala é prosa elevada, mais poética do que nossas traduções indicam. A música é semelhante a uma cantata. Repetidamente são introduzidos temas, mais tarde reintroduzidos, combinados com outros temas desenvolvidos. Toda a mensagem é notificada (1.1).

Há um segredo para a compreensão das visões, todas as quais contém linguagem figurativa que aponta para realidades espirituais em e por trás da experiência histórica. Os sinais e símbolos são essenciais porque a verdade espiritual e a realidade invisível devem sempre ser comunicadas a seres humanos através de seus sentidos.

Os símbolos apontam para o que é definitivamente indescritível. Por exemplo, o relato de gafanhotos demoníacos do abismo (9.1-12) cria uma impressão vívida e horripilante, mesmo que os mínimos detalhes não tenham a intenção de ser interpretado.

Cristo Revelado:
Quase todos os títulos usados em várias partes do NT para descrever a natureza divina – humana e à obra redentora de Jesus são mencionados pelo menos uma vez no Ap, que junto com uma série de títulos adicionais, nos fornece uma revelação multidimensional da posição presente, do ministério contínuo e da vitória definitiva do Cristo exaltado.

Embora o ministério terreno de Jesus seja condensado entre sua encarnação e ascensão em 12.5, o Ap afirma que o Filho de Deus, como Cordeiro, terminou completamente sua obra de redenção (1.5-6). Através de seu sangue, os pecadores foram perdoados, purificados (5.6,9; 7.14; 12.11) liberados (1.5) e fizeram reis e sacerdotes (1.6; 5.10).

Todas as manifestações resultantes de sua vitória aplicada baseiam-se em sua obra terminada na cruz; portanto, satanás foi derrotado (12.7-12) e preso (20.1-3). Jesus ressuscitou dos mortos e foi entronado como Soberano absoluto sobre toda a criação (1.5; 2.27). Ele é o Reis dos reis e o Senhor dos senhores - (17.14; 19.16) e deve receber a mesma adoração que recebe de Deus, o Criador (5.12-14).

O único que é digno para executar o propósito eterno de Deus é o Leão de Judá, que não é um Messias político, mas um Cordeiro morto (5.5,6). O Cordeiro é seus títulos primários, utilizados vinte e oito vezes em Ap. Como aquele que conquistou, ele tem a legítima autoridade e poder de controlar todas as forças do mal e suas consequências para seus propósitos de julgamento e salvação (6.1-7.17). O Cordeiro está no trono (4.1-5.14; 22.3).

O Cordeiro, como semelhante ao Filho do Homem, está sempre no meio de seu povo (1.9-3.22; 14.1), cujos nomes estão registrados em seu livro da vida (3.5; 21.27). Ele os conhece intimamente, e com um amor incomensuravelmente sagrado, ele cuida, protege, disciplina e os desafia.

Eles compartilham totalmente sua vitória presente e futura (17.14; 19.11-16; 21.1-22.5), bem como a ceia das bodas (19.7-9; 21.2) presente e futura. Ele habita neles (1.13), e eles habitam nele (21.22).

Como semelhante ao Filho do Homem, ele também é o Senhor da colheita final (14.14-20). Ele derrama sua ira em julgamento sobre satanás (20.10), seus aliados (19.20; 20.14) e sobre os espiritualmente mortos (20.12,15) - todos aqueles que escolheram habitar na terra (3.10).

O cordeiro é o Deus que está chegando (1.7-8; 11.17; 22.7,20) para consumar seu plano eterno, para completar a criação da nova comunidade de seu povo em um novo céu e uma nova terra (21.1) e restaurar as bênçãos do paraíso de Deus (22.2-5). O Cordeiro é a meta de toda a história (22.13)

O Espírito Santo em Ação:
A descrição do ES como os sete Espíritos de Deus (1.4; 3.1; 4.5; 5.6) é distinta no NT. O número sete é um número simbólico, qualitativo, comunicando a ideia de perfeição. Portanto, o ES é manifestado em termos de perfeição de sua atividade dinâmica, complexa. As sete lâmpadas de fogo (4.5) sugerem seu ministério iluminador, purificador e energizador.

O fato de os sete espíritos estarem diante do trono (1.4; 4.5) e serem simultaneamente os olhos do Cordeiro (5.6) significa a trindade una essencial de Deus que se revelou como Pai, Filho e ES. Trata-se de um habitar mútuo de Pessoas sem dissolver as distinções de ser e funções essenciais.

Cada uma das mensagens para as sete igrejas é do Senhor exaltado, mas os membros individuais são incitados a ouvir o que o Espírito diz (caps.2-3). O Espírito diz somente o que o Senhor Jesus diz. 
Portanto, o Espírito é o Espírito da profecia. Cada profecia genuína é inspirada pelo ES e presta testemunho a Jesus (19.10). As visões proféticas são comunicadas e João somente quando ele está no Espírito (1.10; 4.2; 21.10). O conteúdo dessas visões não é nada menos que a Revelação de Jesus Cristo (1.1).

Toda profecia genuína exige uma resposta. O Espírito e a esposa dizem: Vem!!! (22.17). Todos ouvem ou se recusam a ouvir esse apelo. O Espírito está operando continuamente em e através da igreja para convidar a entrar aqueles que permanecem fora da Cidade de Deus.

Apenas mediante a habilitação do Espírito é permitido que a esposa testemunhe e suporte pacientemente. Portanto, o Espírito penetra na experiência atual daqueles que ouvem com antegozo do cumprimento futuro do Reino.

Esboço de Apocalipse:

Prólogo 1.1:
I. As cartas às sete igrejas 1.9-3.22:

O cenário: Um semelhante ao Filho do Homem 1.9-20...
As cartas 2.1-3.22.
II. Os sete selos 4.1-5.14:
O cenário 4.1-5.14
Os selos 6.1-8.1.
III. As sete trombetas 8.2-11.18:
O cenário: O altar dourado 8.2-6
As trombetas 8.7-11.18
IV. Os sete sinais 11.19-15.4:
O cenário: A arca do concerto 11.19
Os sinais 12.1-15.4
V. As sete taças 15.5-16.21:
O cenário: O templo do testemunho 15.5-16.1
As sete taças 16.2-21
VI. Os sete espetáculos 17.1-20.3:
O cenário: Um deserto 17.1-3
Os espetáculos 17.3-20.3
VII. As sete visões da consumação 20.4 –22.5:
O Cenário: 20.4-10
As cenas 20.11-22.5

Epílogo 22.6-21: Sete testemunhas de confirmação. - 22.6-17 - Advertência final e garantia. - 22.18-20...


Bênção 22.20a21 - 20 - Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente sem demora venho. Amém. Ora, vem, Senhor Jesus. 21 - A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém.

INSTITUTO BÍBLICO COMUNIDADE CRISTÃ – UBÁ E BELA AURORA – MAURÍLIO SOUZA.


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