MINHA VIDA CONTADA EM CRÔNICAS
O ULTIMO
DIA:
Perdoa-me por virar minhas costas, pois eu não
aguentava mais ver as lágrimas caírem de seus olhos negros e maternais, e na
covardia de minha precoce vida corri para bem longe, e nesta corrida frenética
e covarde defrontei-me com meu cansaço e a dor de minhas pernas que corria para
o nada, apenas em um fuga alucinante e neste momento me desfaleço em meio as
fraquezas de meus pensamentos juvenis. Fiquei imaginando que aquela dura
realidade era apenas um grande pesadelo, um sonho ruim que certamente
despertar-me-ia colocando fim as minha angustias de um jovem nas fragilidades
de meus poucos anos, perdoa-me eu não sabia que aquele seria o ultimo dia...
Perdoa-me por sair sem despedir, sem meu beijo de
ate logo ou ate breve, há seu soubesse a envolveria em meus braços em um abraço
que como corda me prenderia a você de onde nunca deveria ter saído,
encostando-me ao teu ventre que um dia foi meu lugar secreto e seguro. Há se soubesse eu gritaria te amo mil
vezes que somados aos meus ecos multiplicaria na força de meu amor inexperiente
e cercado pela minha falta de sensibilidade. Há se soubesse prender-me-ia aos
seus pés que tantas vezes caminharam em busca do mínimo conforto para nossa
família, pés rachados pelas pedras dos caminhos e suas mãos calejadas na labuta
para me dar o mínimo de dignidade. Perdoa-me por sair sem despedir eu não sabia
que era o ultimo dia...
Hoje me vejo
em uma prisão nas grades de minhas doces e saudosas recordações que são
lembranças de nossa convivência, lembro-me do teu olhar me protegendo, de suas
mãos encaminhando-me para a vida de sofrimento, faltas e ate fome na carência
de um tempo cruel e difícil. Há se soubesse passearia mais contigo desfrutando
de tua presença, ouvindo sua suave voz encorajando-me a prosseguir pela longa e
cansativa viagem pela vida. Lembro-me amarrado ao teu lado preso ao embornal de
amor você com uma trouxa de roupa ou um feixe de lenhas verdes pesadas nas
costas assim como era pesada a vida que levávamos. Há minha mamãe se eu
soubesse; “a beijaria mais, abraçava-lhe mais e dizia-te que lhe amava mais
vezes”, perdoa-me mamãe eu não sabia que aquele dia era sua despedida, eu não
sabia que era o ultimo dia...
QUEM SOU EU?
Quem sou eu? Tenho um coração quadrangular! Pertenço à assembleia dos
santos! Sigo os métodos dos metodistas!
Sou um anabatista! Pertenço à igreja universal! Sou adorador e alguém
que louva a Deus nas comunidades! Busco um amor ágape! Reúno em um templo de
milagres! Sigo a cruz do calvário! Vivo na igreja de Deus! Congrego na igreja
mundial do poder de Deus.
Tenho uma vida nova com Jesus! Jesus me fez viver uma nova vida! Sou
congregacional! Tenho vontade de orar no jardim das oliveiras! Chorei com o
guetsemani! Sou pescador de almas! Navego nos mares de Deus! Mergulho no oceano
de bênçãos! Portanto sou um cidadão do céu! Que deseja mudar para uma cidade
celestial, Jerusalém!
Que almeja viver a cada dia o primeiro amor!
Enfim: Jejuo. Ensino. Sirvo. Unifico. Sonho os sonhos de Deus para minha
vida!!!
BAÚ DA MINHA
SAUDADE:
Na madrugada cercada pelo silencio da noite escura,
a saudade bateu em minha mente trazendo a tona boas lembranças de meus amigos
agora tão distantes e ausentes na minha vida. Nas brincadeiras a tarde ao som
de um violão os ensaios da banda na casa do China (Gilmar meu primo que hoje
canta em bares na cidade de Piúma), nos hi-fi cujo significado do
nome é; “Hora-dançante em festas realizadas em casa onde as pessoas dançavam,
mais precisamente nos anos 50, 60 e 70” ao som da pequena sonatinha.
Lembrei-me dos choros e lágrimas que ate hoje não sei se eram de verdade do
amigo Ladinho chorando ao ouvir a musica; “do you love me” do casal Sharif Dean
cantada por mim fazendo a voz masculina e o japonês (Zé Pedro falecido
recentemente) e grande amigo fazendo a voz feminina, amigo Ladinho que logo
depois faleceu deixando saudade e um vazio nas tardes da praça onde ninguém me
conhecia pelo nome somente pelo apelido de infância “Ária”...
Navegando em minhas doces e sublimes memórias nas
tardes de sábado no vôlei antes da pelada onde driblávamos jogadores, tocos e
arvores no meio da Praça do Vale dos Bandeirantes. Passeio com o amigo Mau Mau
no seu aero willys todo equipado e nas voltas com as lambretas e vespas de meus
irmãos, a noite de sábado encontros e bons papos sentado no chafariz da praça
que tinha tudo menos água jorrando, mas isso é passado guardado no
baú de minhas agora saudosas lembranças. Nos domingos de manhã sentados na
relva mascando chicletes nas paqueras com as companhias dos Don Juan da época
em suas frustrantes tentativas de descolar uma gata...
As tardes de domingo eram cercadas pela prova de
honra nome dado ao jogo de futebol principal no festival do campo da mina dos
vale dos bandeirantes sentados na relva com uma animada torcida pelo time da
casa ou do bairro a A.A.V.B a Associação Atlética Vale dos Bandeirantes time
que depois joguei por mais de 10 anos. Na alegria dos gritos de gol nos abraços
felizes dos amigos que não tinha conhecimentos de fatos trágicos e perdas
precoces dos amigos coronel, Edgar, Joãozinho e o mais triste para mim do Pio
Cesar meu sobrinho, meu irmão e companheiro inseparável, um amigo de longas
conversas pelas madrugadas e nas pescas de balaio, hoje quanta falta me faz e
tantas lembranças e saudades que deixam rolar lagrimas de meus olhos tristes
pela grande perda do amado sobrinho amigo e irmão...
“Mas tudo
isso são apenas lembranças de um passado de dias que não voltam mais e que são
guardados no baú da minha mente na pasta escrita saudades”...
ESPERANÇA
NÃO MORRE:
Na caminhada da vida, o nosso destino já esta
traçado por Deus. Sempre haverá muitos desafios, lutas e guerras
interiores. Haverá surpresas, tristezas e alegrias a vida e feita
assim. Às vezes nos deparamos com situações que nos afligem, nos fazem
sentir e até mesmo chorar!!!
Mais saiba por certo que a cada momento da vida, cada lagrima caída, cada sorriso dado, está tudo anotado no diário de Deus, Ele não se esquece de você. E pode ter certeza que nem um segundo Ele se esqueceu de anotar suas lutas, seus choros, mais com um detalhe, Ele não se esqueceu de anotar o dia de sua vitória, e ela esta chegando. Sua vitória esta chegando nas carruagens de Deus!!!
Não desista
de teus projetos e sonhos porque mesmo antes de serem projetados por você,
já foi projetado e aprovado por DEUS. Tudo que vem de Deus é eterno e não morre
e se a definição de ter esperança è; “acreditar que alguma coisa muito desejada
vai acontecer”. Portanto para quem acredita na eternidade a
esperança não morre, pois sempre haverá algo melhor no dia de amanhã!!!
FALTA DE
REVERÊNCIA NA CASA DO SENHOR:
Hoje como pastor tenho observado que na igreja do
Senhor ha um excesso de liberdade que às vezes é muito bom, pois o povo de Deus
sai daquele ritualismo caduco de um sacerdotalismo legalista tirando a
espontaneidade da assistência em meio ao culto do Senhor. Com falta de
liberdade no templo foi inibida a manifestação e ação do Espírito Santo. Como a
profecia esta sujeita ao profeta; existe em nossos dias profetas de Deus com
suas bocas amordaçadas por falta de liberdade não concedida pela liderança
cultual. Que com temor das antigas profetadas da carne que trouxeram escândalos
e divisões na igreja, hoje não permitem e inibem tais manifestações.
Mas não devemos exagerar nesta liberdade tornando a
igreja um lugar de libertinagem, para exemplificar, vamos recorrer à bíblia que
é a “palavra de Deus”: Um dos textos mais chocantes do Velho Testamento é
aquele no qual Uzá é fulminado por Deus por ter tocado na Arca da Aliança
quando os bois que a levavam tropeçaram (II Sm 6: 1-11). Assusta não apenas ao
leitor de hoje, mas também apavorou a Davi na hora em que aconteceu. A Arca
simbolizava a Presença de Deus no meio de Seu povo! Um toque “diferente”, e o
coração veio para fora! Uzá, aparentemente, apenas socorria a Deus. Os bois
haviam tropeçado. A Arca poderia ter caído. Todos estavam alegres. Uzá não
desejava que nada desse errado.
Por isso, ao ver que a carroça pendia pelo tropeção
dos bois, estendeu a mão, tocou e morreu por essa “irreverência” diante da Arca
do Senhor! A Arca era a simbolização da Presença de Deus! A Presença de Deus
revela aquilo que está no coração! Vejo ai uma pergunta; Uzá morreu por ter
tocado na arca ou seria por causa do que estava no seu coração? Mil anos
depois. Uma mulher estava enferma. Havia doze anos que sofria de uma hemorragia
que não se deixava estancar. Sangue escorria por entre as suas pernas. A vida se
esvaía e ela não se sentia com forças para viver, sem falar no constrangimento
de sofrer de uma menstruação crônica, especialmente num contexto onde o fluxo
da mulher era algo a ser cerimonialmente tratado como “impureza”.
A mulher veio por trás e tocou em Jesus.
Imediatamente viu estar livre de seu mal! Quem me tocou? Indagou o Senhor.
Mestre, a multidão te oprime e te aperta e dizes “Quem me tocou?” Questionava
Pedro. Alguém me tocou, pois, senti que de mim saiu poder! Garantiu o Senhor.
Milhares de mãos, nenhum toque! Uma única mão, um toque que fez sair virtude! A
Arca era a simbolização da Presença de Deus. Jesus era a Presença de Deus não
simbolizada, mas Realizada: Emanuel, Deus Conosco! A arca representava a
presença de Deus ali diante daquela mulher estava o próprio Deus tabernáculado
como homem, observamos ai à diferença do período da lei e do período da graça,
aquilo que matava hoje traz saúde, mostrando toda a liberdade que devemos ter
na presença de Jesus. Mas não podemos tomar esta liberdade para dar vazão a
algumas praticas que observamos nos dias atuais período que chamamos da graça
(favor imerecido) de Deus:
Irmãos que chegam atrasados aos cultos sem um
mínimo de constrangimento passeiam pela igreja em hora da oração e pregação da
palavra de Deus que cremos ser através do Espírito Santo. Irmãos que na hora da
mensagem quando Deus esta falando através da mensagem do pastor; estão
brincando com o celular, contando piadas mundanas, lendo a bíblia sem dar
atenção ao homem de Deus e sua pregação, alguns chegam ate a brincar com
bolinhas de papel voltando ao jardim de infância e outras atitudes cheias de
irreverências na presença de Deus. E eu nem vou falar das vestimentas; que
muitos se achegam diante do Deus santo e eterno, sobre isso só tenho uma coisa
a dizer para muitos “MISERICÓRDIA”.
Meu irmão
cuidado, pois podemos mudar a historia da mulher de fluxo sanguíneo para a
historia de Uzá; sobre isso podemos não morrer humanamente falando, mas,
podemos morrer espiritualmente, por causa de nossa irreverência. (Gálatas 6:7)
- Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear,
isso também ceifará. “Deus te abençoe”...
HERÓIS DE
MINHA INFÂNCIA – MEU HERÓI DE HOJE:
SUPER HOMEM: Mais rápido que uma bala. Mais forte
que uma locomotiva Capaz de saltar sobre os prédios mais altos com um simples
pulo. Olhem! Lá no céu! É um pássaro? É um avião? Não! É o Super-Homem! Sim, é
o Super-Homem - estranho visitante de outro planeta, que veio a Terra, com
poderes e habilidades muito superiores às de qualquer mortal - Super-Homem -
pode mudar o curso do rio mais caudaloso, dobrar o aço com as mãos, ele que, na
vida real é Clark Kent, um discreto repórter de um grande jornal de Metrópoles,
trava uma batalha sem fim pela Verdade, pela Justiça e pela América.
NATIONAL KID: "Será nuvem, tempestade ou raio?
Lutando pela paz do mundo... Levantando altas as duas mãos... Voando pelo cosmo
o nosso herói... Oh! O seu nome é Kid!!! Hey! National Kid! Ele é o nosso
herói, Kid!!! National Kid"...
HOMEM-ARANHA: Seu corpo é quimicamente alterado
pela picada da aranha, fazendo com que Peter possa escalar paredes e tetos,
emitir pelos punhos um fluido ultra resistente semelhante a uma teia de aranha
e passa a ter um "sentido de aranha", que o avisa sempre que há perigo
por perto, além de super força e visão ampliada. Inicialmente Peter pensa em
usar seus novos poderes para ganhar dinheiro, adotando o nome de Homem-Aranha e
se apresentando em lutas de exibição...
O INCRÍVEL HULK: O Hulk é o selvagem e
poderoso alter-ego do Dr. Robert Bruce Banner, um cientista que foi atingido
por raios gama enquanto salvava um adolescente durante o teste militar de uma
bomba por ele desenvolvida. Este adolescente, Rick Jones, tornou-se companheiro
de Banner, ajudando-o a manter o Hulk sob controle e mantê-lo longe dos ataques
dos militares, que viam a criatura como uma ameaça. Ao invés de perecer pela
radiação, o cientista foi condenado a uma vida compartilhada com o seu lado
mais obscuro, o também chamado Golias verde.
MEU
SUPER HERÓI DE HOJE “JESUS CRISTO”:
Mas quando estava perdido e no fundo do poço ou
doente em um hospital ou preso pelo meu grande inimigo as drogas somente um me
salvou, e é verdadeiro. Jesus é o meu Super Herói, Que me conduz em vitória.
Vive em meu coração. E não apenas em uma história. Jesus é o meu campeão! Que
me ajuda a vencer o mal. Ele pra mim é um amigão, Jesus é genial! Jesus é
sensacional. Jesus aquele que morreu na cruz para me salvar, e ressuscitou para
me conduzir a vitória. Mais forte que a morte, mais poderoso do que o inferno.
Hei meus irmãos e amigos, quero apresentar o meu
super herói que não está nos quadrinhos, que morreu ressuscitou, e vivo está
assentado em um trono no céu a destra de Deus... Suas maiores vitórias; foi
levado preso pelos soldados inimigos e levantado em uma cruz. Todo ferido foi
pregado nesta cruz, depois de derramado todo o seu sangue morreu perdoando seus
inimigos. Sepultado em uma tumba, mas no terceiro dia meu herói ressuscitou...
Foi levado
ao hades (inferno) pelo seu ultimo e pior inimigo chamado “a morte”, ali no
inferno havia uma festa todos achavam que tinha derrotado o meu super-herói...
Mas de repente a porta do inferno se abriu subitamente e Jesus invadiu o
terreno inimigo... Parecia que o diabo tinha vencido, Mas Jesus derrotou ao
diabo e a morte e saiu da tumba, segurando as chaves da morte e do Hades e ressurgiu
glorificado vitorioso. “(Apocalipse 1: 17) - E eu, quando vi, caí a seus pés
como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o
primeiro e o último; (Apocalipse 1: 18) - E o que vivo e fui morto, mas eis
aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do
inferno”.
CAMINHOS
TORTUOSOS:
A bíblia
fala de vários caminhos:
O caminho que leva a morte: “(Provérbios 14: 12) -
Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da
morte”. O caminho que leva a vida: “(Salmos 37:5) - Entrega o teu
caminho ao SENHOR; confia nele, e ele o fará”. Mas hoje gostaria de falar dos
caminhos tortuosos; chegando da marcha para Jesus deparei com uma terrível
realidade, um trágico episodio um vizinho de muitos anos se suicida enforcando-se
em uma corda...
Há caminhos que para o homem parecem bons mais o
seu fim é a morte, os caminhos do sexo ilícito, o caminho do alcoolismo, o
caminhos das drogas, que muitas vezes é um caminho sem volta... Passei por esse
caminho ate que fui parado por uma overdose que me levou ao coma. Os caminhos
tortuosos são caminhos inconstantes, que não te leva para lugar algum te faz
ficar parado no tempo e aprisionado por um desequilíbrio, embriagado e confuso
sem nada definido ou algo positivo... São amarras que te leva a ficar estagnado
sem esperança e sem Deus no mundo... Seu deus (as drogas) é aquele que te mata e
te leva a destruição, pois o guia deste caminho é aquele que veio matar e
destruir...
Mas há uma esperança para aquele que esta caído,
uma solução para teu problema. Um super herói que te salva da destruição, Jesus
Cristo; Ele é o Caminho a Verdade e a vida... Quem segue Jesus não anda nas
trevas da morte e do pecado, mas tem a luz da vida, pois a bíblia diz que Ele
veio para endireitar os caminhos tortuosos (caminhos tortos). (Lucas 3:5) -
Todo o vale se encherá, E se abaixará todo o monte e outeiro; E o que é
tortuoso se endireitará, E os caminhos escabrosos se aplanarão;...
ENTREGA O
TEU CAMINHO A JESUS E O MAIS ELE FARÁ NA SUA VIDA...
PAUS E
PEDRAS:
Chegamos à modernidade! O homem mais bárbaro! Surge
o hi tech tecnologia de ponta! O homem mais bárbaro! Vivemos na era dos
computadores! O homem mais bárbaro! A época da cibernética! O homem mais
bárbaro! Informática em evolução! O homem mais bárbaro! Metodologia moderna
avançada! O homem mais bárbaro! A ciência tecnológica! O homem mais bárbaro!
Expansão do conhecimento! O homem mais bárbaro...
Os retrocessos humanos, a desvalorização do homem
de uma forma geral, surgem à pedofilia, mães jogam filhos nos lixões, Jovens
fazem dos campos de futebol um campo de guerra e matam por causa de um time de
futebol. A falência da família, a comercialização dos órgãos humanos que
separado do corpo são mais valorizados. Pais aprisionam filhos em correntes,
políticos que governam o mundo pelo voto do povo abandonam seus eleitores a
viverem a sua própria sorte. Como diziam nossos pais espirituais “Jesus esta
voltando”.
Assim dizia
Albert Einstein Não sei com que armas a III Guerra Mundial será lutada. Mas a
IV Guerra Mundial será lutada com paus e pedras. A evolução humana sem Deus
entra em sua decadência, caminha para a grande estupidez e deterioração, que em
queda vertiginosa e com passos largos para sua própria ruína...
MINHA
HISTORIA COM OS BEE GEES:
Os meus 15 anos época do florescimento da vida e
também da então chamada admissão, que era a passagem do antigo primário para o
ginásio. Neste tempo maravilhoso por sinal, minha vida foi embalada pela musica
do Bee gees “I Started a Joke” (historia de Joke), e como todo jovem do meu
tempo que ouviam uma musica em inglês gostava, tentavam cantar sem saber o que
a musica dizia. Nesta época estava vivendo os primeiros anos do chamado
movimento psicodélico que em sua tradução mais fácil e em sua pratica
significava; “fazer a alma brilhar”...
Até ai tudo bem se esta alma para brilhar precisava
de drogas na veia e cheirada pelo nariz misturada a musica (psique-transe).
Nesta época cheirava tudo que colocava em meu nariz, cola de sapateiro no
inicio da tarde na sapataria de um amigo, acetona das primeiras namoradas o
éter na casa do baianinho antes de ir para o colégio, éter conseguido e
escondido no armário de uma enfermeira de quase 60 anos, tempo do inicio de
minha precoce sexualidade. Foi nessa época que experimentei uma das drogas que
me levou ao coma em uma overdose o LSD (ácido lisérgico), a bolinha como era
chamada, drogas psicoativas como fonte de prazer.
A historia de joke conta a vida de um jovem que
vivia como um antagônico do mundo, vivendo uma realidade oposta e cheia de
divergência da verdadeira vida. Achando que a vida é uma piada que o fazia
chorar enquanto o mundo ria dele. Um jovem que olhava para o céu, mas tinha sua
visão obscurecida pelo desconhecimento, um jovem que tentava ser feliz buscando
em lugares errados. Um jovem que buscava a felicidade em caminhos que levavam a
morte.
Ate que um dia conheci encontrei alguém que me
ensinou o verdadeiro sentido da vida e apontou qual a direção a seguir. E neste
encontro achei luz na escuridão do meu túnel e me tornei uma nova criatura....
LETRA: I Started A Joke. I started a joke. Which
started the whole world crying. But I didn't see. That the
joke was on me. I started to cry. Which started the whole world laughing. Oh if I'd
only seen. That the joke was on me. I looked at the skies. Running
my hands over my eyes. And I fell out of bed. Hurting
my head from things that I said. 'Till I finally died. Which
started the whole world living. Oh if I'd only seen that the joke was on me. I looked
at the skies. Running my hands. Over my eyes. And I
fell out of bed. Hurting my head from things that I said. 'Till I
finally died. Which started the whole world living. Oh if I'd
only seen that the joke was on me. Oh no! that the joke was on me. Oh...
TRADUÇÃO: Eu
Comecei Uma Piada. Eu comecei uma piada. Que fez o mundo inteiro chorar. Mas eu
não vi. Que a piada era sobre mim. Eu comecei a chorar. O que fez o mundo
inteiro rir. Oh, se eu apenas tivesse visto. Que a piada era sobre mim... Eu
olhei para o céu. Passando as mãos sobre meus olhos. E eu caí da cama. Ferindo
a cabeça com coisas que eu disse. Até que eu finalmente morri, o que fez o
mundo inteiro viver. Oh, se eu apenas tivesse visto que a piada era sobre
mim... Eu olhei para o céu. Passando as mãos. Sobre meus olhos. E eu caí da
cama. Ferindo a cabeça com coisas que eu disse. Até que eu finalmente morri, O
que fez o mundo inteiro viver. Oh, se eu apenas tivesse visto que a piada era
sobre mim... Oh não! Que a piada era sobre mim... Oooh...
MEU COLCHÃO
DE PALHA:
Sou filho com muito orgulho de um casal que viveu
grande parte de sua vida na roça, meu pai era o que chamavam de candeeiro
(Pessoa que vai a frente da boiada ou carro de boi levando uma candeia
para iluminar o caminho) de boi e seguia como guia a frente da boiada na
difícil arte de conduzi-los, minha mãe era o que chamavam de apanhadores de
café que era um serviço sazonal nas colheitas de café desde sua remota
infância, não tinha bonecas e sim o trabalho duro da mulher do campo e que
trabalhava nos roçados....
Meu pai é originário de um arraial chamado boa
Vista onde viveu sua infância lidando com os animais fazendo o duro trabalho de
peão e candeeiro, minha mãe originaria de um arraial de negros possivelmente um
antigo quilombo, pois ficava em um lugar escondido e de difícil acesso chamado
Botafogo onde lidava com a dureza do campo, os dois lugares ficam hoje próximo
a uma cidade mineira chamado Tabuleiro, cujo cemitério abriga os restos mortais
de minha irmã de criação Geni que amava muito e foi um
grande sofrimento ao saber de sua morte prematura aos 23 anos de idade...
No dia do
meu nascimento em uma época que era difícil sobrevivência infantil, ao nascer
meu primeiro presente foi um pequeno colchão de palha de milho de origem
caseira onde minha mãe confeccionou com barbantes e panos de saco de linhagem
de fibras de juta que eram usados para armazenar os grãos do milho, como não
tinha cama colocaram dois cavaletes de madeiras rusticas e em cima do rustico
artefato colocou uma porta velha de madeira pequena onde abrigou meu pequeno e
saudoso colchão de palha de milho. Neste berço de cavalete e uma porta velha
simples e humilde desenvolveram meus primeiros sonhos de uma vida melhor, tenho
o costume de dizer o que a vida me deu hoje é muito mais do que recebi ao
nascer; um pequeno e rustico colchão de palha. Seja fiel no pouco e sobre muito
Deus te colocara Mateus 25:21...
A FELICIDADE
ESTA NA SIMPLICIDADE:
“Eu queria ter na vida simplesmente; um quintal de
mato verde pra plantar e pra colher, ter uma casinha branca de varanda, um
quintal e uma janela só pra ver o sol nascer”... Nosso maior desafio na vida é
buscar as coisas simples, Isso não quer dizer que não devemos ocultar nossa
sabedoria ou conhecimento, nem se achar inferior aos outros. Mas devemos buscar
as coisas grandes de Deus que certamente estão nas coisas simples, que cumprem
seus propósitos na vida... Quantos homens bons que perderam a direção buscando
a sofisticação que aliada à soberba eleva a patamares tão alto que depois não
se sabe mais como descer ou voltar...
Buscar a
simplicidade é buscar viver como Jesus que embora sendo rico viveu uma vida
simples e no meio dos simples.... Deus te convida a viver sua simplicidade que
não esta no que temos, mas sim no que somos ou buscamos ser. Quem cultiva e
semeia a simplicidade, não espera honra nem reconhecimento pelo que faz ou pelo
que é. Trabalharam-se é pelo prazer de sentir útil ao próximo, se praticamos o
bem deve ser pelo amor ao nosso semelhante. Vivemos pela graça e misericórdia
de Deus e juntos com “Ele” devemos fazer a obra através da simplicidade, pois
nosso maior exemplo “Jesus” foi um homem simples... Maurílio Souza; um homem
simples, nascido em uma casa de pau a pique e de chão batido na fazenda da
Tapera Alta!!!
NO JARDIM DA
MINHA VIDA:
De repente não mais que de repente, uma flor linda
do meu jardim morre. Mas ao morrer ela me deixa uma pequena e frágil semente. Que
de repente não mais que de repente esta semente morre. E nasce um arbusto forte
imponente que começa a brotar uma flor. Esta flor abre para o mundo exalando um
perfume suave de vida. Neste momento vejo que devo prosseguir, pois no jardim
da minha vida...
A vida
continua restando saudade e esperança que no jardim do céu. As flores perdidas
se reencontraram no jardim do Senhor. Onde neste jardim as flores cantam
exalando um perfume celestial. Onde as plantas e flores não morrem vivendo
eternamente. Nos jardins de multicores com vários perfumes em um som uníssono
de paz...
MEU PAI
SOBREVIVEU AO HOLOCAUSTO BRASILEIRO:
10 longos
anos internado no holocausto brasileiro!!!
Podemos dizer que quando nasci foi como um alento
na família Souza, pois meu pai recém-saído do hospital de Barbacena onde viveu
por muitos anos (10 anos) em um lugar chamado como a; Sucursal do inferno,
depósito de lixo humano, porão da loucura. As expressões são usadas para tentar
definir o Hospício de Barbacena, conhecido como Colônia, e dão a dimensão da
barbárie cometida no maior sanatório do Brasil, do início do século XX até os
anos 80. As crueldades relatadas no livro Holocausto Brasileiro (Geração
Editorial, 39,90 reais), porém, vão além...
Lembro quando
criança eu cresci mediante ao grande silencio na família que procurava esconder
e não comentar as barbaridades vividas pelo meu pai José Oswaldo de Souza
conhecido como major um homem tranquilo amoroso e com momentos de mudanças de
comportamento, entre a calmaria de espirito com uma sanidade cruel, meu pai
tinha um que hoje eu defino como excesso de proteção aos filhos onde ele
entrava no quarto com meus irmãos e não deixava ninguém entrar com um extinto
de proteção quase a beira de uma loucura...
MEU PAI SOBREVIVEU AO HOLOCAUSTO BRASILEIRO:
Minha irmã Zélia contava algumas lembranças do dia
que pegaram meu pai amarraram como se fosse um animal e levaram para o hospital
conhecido por suas barbaridades; Vivendo por longos 10 anos as torturas aos
experimentos de drogas que eram testadas nos pacientes, você me pergunta como
em um índice de mortes tão grande seu pai saiu de lá vivo e apto para novamente
viver na sociedade? Como apesar das terríveis lembranças não reveladas no
silencio de um olhar triste e meigo? Um pai amoroso, trabalhador que me cercou
de carinho como sobreviveu do chamado holocausto brasileiro? Eu te respondo um
milagre que me trouxe a existência onde Deus em sua infinita bondade me deu
como presente o melhor pai do mundo....
Relato de alguns fatos do hospital de loucos da
cidade de Barbacena; A obra da jornalista mineira Daniela Arbex, que acaba de
chegar às livrarias, conta assombrosas histórias de pessoas que morreram ali -
foram cerca de 60 000 ao longo de oito décadas, segundo o governo estadual, com base nos registros do hospital -
ou que sobreviveram em condições desumanas. Inaugurado em 1903, o Colônia foi o primeiro hospício de Minas Gerais, instalado no município a 169 quilômetros da capital,
na Serra da Mantiqueira....
Seu
funcionamento, no entanto, se assemelhava mais ao de um campo de concentração.
Na década de 30, o hospital abrigava 25 vezes mais internos que sua capacidade
permitia. Para driblar a superlotação, a direção substituiu camas por capim,
que ocupava menos espaço. Por falta de roupas, muitas pessoas circulavam nuas.
A comida era escassa e da pior qualidade. Os filhos das internas eram
entregues, sem autorização, para adoção por outras famílias. Durante a década
de 70, os corpos dos mortos eram vendidos às faculdades de medicina do
estado...
“Deus te
abençoe e te livre das barbaridades humanas”
OBS: Meu pai
viveu entre as sanidades em meio às barbaridades e holocausto e tristezas no
porão dos loucos por cerca de; 3650 dias longe da família, jogado e abandonado
pela sociedade sofrendo as barbáries e insanidades humanas...
FOTO DENUNCIA:
NESTA ESTAÇÃO MEU PAI A
MAIS DE 60 ANOS ATRÁS DESEMBARCOU NO CHAMADO TREM DE DOIDO, PARA O LUGAR
CHAMADO HOJE PELO NOME DE HOLOCAUSTO BRASILEIRO COM MAIS DE SESSENTA MIL MORTOS
ESQUECIDOS POR TODOS INCLUSIVE ALGUNS QUE FORAM EXCLUÍDOS NA MEMÓRIA DE SEUS
PARENTES...
ALGUNS RELATOS:
ESCULTORA FRANCESA CAMILLE CLAUDEL
Em 1913, a escultora francesa Camille Claudel, 49
anos, foi internada em um manicômio por sua família após uma crise na qual
quebrou suas obras.
Camille foi diagnosticada com paranoia, apresentava
delírios nos quais sentia-se perseguida, achava que seu ex-amante, o escultor
Auguste Rodin, roubaria suas esculturas e tinha pensamentos suicidas.
A escultora passou por dois manicômios nos últimos
30 anos de sua vida e somente “libertou-se” do cárcere aos 78 anos, quando,
ainda interna, morreu de fome, em 1943, como aconteceu com muitos pacientes por
causa da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Assim como a
escultora francesa Camile Claudel 60.000 morreram no Brasil no lugar chamado
holocausto brasileiro, morreram inclusive alguns de fome...
RELATO CABO
ANTONIO:
Antônio Gomes da Silva, atualmente com sessenta e
oito anos, um dos sobreviventes do hospital. - Ele conta;
Recordava-se sempre do início das sessões, quando
era segurado pelas mãos e pelos pés para que fosse amarrado ao leito. Os gritos
de medo eram calados pela borracha colocada à força entre os lábios, única maneira
de garantir que não tivesse a língua cortada durante as descargas elétricas.
O que acontecia após o choque Cabo não sabia.
Perdia a consciência, quando o castigo lhe era aplicado. O colega Antônio da
Silva, o Toninho, lembra bem o que acontecia depois que o aparelho era ligado.
Ele via os
companheiros estrebucharem quase como se os olhos saltassem da face.
DE QUEM É A
CULPA OU QUEM VAI PAGAR POR ESTE HORROR:
As mortes aconteciam por fome, frio, doenças e até
por eletrochoques. A alimentação era precária. O aspecto da comida era tão
repugnante que o psiquiatra e psicanalista Francisco Paes Barreto ao conhecer o
hospital em 1965, quando faria uma pesquisa, perguntou ao cozinheiro:
“Ué! Vocês criam porcos aqui?” “Não. Isso aqui
é a comida dos pacientes”. Por causa da fome os pacientes comiam ratos e bebiam
água do esgoto, que ficava aberto no pátio do hospital, e urina. As crianças
internas bebiam leite até vomitarem, no dia que este era servido.
O Colônia também lucrava com a venda de cadáveres
para os cursos de Medicina. Entre 1969 e 1980 foram vendidos 1.823 corpos, sem
autorização dos familiares das vítimas....
http://www.academia.edu/5835399/Daniela_Arbex_-_Holocausto_Brasileiro_Vida_Genocidio_e_60_Mil_Mortes_no_Maior_Hosp%C3%ADcio_do_Brasil
Pr Maurílio
Souza
MEU PAI
SOBREVIVEU AO HOLOCAUSTO BRASILEIRO:
10 longos
anos internado no holocausto brasileiro!!!
O RESGATE DE UMA HISTORIA: QUEM VAI PAGAR POR
ISTO, PELO SOFRIMENTO DE MEU PAI, MINHA MÃE E MEUS IRMÃOS?
TREM DE DOIDO: Parte do livro de minha vida que
conta a historia de meu pai José Oswaldo de Souza, o Major que viveu por longos
dez anos em um lugar chamado a sucursal do inferno ou porão da loucura, que
transformou uma síndrome simples em um tormento sem fim. Momentos da minha historia
que transformou meu pai um pacato trabalhador que gostava de criar animais em
um louco encarcerado e sendo tratado de maneira sortida, com experimentos de
remédios que trouxe a morte a muitos e torturas com choques elétricos a um
homem que o único crime era ser trabalhador e honesto e pai de família exemplar...
Um ano antes de meu nascimento todo aquele
sofrimento estava para acabar, uma injeção proposta por um dos médicos
caríssima onde minha mãe uma humilde mulher que vivia e criava os filhos com as
roupas que lavava, que deu a luz a doze filhos e criou uma sobrinha, minha
querida irmã de criação Geni que eu amava muito (falecida em
acidente de carro aos 23 anos) aonde dos doze filhos somente seis chegou a
sobreviver...
Dona Nivalda uma descendente indígena pobre que era
na roça colhedora de café, humilhou-se pedindo a ajuda financeira a familiares
e amigos para pagar aquele experimento que poderia por certo trazer o óbito ao
meu querido e amoroso pai, que naquele momento recebeu alta sobrevivendo agora
em casa a uma vida semi-normal entre lucidez e devaneios...
Atendendo há muitos pedidos de amigos e irmãos
sobre o caso do manicômio de Barbacena, onde parte de um livro com o titulo de
“holocausto brasileiro”, parte deste livro da autora Daniela Arbex...
Neste livro-reportagem fundamental, a premiada
jornalista Daniela Arbex resgata do esquecimento um dos capítulos mais macabros
da nossa história: a barbárie e a desumanidade praticadas, durante a maior
parte do século XX, no maior hospício do Brasil, conhecido por Colônia, situado
na cidade mineira de Barbacena. Vou falar sobre o famigerado “trem de doido”...
TREM DE DOIDO: Sem qualquer critério para
internação, os deserdados sociais chegavam a Barbacena de trem, vindos de
vários cantos do país. Eles abarrotavam os vagões de carga de maneira idêntica
aos judeus levados, durante a Segunda Guerra, para os campos de concentração
nazista de Auschwitz, na Polônia. Os considerados loucos desembarcavam nos
fundos do hospital, onde os guarda-freios desconectava o último vagão, que
ficou conhecido como “trem de doido” (nos anos 40 em um destes vagões estava
meu pai José Oswaldo de Souza conhecido com Major).
A expressão, incorporada ao vocabulário dos
mineiros, hoje define algo positivo, mas, na época, marcava o início de uma
viagem sem volta ao inferno. Wellerson Durães de Alkmim, 59 anos, membro da
Escola Brasileira de Psicanálise e da Associação Mundial de Psicanálise, jamais
esqueceu o primeiro dia em que pisou no hospital em 1975. “Eu era estudante do
Hospital de Neuropsiquiatria Infantil, em Belo Horizonte, quando fui fazer uma
visita à Colônia ‘Zoológica’ de Barbacena.
Tinha 23 anos e foi um grande choque encontrar, no
meio daquelas pessoas, uma menina de 12 anos atendida no Hospital de
Neuropsiquiatria Infantil. Ela estava lá numa cela, e o que me separava dela
não eram somente grades. O frio daquele maio cortava sua pele sem agasalho. A
metáfora que tenho sobre aquele dia é daqueles ônibus escolares que foram fazer
uma visita ao zoológico, só que não era tão divertido, e nem a gente era tão
criança assim. Fiquei muito impactado e, na volta, chorei diante do que vi.”
-
Leia a
matéria completa em: Holocausto brasileiro: 50 anos sem punição (Hospital
Colonia) Barbacena-MG - Geledés
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QUEM VAI
PAGAR PELA BARBÁRIE?
A cidade de Barbacena ignorou isso por muito tempo,
ate tentou apagar esta historia triste de sofrimentos, mortes e torturas, mas o
certo é que se faturou muito dinheiro com a indústria da morte.
Hoje se criou o museu da loucura, mas vive fechado
para reforma, agora pergunto, reforma? Ou para encobrir uma historia de
assassinatos por encomendas? Pois se alguém quisesse ficar livre de uma pessoa
sem escrúpulo nenhum eram enviados no chamado trem de doido (que hoje entre os
mineiros, esta verdade triste de sofrimentos de famílias virou motivos de piada
de botequim) e esta pessoa de lá não mais saia, pois aquela viagem era sem
volta...
Reformar o que? Não se reforma uma historia de vida
ceifada da sociedade, de quem é a culpa? Quem vai pagar por isto? Por Maurílio
Souza...
Holocausto brasileiro: 60 mil morreram em manicômio
de Minas Gerais: Hospital Colônia de Barbacena. Crédito: Geração
Editorial/divulgação. Foram pelo menos 60 mil mortes no hospício, onde apenas
30% dos “pacientes” tinha diagnóstico de doença mental.
A maioria dos internos fazia parte de minorias
excluídas do convívio social, como epiléticos, mendigos, alcoólatras,
homossexuais, prostitutas, meninas grávidas violentadas ou que perderam a
virgindade antes do casamento. A instituição foi criada em 1903 com 200 leitos,
e alcançou a marca de cinco mil pacientes na década de 1960...
NOTA: O hospital foi construído na antiga fazenda
da caveira, que pertencia ao conhecido na historia brasileira como o delator
dos inconfidentes; Joaquim Silvério dos Reis; como vemos por isto que começou
bem o campo de concentração no Brasil. Em memoria de meu pai José Oswaldo de
Souza o 'MAJOR'...
Muitas
pessoas pensam que tudo isto são fantasias e imaginações, vivem em seus
jardins floridos que não imaginam e se esquecem que nos jardins floridos da
vida tem espinhos e estrumes, sujeiras e sofrimentos, e
animais peçonhentos transvestidos de jardineiros, por: Maurílio Souza;
filho do homem que tinha o apelido de Major...
HOLOCAUSTO
BRASILEIRO:
(Em memoria
de meu pai)
CAPITULO OS DESERDADOS SOCIAIS: Depois e muitos
pedidos quero repassar mais uma triste historia da colônia de Barbacena também
chamado de holocausto Brasileiro, lugar onde meu pai sobreviveu 10 anos, saindo
do pavilhão chamado porão do inferno em 1954, em 1955 um ano depois eu nasci
sendo criado e educado pelo melhor pai do mundo José Oswaldo de Souza “o
Major”.....
O TREM DE DOIDO: A estação Bia Fortes era a última
parada dos deserdados sociais. Vinha no denominado “trem de doido”.
Assemelhavam-se aos judeus levados, na Segunda Guerra Mundial, para os campos
de concentração. Ao entrarem no “trem de louco”, os passageiros tinham a
humanidade confiscada.
PRIMEIRO CONSTRANGIMENTO: Ao desembarcarem no
manicômio eram separados por sexo e desprovidos de suas roupas. Esse era o
primeiro constrangimento. Depois passavam por um banho coletivo e recebiam o
uniforme. Depois, eram separados por pavilhões de acordo com as suas
características e capacidade de trabalho.
REBATIZAMENTOS: Sem documentos, eram rebatizados
pelos funcionários. O tratamento não era especializado e havia poucos
psiquiatras trabalhando. Postos de trabalho eram trocados por votos dados aos
coronéis de Barbacena. O hospital era um grande curral eleitoral.
HISTORIA DE GERALDA: Umas das mais tristes historia
deste capitulo trágico de uma era de trevas no Brasil, em um lugar onde os
Hitlerianos; “discípulos de Hitler” faziam suas vitimas. Pr Maurílio
Souza... Geralda Siqueira Santiago Pereira, sessenta e dois anos. Aos quinze
anos, ela deu à luz João dentro do hospital Colônia de Barbacena. Interná-la
foi a alternativa encontrada pelo patrão que a estuprara e não queria assumir o
filho.
Depois do estupro, logo a gravidez foi descoberta e
familiares do patrão começaram a articular uma saída. A mais fácil foi mandar a
gestante para longe, para um local de onde não pudesse mais sair. Foi levada ao
holocausto por duas freiras amigas da família. Na entrada do seu pavilhão já
deparou com mulheres nuas pisando descalças no chão coberto de fezes. Este era
o seu novo “lar”.
No primeiro
dia, mesmo grávida, tomou um eletrochoque para “amansar”. João Bosco nasceu em
21 de outubro de 1966. Dois anos depois, Geralda recebeu alta, mas não pôde levar
a criança.
Aqui termino
meu relato de uma mancha histórica Brasileira, onde se falava do holocausto dos
alemães e ignorava fatos que geraram sofrimentos e tristezas de violência com
feridas nas almas que não se sarava. Ate hoje por varias vezes via meu pai com
os olhos brilhando de terror na pequena frase “HOSPITAL”, meu pai era mais um
na terrível viagem sem volta do: TREM DE DOIDO!!! Maurílio Souza...
A VELHA
SANFONA DE OITO BAIXAS:
Esta vendo aquele homem? Com um olhar triste fixado
no horizonte com os lombos encurvados pelo cansaço da vida e lida, andar lento
com passos arrastados de quem já sofreu e trabalhou incessantemente pelo pão de
cada dia. Uma voz de taquara rachada, embaçada e rouca que tanto me ensinou o
caminho certo a seguir, tantas historias contadas aos longos dos anos onde eu
deitava em seu colo com um olhar feliz e deslumbrado com suas estórias de reis
e príncipes...
Agora ele pega a velha sanfona e toca divinamente
naquele pequeno e surrado instrumento a velha de oito baixas que expressa às
tristezas e amarguras do velho Jeca, sua musica preferida chamava-se saudade do
matão e o som com harmonia e graça enchia todo o nosso quarto, meu olhar de
orgulho e admiração mirava naquele rosto cheio de rugas que escrevia em seu
rosto uma vida de lutas e sofrimento, agora o velho sanfoneiro com seus olhos
rasos d’água tocava as teclas pequenas do instrumento para contar suas magoas e
saudades...
Aquele homem valoroso de mãos calejadas pelo duro
trabalho da lida pegava nas horas de folga os velhos guardas chuvas dos
vizinhos para consertar e reformar costurando seus panos (tecidos) com aquela
calma que lhe era peculiar, trocava as varetas, reformava os cabos, trocava os
gatilhos e as ponteiras (quando estouram). De repente não mais que de repente
ajeitava o seu velho chapéu de couro dos tempos que candeava boi pelas estradas
empoeiradas da roça, meu pai saia para o velho carteado com os amigos...
Sentado ao entardecer ao lado do portão de madeiras
a sombra da grande trepadeira com seu sombreado, rosto ansioso os olhos de
criança voltados para a entrada da rua chamada do meio da fazenda Tapera Alta,
de repente surgia aquele homem cansado de mais um dia de labuta carregando seus
baldes cheirando a leite, corria com aquelas pernas pequenas ao encontro
daqueles braços entre sorrisos de alegria estendia minha pequenina mão e na
mesma hora recebia uma pequena moeda trocada por doces e balas. O velho homem
estava de volta ao lar...
À noite aquele velho homem ligava seu radio antigo
que logo soava o seus sons de violas e cânticos sertanejos embalando a harmonia
da família o velho lampião de querosene era aceso com o peculiar isqueiro de
pedra que soltava sua fumaça preta enchendo o cômodo de chão batido com aquele
cheiro de óleo. O silencio enchia a casa começava a radionovela que todos
amavam e ao som sonoro do velho radio contava a estória do Jeronimo o herói do
sertão que contava as lutas contra o crime do valente sertanejo e seu amigo o
fiel Saci. Quando terminava o dia a luz do velho lampião era soprada e a
escuridão tomava conta do velho casebre de pau a pique...
Esta vendo
aquele velho homem sanfoneiro com sua velha sanfona de oito baixas na mão? Este
homem era meu pai, por: Maurílio Souza...
LETRA DA
MUSICA SAUDADES DE MATÃO; TONICO E TINOCO:
Neste mundo
eu choro a dor, Por uma paixão sem fim. Ninguém conhece a razão. Porque eu
choro num mundo assim. Quando lá no céu surgir. Uma peregrina flor. Pois todos
devem saber. Que a sorte me tirou foi uma grande dor. Lá no céu, junto a Deus. Em
silêncio a minha alma descansa. E na terra, todos cantam. Eu lamento minha
desventura desta pobre dor. Ninguém me diz; Que sofreu tanto assim...
Esta dor que
me consome. Não posso viver. Quero morrer. Vou partir pra bem longe daqui. Já
que a sorte não quis. Me fazer feliz. Quando lá no céu surgir. Uma peregrina
flor. Pois todos devem saber. Que a sorte me tirou foi uma grande dor.
Quando meu
pai tocava e cantava esta musica lembrava da perda de minha vó falecida...
VIDAS
EFÊMERAS:
Quero fazer uma comparação bíblica a respeito do
homem e sua vida, ela diz que o homem é como a erva do campo e toda sua gloria,
força e beleza é como a flor da erva. Este homem vai crescendo lentamente sem
parar, e Deus compara o homem como uma erva por causa de sua fragilidade é o lado
efêmero (transitório – passageiro) de tudo isso que nos leva a pensar na vida.
As ervas do campo devem trazer a nossa memória que tudo passa. O lado frágil da
natureza humana...
Nós devemos viver nossas vidas lembrando sempre
desta lição da erva do campo, não podemos viver como se tudo isso vai durar
para sempre e observar que a vida é feita de fases e que tudo passa e muito
rápido. Lembro-me parece que foi ontem eu brincando como criança, correndo como
adolescente, aprendendo como jovem, buscando praticar como adulto e chegando a
minha chamada terceira idade. Olha meus amigos tudo passa e sempre estarão
sofrendo mudanças...
A chamada flor da erva traz a memória a também
efêmera gloria do homem. Ai esta o que muitas vezes nos levam as vaidades da
vida, a força, beleza e juventude que o homem busca e muitas vezes se agarram
freneticamente sem querer largar. Este período se torna a guerra em busca do
reconhecimento onde o mais e nunca o menos, o maior e nunca o menor, uma busca
por elogios daquilo que amanhã se tornara apenas uma recordação no porta
retrato, daquilo que foi e já não é mais...
Que momento
perigoso da vida onde nossas escolhas podem trazer consequência ou recompensas,
neste momento da vida nos sentimos como super heróis sem saber que somos apenas
humanos como pedras e barros, buscando o pódio da vida ou o mais alto monte
escorregaram em uma realidade simples e imutável; o homem é como a erva do
campo e toda sua gloria, força e beleza é como a flor da erva...
QUANDO DEUS
ME CHAMAR:
Um dia ensolarado ouço Deus me chamar, conheço sua
voz, mas não entendo suas palavras que ecoam em minha volta, uma estrada se
abre a minha frente e uma voz meiga e suave aconselha-me a prosseguir. Indeciso,
caminho sem entendimentos dos fatos vejo; um lugar como um paraíso, arvoredos
me cercam, flores se estendem como um tapete natural a margem deste caminho
estreito, neste momento ouço vozes que com intensidade enche minha caminhada de
um som pleno em vozes uníssonas e instrumentos bem afinados...
Algo como uma carruagem é colocada a minha frente
com seus cavalos brancos como a neve sem manchas e ferraduras, alguém me
convida a entrar vejo seu corpo, mas seu rosto, cega momentaneamente minha
visão...
Olho para traz e não vejo nada é como que aquilo
que ficou caiu no esquecimento, só tem agora a minha frente esperança em meu
caminhar, em todos os passos e momentos fardos e grilhões se desprendem de mim
e vejo caindo no chão, algemas e cordas dando-me a sensação de liberdade. Algo
maravilhoso e perfeito estava sendo proposto...
O que esta
acontecendo ainda não sei, mas a segurança da voz que me chama e o ambiente
enche de paz a minha alma antes sofrida agora descansa em uma alegria
incontida, sinto que estou deixando lodebar e caminhando para minha mansão de
onde nunca mais sairei. Agora eu entendo suas palavras e atendo o teu chamar...
UNKNOWN
(DESCONHECIDO):
Andar na escuridão é caminhar para o desconhecido
em uma negritude que com passos largos nos levam aos abismos da vida. Por isso
precisamos que se acenda uma luz na escuridão de nossos caminhos, Jesus é uma
luz intensa que brilha em nossas escuridões mostrando-nos o verdadeiro caminho
que leva ate Deus...
Não deixa aquilo que é desconhecido tomar conta de
nossas vãs decisões saiba que existe a palavra de Deus que se torna uma lâmpada
para nossos pés (fala do presente) e luz para nossos caminhos (fala do futuro)
ande por ela e com isso andara nas verdades e decisões de Deus para você...
A escuridão te leva ao abismo sem fim, lugar de
tristezas, amarguras e sofrimentos, lembrem-se existe um Deus que enviou seu
único filho para que todos que o aceitassem não andariam mais nas trevas, mas
teria a luz da vida. Caminhe por Ele Pois este é o caminho a verdade e a vida,
em Jesus não há escuridão somente luz, um farol tão forte que dissipa todas as
trevas de sua vida...
Paz, felicidade, plenitude de uma vida abundante
Deus tem para nós e diga ao seu coração assim; Unknown (desconhecido) nunca
mais na minha vida. Conhecer a Deus gera vida o desconhecimento traz a morte para
nossos pés, portanto ande no conhecimento de Deus isto gera poder como
antagônico a falta de conhecimento gera fracasso...
ANDE NA
SABEDORIA DE DEUS E NUNCA ESQUEÇA QUE; “SABEDORIA É O PODER DO CONHECIMENTO”...
JESUS A ONDA
PERFEITA:
E eu quero ir à praia do mar mais azul... E
encontrar um surfista local e ouvi-lo... Falar das grandes ondas que já bateram
Naquela costa e me aproximar dele E com alegria citar-lhe os versículos 3 e 4
do 93° Salmo, "Os rios levantam, ó Senhor, os rios levantam o seu
ruído, os rios levantam as suas ondas. Mas o Senhor nas alturas é mais poderoso
do que o ruído das grandes águas e do que as grandes ondas do mar."
E com eufórico amor contar-lhe a maior Boa-nova, a
história da Grande Onda Que um dia bateu neste planeta - Jesus - A Tsunami
Reversa, pois de águas vivas, Que veio afogar a morte e o inferno... E
dir-lhe-ei ainda que o azul que amamos Será amplificado, pois este mesmo Jesus
subiu ao céu e está a nos preparar um melhor azul onde habitar, um inaudito e
indiviso novo tom, cor jamais vista ou surfada:
O
Azul-mais-que-perfeito. E escreverei na maior das pedras daquela praia, para
todos aqueles que a buscam (a ela, a onda, mas sem saber o buscam), Para que o
sábio e o símplice entendam: Não bata cabeça noutras praias: Jesus é a onda
perfeita! (Salmos 37:4) - Deleita-te também no SENHOR, e te concederá os
desejos do teu coração. (Salmos 34:8) - Provai, e vede que o SENHOR é bom;
bem-aventurado o homem que nele confia.
PERDAS,
PERDAS:
Perdas, perdas, que dói a alma e machuca o coração.
Perdas, perdas que trazem lagrimas que nunca se perdem. Perdas, perdas dor de
sentimentos traídos e danos sofridos. Perdas, perdas rancores deixados em
espasmos de contratempos. Perdas, perdas rostos apagados revividos em fotos sem
vidas.
Perdas, perdas como restaurar como apagar da
memoria os que se foram. Perdas, perdas danos de almas entregues e prostradas. Perdas,
perdas momentos sem paz sem descanso em busca de consolo. Perdas, perdas ao
longo dos tempos deixados sem alento. Perdas, perdas que serão ganhos ao soar
da trombeta.
Perdas,
perdas agora esquecida no reencontro da vida. Perdas, perdas lagrimas enxugadas
dor apagada. Perdas, perdas que são ganhos eternos na presença do príncipe da
paz. Perdas, perdas na alegria no encontrar de novo. Perdas, perdas momentos
eternos em um lugar sem perdas, perdas...
A IGREJA
PERFEITA:
Vejo muitos irmãos procurando a igreja perfeita, fazendo com que seja muito grande o chamado êxodo cristão, todos buscando o pastor perfeito, os irmãos perfeitos, a mensagem perfeita, a localização perfeita e com isso não criam raízes e muitos nesta busca morrem por falta de um relacionamento imperfeito mais sadio e comunhão. O exemplo desta busca da perfeição me fez lembrar da historia do homem que saiu pelo mundo à procura da mulher perfeita.
Passou um tempo nesta busca, ate que voltou a sua
antiga aldeia e cruzou um amigo que perguntou: Encontrou a mulher perfeita
em suas andanças? - ele respondeu: Ao sul, encontrei uma mulher linda. Seus
olhos pareciam esmeraldas, seus cabelos cor da graúna, seu corpo lindo como uma
deusa. O amigo, entusiasmado, diz: Onde está sua esposa? - Infelizmente, ela
não era perfeita, porque era pobre.
Fui para o norte e encontrei uma mulher que era a mais
rica da região. O amigo: E aí? Casou com ela? O homem: Não. O problema é que
nunca vi criatura mais feia em toda a minha vida... Mas, felizmente, no
sudeste, encontrei uma mulher perfeita. Era linda de ofuscar os olhos e ainda
por cima tinha dinheiro, contou o homem. Então, você se casou com ela, não é
amigo? - Não, porque, infelizmente, ela também procurava o homem perfeito.
Olha meu
irmão o que diz o apostolo Paulo; Não que eu o tenha já recebido ou tenha
já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também
fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo
alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e
avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio
da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Fp. 3:12-14). Portanto meu
irmão não busque a igreja perfeita busca a sua perfeição como filho de Deus, e
quando Ele vier se te encontrar buscando a sua perfeição Jesus vai ver você
como perfeito...
SIMPLESMENTE
DOMINGO:
Domingo dia de descanso dos cristãos. Domingo dia
de glorias a Deus. Domingo dia de visitar a família. Domingo dia de louvar a
Deus no seu santuário. Domingo dia de comida especial da mamãe. Domingo dia de
futebol a arte da bola. Domingo dia de glorificar a Deus de maneira especial. Domingo
primeiro ou ultimo dia da semana...
Domingo nele Deus descansou depois de sua criação. Domingo
dia de culto na congregação dos santos. Domingo dia de viajar a passeio
refrescar a mente. Domingo dia de deitar na relva e curtir o sol. Domingo dia
de piquenique no parque com os amigos. Domingo dia de ir na igreja em um
sacrifício agradável. Domingo a coroa dos dias, pois nele Deus descansou. Domingo
ensolarado dia de pisar nas areias quentes da praia...
Domingo de
chuva e céu sem estrelas. Domingo dia do Senhor, dia de consagração e bênçãos. Parafraseando
Mario Quintana; “No céu é sempre domingo. E a gente não tem outra coisa a fazer
senão ouvir as glorias celestiais, andar nas ruas de ouro, beber
das águas do rio da vida, passear nos jardins de flores cantantes e
pisar nos diamantes das águas claras. E lá é muito melhor que aqui,
pois se trata dos remidos e salvos pela cruz de todas as épocas do mundo
adorando ao Criador”...
SAUDADES DOS
MEUS:
Saudades, palavra triste quando se perdeu os que
amavam que partiram sem se despedir deixando um enorme vazio no meu coração...
Saudades da velha palhoça em que me deitava no velho colchão de palha ouvindo
as conversas de minha amada e saudosa mãezinha, saudades da minha avó que
andava encurvada com suas pernas cansadas e frágeis com o olhar dos seus olhos
do mais limpo e puro azul, saudades de nossa casa de pau a pique com luz de
querosene, com seu velho radio que fazia a trilha sonora do nosso lar entre
Emilinhas e marlenes velhas cantoras de radio e canções sertanejas do Tonico e
Tinoco....
Hoje me sinto meio sozinho procurando rostos
esquecidos pelo passar do tempo, saudades palavra triste de quem perdeu os seus
amados e muitos dizem que o tempo cura, mas não vejo minha sanidade quando se
trata das lembranças que não conseguem ser apagadas da mente deste velho matuto
que não se envergonha das lagrimas derramadas por lembrar-se de momentos de
harmonia familiar e almoços de domingo com a mesa colocadas de macarronadas e
carne cozida guardadas em uma lata no meio das gorduras dos porcos matados no
fundo do quintal sobre as folhas cortadas de bananeiras....
A velha sanfona ainda se faz escutar na voz de
batráquios de meu pai quanta saudade de seu rosto lindo cheios de rugas que
escreverem em seu rosto tempos de sofrimentos e privações do velho porão da
loucura em Barbacena. Os olhos negros de minha mãe varrendo a casa de chão
batido com seu avental sujo de carvão e lenhas buscadas nos pastos da antiga
fazenda Tapera Alta e Chacrinha, trabalhos na lida do rústico fogão de lenha
com seu fogo que um dia deixaram marcas em minha pele, dores não esquecidas do
tempo que engatinhava entre lenhas e mobílias rústicas e velhas...
Saudades dos gritos de meus irmãos ao sábado à
tarde tomando banho na fria agua do poço no fundo de nosso grande quintal
rodeados pelos bichos da casa chamada de pau a pique com cobertura de sape e
sua velha chaminé de manilha crua soltando fumaças e saudades, o velho sabão
tirava as sujeiras das lidas no banho de regador e bacia com agua aquecida no
fogão de lenha ou não tempo de necessidades, faltas e sofrimentos, mas se fosse
para viver novamente com os meus viveria só para estar com aqueles que hoje só
me deixaram a saudade, única lembranças e herança guardadas de suas vidas...
Saudades, palavra triste quando se perdeu os que
amavam que partiram sem se despedir deixando um enorme vazio no meu coração.
Saudades de perdas de momentos e dias que se apagam deixando lembranças
eternizadas pelas lagrimas que hoje regam meu chão fazendo nascerem às sementes
de uma esperança que certamente surgiram brotos e arvores de frutos dos amores
não esquecidos que me abandonaram a beira da estrada cruel dos não
esquecimentos e dores.....
Um dia nos
encontraremos novamente e Essa saudade que hoje me faz chorar neste momento,
certamente haverá um reencontro onde nossas almas serão puras na felicidade
eternizadas pelas misericórdias de Deus.
O musico toca o instrumento. O adorador toca o
coração das pessoas. O musico estudou para tocar. O adorador estudou para ser
tocado. O musico toca com harmonia e arte. O adorador toca com harmonia e arte.
Mas depende da unção de Deus. O musico tem seu instrumento. O adorador é o
instrumento. O musico enche o ambiente com seus acordes. O adorador enche os
céus com seu louvor. O musico depende do instrumento. O adorador não depende do
instrumento
O musico é
um tocador de musicas. O adorador é um tocador de sonhos. Os sonhos de um
Criador. O musico busca inspiração nos homens. O adorador busca inspiração em
Deus. Musico seja um adorador. Pois Deus não busca músicos. Deus busca
verdadeiro adorador...
VIDAS
SEPARADAS:
(HOMENAGEM AOS
MEUS AVÔS QUE NÃO CONHECI)
Nasci quando você morreu, nunca vi seu rosto, mas
conheci sua historia, com esperança me esperava e partiu sem nunca ter ouvido o
doce som de sua voz. Dois extremos, duas possibilidades uma chegando outro
partindo sem nunca ter uma historia paralela. Esperava-me com ansiedade ardente
imaginando quais seriam minhas cores. Doce vida que conta historia diferente
separando dois mundos pela distancia dos anos...
A semelhança do olhar, a igualdade dos gestos
distribuídos em afetos e carinhos que nunca existiram impossibilidades
extremadas, incoerentes sufocando a alegria liberando sua dor de dois amores
uma baseada na esperança outra controlada pelo futuro. Doce vida que conta
historia diferente separando dois mundos pela distancia dos anos...
Agora frases memorizadas que nunca foram ouvidas,
de toques nunca sentidos de duas almas intocadas e separadas pelo destino cruel
que sem piedade roubou você de mim. Busco tua face em minha memoria, mas não
consigo ver apenas figuras distorcidas em uma sombra apagada pela escuridão do
desconhecimento. Doce vida que conta historia diferente separando dois mundos
pela distancia dos anos...
Lugares
separados, jardins escolhidos, momentos sonhados em uma convivência almejada
sem existência e sem fatos, sem poemas escritos contando a doce historia de nós
dois transformado em um, apenas um na partida sem estação e sem despedidas.
Queria ter visto seu rosto, tocar a tua face, abrir meus braços para um abraço
forte que prendesse a você com laço permanente. Doce vida que conta historia
diferente separando dois mundos pela distancia dos anos...
ULTIMA
LAGRIMA:
Agora neste momento no silencio da cálida noite
fecho meus olhos, e sou guiado pelas minhas lembranças fugas de tempos
distantes e remotos; Háaa, aquela casa de pau a pique, chão batido de chaminé
liberando a fumaça do fogão de lenha. Casa simples de colchão de palha e gente
humilde que anda com seus pés descalços, povo de fala arrastada, povo mateiro
que busca lenha no mato e vive de maneira simples e faceira. Recém-chegados da
roça da vida no meio do mato sofrendo os ardis da dura batalha do campo e dos
boqueirões com suas mãos calejadas pelas enxadas, agora vivem assustados na
cidade grande uma selva de pedra de gente esquisita e diferente sem cumprimentos
e salvas que passam sem olhar, com olhares soberbos e
distantes...
Vivem nos tratamentos dos animais, cavalos,
cabritos, patos e marrecos ouvindo os cantos dos pássaros presos nas gaiolas e
viveiros. Pela manhã as galinhadas se achegam na porta cozinha aquela mulher de
figura pequena com seu avental preso em suas mãos cheio de milhos caminha
lentamente com seu chinelo de dedo para espalhar as sementes da alimentação das
bicharadas. Casa pequena de janelas entreaberta cortinas nas portas dividindo
os cômodos do pequeno lar de meu nascimento...
A luz fraca do lampião de querosene aceso no chegar
da escuridão da noite, nas fogueiras do quintal com suas chamas vermelha em
suas multicores clareando o breu de mais um final do dia. Agora sob a luz do lampião
a família se reúne assentados nos bancos de madeira rustica com seus assentos
endurecidos, olhares atentos no ouvir das historias da roça o pequeno menino de
banho tomado na bacia com suas roupas remendadas a mão deita no doce colo de
sua mãe Nivalda, recebendo carinho e afagos em seus cabelos dos seus irmãos. Hoje
somos seis, mas éramos doze. O pequeno caçula dos doze, fecha seus olhos e
adormece ouvindo o doce som sonoro do radio única diversão da família Souza...
Agora abro
meus olhos marejados ainda deixando cair a ultima lagrima da saudade de minha
família perdida pelo tempo e pelo passar das jornadas da vida deste homem no
chegar dos seus sessenta anos, com seu rosto marcado com suas cãs que servem de
cobertura da cabeça agora sem o seu chapéu de palha...
UNICIDADE
DOS MEUS DIAS:
Na unicidade do dia temos uma certeza ele não será
o único, pois haverá outros dias, mas certamente na soma de nossas vidas ele
será o único. A cada dia abrimos como em um pacote de presente, pela manhã, ao
acordar recebemos de Deus o dia como um presente, onde sua misericórdia e amor
são renovados a cada amanhecer...
Este dia que chamamos de presente ou hoje ele é
único e tem seu termino ao anoitecer, mas podemos fazer do dia de hoje uma
eternidade, pois nossas decisões podem fazer deste dia único e indelével em
dias eternos.
Vivi sessenta anos e na soma dos meus dias foram de
vinte e um mil e novecentos dias vividos, todos com uma certeza e escolha de
que Deus pode fazer de meus dias em dias eternizados pela minha decisão.
Minha infância foi de muitas brincadeiras e fui
muito feliz crescendo e recebendo de meus pais e meus irmãos muito amor e
carinho, minha adolescência foi como de todos desta idade, tempo de medos e
inconstâncias onde os fios de minha mente ainda estavam desencapados, mas tive
exemplos do meu lado, meus irmãos e minhas irmãs eram meus referenciais de bom
comportamento.
A minha mocidade foi marcada por incertezas e
indecisões, em muitas lutas, mas foi neste período que tomei uma decisão na
minha vida, tornar os meus dias em dias eternos. Para isto aceitei a Jesus
Cristo como meu único e suficiente salvador, e em meios às guerras diárias e
cotidianas tinha uma certeza que eu não estava mais só.
Com amor
Jesus me atraiu e com paciência Ele me aceitou, e na sua misericórdia Ele me
conduziu, no seu poder Jesus me salvou das covas dos leões, livrou-me da
Catanduva e dos furores dos grandes mares com suas grandes ondas fazendo-me
surfar pela vida na esperança de que minha trajetória com Deus em meio as minhas
fraquezas terá por minha fé um final feliz...
NO DIA E ANO
QUE NASCI:
Perguntaram-me quantos anos que estava fazendo?
Respondi; nasci no século passado e no ano que eu nasci, nasceram pessoas
importantes e atores e um que sou fã Bruce willis, mas morreram também pessoas
importantes como; Albert Einstein (Ulm, 14 de março de 1879 — Princeton, 18 de
abril do ano que nasci) foi um físico teórico alemão. Entre suas principais
obras desenvolveu a teoria da relatividade geral, ao lado da mecânica quântica
um dos dois pilares da física moderna. Outro fato importante que aconteceu
no ano de meu nascimento foi a morte de; Maria do Carmo Miranda da Cunha 5 de
agosto do ano em que eu nasci), mais conhecida como Carmen Miranda, foi uma
cantora e atriz luso-brasileira. Sua carreira artística transcorreu no Brasil e
Estados Unidos entre as décadas de 1930 e 1950....
Por fim e enfim no ano em que nasci: As eleições
presidenciais evidenciaram os atritos e conchavos entre os partidos políticos,
culminando na vitória eleitoral de Juscelino Kubistchek. Um mito que existe no
Brasil é o de que não há terremotos no País. Mas no ano em que nasci houve os
dois maiores terremoto que existiram no Brasil, estes dois terremotos no
território nacional passaram de 6 graus na escala Richter: em Porto dos Gaúchos
(MT), com 6,2 graus, e em Vitória (ES), com 6,1, ambos aconteceram no ano em
que nasci. Em julho do ano em que nasci tinha início a que talvez seja a mais
espetacular onda de frio já registrada oficialmente no Brasil...
Mas no dia em que eu nasci não aconteceu nada, o
sol não escureceu veio normal como sempre vem, não surgiu uma estrela diferente
no céu, na verdade quando nasci não houve nada novo senão eu em um colchão de
palha em uma casa de pau a pique de chão batido e fogão de lenha onde abrigava
o pobre menino. Neste dia as nuvens não se fecharam anunciando um temporal, a
natureza não deu o anuncio, no dia em que nasci a única coisa que vi foi os
olhares de ternura e felicidade de minha mãe Nivalda e meu pai Osvaldo e os
gritos de alegria dos meus irmãos...
Finalizando;
parafraseando de maneira contraditória o poeta Luiz vaz de camões, o dia em que
eu nasci havia gente corajosa que não se espantaram que neste dia deitou no
mundo uma das vidas mais abençoada por Deus na terra...
Eu sou aquele que chorou quando recém nascido, que
se apresentou em meio aos gritos dizendo cheguei e estou aqui, eu sou aquele
marcado na pele pelo fogo de uma sofrida vida totalmente restaurada por Jesus
cristo. Sou aquele que recebia o sorriso de mamãe cuidado pelos meus irmãos,
que aprendeu a humildade de meu pai homem trabalhador exemplo de honestidade,
sou aquele filho de um homem sofrido, injustiçado e roubado por sua
ingenuidade...
Sou de uma família que sofreu e lutou muito para
conseguir seu lugar neste mundo de selvas de pedra, sou aquele que sente
saudade do interior que queria viver nos roçados junto dos pássaros canários,
coleiros e jacus de minas. Eu sou renascido de esperanças que olha para frente
seguindo seu rumo com muita fé e certeza de um amanhã de gloria e eternidade...
Sou um baetão do carretão que pensa que chora que
prega o amor de Deus, que clama pela misericórdia, que grita por justiça. Sou
aquele que disputa pelas almas, sou aquele que sente as cargas do tempo De
ombros riscados cicatrizados pela dureza da vida, sou aquele que tem o rosto
escrito por rugas dos anos de labuta...
Sou aquele que crê e confia no povo ao meu redor
meus amigos preciosos companheiros de estrada das missões deixadas pelo Mestre
maior. Sou aquele que busca uma fé inabalável que me sustente de pé para vencer
as batalhas travadas contra todo mal e impiedade...
Sou aquele que odeia a corrupção que vê na
honestidade a razão, sou aquele que levanta pela manhã agradecido por mais um
dia que recebe como presente deixado por Deus sou um homem agradecido e feliz
pela família que tive e que tenho dando prosseguimento na arvore genealógica
dos Souza em seu motriz que impulsiona meu viver, sou aquele que quer deixar
orgulhosos quem não pode mais ser, que caminha errante, perdido sentindo fora
do seu habitat natural como se fosse de outra pátria ou planeta distante.
Sou uma
semente da terra que quer virar pão, sou aquela semente do jardim querendo
tornar-se uma flor de amor florida e calma. Eu sou da liberdade dos sonhos dos
prantos pelas vidas. Sou aquele que o caminho encontrou e que segue seu rumo
confiante na salvação da cruz de Cristo que anseia o céu como morada na
eternidade, enfim e por fim sou apenas eu alguém que passa sem ser notado
escondido pelo seu brilho, Jesus a luz do mundo e salvador...
LEMBRANÇAS DO MATUTINHO FELIZ:
(CRÔNICA SAUDOSA DOS CARROS DE BOI)
Quem viu, viu quem não viu de forma nenhuma verão o
carro de boi com suas formas rústicas da roça seguindo pelo estradão. O boi
atrelado nos esteios maciços de madeira hostil. O carro de boi lá vai, com seus
bois de carreira, também chamado boi de cabeçalho puxando com sua força o carro
pesado com suas rodas gemendo pela estrada poeirenta do roçado...
Ladeira que vem ladeira que vai o carreiro gritando
gerando uma harmonia de som de gritos e gemidos do rodão de Cabreúva, a parte
do centro é chamada meião e lateralmente se limita com as duas cambotas,
originando as pernas arqueadas dos colonos abestados. O meião, perto das
cambotas, tem sempre dois buracos, o bocão, ou oca, que é para o som criar
força e ecoar.
Com seus cânticos singelos e saudosos com o
carreiro empunhando o varão que com seus estalos apressa o boi velho e cansado
que disputa suas forças com o novilho novo e metido em suas pernas de juventude
animal. O boi novo vai o boi velho segura o trote arrastado e nesta disputa de
idades mantem a sequencia do carreirão. O chumaço que era feito de canelão
mantem a harmonia das cantigas da roça sem distinção.
Sem muitas rimas do contado levo no meu coração as
lembranças da minha mente do matuto cansado que não viu o tempo passar nas
mudanças dos anos que apagam nas sutilezas dos matrizes. Os carros que cantam
sem cargas apenas uma melodia ouvidas em boas lembranças pedem o óleo de
copaíba que servem também para curar com seu teor medicinal cicatrizante por
sua ação. O balsamo de copaíba que cessa o grito do carrão e apaga o grito de
dor das feridas das cangas e mazelas.
Sou mineiro de nascença e roceiro de coração homem
simples da cidade arrancado de sua sina, lembrando-se do que não viveu apenas
favas contadas perto das fogueiras da fazenda do Taperão. Olhos lacrimejados da
saudade do pai sanfoneiro por sua cultura no doce som dos acordeons quem ouviu,
ouviu quem não ouviu não houve mais o acordes do meu velho progenitor e
protetor.
Para
terminar esta crônica cruel por sua saudade do capiau, no carro de boi existe a
vara de ferrão, de carrapateiro, na frente leva ponteiro de ferro na ponta do
ferrão que, antes de ponta dando origem o espeto das abelhas, com seu furo com
duas argolas de ferro, que chacoalham e, assim, o boi já sabe que lá vem
cutucão e desamua no efeito do amuar, ou arranca mais no carreirão. Carreiro
bom não espeta boi nem tira sangue do garrotão. Só ponteia, segundo nas
lágrimas perdidas do poeirão despede o mineiro caladão.
VIDA
SERTANEJA DO CAIPIRA SONHADOR:
Eu venho do sertão do pé da serra da colheita do
algodão, das mãos calejadas e pés cascorentos e empoeirados da lida da roça em
seu roçado. Eu venho das colheitas dos cafezais barulhentos dos vendavais que
empurravam os galhos de café riscando meu rosto cheio de marcas e rugas que
contam minha historia com riscos e rabiscos de um rosto com feições de cansaço da
vida do mateiro.
Eu venho dos banhos da cachoeira, das braçadas dos
rios com aguas caudalosas. Venho das caçadas dos jacus, antas e jacarés. Venho
dos ninhos dos passarinhos dos coleiros e canarinhos que com seus trilhados
fazendo as trilhas sonoras dos rincões de Minas Gerais...
Venho dos carros de bois, das retiradas de leite da
mimosa vaca amansada nos laço da fazenda. Venho das pescas de carás e tucunarés
das profundas aguas barrentas do açudão. Venho das cercas de taquaras dos
bambus cortados no meio que cercam o casebre de taipas.
Venho dos galinheiros dos galos e galinhas carijós,
do canto que despertam as matas dos galos galinzes que corriam assustados do
galo índio manda chuva do terreirão com seu chão endurecido dos pés descalços
dos colonos. Venho das musicas caipira de raiz, das sanfonas e viola caipira
que faz os sertanejos chorarem com seus versos e harmonia do amor não
correspondido da cabocla mais faceira e formosa do lugar...
Venho das aguas de coité guardadas nas cabaças de
barro de argila. Venho dos fogões de lenha com suas fumaças liberadas nos
chaminés de manilhas, venho do arroz com feijão, das farinhas de mandiocas
misturadas ao açúcar que eram nossa sobremesa, doce gostoso e entalador. Venho
das coberturas de sapés presos nos cipós nos entrelaçados das esteiras que
faziam o forro guardador. Venho dos piados dos jacarés que soavam nos brejos do
estradão, venho dos cantos de batráquios com rãs, sapos e pererecas.
Venho das
falas arrastadas dos pitos de palhas e cachimbo com sua fumaça mal cheirosa.
Venho da lamparina de querosene que marcavam os olhos e nariz escurecendo os
lados dos olhos deixando eles ainda mais tristes das prosas que contam a VIDA
SERTANEJA DO CAIPIRA SONHADOR...
TERRA
VERMELHA:
Sou filho com muita honra de um velho matuto, com
seu chapéu surrado voz de taquara rachada um olhar triste de alguém que sabe o
que é sofrer e passar lutas na vida e necessidades...
Lembro de manhã pegava meu velho embornal feito de
pano de saco alvejado no anil com meus cadernos cheios de orelhas meus lápis
ainda cotoco apontados com o canivete e saia para estudar na escola no antigo
casarão do Caputo Mourão, juntos ao material de escola levava a pequena marmita
de meu pai, que trabalhava na antiga escola de laticínio Cândido Tostes
lugar onde se aposentou depois de trabalhar por muito tempo...
Lá meu pai fazia seus queijinhos curavam os queijos
no grande freezer onde meu velho trabalhava com muita alegria, pois naquele
serviço foi onde dos doze filhos criou chegando a adulto apenas a metade onde
costumo dizer que; “dos doze restaram seis filhos”...
Mas o meu maior orgulho de meu pai era sua antiga
profissão candeeiro de boi que ele trabalhava desde a tenra idade dos treze
anos guiando a grande manada de garrotes pelas estradas empoeiradas dos grandes
sertões de Minas Gerais, onde o jovem mineiro candeava seus bois em cima de um
cavalo com a velha e surrada sanfona de oito baixas que fazia a alegria nas
paragens comendo feijão tropeiro entre as modas de viola e os acordes da sanfona
tocando e cantando saudade do matão sua musica predileta...
Um dia contava meu pai; de muitas chuvas e
inundações lá estava o jovem ainda novo candeeiro e seu primo cavalgando no
meio das enxurradas naquele ano na estação das grandes chuvas ou estação chuvosa
na chamada também de estação verde.
Chegando ao velho pontilhão onde estavam
acostumados a passar a ponte coberta pelas águas caudalosas ao passar
pela ponte não havia mais passagens, pois as madeiras e troncos foram
levadas pelas águas do rio, meu pai e seu primo com grande
desespero e vontade de viver venceram este dia de luta saindo nadando, mas
perderam o velho alazão cavalo cevado criado na fazenda de Boa Vista arraial
próximo a Tabuleiro do Pomba como era chamada sua cidade...
Nas grandes
chuvas, no frio de inverno e nas poeiras da terra vermelha nas estradas da vida
levaram meu velho pelo mundo onde hoje meu matuto pai descansa com seu corpo
misturado em terra vermelha transformando, junto às poeiras, poeiras vermelhas
do sertão que era sua vida de matuto e candeeiro com sua labuta rural...
VIDA DO
SERTANEJO GUASCA:
Um homem do campo acostumado com o arado, bom no
carteado, que gosta da roça que por Deus foi presenteado, um matuto de rosto
amarrado demonstrando estar meio chateado. Um homem de conversa arrastada de
fala abreviada de andar com perna alongada, homem do campo que vive na sutileza
no meio da mata que exibe sua beleza...
Um simples e humilde que não se define apenas
estica um proseado na venda do Seu Joaquim no meio dos sacos de arroz e de
feijão segue sua vida em meio ao bordão, se é pra viver do roçado tem que ter o
rosto bronzeado que nem os homens do praiado. O matuto sonhador que não esconde
sua dor na perda do seu amor que fugiu com o doutor...
Vive na solidão do amargo coração na palhoça de
sapé, no colchão de palha de milho desfiado misturado ao capim com barba de
bode e crina de animal, onde dorme o matuto abandonado cheio de esperança e fé.
Casa simples de picumã de esteira de bambu e barro misturado com esterco para
dar a ligação com roseira que serve de enfeite no portão onde esta a carroça
amarrada com seu cavalo alazão...
De manhã no trilhar dos pássaros no barulho da
bicharada sai o capiau babaquara para o dia no roçado nas lidas da terra
vermelha que um dia guardara em seu seio o sertanejo guasca de olhos tristes e
vida infeliz, na desembocadura do boqueirão em frente à bocarra do covão na
terra de Deus seu criador...
“Deus
abençoe o caipira do campo”
OSVALDINHO O
MENINO CANDEEIRO DO ROÇADO:
O sol surge no horizonte com seu brilho ainda
tímido naquela invernada, o pequeno Osvaldinho acorda sonolento assopra o fogo
do velho lampião cuja fumaça preta de querosene deixava marcas pretas em seu rosto
juvenil de menino prosa e faceiro com seus doze anos, agora ele levanta para
suas tarefas e a difícil labuta da família Souza, gente simples e humilde que
vivia naquele rincão do pequeno arraial de Boa Vista...
O pequeno retireiro inicia seu duro serviço ajunta
as vaquinhas amarra as pernas para não levar um coice da vaca malhada cujas
tetas cheias são preparadas para a primeira ordenha do dia, naquela fria manhã
com seus ventos cortantes o menino Osvaldinho grita; “sossega malhada”, pois
preciso tirar seu leite...
As seis grandes leiteiras com seus vinte litros são
colocada por aquele menino Osvaldinho, catraio magrinho de braços fortes
suspende os vasos de leite sobre as soleiras de madeira do carro de boi
atrelado com o “Mimoso” do lado direito e o outro boi de chifre comprido com
nome de vaca o “estrela” do lado direito. Naquela manhã do roçado sai o carro
de boi cujas rodas grandes e pesadas com suas vassouras o pequeno arbusto que
servia de um lubrificante cuja seiva no atrito liberava um óleo natural
exprimido entre os eixos...
Na cálida e silenciosa manhã o barulho da carroça
acorda os colonos e caipiras com seu barulho e rangido como se fosse um grito
do pequeno menino caminha entre os roçados. O candeeiro pequeno e frágil grita
“vamos mimoso, sossega estrela”, os pássaros começam sua alvorada com seus
cantos trilhados começando o dia dos bandos em suas revoadas, o caipira caminha
pelas estradas empoeiradas de terra vermelha do sertão. Com seus pés descalços
e cascorentos José Osvaldo de Souza nome dado pelo seu velho pai...
O menino agora atinge seu alvo chega ao seu destino
o armazém do Seu Maurílio “que nome demais de bonito e diferente
soo” pensa o pequeno bacuri...
A vida em sua roda continua sem barulho diferente
daquele carro de boi do pequeno Osvaldinho leva o menino quarenta anos depois
para uma casa de “pau a bique e chão batido” de um remoto lugar chamado Fazenda
Tapera Alta.
Osvaldo homem feito diferente daquele pequeno
caipira candeeiro das juntas de bois Mimoso e Estrela escuta o choro do seu
decimo segundo filho um choro alto e trilhante que quebra o silencio, daquela
noite quase natalina o senhor Osvaldo pega a pequena criança em seus braços e
agora viaja em suas lembranças do velho armazém e grita com satisfação seu nome
será chamado Maurílio “que nome mais bonito soo”...
Fala em um grito miúdo a velha parteira que sem
estudo nenhum colocou no mundo muitas crianças. E ali naqueles braços paterno o
menino deixa de chorar agora seguro naqueles braços de amor é colocado em seu
berço improvisado de colchão de pano de saco alvejado e palha lugar de muitos
grandes sonhos...
O guri cujo
nome foi registrado uma semana depois se chamava Maurílio Oswaldo de Souza;
“que nome mais bonito soo”. Viveu sem ser famoso, mas com um coração orgulhoso
do seu velho pai o menino candeeiro do roçado Osvaldinho...
ÉTICA E MORAL:
A palavra ética ligada a moral quer dizer:
Os termos possuem origem etimológica distinta. A
palavra “ética” vem do Grego “ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”.
Já a palavra “moral” tem origem no termo latino “morales” que significa
“relativo aos costumes”. Isto quer dizer que devemos ter caráter e um bom costume...
A ética é uma virtude no caráter do comportamento
humano, ética é uma avaliação própria das atitudes do profissional em suas
áreas especificas. Um pastor deve agir com ética em relação às ovelhas de
outros pastores, a conduta e comportamento honesto para Deus vale muito mais
que a etiqueta do seu terno e da sua roupa, a fidelidade com Deus nas suas
atitudes falam mais alto que suas mensagens dos púlpitos de sua igreja em seus
aparelhos de som importados, a fidelidade vai fazer de você uma pessoa confiável
seu terno de linho fino apenas fara de você uma pessoa admirável....
Concluindo,
caros irmãos, absolutamente tudo o que for verdadeiro, tudo o que for honesto,
tudo o que for justo, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que
for de boa fama, tudo que for ético, se houver algo de excelente ou digno de
louvor, nisso pensai. Vestir-se de vestes espirituais e com ética pastoral em
seu comportamento será mais importante do que suas vestes de terno caríssimo
que só escondem seus túmulos caiados...
O CÉU DE CERQUINHA:
Hoje na igreja do Senhor reunidas em diversas
denominações congregacionais e muitas delas facciosas no seu jeito de proceder,
onde pastores reinam sobre seus reininhos sectários e divisionários e ai fico
imaginando, e nos meus pensamentos chego a imaginar que muitos lideres
chamados eclesiásticos pensam que são donos de sua igreja assim também como em
seus templos, ate ai tudo bem que agem assim, mas depois não venham dizer que a
sua igreja é de Deus, pois na maneira de agir são totalmente humanas, que chego
a dizer que muitos pensam que serão arrebatados para o céu de cerquinha...
Vivemos hoje como evangélicos em meio às
discórdias, dissensões e facções. Aqueles que praticam tais coisas não herdarão
o reino do céu, pois lá não tem cerquinhas. O discurso de sermos um é apenas
uma verdade utópica para alguns. Veja a advertência de Paulo em Gálatas 5:19-21
é clara, e também de João 17:19,23 ; Portanto “Deus não aceita o espírito
partidário divisor que domina tantas pessoas religiosas de hoje. Estes erros
humanos correm diretamente contra a oração de Jesus e a verdadeira natureza de
Deus”. Jesus quer que seus seguidores sirvam uns aos outros e juntos vivam em
harmonia nesta vida, pois na eternidade volto a repetir não tem cerquinha...
Para nos ajudar a evitar ou superar estes erros em
nossas denominações, olhemos para baixo, pois para alguém que julgam ser
exaltado Jesus ensina que lavassem os pés uns dos outros, se Jesus da esta
ordem a nós, imagina em outras necessidades possíveis de nossos irmãos que chamamos
de outra congregação ou denominação, ai surge uma pergunta será que é lavar os
pés apenas de membros de nossos circulo religioso e fechado? - "Assim,
pois, seguimos as cousas da paz e também as da edificação de uns para com os
outros"(Romanos 14:19)...
Outra alerta
meu irmão lá no céu na presença de Jesus os pastores que roubaram
descaradamente e sem ética as ovelhas do seu irmão pastor, certamente
devolveram as ovelhas de direito. Pois no céu de Deus pai de Jesus Cristo e
Nosso Senhor não tem cerquinhas...
QUANTAS
COISAS TENHO AINDA QUE FAZER?
Quantos quilômetros tenho ainda que percorrer? Quantas
mensagens tenho ainda que pregar? Quantos caminhos ainda percorrer? Quantas lágrimas ainda tem que rolar dos meus olhos? Quantas coisas ainda tenho que
abnegar? Quanto ainda tenho que viver e ver a dor de mais um cansaço? Quantas
vezes tenho que lavar o meu rosto depois de pestanejar em mais uma estrada?
Quantas vezes tenho que gritar, e deixar o meu brado quebrar o silencio da
solidão? Quantas vezes cansado ouço sua voz me dizer; deixa o vento te levar...
Mais uma mensagem? Em mais um verso de amor tenho
que escrever. Eu só quero levantar e ver as misericórdias compartilhadas em mais
um dia de tolerância e compaixão que levam almas a se renderem aos seus pés.
Propósitos de uma vida que deixam feridas, em choros e prantos dos pés
preciosos daqueles que anunciam o evangelho da paz....
Tantas coisas tenho que dizer na pronuncia de mais
um clamor que invadem os céus que possam derramar as chuvas temporais e
serôdias, que caem e se misturam com as lágrimas dos evangelistas
incompreendidos pelo que se acomodam dentro de seus templos sentados em seus
assentos da conformação.
Mas isso tudo
é apenas um clamor de uma voz que parece que clama em meio aos desertos de chão
mais que ressequidos, tentando regar com nossas lágrimas e mudar a situação dos
corações empedernidos que como pederneiras soltam suas faíscas em meio a
própria escuridão de suas decisões. Mas isso e apenas um devaneio de um
pregador...
Aos 18 anos, Francisco cantava ao violão modinhas, canções e valsas românticas, e tocava bateria. Com a chegada do Circo Nova Iorque a sua cidade, formou dupla com Chopp, artista do circo, usando o pseudônimo de Cascatinha, marca de cerveja, para combinar com o do parceiro.
A dupla tornou-se conhecida em pouco tempo, transformando-se, em 1941, no Trio Esmeralda, quando Francisco se casou com Ana, chegando então a ganhar, no Rio de Janeiro/RJ, prêmios no programa César Ladeira, da Rádio Mayrink Veiga, e nos programas de Manuel Barcelos e Papel Carbono, de Renato Murce, da Rádio Nacional.
Em 1942 Chopp separou-se do casal, enquanto a dupla restante ingressava no Circo Estrela-Dalva, excursionando entre o Rio de Janeiro e São Paulo, e passando depois por vários circos e parques de diversões, como o Imperial, onde atuaram durante cinco anos. Em São Paulo, em 1947, atuou na Rádio América. Em 1950, a dupla foi contratada pela Rádio Record, onde permaneceu 12 anos, estreando em disco na Todamérica em 1951, com Fronteiriça, de Zé Fortuna, compositor preferido de Cascatinha.
Na Todamérica, em 1952, a dupla lançou um 78 rpm que trazia Índia (Maria Ortiz Guerrero e José Asunción Flores, versão de José Fortuna) e Meu primeiro amor (versão de José Fortuna para Lejanias, de Hermínio Giménez), batendo todos os recordes de vendagem.
MEU
CAFEZAL EM FLOR: CRÔNICA BIOGRÁFICA:POR MAURÍLIO SOUZA!!!
MAIS:
BIOGRAFIA
DE CASCATINHA E INHANA: POR MAURÍLIO SOUZA!!!
Lembro com saudade o lampião a querosene
ligado o velho rádio chiador na sala colocado estrategicamente na altura do ouvido
de meu pai, isto tudo para ouvir melhor os cânticos da roça no programa baú da
saudade... E eu sentado no velho banco de madeira maciça olhando para o meu
velho pai com os olhos lacrimejados e como dizíamos na época orvalhado.
Minha mãe descendente indígena por
sua natureza, sentada me olhando com aqueles olhos negros, neste momento o
caçula da família começa a ouvir as historias das colheitas no cafezal, minha
mãe contava das feridas deixadas pelos nós e espinhos dos galhos em suas maõs
calejadas pela dura vida no campo.
Um fio de lágrima escorre em
seu rosto marcado pelas rugas do tempo e dos longos dias trabalhando de sol a
sol, marcando no seu rosto uma historia de lutas e sofrimentos em meu aos
colonos do arraial de Botafogo. Um arraial que segundo a historia era um
quilombo onde os escravos se refugiavam em busca de sua liberdade. Lágrimas que
se perdem no chão de terra batida de nossa pequena sala.
Minha mãe contava suas
historias em misto de dor e lembranças de tempos perdidos nos anos de sua precoce
vida. A colheita de café em meio as grandes caminhadas nas orvalhadas das
madrugadas com seus pés descalços. Passam os anos mas ainda lembro dos momentos
ao seu lado daquela que me deu a vida e que muitas vezes caminhou entre o
cafezal em flor...
Neste momento toca no velho
rádio com seu chiado peculiar a musica de Cascatinha e Inhana; MEU CAFEZAL EM
FLOR. As lagrimas contida agora tornam-se em um pranto silencioso das saudades,
das lutas e dos sofrimentos de quem teve sua vida marcada pelo cafezais. Enquanto
eu viver, jamais esquecerei as feições de seu rosto e o doce som de sua voz
dizendo agora é tarde vai dormir que amanhã tem que sair cedo para a escola...
Levanto de manhã naquilo que
seria para mim uma grande caminhada ate a velha escola. Saia sem uniforme e sem
merenda, uma lápis e um caderno orelhado no velho embornal feito de saco
alvejado. Descalço com a velha calça de suspensórios, camisa branca encardida
pelo uso continuo. Na volta da escola lembro que no velho portão de madeira a
figura de minha mãe e seu avental me esperando para o almoço daquele dia. Estas
são as lembranças minha mãe colhedora de café...
BIOGRAFIA
DA DUPLA CASCATINHA E INHANA:
Dupla
sertaneja formada por Francisco dos Santos, o Cascatinha (Araraquara SP
20/4/1919-São José do Rio Preto/SP 14/3/1996) e Ana Eufrosina da Silva Santos,
a Inhana (Araras SP 28/3/1923-São Paulo/SP 11/6/1981).
Aos 18 anos, Francisco cantava ao violão modinhas, canções e valsas românticas, e tocava bateria. Com a chegada do Circo Nova Iorque a sua cidade, formou dupla com Chopp, artista do circo, usando o pseudônimo de Cascatinha, marca de cerveja, para combinar com o do parceiro.
A dupla tornou-se conhecida em pouco tempo, transformando-se, em 1941, no Trio Esmeralda, quando Francisco se casou com Ana, chegando então a ganhar, no Rio de Janeiro/RJ, prêmios no programa César Ladeira, da Rádio Mayrink Veiga, e nos programas de Manuel Barcelos e Papel Carbono, de Renato Murce, da Rádio Nacional.
Em 1942 Chopp separou-se do casal, enquanto a dupla restante ingressava no Circo Estrela-Dalva, excursionando entre o Rio de Janeiro e São Paulo, e passando depois por vários circos e parques de diversões, como o Imperial, onde atuaram durante cinco anos. Em São Paulo, em 1947, atuou na Rádio América. Em 1950, a dupla foi contratada pela Rádio Record, onde permaneceu 12 anos, estreando em disco na Todamérica em 1951, com Fronteiriça, de Zé Fortuna, compositor preferido de Cascatinha.
Nessa
época a dupla fez tanto sucesso com as composições de Elpídio Santos Despertar
do sertão e Ave Maria do sertão (ambas de parceria com Pádua Moniz),
que Cascatinha foi nomeado diretor-artístico da gravadora.
Na Todamérica, em 1952, a dupla lançou um 78 rpm que trazia Índia (Maria Ortiz Guerrero e José Asunción Flores, versão de José Fortuna) e Meu primeiro amor (versão de José Fortuna para Lejanias, de Hermínio Giménez), batendo todos os recordes de vendagem.
Em
1955 ano em eu nasci participaram do filme de Ademar Gonzaga Carnaval em lá
maior, interpretando Meu primeiro amor. Em 1966 a dupla gravou o LP Vinte e
cinco anos (RCA-Camden), lançado em 1967, alcançando sucesso com Vinte e cinco
anos (Nonô Basílio), O menino do circo (Eli Camargo), Flor do cafezal (Carlos
Paraná) e A estrela que surgiu (Zacarias Mourão e Mário Albanesi).
Pela
Chantecler lançou, em 1970, o LP Dueto de amor, incluindo os sucessos Amor
eterno (Alfredo Borba e Edson Borges), Se tu voltasses (Cascatinha e Carijó),
Como te quero (Alberto Conde e Nilza Nunes) e Castigo (Marciano Marques de
Oliveira). Dois anos depois gravou com êxito, pela Continental, Olhos
tristonhos (Dora Moreno).
No Teatro Alfredo Mesquita, de São Paulo,
em 1978, levaram o espetáculo Índia, de grande repercussão, no qual contaram
sua trajetória artística. Durante toda a carreira, a dupla percorreu vários
Estados brasileiros, atuando em circos, emissoras de rádio e televisão, além de
gravar mais de 30 discos. Em 1995 a gravadora Revivendo lançou, em dois CDs,
uma coletânea de seus maiores sucessos.
“Deus te
abençoe” Pr Maurílio Souza!!!
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