MENSAGEM DA CRUZ

MENSAGEM DA CRUZ
ESPAÇO LITERARIO SOBRE A MENSAGEM DA CRUZ :

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

HISTORIA DA MINHA VIDA CONTADA EM CRÔNICAS: - LIVRO ON-LINE - POR MAURÍLIO SOUZA!!! PARTE DOIS:



MINHA VIDA CONTADA EM CRÔNICAS

O ULTIMO DIA:

Perdoa-me por virar minhas costas, pois eu não aguentava mais ver as lágrimas caírem de seus olhos negros e maternais, e na covardia de minha precoce vida corri para bem longe, e nesta corrida frenética e covarde defrontei-me com meu cansaço e a dor de minhas pernas que corria para o nada, apenas em um fuga alucinante e neste momento me desfaleço em meio as fraquezas de meus pensamentos juvenis. Fiquei imaginando que aquela dura realidade era apenas um grande pesadelo, um sonho ruim que certamente despertar-me-ia colocando fim as minha angustias de um jovem nas fragilidades de meus poucos anos, perdoa-me eu não sabia que aquele seria o ultimo dia...

Perdoa-me por sair sem despedir, sem meu beijo de ate logo ou ate breve, há seu soubesse a envolveria em meus braços em um abraço que como corda me prenderia a você de onde nunca deveria ter saído, encostando-me ao teu ventre que um dia foi meu lugar secreto e seguro. Há se soubesse eu gritaria te amo mil vezes que somados aos meus ecos multiplicaria na força de meu amor inexperiente e cercado pela minha falta de sensibilidade. Há se soubesse prender-me-ia aos seus pés que tantas vezes caminharam em busca do mínimo conforto para nossa família, pés rachados pelas pedras dos caminhos e suas mãos calejadas na labuta para me dar o mínimo de dignidade. Perdoa-me por sair sem despedir eu não sabia que era o ultimo dia...

Hoje me vejo em uma prisão nas grades de minhas doces e saudosas recordações que são lembranças de nossa convivência, lembro-me do teu olhar me protegendo, de suas mãos encaminhando-me para a vida de sofrimento, faltas e ate fome na carência de um tempo cruel e difícil. Há se soubesse passearia mais contigo desfrutando de tua presença, ouvindo sua suave voz encorajando-me a prosseguir pela longa e cansativa viagem pela vida. Lembro-me amarrado ao teu lado preso ao embornal de amor você com uma trouxa de roupa ou um feixe de lenhas verdes pesadas nas costas assim como era pesada a vida que levávamos. Há minha mamãe se eu soubesse; “a beijaria mais, abraçava-lhe mais e dizia-te que lhe amava mais vezes”, perdoa-me mamãe eu não sabia que aquele dia era sua despedida, eu não sabia que era o ultimo dia...

QUEM SOU EU?

Quem sou eu? Tenho um coração quadrangular! Pertenço à assembleia dos santos! Sigo os métodos dos metodistas!
Sou um anabatista! Pertenço à igreja universal! Sou adorador e alguém que louva a Deus nas comunidades! Busco um amor ágape! Reúno em um templo de milagres! Sigo a cruz do calvário! Vivo na igreja de Deus! Congrego na igreja mundial do poder de Deus.

Tenho uma vida nova com Jesus! Jesus me fez viver uma nova vida! Sou congregacional! Tenho vontade de orar no jardim das oliveiras! Chorei com o guetsemani! Sou pescador de almas! Navego nos mares de Deus! Mergulho no oceano de bênçãos! Portanto sou um cidadão do céu! Que deseja mudar para uma cidade celestial, Jerusalém!
Que almeja viver a cada dia o primeiro amor!

Enfim: Jejuo. Ensino. Sirvo. Unifico. Sonho os sonhos de Deus para minha vida!!!

BAÚ DA MINHA SAUDADE:

Na madrugada cercada pelo silencio da noite escura, a saudade bateu em minha mente trazendo a tona boas lembranças de meus amigos agora tão distantes e ausentes na minha vida. Nas brincadeiras a tarde ao som de um violão os ensaios da banda na casa do China (Gilmar meu primo que hoje canta em bares na cidade de Piúma), nos hi-fi cujo significado do nome é; “Hora-dançante em festas realizadas em casa onde as pessoas dançavam, mais precisamente nos anos 50, 60 e 70”  ao som da pequena sonatinha. Lembrei-me dos choros e lágrimas que ate hoje não sei se eram de verdade do amigo Ladinho chorando ao ouvir a musica; “do you love me” do casal Sharif Dean cantada por mim fazendo a voz masculina e o japonês (Zé Pedro falecido recentemente) e grande amigo fazendo a voz feminina, amigo Ladinho que logo depois faleceu deixando saudade e um vazio nas tardes da praça onde ninguém me conhecia pelo nome somente pelo apelido de infância “Ária”...

Navegando em minhas doces e sublimes memórias nas tardes de sábado no vôlei antes da pelada onde driblávamos jogadores, tocos e arvores no meio da Praça do Vale dos Bandeirantes. Passeio com o amigo Mau Mau no seu aero willys todo equipado e nas voltas com as lambretas e vespas de meus irmãos, a noite de sábado encontros e bons papos sentado no chafariz da praça que tinha tudo menos água jorrando, mas isso é passado guardado no baú de minhas agora saudosas lembranças. Nos domingos de manhã sentados na relva mascando chicletes nas paqueras com as companhias dos Don Juan da época em suas frustrantes tentativas de descolar uma gata...

As tardes de domingo eram cercadas pela prova de honra nome dado ao jogo de futebol principal no festival do campo da mina dos vale dos bandeirantes sentados na relva com uma animada torcida pelo time da casa ou do bairro a A.A.V.B a Associação Atlética Vale dos Bandeirantes time que depois joguei por mais de 10 anos. Na alegria dos gritos de gol nos abraços felizes dos amigos que não tinha conhecimentos de fatos trágicos e perdas precoces dos amigos coronel, Edgar, Joãozinho e o mais triste para mim do Pio Cesar meu sobrinho, meu irmão e companheiro inseparável, um amigo de longas conversas pelas madrugadas e nas pescas de balaio, hoje quanta falta me faz e tantas lembranças e saudades que deixam rolar lagrimas de meus olhos tristes pela grande perda do amado sobrinho amigo e irmão...

“Mas tudo isso são apenas lembranças de um passado de dias que não voltam mais e que são guardados no baú da minha mente na pasta escrita saudades”...

ESPERANÇA NÃO MORRE:

Na caminhada da vida, o nosso destino já esta traçado por Deus. Sempre haverá muitos desafios, lutas e guerras interiores. Haverá surpresas, tristezas e alegrias a vida e feita assim. Às vezes nos deparamos com situações que nos afligem, nos fazem sentir e até mesmo chorar!!!

Mais saiba por certo que a cada momento da vida, cada lagrima caída, cada sorriso dado, está tudo anotado no diário de Deus, Ele não se esquece de você. E pode ter certeza que nem um segundo Ele se esqueceu de anotar suas lutas, seus choros, mais com um detalhe, Ele não se esqueceu de anotar o dia de sua vitória, e ela esta chegando. Sua vitória esta chegando nas carruagens de Deus!!!

Não desista de teus projetos e sonhos porque mesmo antes de serem projetados por você, já foi projetado e aprovado por DEUS. Tudo que vem de Deus é eterno e não morre e se a definição de ter esperança è; “acreditar que alguma coisa muito desejada vai acontecer”. Portanto para quem acredita na eternidade a esperança não morre, pois sempre haverá algo melhor no dia de amanhã!!!

FALTA DE REVERÊNCIA NA CASA DO SENHOR:

Hoje como pastor tenho observado que na igreja do Senhor ha um excesso de liberdade que às vezes é muito bom, pois o povo de Deus sai daquele ritualismo caduco de um sacerdotalismo legalista tirando a espontaneidade  da assistência em meio ao culto do Senhor. Com falta de liberdade no templo foi inibida a manifestação e ação do Espírito Santo. Como a profecia esta sujeita ao profeta; existe em nossos dias profetas de Deus com suas bocas amordaçadas por falta de liberdade não concedida pela liderança cultual. Que com temor das antigas profetadas da carne que trouxeram escândalos e divisões na igreja, hoje não permitem e inibem tais manifestações.

Mas não devemos exagerar nesta liberdade tornando a igreja um lugar de libertinagem, para exemplificar, vamos recorrer à bíblia que é a “palavra de Deus”: Um dos textos mais chocantes do Velho Testamento é aquele no qual Uzá é fulminado por Deus por ter tocado na Arca da Aliança quando os bois que a levavam tropeçaram (II Sm 6: 1-11). Assusta não apenas ao leitor de hoje, mas também apavorou a Davi na hora em que aconteceu. A Arca simbolizava a Presença de Deus no meio de Seu povo! Um toque “diferente”, e o coração veio para fora! Uzá, aparentemente, apenas socorria a Deus. Os bois haviam tropeçado. A Arca poderia ter caído. Todos estavam alegres. Uzá não desejava que nada desse errado.

Por isso, ao ver que a carroça pendia pelo tropeção dos bois, estendeu a mão, tocou e morreu por essa “irreverência” diante da Arca do Senhor! A Arca era a simbolização da Presença de Deus! A Presença de Deus revela aquilo que está no coração! Vejo ai uma pergunta; Uzá morreu por ter tocado na arca ou seria por causa do que estava no seu coração? Mil anos depois. Uma mulher estava enferma. Havia doze anos que sofria de uma hemorragia que não se deixava estancar. Sangue escorria por entre as suas pernas. A vida se esvaía e ela não se sentia com forças para viver, sem falar no constrangimento de sofrer de uma menstruação crônica, especialmente num contexto onde o fluxo da mulher era algo a ser cerimonialmente tratado como “impureza”.

A mulher veio por trás e tocou em Jesus. Imediatamente viu estar livre de seu mal! Quem me tocou? Indagou o Senhor. Mestre, a multidão te oprime e te aperta e dizes “Quem me tocou?” Questionava Pedro. Alguém me tocou, pois, senti que de mim saiu poder! Garantiu o Senhor. Milhares de mãos, nenhum toque! Uma única mão, um toque que fez sair virtude! A Arca era a simbolização da Presença de Deus. Jesus era a Presença de Deus não simbolizada, mas Realizada: Emanuel, Deus Conosco! A arca representava a presença de Deus ali diante daquela mulher estava o próprio Deus tabernáculado como homem, observamos ai à diferença do período da lei e do período da graça, aquilo que matava hoje traz saúde, mostrando toda a liberdade que devemos ter na presença de Jesus. Mas não podemos tomar esta liberdade para dar vazão a algumas praticas que observamos nos dias atuais período que chamamos da graça (favor imerecido) de Deus:

Irmãos que chegam atrasados aos cultos sem um mínimo de constrangimento passeiam pela igreja em hora da oração e pregação da palavra de Deus que cremos ser através do Espírito Santo. Irmãos que na hora da mensagem quando Deus esta falando através da mensagem do pastor; estão brincando com o celular, contando piadas mundanas, lendo a bíblia sem dar atenção ao homem de Deus e sua pregação, alguns chegam ate a brincar com bolinhas de papel voltando ao jardim de infância e outras atitudes cheias de irreverências na presença de Deus. E eu nem vou falar das vestimentas; que muitos se achegam diante do Deus santo e eterno, sobre isso só tenho uma coisa a dizer para muitos “MISERICÓRDIA”. 

Meu irmão cuidado, pois podemos mudar a historia da mulher de fluxo sanguíneo para a historia de Uzá; sobre isso podemos não morrer humanamente falando, mas, podemos morrer espiritualmente, por causa de nossa irreverência. (Gálatas 6:7) - Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. “Deus te abençoe”...

HERÓIS DE MINHA INFÂNCIA – MEU HERÓI DE HOJE:


SUPER HOMEM: Mais rápido que uma bala. Mais forte que uma locomotiva Capaz de saltar sobre os prédios mais altos com um simples pulo. Olhem! Lá no céu! É um pássaro? É um avião? Não! É o Super-Homem! Sim, é o Super-Homem - estranho visitante de outro planeta, que veio a Terra, com poderes e habilidades muito superiores às de qualquer mortal - Super-Homem - pode mudar o curso do rio mais caudaloso, dobrar o aço com as mãos, ele que, na vida real é Clark Kent, um discreto repórter de um grande jornal de Metrópoles, trava uma batalha sem fim pela Verdade, pela Justiça e pela América.

NATIONAL KID: "Será nuvem, tempestade ou raio? Lutando pela paz do mundo... Levantando altas as duas mãos... Voando pelo cosmo o nosso herói... Oh! O seu nome é Kid!!! Hey! National Kid! Ele é o nosso herói, Kid!!! National Kid"...

HOMEM-ARANHA: Seu corpo é quimicamente alterado pela picada da aranha, fazendo com que Peter possa escalar paredes e tetos, emitir pelos punhos um fluido ultra resistente semelhante a uma teia de aranha e passa a ter um "sentido de aranha", que o avisa sempre que há perigo por perto, além de super força e visão ampliada. Inicialmente Peter pensa em usar seus novos poderes para ganhar dinheiro, adotando o nome de Homem-Aranha e se apresentando em lutas de exibição...

O INCRÍVEL HULK: O Hulk é o selvagem e poderoso alter-ego do Dr. Robert Bruce Banner, um cientista que foi atingido por raios gama enquanto salvava um adolescente durante o teste militar de uma bomba por ele desenvolvida. Este adolescente, Rick Jones, tornou-se companheiro de Banner, ajudando-o a manter o Hulk sob controle e mantê-lo longe dos ataques dos militares, que viam a criatura como uma ameaça. Ao invés de perecer pela radiação, o cientista foi condenado a uma vida compartilhada com o seu lado mais obscuro, o também chamado Golias verde. 

MEU SUPER HERÓI DE HOJE “JESUS CRISTO”:

Mas quando estava perdido e no fundo do poço ou doente em um hospital ou preso pelo meu grande inimigo as drogas somente um me salvou, e é verdadeiro. Jesus é o meu Super Herói, Que me conduz em vitória. Vive em meu coração. E não apenas em uma história. Jesus é o meu campeão! Que me ajuda a vencer o mal. Ele pra mim é um amigão, Jesus é genial! Jesus é sensacional. Jesus aquele que morreu na cruz para me salvar, e ressuscitou para me conduzir a vitória. Mais forte que a morte, mais poderoso do que o inferno.

Hei meus irmãos e amigos, quero apresentar o meu super herói que não está nos quadrinhos, que morreu ressuscitou, e vivo está assentado em um trono no céu a destra de Deus... Suas maiores vitórias; foi levado preso pelos soldados inimigos e levantado em uma cruz. Todo ferido foi pregado nesta cruz, depois de derramado todo o seu sangue morreu perdoando seus inimigos. Sepultado em uma tumba, mas no terceiro dia meu herói ressuscitou...



Foi levado ao hades (inferno) pelo seu ultimo e pior inimigo chamado “a morte”, ali no inferno havia uma festa todos achavam que tinha derrotado o meu super-herói... Mas de repente a porta do inferno se abriu subitamente e Jesus invadiu o terreno inimigo... Parecia que o diabo tinha vencido, Mas Jesus derrotou ao diabo e a morte e saiu da tumba, segurando as chaves da morte e do Hades e ressurgiu glorificado vitorioso. “(Apocalipse 1: 17) - E eu, quando vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último; (Apocalipse 1: 18) - E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno”.

CAMINHOS TORTUOSOS:

A bíblia fala de vários caminhos:

O caminho que leva a morte: “(Provérbios 14: 12) - Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte”.   O caminho que leva a vida: “(Salmos 37:5) - Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia nele, e ele o fará”. Mas hoje gostaria de falar dos caminhos tortuosos; chegando da marcha para Jesus deparei com uma terrível realidade, um trágico episodio um vizinho de muitos anos se suicida enforcando-se em uma corda...

Há caminhos que para o homem parecem bons mais o seu fim é a morte, os caminhos do sexo ilícito, o caminho do alcoolismo, o caminhos das drogas, que muitas vezes é um caminho sem volta... Passei por esse caminho ate que fui parado por uma overdose que me levou ao coma. Os caminhos tortuosos são caminhos inconstantes, que não te leva para lugar algum te faz ficar parado no tempo e aprisionado por um desequilíbrio, embriagado e confuso sem nada definido ou algo positivo... São amarras que te leva a ficar estagnado sem esperança e sem Deus no mundo... Seu deus (as drogas) é aquele que te mata e te leva a destruição, pois o guia deste caminho é aquele que veio matar e destruir...

Mas há uma esperança para aquele que esta caído, uma solução para teu problema. Um super herói que te salva da destruição, Jesus Cristo; Ele é o Caminho a Verdade e a vida... Quem segue Jesus não anda nas trevas da morte e do pecado, mas tem a luz da vida, pois a bíblia diz que Ele veio para endireitar os caminhos tortuosos (caminhos tortos). (Lucas 3:5) - Todo o vale se encherá, E se abaixará todo o monte e outeiro; E o que é tortuoso se endireitará, E os caminhos escabrosos se aplanarão;...

ENTREGA O TEU CAMINHO A JESUS E O MAIS ELE FARÁ NA SUA VIDA...

PAUS E PEDRAS:

Chegamos à modernidade! O homem mais bárbaro! Surge o hi tech tecnologia de ponta! O homem mais bárbaro! Vivemos na era dos computadores! O homem mais bárbaro! A época da cibernética! O homem mais bárbaro! Informática em evolução! O homem mais bárbaro! Metodologia moderna avançada! O homem mais bárbaro! A ciência tecnológica! O homem mais bárbaro! Expansão do conhecimento! O homem mais bárbaro...

Os retrocessos humanos, a desvalorização do homem de uma forma geral, surgem à pedofilia, mães jogam filhos nos lixões, Jovens fazem dos campos de futebol um campo de guerra e matam por causa de um time de futebol. A falência da família, a comercialização dos órgãos humanos que separado do corpo são mais valorizados. Pais aprisionam filhos em correntes, políticos que governam o mundo pelo voto do povo abandonam seus eleitores a viverem a sua própria sorte. Como diziam nossos pais espirituais “Jesus esta voltando”.

Assim dizia Albert Einstein Não sei com que armas a III Guerra Mundial será lutada. Mas a IV Guerra Mundial será lutada com paus e pedras. A evolução humana sem Deus entra em sua decadência, caminha para a grande estupidez e deterioração, que em queda vertiginosa e com passos largos para sua própria ruína...

MINHA HISTORIA COM OS BEE GEES:

Os meus 15 anos época do florescimento da vida e também da então chamada admissão, que era a passagem do antigo primário para o ginásio. Neste tempo maravilhoso por sinal, minha vida foi embalada pela musica do Bee gees “I Started a Joke” (historia de Joke), e como todo jovem do meu tempo que ouviam uma musica em inglês gostava, tentavam cantar sem saber o que a musica dizia.  Nesta época estava vivendo os primeiros anos do chamado movimento psicodélico que em sua tradução mais fácil e em sua pratica significava; “fazer a alma brilhar”...

Até ai tudo bem se esta alma para brilhar precisava de drogas na veia e cheirada pelo nariz misturada a musica (psique-transe). Nesta época cheirava tudo que colocava em meu nariz, cola de sapateiro no inicio da tarde na sapataria de um amigo, acetona das primeiras namoradas o éter na casa do baianinho antes de ir para o colégio, éter conseguido e escondido no armário de uma enfermeira de quase 60 anos, tempo do inicio de minha precoce sexualidade. Foi nessa época que experimentei uma das drogas que me levou ao coma em uma overdose o LSD (ácido lisérgico), a bolinha como era chamada, drogas psicoativas como fonte de prazer.

A historia de joke conta a vida de um jovem que vivia como um antagônico do mundo, vivendo uma realidade oposta e cheia de divergência da verdadeira vida. Achando que a vida é uma piada que o fazia chorar enquanto o mundo ria dele. Um jovem que olhava para o céu, mas tinha sua visão obscurecida pelo desconhecimento, um jovem que tentava ser feliz buscando em lugares errados. Um jovem que buscava a felicidade em caminhos que levavam a morte.

Ate que um dia conheci encontrei alguém que me ensinou o verdadeiro sentido da vida e apontou qual a direção a seguir. E neste encontro achei luz na escuridão do meu túnel e me tornei uma nova criatura....  

LETRA: I Started A Joke. I started a joke. Which started the whole world crying. But I didn't see. That the joke was on me. I started to cry. Which started the whole world laughing. Oh if I'd only seen. That the joke was on me. I looked at the skies. Running my hands over my eyes. And I fell out of bed. Hurting my head from things that I said. 'Till I finally died. Which started the whole world living. Oh if I'd only seen that the joke was on me. I looked at the skies. Running my hands. Over my eyes. And I fell out of bed. Hurting my head from things that I said. 'Till I finally died. Which started the whole world living. Oh if I'd only seen that the joke was on me. Oh no! that the joke was on me. Oh...

TRADUÇÃO: Eu Comecei Uma Piada. Eu comecei uma piada. Que fez o mundo inteiro chorar. Mas eu não vi. Que a piada era sobre mim. Eu comecei a chorar. O que fez o mundo inteiro rir. Oh, se eu apenas tivesse visto. Que a piada era sobre mim... Eu olhei para o céu. Passando as mãos sobre meus olhos. E eu caí da cama. Ferindo a cabeça com coisas que eu disse. Até que eu finalmente morri, o que fez o mundo inteiro viver. Oh, se eu apenas tivesse visto que a piada era sobre mim... Eu olhei para o céu. Passando as mãos. Sobre meus olhos. E eu caí da cama. Ferindo a cabeça com coisas que eu disse. Até que eu finalmente morri, O que fez o mundo inteiro viver. Oh, se eu apenas tivesse visto que a piada era sobre mim... Oh não! Que a piada era sobre mim... Oooh...

MEU COLCHÃO DE PALHA:

Sou filho com muito orgulho de um casal que viveu grande parte de sua vida na roça, meu pai era o que chamavam de candeeiro (Pessoa que vai a frente da boiada ou carro de boi levando uma candeia para iluminar o caminho) de boi e seguia como guia a frente da boiada na difícil arte de conduzi-los, minha mãe era o que chamavam de apanhadores de café que era um serviço sazonal nas colheitas de café desde sua remota infância, não tinha bonecas e sim o trabalho duro da mulher do campo e que trabalhava nos roçados....

Meu pai é originário de um arraial chamado boa Vista onde viveu sua infância lidando com os animais fazendo o duro trabalho de peão e candeeiro, minha mãe originaria de um arraial de negros possivelmente um antigo quilombo, pois ficava em um lugar escondido e de difícil acesso chamado Botafogo onde lidava com a dureza do campo, os dois lugares ficam hoje próximo a uma cidade mineira chamado Tabuleiro, cujo cemitério abriga os restos mortais de minha irmã de criação Geni que amava muito e foi um grande sofrimento ao saber de sua morte prematura aos 23 anos de idade...

No dia do meu nascimento em uma época que era difícil sobrevivência infantil, ao nascer meu primeiro presente foi um pequeno colchão de palha de milho de origem caseira onde minha mãe confeccionou com barbantes e panos de saco de linhagem de fibras de juta que eram usados para armazenar os grãos do milho, como não tinha cama colocaram dois cavaletes de madeiras rusticas e em cima do rustico artefato colocou uma porta velha de madeira pequena onde abrigou meu pequeno e saudoso colchão de palha de milho. Neste berço de cavalete e uma porta velha simples e humilde desenvolveram meus primeiros sonhos de uma vida melhor, tenho o costume de dizer o que a vida me deu hoje é muito mais do que recebi ao nascer; um pequeno e rustico colchão de palha. Seja fiel no pouco e sobre muito Deus te colocara Mateus 25:21...

A FELICIDADE ESTA NA SIMPLICIDADE:

“Eu queria ter na vida simplesmente; um quintal de mato verde pra plantar e pra colher, ter uma casinha branca de varanda, um quintal e uma janela só pra ver o sol nascer”... Nosso maior desafio na vida é buscar as coisas simples, Isso não quer dizer que não devemos ocultar nossa sabedoria ou conhecimento, nem se achar inferior aos outros. Mas devemos buscar as coisas grandes de Deus que certamente estão nas coisas simples, que cumprem seus propósitos na vida... Quantos homens bons que perderam a direção buscando a sofisticação que aliada à soberba eleva a patamares tão alto que depois não se sabe mais como descer ou voltar...

Buscar a simplicidade é buscar viver como Jesus que embora sendo rico viveu uma vida simples e no meio dos simples.... Deus te convida a viver sua simplicidade que não esta no que temos, mas sim no que somos ou buscamos ser. Quem cultiva e semeia a simplicidade, não espera honra nem reconhecimento pelo que faz ou pelo que é. Trabalharam-se é pelo prazer de sentir útil ao próximo, se praticamos o bem deve ser pelo amor ao nosso semelhante. Vivemos pela graça e misericórdia de Deus e juntos com “Ele” devemos fazer a obra através da simplicidade, pois nosso maior exemplo “Jesus” foi um homem simples... Maurílio Souza; um homem simples, nascido em uma casa de pau a pique e de chão batido na fazenda da Tapera Alta!!!

NO JARDIM DA MINHA VIDA:

De repente não mais que de repente, uma flor linda do meu jardim morre. Mas ao morrer ela me deixa uma pequena e frágil semente. Que de repente não mais que de repente esta semente morre. E nasce um arbusto forte imponente que começa a brotar uma flor. Esta flor abre para o mundo exalando um perfume suave de vida. Neste momento vejo que devo prosseguir, pois no jardim da minha vida...

A vida continua restando saudade e esperança que no jardim do céu. As flores perdidas se reencontraram no jardim do Senhor. Onde neste jardim as flores cantam exalando um perfume celestial. Onde as plantas e flores não morrem vivendo eternamente. Nos jardins de multicores com vários perfumes em um som uníssono de paz...

MEU PAI SOBREVIVEU AO HOLOCAUSTO BRASILEIRO:

10 longos anos internado no holocausto brasileiro!!!
 



Podemos dizer que quando nasci foi como um alento na família Souza, pois meu pai recém-saído do hospital de Barbacena onde viveu por muitos anos (10 anos) em um lugar chamado como a; Sucursal do inferno, depósito de lixo humano, porão da loucura. As expressões são usadas para tentar definir o Hospício de Barbacena, conhecido como Colônia, e dão a dimensão da barbárie cometida no maior sanatório do Brasil, do início do século XX até os anos 80. As crueldades relatadas no livro Holocausto Brasileiro (Geração Editorial, 39,90 reais), porém, vão além...

Lembro quando criança eu cresci mediante ao grande silencio na família que procurava esconder e não comentar as barbaridades vividas pelo meu pai José Oswaldo de Souza conhecido como major um homem tranquilo amoroso e com momentos de mudanças de comportamento, entre a calmaria de espirito com uma sanidade cruel, meu pai tinha um que hoje eu defino como excesso de proteção aos filhos onde ele entrava no quarto com meus irmãos e não deixava ninguém entrar com um extinto de proteção quase a beira de uma loucura...

MEU PAI SOBREVIVEU AO HOLOCAUSTO BRASILEIRO:

Minha irmã Zélia contava algumas lembranças do dia que pegaram meu pai amarraram como se fosse um animal e levaram para o hospital conhecido por suas barbaridades; Vivendo por longos 10 anos as torturas aos experimentos de drogas que eram testadas nos pacientes, você me pergunta como em um índice de mortes tão grande seu pai saiu de lá vivo e apto para novamente viver na sociedade? Como apesar das terríveis lembranças não reveladas no silencio de um olhar triste e meigo? Um pai amoroso, trabalhador que me cercou de carinho como sobreviveu do chamado holocausto brasileiro? Eu te respondo um milagre que me trouxe a existência onde Deus em sua infinita bondade me deu como presente o melhor pai do mundo....

Relato de alguns fatos do hospital de loucos da cidade de Barbacena; A obra da jornalista mineira Daniela Arbex, que acaba de chegar às livrarias, conta assombrosas histórias de pessoas que morreram ali - foram cerca de 60000 ao longo de oito décadas, segundo o governo estadual, com base nos registros do hospital - ou que sobreviveram em condições desumanas. Inaugurado em 1903, o Colônia foi o primeiro hospício de Minas Gerais, instalado no município a 169 quilômetros da capital, na Serra da Mantiqueira....

Seu funcionamento, no entanto, se assemelhava mais ao de um campo de concentração. Na década de 30, o hospital abrigava 25 vezes mais internos que sua capacidade permitia. Para driblar a superlotação, a direção substituiu camas por capim, que ocupava menos espaço. Por falta de roupas, muitas pessoas circulavam nuas. A comida era escassa e da pior qualidade. Os filhos das internas eram entregues, sem autorização, para adoção por outras famílias. Durante a década de 70, os corpos dos mortos eram vendidos às faculdades de medicina do estado...

“Deus te abençoe e te livre das barbaridades humanas”

OBS: Meu pai viveu entre as sanidades em meio às barbaridades e holocausto e tristezas no porão dos loucos por cerca de; 3650 dias longe da família, jogado e abandonado pela sociedade sofrendo as barbáries e insanidades humanas...

FOTO DENUNCIA:



NESTA ESTAÇÃO MEU PAI A MAIS DE 60 ANOS ATRÁS DESEMBARCOU NO CHAMADO TREM DE DOIDO, PARA O LUGAR CHAMADO HOJE PELO NOME DE HOLOCAUSTO BRASILEIRO COM MAIS DE SESSENTA MIL MORTOS ESQUECIDOS POR TODOS INCLUSIVE ALGUNS QUE FORAM EXCLUÍDOS NA MEMÓRIA DE SEUS PARENTES...

ALGUNS RELATOS:

ESCULTORA FRANCESA CAMILLE CLAUDEL

Em 1913, a escultora francesa Camille Claudel, 49 anos, foi internada em um manicômio por sua família após uma crise na qual quebrou suas obras.

Camille foi diagnosticada com paranoia, apresentava delírios nos quais sentia-se perseguida, achava que seu ex-amante, o escultor Auguste Rodin, roubaria suas esculturas e tinha pensamentos suicidas.

A escultora passou por dois manicômios nos últimos 30 anos de sua vida e somente “libertou-se” do cárcere aos 78 anos, quando, ainda interna, morreu de fome, em 1943, como aconteceu com muitos pacientes por causa da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Assim como a escultora francesa Camile Claudel 60.000 morreram no Brasil no lugar chamado holocausto brasileiro, morreram inclusive alguns de fome...

RELATO CABO ANTONIO:

Antônio Gomes da Silva, atualmente com sessenta e oito anos, um dos sobreviventes do hospital. - Ele conta;

Recordava-se sempre do início das sessões, quando era segurado pelas mãos e pelos pés para que fosse amarrado ao leito. Os gritos de medo eram calados pela borracha colocada à força entre os lábios, única maneira de garantir que não tivesse a língua cortada durante as descargas elétricas.

O que acontecia após o choque Cabo não sabia. Perdia a consciência, quando o castigo lhe era aplicado. O colega Antônio da Silva, o Toninho, lembra bem o que acontecia depois que o aparelho era ligado.

Ele via os companheiros estrebucharem quase como se os olhos saltassem da face.

DE QUEM É A CULPA OU QUEM VAI PAGAR POR ESTE HORROR:




As mortes aconteciam por fome, frio, doenças e até por eletrochoques. A alimentação era precária. O aspecto da comida era tão repugnante que o psiquiatra e psicanalista Francisco Paes Barreto ao conhecer o hospital em 1965, quando faria uma pesquisa,  perguntou ao cozinheiro:

“Ué! Vocês criam porcos aqui?” “Não. Isso aqui é a comida dos pacientes”. Por causa da fome os pacientes comiam ratos e bebiam água do esgoto, que ficava aberto no pátio do hospital, e urina. As crianças internas bebiam leite até vomitarem, no dia que este era servido.

O Colônia também lucrava com a venda de cadáveres para os cursos de Medicina. Entre 1969 e 1980 foram vendidos 1.823 corpos, sem autorização dos familiares das vítimas....

http://www.academia.edu/5835399/Daniela_Arbex_-_Holocausto_Brasileiro_Vida_Genocidio_e_60_Mil_Mortes_no_Maior_Hosp%C3%ADcio_do_Brasil

Pr Maurílio Souza

MEU PAI SOBREVIVEU AO HOLOCAUSTO BRASILEIRO:

10 longos anos internado no holocausto brasileiro!!!

O RESGATE DE UMA HISTORIA: QUEM VAI PAGAR POR ISTO, PELO SOFRIMENTO DE MEU PAI, MINHA MÃE E MEUS IRMÃOS?

TREM DE DOIDO: Parte do livro de minha vida que conta a historia de meu pai José Oswaldo de Souza, o Major que viveu por longos dez anos em um lugar chamado a sucursal do inferno ou porão da loucura, que transformou uma síndrome simples em um tormento sem fim. Momentos da minha historia que transformou meu pai um pacato trabalhador que gostava de criar animais em um louco encarcerado e sendo tratado de maneira sortida, com experimentos de remédios que trouxe a morte a muitos e torturas com choques elétricos a um homem que o único crime era ser trabalhador e honesto e pai de família exemplar...

Um ano antes de meu nascimento todo aquele sofrimento estava para acabar, uma injeção proposta por um dos médicos caríssima onde minha mãe uma humilde mulher que vivia e criava os filhos com as roupas que lavava, que deu a luz a doze filhos e criou uma sobrinha, minha querida irmã de criação Geni que eu amava muito (falecida em acidente de carro aos 23 anos) aonde dos doze filhos somente seis chegou a sobreviver...

Dona Nivalda uma descendente indígena pobre que era na roça colhedora de café, humilhou-se pedindo a ajuda financeira a familiares e amigos para pagar aquele experimento que poderia por certo trazer o óbito ao meu querido e amoroso pai, que naquele momento recebeu alta sobrevivendo agora em casa a uma vida semi-normal entre lucidez e devaneios...

Atendendo há muitos pedidos de amigos e irmãos sobre o caso do manicômio de Barbacena, onde parte de um livro com o titulo de “holocausto brasileiro”,  parte deste livro da autora Daniela Arbex...

Neste livro-reportagem fundamental, a premiada jornalista Daniela Arbex resgata do esquecimento um dos capítulos mais macabros da nossa história: a barbárie e a desumanidade praticadas, durante a maior parte do século XX, no maior hospício do Brasil, conhecido por Colônia, situado na cidade mineira de Barbacena. Vou falar sobre o famigerado “trem de doido”...

TREM DE DOIDO: Sem qualquer critério para internação, os deserdados sociais chegavam a Barbacena de trem, vindos de vários cantos do país. Eles abarrotavam os vagões de carga de maneira idêntica aos judeus levados, durante a Segunda Guerra, para os campos de concentração nazista de Auschwitz, na Polônia. Os considerados loucos desembarcavam nos fundos do hospital, onde os guarda-freios desconectava o último vagão, que ficou conhecido como “trem de doido” (nos anos 40 em um destes vagões estava meu pai José Oswaldo de Souza conhecido com Major).

A expressão, incorporada ao vocabulário dos mineiros, hoje define algo positivo, mas, na época, marcava o início de uma viagem sem volta ao inferno. Wellerson Durães de Alkmim, 59 anos, membro da Escola Brasileira de Psicanálise e da Associação Mundial de Psicanálise, jamais esqueceu o primeiro dia em que pisou no hospital em 1975. “Eu era estudante do Hospital de Neuropsiquiatria Infantil, em Belo Horizonte, quando fui fazer uma visita à Colônia ‘Zoológica’ de Barbacena.

Tinha 23 anos e foi um grande choque encontrar, no meio daquelas pessoas, uma menina de 12 anos atendida no Hospital de Neuropsiquiatria Infantil. Ela estava lá numa cela, e o que me separava dela não eram somente grades. O frio daquele maio cortava sua pele sem agasalho. A metáfora que tenho sobre aquele dia é daqueles ônibus escolares que foram fazer uma visita ao zoológico, só que não era tão divertido, e nem a gente era tão criança assim. Fiquei muito impactado e, na volta, chorei diante do que vi.” - 

Leia a matéria completa em: Holocausto brasileiro: 50 anos sem punição (Hospital Colonia) Barbacena-MG - Geledés
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QUEM VAI PAGAR PELA BARBÁRIE?

A cidade de Barbacena ignorou isso por muito tempo, ate tentou apagar esta historia triste de sofrimentos, mortes e torturas, mas o certo é que se faturou muito dinheiro com a indústria da morte.

Hoje se criou o museu da loucura, mas vive fechado para reforma, agora pergunto, reforma? Ou para encobrir uma historia de assassinatos por encomendas? Pois se alguém quisesse ficar livre de uma pessoa sem escrúpulo nenhum eram enviados no chamado trem de doido (que hoje entre os mineiros, esta verdade triste de sofrimentos de famílias virou motivos de piada de botequim) e esta pessoa de lá não mais saia, pois aquela viagem era sem volta...

Reformar o que? Não se reforma uma historia de vida ceifada da sociedade, de quem é a culpa? Quem vai pagar por isto? Por Maurílio Souza...

Holocausto brasileiro: 60 mil morreram em manicômio de Minas Gerais: Hospital Colônia de Barbacena. Crédito: Geração Editorial/divulgação. Foram pelo menos 60 mil mortes no hospício, onde apenas 30% dos “pacientes” tinha diagnóstico de doença mental.

A maioria dos internos fazia parte de minorias excluídas do convívio social, como epiléticos, mendigos, alcoólatras, homossexuais, prostitutas, meninas grávidas violentadas ou que perderam a virgindade antes do casamento. A instituição foi criada em 1903 com 200 leitos, e alcançou a marca de cinco mil pacientes na década de 1960...
NOTA: O hospital foi construído na antiga fazenda da caveira, que pertencia ao conhecido na historia brasileira como o delator dos inconfidentes; Joaquim Silvério dos Reis; como vemos por isto que começou bem o campo de concentração no Brasil. Em memoria de meu pai José Oswaldo de Souza o 'MAJOR'...

Muitas pessoas pensam que tudo isto são fantasias e imaginações, vivem em seus jardins floridos que não imaginam e se esquecem que nos jardins floridos da vida tem espinhos e estrumes, sujeiras e sofrimentos, e animais peçonhentos transvestidos de jardineiros, por: Maurílio Souza; filho do homem que tinha o apelido de Major...

HOLOCAUSTO BRASILEIRO:
(Em memoria de meu pai)

CAPITULO OS DESERDADOS SOCIAIS: Depois e muitos pedidos quero repassar mais uma triste historia da colônia de Barbacena também chamado de holocausto Brasileiro, lugar onde meu pai sobreviveu 10 anos, saindo do pavilhão chamado porão do inferno em 1954, em 1955 um ano depois eu nasci sendo criado e educado pelo melhor pai do mundo José Oswaldo de Souza “o Major”.....

O TREM DE DOIDO: A estação Bia Fortes era a última parada dos deserdados sociais. Vinha no denominado “trem de doido”. Assemelhavam-se aos judeus levados, na Segunda Guerra Mundial, para os campos de concentração. Ao entrarem no “trem de louco”, os passageiros tinham a humanidade confiscada.

PRIMEIRO CONSTRANGIMENTO: Ao desembarcarem no manicômio eram separados por sexo e desprovidos de suas roupas. Esse era o primeiro constrangimento. Depois passavam por um banho coletivo e recebiam o uniforme. Depois, eram separados por pavilhões de acordo com as suas características e capacidade de trabalho.

REBATIZAMENTOS: Sem documentos, eram rebatizados pelos funcionários.  O tratamento não era especializado e havia poucos psiquiatras trabalhando. Postos de trabalho eram trocados por votos dados aos coronéis de Barbacena. O hospital era um grande curral eleitoral.

HISTORIA DE GERALDA: Umas das mais tristes historia deste capitulo trágico de uma era de trevas no Brasil, em um lugar onde os  Hitlerianos; “discípulos de Hitler” faziam suas vitimas. Pr Maurílio Souza... Geralda Siqueira Santiago Pereira, sessenta e dois anos. Aos quinze anos, ela deu à luz João dentro do hospital Colônia de Barbacena. Interná-la foi a alternativa encontrada pelo patrão que a estuprara e não queria assumir o filho.

Depois do estupro, logo a gravidez foi descoberta e familiares do patrão começaram a articular uma saída. A mais fácil foi mandar a gestante para longe, para um local de onde não pudesse mais sair. Foi levada ao holocausto por duas freiras amigas da família. Na entrada do seu pavilhão já deparou com mulheres nuas pisando descalças no chão coberto de fezes. Este era o seu novo “lar”.

No primeiro dia, mesmo grávida, tomou um eletrochoque para “amansar”. João Bosco nasceu em 21 de outubro de 1966. Dois anos depois, Geralda recebeu alta, mas não pôde levar a criança.

Aqui termino meu relato de uma mancha histórica Brasileira, onde se falava do holocausto dos alemães e ignorava fatos que geraram sofrimentos e tristezas de violência com feridas nas almas que não se sarava. Ate hoje por varias vezes via meu pai com os olhos brilhando de terror na pequena frase “HOSPITAL”, meu pai era mais um na terrível viagem sem volta do: TREM DE DOIDO!!! Maurílio Souza...

A VELHA SANFONA DE OITO BAIXAS:

Esta vendo aquele homem? Com um olhar triste fixado no horizonte com os lombos encurvados pelo cansaço da vida e lida, andar lento com passos arrastados de quem já sofreu e trabalhou incessantemente pelo pão de cada dia. Uma voz de taquara rachada, embaçada e rouca que tanto me ensinou o caminho certo a seguir, tantas historias contadas aos longos dos anos onde eu deitava em seu colo com um olhar feliz e deslumbrado com suas estórias de reis e príncipes...

Agora ele pega a velha sanfona e toca divinamente naquele pequeno e surrado instrumento a velha de oito baixas que expressa às tristezas e amarguras do velho Jeca, sua musica preferida chamava-se saudade do matão e o som com harmonia e graça enchia todo o nosso quarto, meu olhar de orgulho e admiração mirava naquele rosto cheio de rugas que escrevia em seu rosto uma vida de lutas e sofrimento, agora o velho sanfoneiro com seus olhos rasos d’água tocava as teclas pequenas do instrumento para contar suas magoas e saudades...

Aquele homem valoroso de mãos calejadas pelo duro trabalho da lida pegava nas horas de folga os velhos guardas chuvas dos vizinhos para consertar e reformar costurando seus panos (tecidos) com aquela calma que lhe era peculiar, trocava as varetas, reformava os cabos, trocava os gatilhos e as ponteiras (quando estouram). De repente não mais que de repente ajeitava o seu velho chapéu de couro dos tempos que candeava boi pelas estradas empoeiradas da roça, meu pai saia para o velho carteado com os amigos...

Sentado ao entardecer ao lado do portão de madeiras a sombra da grande trepadeira com seu sombreado, rosto ansioso os olhos de criança voltados para a entrada da rua chamada do meio da fazenda Tapera Alta, de repente surgia aquele homem cansado de mais um dia de labuta carregando seus baldes cheirando a leite, corria com aquelas pernas pequenas ao encontro daqueles braços entre sorrisos de alegria estendia minha pequenina mão e na mesma hora recebia uma pequena moeda trocada por doces e balas. O velho homem estava de volta ao lar...

À noite aquele velho homem ligava seu radio antigo que logo soava o seus sons de violas e cânticos sertanejos embalando a harmonia da família o velho lampião de querosene era aceso com o peculiar isqueiro de pedra que soltava sua fumaça preta enchendo o cômodo de chão batido com aquele cheiro de óleo. O silencio enchia a casa começava a radionovela que todos amavam e ao som sonoro do velho radio contava a estória do Jeronimo o herói do sertão que contava as lutas contra o crime do valente sertanejo e seu amigo o fiel Saci. Quando terminava o dia a luz do velho lampião era soprada e a escuridão tomava conta do velho casebre de pau a pique...

Esta vendo aquele velho homem sanfoneiro com sua velha sanfona de oito baixas na mão? Este homem era meu pai, por: Maurílio Souza...

LETRA DA MUSICA SAUDADES DE MATÃO; TONICO E TINOCO:

Neste mundo eu choro a dor, Por uma paixão sem fim. Ninguém conhece a razão. Porque eu choro num mundo assim. Quando lá no céu surgir. Uma peregrina flor. Pois todos devem saber. Que a sorte me tirou foi uma grande dor. Lá no céu, junto a Deus. Em silêncio a minha alma descansa. E na terra, todos cantam. Eu lamento minha desventura desta pobre dor. Ninguém me diz; Que sofreu tanto assim...

Esta dor que me consome. Não posso viver. Quero morrer. Vou partir pra bem longe daqui. Já que a sorte não quis. Me fazer feliz. Quando lá no céu surgir. Uma peregrina flor. Pois todos devem saber. Que a sorte me tirou foi uma grande dor.

Quando meu pai tocava e cantava esta musica lembrava da perda de minha vó falecida...


VIDAS EFÊMERAS:

Quero fazer uma comparação bíblica a respeito do homem e sua vida, ela diz que o homem é como a erva do campo e toda sua gloria, força e beleza é como a flor da erva. Este homem vai crescendo lentamente sem parar, e Deus compara o homem como uma erva por causa de sua fragilidade é o lado efêmero (transitório – passageiro) de tudo isso que nos leva a pensar na vida. As ervas do campo devem trazer a nossa memória que tudo passa. O lado frágil da natureza humana...
Nós devemos viver nossas vidas lembrando sempre desta lição da erva do campo, não podemos viver como se tudo isso vai durar para sempre e observar que a vida é feita de fases e que tudo passa e muito rápido. Lembro-me parece que foi ontem eu brincando como criança, correndo como adolescente, aprendendo como jovem, buscando praticar como adulto e chegando a minha chamada terceira idade. Olha meus amigos tudo passa e sempre estarão sofrendo mudanças...

A chamada flor da erva traz a memória a também efêmera gloria do homem. Ai esta o que muitas vezes nos levam as vaidades da vida, a força, beleza e juventude que o homem busca e muitas vezes se agarram freneticamente sem querer largar. Este período se torna a guerra em busca do reconhecimento onde o mais e nunca o menos, o maior e nunca o menor, uma busca por elogios daquilo que amanhã se tornara apenas uma recordação no porta retrato, daquilo que foi e já não é mais...

Que momento perigoso da vida onde nossas escolhas podem trazer consequência ou recompensas, neste momento da vida nos sentimos como super heróis sem saber que somos apenas humanos como pedras e barros, buscando o pódio da vida ou o mais alto monte escorregaram em uma realidade simples e imutável; o homem é como a erva do campo e toda sua gloria, força e beleza é como a flor da erva...

QUANDO DEUS ME CHAMAR:

Um dia ensolarado ouço Deus me chamar, conheço sua voz, mas não entendo suas palavras que ecoam em minha volta, uma estrada se abre a minha frente e uma voz meiga e suave aconselha-me a prosseguir. Indeciso, caminho sem entendimentos dos fatos vejo; um lugar como um paraíso, arvoredos me cercam, flores se estendem como um tapete natural a margem deste caminho estreito, neste momento ouço vozes que com intensidade enche minha caminhada de um som pleno em vozes uníssonas e instrumentos bem afinados...

Algo como uma carruagem é colocada a minha frente com seus cavalos brancos como a neve sem manchas e ferraduras, alguém me convida a entrar vejo seu corpo, mas seu rosto, cega momentaneamente minha visão...

Olho para traz e não vejo nada é como que aquilo que ficou caiu no esquecimento, só tem agora a minha frente esperança em meu caminhar, em todos os passos e momentos fardos e grilhões se desprendem de mim e vejo caindo no chão, algemas e cordas dando-me a sensação de liberdade. Algo maravilhoso e perfeito estava sendo proposto...

O que esta acontecendo ainda não sei, mas a segurança da voz que me chama e o ambiente enche de paz a minha alma antes sofrida agora descansa em uma alegria incontida, sinto que estou deixando lodebar e caminhando para minha mansão de onde nunca mais sairei. Agora eu entendo suas palavras e atendo o teu chamar...

UNKNOWN (DESCONHECIDO):

Andar na escuridão é caminhar para o desconhecido em uma negritude que com passos largos nos levam aos abismos da vida. Por isso precisamos que se acenda uma luz na escuridão de nossos caminhos, Jesus é uma luz intensa que brilha em nossas escuridões mostrando-nos o verdadeiro caminho que leva ate Deus...

Não deixa aquilo que é desconhecido tomar conta de nossas vãs decisões saiba que existe a palavra de Deus que se torna uma lâmpada para nossos pés (fala do presente) e luz para nossos caminhos (fala do futuro) ande por ela e com isso andara nas verdades e decisões de Deus para você...

A escuridão te leva ao abismo sem fim, lugar de tristezas, amarguras e sofrimentos, lembrem-se existe um Deus que enviou seu único filho para que todos que o aceitassem não andariam mais nas trevas, mas teria a luz da vida. Caminhe por Ele Pois este é o caminho a verdade e a vida, em Jesus não há escuridão somente luz, um farol tão forte que dissipa todas as trevas de sua vida... 

Paz, felicidade, plenitude de uma vida abundante Deus tem para nós e diga ao seu coração assim; Unknown (desconhecido) nunca mais na minha vida. Conhecer a Deus gera vida o desconhecimento traz a morte para nossos pés, portanto ande no conhecimento de Deus isto gera poder como antagônico a falta de conhecimento gera fracasso...

ANDE NA SABEDORIA DE DEUS E NUNCA ESQUEÇA QUE; “SABEDORIA É O PODER DO CONHECIMENTO”...

JESUS A ONDA PERFEITA:

E eu quero ir à praia do mar mais azul... E encontrar um surfista local e ouvi-lo... Falar das grandes ondas que já bateram Naquela costa e me aproximar dele E com alegria citar-lhe os versículos 3 e 4 do 93° Salmo, "Os rios levantam, ó Senhor, os rios levantam o seu ruído, os rios levantam as suas ondas. Mas o Senhor nas alturas é mais poderoso do que o ruído das grandes águas e do que as grandes ondas do mar."

E com eufórico amor contar-lhe a maior Boa-nova, a história da Grande Onda Que um dia bateu neste planeta - Jesus - A Tsunami Reversa, pois de águas vivas, Que veio afogar a morte e o inferno... E dir-lhe-ei ainda que o azul que amamos Será amplificado, pois este mesmo Jesus subiu ao céu e está a nos preparar um melhor azul onde habitar, um inaudito e indiviso novo tom, cor jamais vista ou surfada:

O Azul-mais-que-perfeito. E escreverei na maior das pedras daquela praia, para todos aqueles que a buscam (a ela, a onda, mas sem saber o buscam), Para que o sábio e o símplice entendam: Não bata cabeça noutras praias: Jesus é a onda perfeita! (Salmos 37:4) - Deleita-te também no SENHOR, e te concederá os desejos do teu coração. (Salmos 34:8) - Provai, e vede que o SENHOR é bom; bem-aventurado o homem que nele confia.

PERDAS, PERDAS:

Perdas, perdas, que dói a alma e machuca o coração. Perdas, perdas que trazem lagrimas que nunca se perdem. Perdas, perdas dor de sentimentos traídos e danos sofridos. Perdas, perdas rancores deixados em espasmos de contratempos. Perdas, perdas rostos apagados revividos em fotos sem vidas.

Perdas, perdas  como restaurar como apagar da memoria os que se foram. Perdas, perdas danos de almas entregues e prostradas. Perdas, perdas momentos sem paz sem descanso em busca de consolo. Perdas, perdas ao longo dos tempos deixados sem alento. Perdas, perdas que serão ganhos ao soar da trombeta.

Perdas, perdas agora esquecida no reencontro da vida. Perdas, perdas lagrimas enxugadas dor apagada. Perdas, perdas que são ganhos eternos na presença do príncipe da paz. Perdas, perdas na alegria no encontrar de novo. Perdas, perdas momentos eternos em um lugar sem perdas, perdas...

A IGREJA PERFEITA:

Vejo muitos irmãos procurando a igreja perfeita, fazendo com que seja muito grande o chamado êxodo cristão, todos buscando o pastor perfeito, os irmãos perfeitos, a mensagem perfeita, a localização perfeita e com isso não criam raízes e muitos nesta busca morrem por falta de um relacionamento imperfeito mais sadio e comunhão. O exemplo desta busca da perfeição me fez lembrar da historia do homem que saiu pelo mundo à procura da mulher perfeita. 

Passou um tempo nesta busca, ate que voltou a sua antiga aldeia e cruzou um amigo que perguntou: Encontrou a mulher perfeita em suas andanças? - ele respondeu: Ao sul, encontrei uma mulher linda. Seus olhos pareciam esmeraldas, seus cabelos cor da graúna, seu corpo lindo como uma deusa. O amigo, entusiasmado, diz: Onde está sua esposa? - Infelizmente, ela não era perfeita, porque era pobre.

Fui para o norte e encontrei uma mulher que era a mais rica da região. O amigo: E aí? Casou com ela? O homem: Não. O problema é que nunca vi criatura mais feia em toda a minha vida... Mas, felizmente, no sudeste, encontrei uma mulher perfeita. Era linda de ofuscar os olhos e ainda por cima tinha dinheiro, contou o homem. Então, você se casou com ela, não é amigo? - Não, porque, infelizmente, ela também procurava o homem perfeito.

Olha meu irmão o que diz o apostolo Paulo; Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Fp. 3:12-14). Portanto meu irmão não busque a igreja perfeita busca a sua perfeição como filho de Deus, e quando Ele vier se te encontrar buscando a sua perfeição Jesus vai ver você como perfeito...

SIMPLESMENTE DOMINGO:

Domingo dia de descanso dos cristãos. Domingo dia de glorias a Deus. Domingo dia de visitar a família. Domingo dia de louvar a Deus no seu santuário. Domingo dia de comida especial da mamãe. Domingo dia de futebol a arte da bola. Domingo dia de glorificar a Deus de maneira especial. Domingo primeiro ou ultimo dia da semana...

Domingo nele Deus descansou depois de sua criação. Domingo dia de culto na congregação dos santos. Domingo dia de viajar a passeio refrescar a mente. Domingo dia de deitar na relva e curtir o sol. Domingo dia de piquenique no parque com os amigos. Domingo dia de ir na igreja em um sacrifício agradável. Domingo a coroa dos dias, pois nele Deus descansou. Domingo ensolarado dia de pisar nas areias quentes da praia...

Domingo de chuva e céu sem estrelas. Domingo dia do Senhor, dia de consagração e bênçãos. Parafraseando Mario Quintana; “No céu é sempre domingo. E a gente não tem outra coisa a fazer senão ouvir as glorias celestiais, andar nas ruas de ouro, beber das águas do rio da vida, passear nos jardins de flores cantantes e pisar nos diamantes das águas claras. E lá é muito melhor que aqui, pois se trata dos remidos e salvos pela cruz de todas as épocas do mundo adorando ao Criador”...

SAUDADES DOS MEUS:

Saudades, palavra triste quando se perdeu os que amavam que partiram sem se despedir deixando um enorme vazio no meu coração... Saudades da velha palhoça em que me deitava no velho colchão de palha ouvindo as conversas de minha amada e saudosa mãezinha, saudades da minha avó que andava encurvada com suas pernas cansadas e frágeis com o olhar dos seus olhos do mais limpo e puro azul, saudades de nossa casa de pau a pique com luz de querosene, com seu velho radio que fazia a trilha sonora do nosso lar entre Emilinhas e marlenes velhas cantoras de radio e canções sertanejas do Tonico e Tinoco....

Hoje me sinto meio sozinho procurando rostos esquecidos pelo passar do tempo, saudades palavra triste de quem perdeu os seus amados e muitos dizem que o tempo cura, mas não vejo minha sanidade quando se trata das lembranças que não conseguem ser apagadas da mente deste velho matuto que não se envergonha das lagrimas derramadas por lembrar-se de momentos de harmonia familiar e almoços de domingo com a mesa colocadas de macarronadas e carne cozida guardadas em uma lata no meio das gorduras dos porcos matados no fundo do quintal sobre as folhas cortadas de bananeiras....

A velha sanfona ainda se faz escutar na voz de batráquios de meu pai quanta saudade de seu rosto lindo cheios de rugas que escreverem em seu rosto tempos de sofrimentos e privações do velho porão da loucura em Barbacena. Os olhos negros de minha mãe varrendo a casa de chão batido com seu avental sujo de carvão e lenhas buscadas nos pastos da antiga fazenda Tapera Alta e Chacrinha, trabalhos na lida do rústico fogão de lenha com seu fogo que um dia deixaram marcas em minha pele, dores não esquecidas do tempo que engatinhava entre lenhas e mobílias rústicas e velhas...

Saudades dos gritos de meus irmãos ao sábado à tarde tomando banho na fria agua do poço no fundo de nosso grande quintal rodeados pelos bichos da casa chamada de pau a pique com cobertura de sape e sua velha chaminé de manilha crua soltando fumaças e saudades, o velho sabão tirava as sujeiras das lidas no banho de regador e bacia com agua aquecida no fogão de lenha ou não tempo de necessidades, faltas e sofrimentos, mas se fosse para viver novamente com os meus viveria só para estar com aqueles que hoje só me deixaram a saudade, única lembranças e herança guardadas de suas vidas...


Saudades, palavra triste quando se perdeu os que amavam que partiram sem se despedir deixando um enorme vazio no meu coração. Saudades de perdas de momentos e dias que se apagam deixando lembranças eternizadas pelas lagrimas que hoje regam meu chão fazendo nascerem às sementes de uma esperança que certamente surgiram brotos e arvores de frutos dos amores não esquecidos que me abandonaram a beira da estrada cruel dos não esquecimentos e dores.....

Um dia nos encontraremos novamente e Essa saudade que hoje me faz chorar neste momento, certamente haverá um reencontro onde nossas almas serão puras na felicidade eternizadas pelas misericórdias de Deus.

A DIFERENÇA DO MUSICO COM O ADORADOR:  

O musico toca o instrumento. O adorador toca o coração das pessoas. O musico estudou para tocar. O adorador estudou para ser tocado. O musico toca com harmonia e arte. O adorador toca com harmonia e arte. Mas depende da unção de Deus. O musico tem seu instrumento. O adorador é o instrumento. O musico enche o ambiente com seus acordes. O adorador enche os céus com seu louvor. O musico depende do instrumento. O adorador não depende do instrumento

O musico é um tocador de musicas. O adorador é um tocador de sonhos. Os sonhos de um Criador. O musico busca inspiração nos homens. O adorador busca inspiração em Deus. Musico seja um adorador. Pois Deus não busca músicos. Deus busca verdadeiro adorador...

VIDAS SEPARADAS:
(HOMENAGEM AOS MEUS AVÔS QUE NÃO CONHECI)

Nasci quando você morreu, nunca vi seu rosto, mas conheci sua historia, com esperança me esperava e partiu sem nunca ter ouvido o doce som de sua voz. Dois extremos, duas possibilidades uma chegando outro partindo sem nunca ter uma historia paralela. Esperava-me com ansiedade ardente imaginando quais seriam minhas cores. Doce vida que conta historia diferente separando dois mundos pela distancia dos anos...

A semelhança do olhar, a igualdade dos gestos distribuídos em afetos e carinhos que nunca existiram impossibilidades extremadas, incoerentes sufocando a alegria liberando sua dor de dois amores uma baseada na esperança outra controlada pelo futuro. Doce vida que conta historia diferente separando dois mundos pela distancia dos anos...

Agora frases memorizadas que nunca foram ouvidas, de toques nunca sentidos de duas almas intocadas e separadas pelo destino cruel que sem piedade roubou você de mim. Busco tua face em minha memoria, mas não consigo ver apenas figuras distorcidas em uma sombra apagada pela escuridão do desconhecimento. Doce vida que conta historia diferente separando dois mundos pela distancia dos anos...

Lugares separados, jardins escolhidos, momentos sonhados em uma convivência almejada sem existência e sem fatos, sem poemas escritos contando a doce historia de nós dois transformado em um, apenas um na partida sem estação e sem despedidas. Queria ter visto seu rosto, tocar a tua face, abrir meus braços para um abraço forte que prendesse a você com laço permanente. Doce vida que conta historia diferente separando dois mundos pela distancia dos anos...

ULTIMA LAGRIMA:

Agora neste momento no silencio da cálida noite fecho meus olhos, e sou guiado pelas minhas lembranças fugas de tempos distantes e remotos; Háaa, aquela casa de pau a pique, chão batido de chaminé liberando a fumaça do fogão de lenha. Casa simples de colchão de palha e gente humilde que anda com seus pés descalços, povo de fala arrastada, povo mateiro que busca lenha no mato e vive de maneira simples e faceira. Recém-chegados da roça da vida no meio do mato sofrendo os ardis da dura batalha do campo e dos boqueirões com suas mãos calejadas pelas enxadas, agora vivem assustados na cidade grande uma selva de pedra de gente esquisita e diferente sem cumprimentos e salvas que passam sem olhar, com olhares soberbos e distantes...

Vivem nos tratamentos dos animais, cavalos, cabritos, patos e marrecos ouvindo os cantos dos pássaros presos nas gaiolas e viveiros. Pela manhã as galinhadas se achegam na porta cozinha aquela mulher de figura pequena com seu avental preso em suas mãos cheio de milhos caminha lentamente com seu chinelo de dedo para espalhar as sementes da alimentação das bicharadas. Casa pequena de janelas entreaberta cortinas nas portas dividindo os cômodos do pequeno lar de meu nascimento...

A luz fraca do lampião de querosene aceso no chegar da escuridão da noite, nas fogueiras do quintal com suas chamas vermelha em suas multicores clareando o breu de mais um final do dia. Agora sob a luz do lampião a família se reúne assentados nos bancos de madeira rustica com seus assentos endurecidos, olhares atentos no ouvir das historias da roça o pequeno menino de banho tomado na bacia com suas roupas remendadas a mão deita no doce colo de sua mãe Nivalda, recebendo carinho e afagos em seus cabelos dos seus irmãos. Hoje somos seis, mas éramos doze. O pequeno caçula dos doze, fecha seus olhos e adormece ouvindo o doce som sonoro do radio única diversão da família Souza...

Agora abro meus olhos marejados ainda deixando cair a ultima lagrima da saudade de minha família perdida pelo tempo e pelo passar das jornadas da vida deste homem no chegar dos seus sessenta anos, com seu rosto marcado com suas cãs que servem de cobertura da cabeça agora sem o seu chapéu de palha...

UNICIDADE DOS MEUS DIAS:

Na unicidade do dia temos uma certeza ele não será o único, pois haverá outros dias, mas certamente na soma de nossas vidas ele será o único. A cada dia abrimos como em um pacote de presente, pela manhã, ao acordar recebemos de Deus o dia como um presente, onde sua misericórdia e amor são renovados a cada amanhecer...

Este dia que chamamos de presente ou hoje ele é único e tem seu termino ao anoitecer, mas podemos fazer do dia de hoje uma eternidade, pois nossas decisões podem fazer deste dia único e indelével em dias eternos.

Vivi sessenta anos e na soma dos meus dias foram de vinte e um mil e novecentos dias vividos, todos com uma certeza e escolha de que Deus pode fazer de meus dias em dias eternizados pela minha decisão.

Minha infância foi de muitas brincadeiras e fui muito feliz crescendo e recebendo de meus pais e meus irmãos muito amor e carinho, minha adolescência foi como de todos desta idade, tempo de medos e inconstâncias onde os fios de minha mente ainda estavam desencapados, mas tive exemplos do meu lado, meus irmãos e minhas irmãs eram meus referenciais de bom comportamento.

A minha mocidade foi marcada por incertezas e indecisões, em muitas lutas, mas foi neste período que tomei uma decisão na minha vida, tornar os meus dias em dias eternos. Para isto aceitei a Jesus Cristo como meu único e suficiente salvador, e em meios às guerras diárias e cotidianas tinha uma certeza que eu não estava mais só.

Com amor Jesus me atraiu e com paciência Ele me aceitou, e na sua misericórdia Ele me conduziu, no seu poder Jesus me salvou das covas dos leões, livrou-me da Catanduva e dos furores dos grandes mares com suas grandes ondas fazendo-me surfar pela vida na esperança de que minha trajetória com Deus em meio as minhas fraquezas terá por minha fé um final feliz...

NO DIA E ANO QUE NASCI:

Perguntaram-me quantos anos que estava fazendo? Respondi; nasci no século passado e no ano que eu nasci, nasceram pessoas importantes e atores e um que sou fã Bruce willis, mas morreram também pessoas importantes como; Albert Einstein (Ulm, 14 de março de 1879 — Princeton, 18 de abril do ano que nasci) foi um físico teórico alemão. Entre suas principais obras desenvolveu a teoria da relatividade geral, ao lado da mecânica quântica um dos dois pilares da física moderna. Outro fato importante que aconteceu no ano de meu nascimento foi a morte de; Maria do Carmo Miranda da Cunha 5 de agosto do ano em que eu nasci), mais conhecida como Carmen Miranda, foi uma cantora e atriz luso-brasileira. Sua carreira artística transcorreu no Brasil e Estados Unidos entre as décadas de 1930 e 1950....

Por fim e enfim no ano em que nasci: As eleições presidenciais evidenciaram os atritos e conchavos entre os partidos políticos, culminando na vitória eleitoral de Juscelino Kubistchek. Um mito que existe no Brasil é o de que não há terremotos no País. Mas no ano em que nasci houve os dois maiores terremoto que existiram no Brasil, estes dois terremotos no território nacional passaram de 6 graus na escala Richter: em Porto dos Gaúchos (MT), com 6,2 graus, e em Vitória (ES), com 6,1, ambos aconteceram no ano em que nasci. Em julho do ano em que nasci tinha início a que talvez seja a mais espetacular onda de frio já registrada oficialmente no Brasil...

Mas no dia em que eu nasci não aconteceu nada, o sol não escureceu veio normal como sempre vem, não surgiu uma estrela diferente no céu, na verdade quando nasci não houve nada novo senão eu em um colchão de palha em uma casa de pau a pique de chão batido e fogão de lenha onde abrigava o pobre menino. Neste dia as nuvens não se fecharam anunciando um temporal, a natureza não deu o anuncio, no dia em que nasci a única coisa que vi foi os olhares de ternura e felicidade de minha mãe Nivalda e meu pai Osvaldo e os gritos de alegria dos meus irmãos...

Finalizando; parafraseando de maneira contraditória o poeta Luiz vaz de camões, o dia em que eu nasci havia gente corajosa que não se espantaram que neste dia deitou no mundo uma das vidas mais abençoada por Deus na terra...


Eu sou aquele que chorou quando recém nascido, que se apresentou em meio aos gritos dizendo cheguei e estou aqui, eu sou aquele marcado na pele pelo fogo de uma sofrida vida totalmente restaurada por Jesus cristo. Sou aquele que recebia o sorriso de mamãe cuidado pelos meus irmãos, que aprendeu a humildade de meu pai homem trabalhador exemplo de honestidade, sou aquele filho de um homem sofrido, injustiçado e roubado por sua ingenuidade...

Sou de uma família que sofreu e lutou muito para conseguir seu lugar neste mundo de selvas de pedra, sou aquele que sente saudade do interior que queria viver nos roçados junto dos pássaros canários, coleiros e jacus de minas. Eu sou renascido de esperanças que olha para frente seguindo seu rumo com muita fé e certeza de um amanhã de gloria e eternidade...

Sou um baetão do carretão que pensa que chora que prega o amor de Deus, que clama pela misericórdia, que grita por justiça. Sou aquele que disputa pelas almas, sou aquele que sente as cargas do tempo De ombros riscados cicatrizados pela dureza da vida, sou aquele que tem o rosto escrito por rugas dos anos de labuta...

Sou aquele que crê e confia no povo ao meu redor meus amigos preciosos companheiros de estrada das missões deixadas pelo Mestre maior. Sou aquele que busca uma fé inabalável que me sustente de pé para vencer as batalhas travadas contra todo mal e impiedade...

Sou aquele que odeia a corrupção que vê na honestidade a razão, sou aquele que levanta pela manhã agradecido por mais um dia que recebe como presente deixado por Deus sou um homem agradecido e feliz pela família que tive e que tenho dando prosseguimento na arvore genealógica dos Souza em seu motriz que impulsiona meu viver, sou aquele que quer deixar orgulhosos quem não pode mais ser, que caminha errante, perdido sentindo fora do seu habitat natural como se fosse de outra pátria ou planeta distante.

Sou uma semente da terra que quer virar pão, sou aquela semente do jardim querendo tornar-se uma flor de amor florida e calma. Eu sou da liberdade dos sonhos dos prantos pelas vidas. Sou aquele que o caminho encontrou e que segue seu rumo confiante na salvação da cruz de Cristo que anseia o céu como morada na eternidade, enfim e por fim sou apenas eu alguém que passa sem ser notado escondido pelo seu brilho, Jesus a luz do mundo e salvador...

LEMBRANÇAS DO MATUTINHO FELIZ: 
(CRÔNICA SAUDOSA DOS CARROS DE BOI)

Quem viu, viu quem não viu de forma nenhuma verão o carro de boi com suas formas rústicas da roça seguindo pelo estradão. O boi atrelado nos esteios maciços de madeira hostil. O carro de boi lá vai, com seus bois de carreira, também chamado boi de cabeçalho puxando com sua força o carro pesado com suas rodas gemendo pela estrada poeirenta do roçado...

Ladeira que vem ladeira que vai o carreiro gritando gerando uma harmonia de som de gritos e gemidos do rodão de Cabreúva, a parte do centro é chamada meião e lateralmente se limita com as duas cambotas, originando as pernas arqueadas dos colonos abestados. O meião, perto das cambotas, tem sempre dois buracos, o bocão, ou oca, que é para o som criar força e ecoar.
Com seus cânticos singelos e saudosos com o carreiro empunhando o varão que com seus estalos apressa o boi velho e cansado que disputa suas forças com o novilho novo e metido em suas pernas de juventude animal. O boi novo vai o boi velho segura o trote arrastado e nesta disputa de idades mantem a sequencia do carreirão. O chumaço que era feito de canelão mantem a harmonia das cantigas da roça sem distinção.

Sem muitas rimas do contado levo no meu coração as lembranças da minha mente do matuto cansado que não viu o tempo passar nas mudanças dos anos que apagam nas sutilezas dos matrizes. Os carros que cantam sem cargas apenas uma melodia ouvidas em boas lembranças pedem o óleo de copaíba que servem também para curar com seu teor medicinal cicatrizante por sua ação. O balsamo de copaíba que cessa o grito do carrão e apaga o grito de dor das feridas das cangas e mazelas.

Sou mineiro de nascença e roceiro de coração homem simples da cidade arrancado de sua sina, lembrando-se do que não viveu apenas favas contadas perto das fogueiras da fazenda do Taperão. Olhos lacrimejados da saudade do pai sanfoneiro por sua cultura no doce som dos acordeons quem ouviu, ouviu quem não ouviu não houve mais o acordes do meu velho progenitor e protetor.

Para terminar esta crônica cruel por sua saudade do capiau, no carro de boi existe a vara de ferrão, de carrapateiro, na frente leva ponteiro de ferro na ponta do ferrão que, antes de ponta dando origem o espeto das abelhas, com seu furo com duas argolas de ferro, que chacoalham e, assim, o boi já sabe que lá vem cutucão e desamua no efeito do amuar, ou arranca mais no carreirão. Carreiro bom não espeta boi nem tira sangue do garrotão. Só ponteia, segundo nas lágrimas perdidas do poeirão despede o mineiro caladão.

VIDA SERTANEJA DO CAIPIRA SONHADOR:

Eu venho do sertão do pé da serra da colheita do algodão, das mãos calejadas e pés cascorentos e empoeirados da lida da roça em seu roçado. Eu venho das colheitas dos cafezais barulhentos dos vendavais que empurravam os galhos de café riscando meu rosto cheio de marcas e rugas que contam minha historia com riscos e rabiscos de um rosto com feições de cansaço da vida do mateiro.

Eu venho dos banhos da cachoeira, das braçadas dos rios com aguas caudalosas. Venho das caçadas dos jacus, antas e jacarés. Venho dos ninhos dos passarinhos dos coleiros e canarinhos que com seus trilhados fazendo as trilhas sonoras dos rincões de Minas Gerais...

Venho dos carros de bois, das retiradas de leite da mimosa vaca amansada nos laço da fazenda. Venho das pescas de carás e tucunarés das profundas aguas barrentas do açudão. Venho das cercas de taquaras dos bambus cortados no meio que cercam o casebre de taipas.

Venho dos galinheiros dos galos e galinhas carijós, do canto que despertam as matas dos galos galinzes que corriam assustados do galo índio manda chuva do terreirão com seu chão endurecido dos pés descalços dos colonos. Venho das musicas caipira de raiz, das sanfonas e viola caipira que faz os sertanejos chorarem com seus versos e harmonia do amor não correspondido da cabocla mais faceira e formosa do lugar...

Venho das aguas de coité guardadas nas cabaças de barro de argila. Venho dos fogões de lenha com suas fumaças liberadas nos chaminés de manilhas, venho do arroz com feijão, das farinhas de mandiocas misturadas ao açúcar que eram nossa sobremesa, doce gostoso e entalador. Venho das coberturas de sapés presos nos cipós nos entrelaçados das esteiras que faziam o forro guardador. Venho dos piados dos jacarés que soavam nos brejos do estradão, venho dos cantos de batráquios com rãs, sapos e pererecas.

Venho das falas arrastadas dos pitos de palhas e cachimbo com sua fumaça mal cheirosa. Venho da lamparina de querosene que marcavam os olhos e nariz escurecendo os lados dos olhos deixando eles ainda mais tristes das prosas que contam a VIDA SERTANEJA DO CAIPIRA SONHADOR...

TERRA VERMELHA:

Sou filho com muita honra de um velho matuto, com seu chapéu surrado voz de taquara rachada um olhar triste de alguém que sabe o que é sofrer e passar lutas na vida e necessidades...

Lembro de manhã pegava meu velho embornal feito de pano de saco alvejado no anil com meus cadernos cheios de orelhas meus lápis ainda cotoco apontados com o canivete e saia para estudar na escola no antigo casarão do Caputo Mourão, juntos ao material de escola levava a pequena marmita de meu pai, que trabalhava na antiga escola de laticínio Cândido Tostes lugar onde se aposentou depois de trabalhar por muito tempo...

Lá meu pai fazia seus queijinhos curavam os queijos no grande freezer onde meu velho trabalhava com muita alegria, pois naquele serviço foi onde dos doze filhos criou chegando a adulto apenas a metade onde costumo dizer que; “dos doze restaram seis filhos”...

Mas o meu maior orgulho de meu pai era sua antiga profissão candeeiro de boi que ele trabalhava desde a tenra idade dos treze anos guiando a grande manada de garrotes pelas estradas empoeiradas dos grandes sertões de Minas Gerais, onde o jovem mineiro candeava seus bois em cima de um cavalo com a velha e surrada sanfona de oito baixas que fazia a alegria nas paragens comendo feijão tropeiro entre as modas de viola e os acordes da sanfona tocando e cantando saudade do matão sua musica predileta...

Um dia contava meu pai; de muitas chuvas e inundações lá estava o jovem ainda novo candeeiro e seu primo cavalgando no meio das enxurradas naquele ano na estação das grandes chuvas ou estação chuvosa na chamada também de estação verde.

Chegando ao velho pontilhão onde estavam acostumados a passar a ponte coberta pelas águas caudalosas ao passar pela ponte não havia mais passagens, pois as madeiras e troncos foram levadas pelas águas do rio, meu pai e seu primo com grande desespero e vontade de viver venceram este dia de luta saindo nadando, mas perderam o velho alazão cavalo cevado criado na fazenda de Boa Vista arraial próximo a Tabuleiro do Pomba como era chamada sua cidade...

Nas grandes chuvas, no frio de inverno e nas poeiras da terra vermelha nas estradas da vida levaram meu velho pelo mundo onde hoje meu matuto pai descansa com seu corpo misturado em terra vermelha transformando, junto às poeiras, poeiras vermelhas do sertão que era sua vida de matuto e candeeiro com sua labuta rural...

VIDA DO SERTANEJO GUASCA:

Um homem do campo acostumado com o arado, bom no carteado, que gosta da roça que por Deus foi presenteado, um matuto de rosto amarrado demonstrando estar meio chateado. Um homem de conversa arrastada de fala abreviada de andar com perna alongada, homem do campo que vive na sutileza no meio da mata que exibe sua beleza...

Um simples e humilde que não se define apenas estica um proseado na venda do Seu Joaquim no meio dos sacos de arroz e de feijão segue sua vida em meio ao bordão, se é pra viver do roçado tem que ter o rosto bronzeado que nem os homens do praiado. O matuto sonhador que não esconde sua dor na perda do seu amor que fugiu com o doutor...

Vive na solidão do amargo coração na palhoça de sapé, no colchão de palha de milho desfiado misturado ao capim com barba de bode e crina de animal, onde dorme o matuto abandonado cheio de esperança e fé. Casa simples de picumã de esteira de bambu e barro misturado com esterco para dar a ligação com roseira que serve de enfeite no portão onde esta a carroça amarrada com seu cavalo alazão...

De manhã no trilhar dos pássaros no barulho da bicharada sai o capiau babaquara para o dia no roçado nas lidas da terra vermelha que um dia guardara em seu seio o sertanejo guasca de olhos tristes e vida infeliz, na desembocadura do boqueirão em frente à bocarra do covão na terra de Deus seu criador...

“Deus abençoe o caipira do campo”

OSVALDINHO O MENINO CANDEEIRO DO ROÇADO:

O sol surge no horizonte com seu brilho ainda tímido naquela invernada, o pequeno Osvaldinho acorda sonolento assopra o fogo do velho lampião cuja fumaça preta de querosene deixava marcas pretas em seu rosto juvenil de menino prosa e faceiro com seus doze anos, agora ele levanta para suas tarefas e a difícil labuta da família Souza, gente simples e humilde que vivia naquele rincão do pequeno arraial de Boa Vista... 

O pequeno retireiro inicia seu duro serviço ajunta as vaquinhas amarra as pernas para não levar um coice da vaca malhada cujas tetas cheias são preparadas para a primeira ordenha do dia, naquela fria manhã com seus ventos cortantes o menino Osvaldinho grita; “sossega malhada”, pois preciso tirar seu leite...

As seis grandes leiteiras com seus vinte litros são colocada por aquele menino Osvaldinho, catraio magrinho de braços fortes suspende os vasos de leite sobre as soleiras de madeira do carro de boi atrelado com o “Mimoso” do lado direito e o outro boi de chifre comprido com nome de vaca o “estrela” do lado direito. Naquela manhã do roçado sai o carro de boi cujas rodas grandes e pesadas com suas vassouras o pequeno arbusto que servia de um lubrificante cuja seiva no atrito liberava um óleo natural exprimido entre os eixos...

Na cálida e silenciosa manhã o barulho da carroça acorda os colonos e caipiras com seu barulho e rangido como se fosse um grito do pequeno menino caminha entre os roçados. O candeeiro pequeno e frágil grita “vamos mimoso, sossega estrela”, os pássaros começam sua alvorada com seus cantos trilhados começando o dia dos bandos em suas revoadas, o caipira caminha pelas estradas empoeiradas de terra vermelha do sertão. Com seus pés descalços e cascorentos José Osvaldo de Souza nome dado pelo seu velho pai...

O menino agora atinge seu alvo chega ao seu destino o armazém do Seu Maurílio “que nome demais de bonito e diferente soo” pensa o pequeno bacuri...

A vida em sua roda continua sem barulho diferente daquele carro de boi do pequeno Osvaldinho leva o menino quarenta anos depois para uma casa de “pau a bique e chão batido” de um remoto lugar chamado Fazenda Tapera Alta.

Osvaldo homem feito diferente daquele pequeno caipira candeeiro das juntas de bois Mimoso e Estrela escuta o choro do seu decimo segundo filho um choro alto e trilhante que quebra o silencio, daquela noite quase natalina o senhor Osvaldo pega a pequena criança em seus braços e agora viaja em suas lembranças do velho armazém e grita com satisfação seu nome será chamado Maurílio “que nome mais bonito soo”...

Fala em um grito miúdo a velha parteira que sem estudo nenhum colocou no mundo muitas crianças. E ali naqueles braços paterno o menino deixa de chorar agora seguro naqueles braços de amor é colocado em seu berço improvisado de colchão de pano de saco alvejado e palha lugar de muitos grandes sonhos...

O guri cujo nome foi registrado uma semana depois se chamava Maurílio Oswaldo de Souza; “que nome mais bonito soo”. Viveu sem ser famoso, mas com um coração orgulhoso do seu velho pai o menino candeeiro do roçado Osvaldinho...

ÉTICA E MORAL:

Um amigo disse que pastor para ser respeitado tem que andar bem alinhado em um bom terno de marca e de fino corte, e assim ele será mais respeitado por suas ovelhas. Neste momento cheguei a uma conclusão pessoal de que o respeito se deve a pastores que tem ética e moral. 


A palavra ética ligada a moral quer dizer:
 
Os termos possuem origem etimológica distinta. A palavra “ética” vem do Grego “ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”. Já a palavra “moral” tem origem no termo latino “morales” que significa “relativo aos costumes”. Isto quer dizer que devemos ter caráter e um bom costume... 


A ética é uma virtude no caráter do comportamento humano, ética é uma avaliação própria das atitudes do profissional em suas áreas especificas. Um pastor deve agir com ética em relação às ovelhas de outros pastores, a conduta e comportamento honesto para Deus vale muito mais que a etiqueta do seu terno e da sua roupa, a fidelidade com Deus nas suas atitudes falam mais alto que suas mensagens dos púlpitos de sua igreja em seus aparelhos de som importados, a fidelidade vai fazer de você uma pessoa confiável seu terno de linho fino apenas fara de você uma pessoa admirável....

Concluindo, caros irmãos, absolutamente tudo o que for verdadeiro, tudo o que for honesto, tudo o que for justo, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, tudo que for ético, se houver algo de excelente ou digno de louvor, nisso pensai. Vestir-se de vestes espirituais e com ética pastoral em seu comportamento será mais importante do que suas vestes de terno caríssimo que só escondem seus túmulos caiados...

O CÉU DE CERQUINHA:

Hoje na igreja do Senhor reunidas em diversas denominações congregacionais e muitas delas facciosas no seu jeito de proceder, onde pastores reinam sobre seus reininhos sectários e divisionários e ai fico imaginando, e nos meus pensamentos chego a imaginar que muitos lideres  chamados eclesiásticos pensam que são donos de sua igreja assim também como em seus templos, ate ai tudo bem que agem assim, mas depois não venham dizer que a sua igreja é de Deus, pois na maneira de agir são totalmente humanas, que chego a dizer que muitos pensam que serão arrebatados para o céu de cerquinha...

Vivemos hoje como evangélicos em meio às discórdias, dissensões e facções. Aqueles que praticam tais coisas não herdarão o reino do céu, pois lá não tem cerquinhas. O discurso de sermos um é apenas uma verdade utópica para alguns. Veja a advertência de Paulo em Gálatas 5:19-21 é clara, e também de João 17:19,23 ; Portanto “Deus não aceita o espírito partidário divisor que domina tantas pessoas religiosas de hoje. Estes erros humanos correm diretamente contra a oração de Jesus e a verdadeira natureza de Deus”. Jesus quer que seus seguidores sirvam uns aos outros e juntos vivam em harmonia nesta vida, pois na eternidade volto a repetir não tem cerquinha...

Para nos ajudar a evitar ou superar estes erros em nossas denominações, olhemos para baixo, pois para alguém que julgam ser exaltado Jesus ensina que lavassem os pés uns dos outros, se Jesus da esta ordem a nós, imagina em outras necessidades possíveis de nossos irmãos que chamamos de outra congregação ou denominação, ai surge uma pergunta será que é lavar os pés apenas de membros de nossos circulo religioso e fechado?  - "Assim, pois, seguimos as cousas da paz e também as da edificação de uns para com os outros"(Romanos 14:19)...

Outra alerta meu irmão lá no céu na presença de Jesus os pastores que roubaram descaradamente e sem ética as ovelhas do seu irmão pastor, certamente devolveram as ovelhas de direito. Pois no céu de Deus pai de Jesus Cristo e Nosso Senhor não tem cerquinhas...

QUANTAS COISAS TENHO AINDA QUE FAZER?

Quantos quilômetros tenho ainda que percorrer? Quantas mensagens tenho ainda que pregar? Quantos caminhos ainda percorrer? Quantas lágrimas ainda tem que rolar dos meus olhos? Quantas coisas ainda tenho que abnegar? Quanto ainda tenho que viver e ver a dor de mais um cansaço? Quantas vezes tenho que lavar o meu rosto depois de pestanejar em mais uma estrada? Quantas vezes tenho que gritar, e deixar o meu brado quebrar o silencio da solidão? Quantas vezes cansado ouço sua voz me dizer; deixa o vento te levar...

Mais uma mensagem? Em mais um verso de amor tenho que escrever. Eu só quero levantar e ver as misericórdias compartilhadas em mais um dia de tolerância e compaixão que levam almas a se renderem aos seus pés. Propósitos de uma vida que deixam feridas, em choros e prantos dos pés preciosos daqueles que anunciam o evangelho da paz....

Tantas coisas tenho que dizer na pronuncia de mais um clamor que invadem os céus que possam derramar as chuvas temporais e serôdias, que caem e se misturam com as lágrimas dos evangelistas incompreendidos pelo que se acomodam dentro de seus templos sentados em seus assentos da conformação.

Mas isso tudo é apenas um clamor de uma voz que parece que clama em meio aos desertos de chão mais que ressequidos, tentando regar com nossas lágrimas e mudar a situação dos corações empedernidos que como pederneiras soltam suas faíscas em meio a própria escuridão de suas decisões. Mas isso e apenas um devaneio de um pregador...


MEU CAFEZAL EM FLOR: CRÔNICA BIOGRÁFICA:POR MAURÍLIO SOUZA!!!

MAIS:
BIOGRAFIA DE CASCATINHA E INHANA: POR MAURÍLIO SOUZA!!!

Lembro com saudade o lampião a querosene ligado o velho rádio chiador na sala colocado estrategicamente na altura do ouvido de meu pai, isto tudo para ouvir melhor os cânticos da roça no programa baú da saudade... E eu sentado no velho banco de madeira maciça olhando para o meu velho pai com os olhos lacrimejados e como dizíamos na época orvalhado.

Minha mãe descendente indígena por sua natureza, sentada me olhando com aqueles olhos negros, neste momento o caçula da família começa a ouvir as historias das colheitas no cafezal, minha mãe contava das feridas deixadas pelos nós e espinhos dos galhos em suas maõs calejadas pela dura vida no campo.

Um fio de lágrima escorre em seu rosto marcado pelas rugas do tempo e dos longos dias trabalhando de sol a sol, marcando no seu rosto uma historia de lutas e sofrimentos em meu aos colonos do arraial de Botafogo. Um arraial que segundo a historia era um quilombo onde os escravos se refugiavam em busca de sua liberdade. Lágrimas que se perdem no chão de terra batida de nossa pequena sala.

Minha mãe contava suas historias em misto de dor e lembranças de tempos perdidos nos anos de sua precoce vida. A colheita de café em meio as grandes caminhadas nas orvalhadas das madrugadas com seus pés descalços. Passam os anos mas ainda lembro dos momentos ao seu lado daquela que me deu a vida e que muitas vezes caminhou entre o cafezal em flor...

Neste momento toca no velho rádio com seu chiado peculiar a musica de Cascatinha e Inhana; MEU CAFEZAL EM FLOR. As lagrimas contida agora tornam-se em um pranto silencioso das saudades, das lutas e dos sofrimentos de quem teve sua vida marcada pelo cafezais. Enquanto eu viver, jamais esquecerei as feições de seu rosto e o doce som de sua voz dizendo agora é tarde vai dormir que amanhã tem que sair cedo para a escola...

Levanto de manhã naquilo que seria para mim uma grande caminhada ate a velha escola. Saia sem uniforme e sem merenda, uma lápis e um caderno orelhado no velho embornal feito de saco alvejado. Descalço com a velha calça de suspensórios, camisa branca encardida pelo uso continuo. Na volta da escola lembro que no velho portão de madeira a figura de minha mãe e seu avental me esperando para o almoço daquele dia. Estas são as lembranças minha mãe colhedora de café...

BIOGRAFIA DA DUPLA CASCATINHA E INHANA:

Dupla sertaneja formada por Francisco dos Santos, o Cascatinha (Araraquara SP 20/4/1919-São José do Rio Preto/SP 14/3/1996) e Ana Eufrosina da Silva Santos, a Inhana (Araras SP 28/3/1923-São Paulo/SP 11/6/1981).

Aos 18 anos, Francisco cantava ao violão modinhas, canções e valsas românticas, e tocava bateria. Com a chegada do Circo Nova Iorque a sua cidade, formou dupla com Chopp, artista do circo, usando o pseudônimo de Cascatinha, marca de cerveja, para combinar com o do parceiro.

A dupla tornou-se conhecida em pouco tempo, transformando-se, em 1941, no Trio Esmeralda, quando Francisco se casou com Ana, chegando então a ganhar, no Rio de Janeiro/RJ, prêmios no programa César Ladeira, da Rádio Mayrink Veiga, e nos programas de Manuel Barcelos e Papel Carbono, de Renato Murce, da Rádio Nacional.

Em 1942 Chopp separou-se do casal, enquanto a dupla restante ingressava no Circo Estrela-Dalva, excursionando entre o Rio de Janeiro e São Paulo, e passando depois por vários circos e parques de diversões, como o Imperial, onde atuaram durante cinco anos. Em São Paulo, em 1947, atuou na Rádio América. Em 1950, a dupla foi contratada pela Rádio Record, onde permaneceu 12 anos, estreando em disco na Todamérica em 1951, com Fronteiriça, de Zé Fortuna, compositor preferido de Cascatinha.

Nessa época a dupla fez tanto sucesso com as composições de Elpídio Santos Despertar do sertão e Ave Maria do sertão (ambas de parceria com Pádua Moniz), que Cascatinha foi nomeado diretor-artístico da gravadora.

Na Todamérica, em 1952, a dupla lançou um 78 rpm que trazia Índia (Maria Ortiz Guerrero e José Asunción Flores, versão de José Fortuna) e Meu primeiro amor (versão de José Fortuna para Lejanias, de Hermínio Giménez), batendo todos os recordes de vendagem.

Em 1955 ano em eu nasci participaram do filme de Ademar Gonzaga Carnaval em lá maior, interpretando Meu primeiro amor. Em 1966 a dupla gravou o LP Vinte e cinco anos (RCA-Camden), lançado em 1967, alcançando sucesso com Vinte e cinco anos (Nonô Basílio), O menino do circo (Eli Camargo), Flor do cafezal (Carlos Paraná) e A estrela que surgiu (Zacarias Mourão e Mário Albanesi).

Pela Chantecler lançou, em 1970, o LP Dueto de amor, incluindo os sucessos Amor eterno (Alfredo Borba e Edson Borges), Se tu voltasses (Cascatinha e Carijó), Como te quero (Alberto Conde e Nilza Nunes) e Castigo (Marciano Marques de Oliveira). Dois anos depois gravou com êxito, pela Continental, Olhos tristonhos (Dora Moreno).

No Teatro Alfredo Mesquita, de São Paulo, em 1978, levaram o espetáculo Índia, de grande repercussão, no qual contaram sua trajetória artística. Durante toda a carreira, a dupla percorreu vários Estados brasileiros, atuando em circos, emissoras de rádio e televisão, além de gravar mais de 30 discos. Em 1995 a gravadora Revivendo lançou, em dois CDs, uma coletânea de seus maiores sucessos.
 


“Deus te abençoe” Pr Maurílio Souza!!!
 



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