MENSAGEM DA CRUZ

MENSAGEM DA CRUZ
ESPAÇO LITERARIO SOBRE A MENSAGEM DA CRUZ :

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

SEPTUAGÉSIMA NONA LIÇÃO DO SEMINÁRIO E ENSINAMENTOS PARA OS SERVOS DE DEUS!!! CRISTOLOGIA A DOUTRINA DE CRISTO: POR MAURÍLIO SOUZA ESCRITOR E HISTORIADOR BÍBLICO...



CRISTO o mediador:

Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem... (1 Timóteo 2.5).

INTRODUÇÃO:

A morte de Cristo é o tema básico do Novo Testamento, que a menciona cerca de 175 vezes. O Senhor Jesus disse que Sua morte era o propósito de Sua vinda: Tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos (Mateus 20.28). Que Ele morreu, não se discute. As questões que se levantam dizem respeito a como Ele morreu, o que significa a Sua morte e quais os benefícios dela. É nestas questões que nos deteremos nesta lição.

A QUALIFICAÇÃO DO MEDIADOR:

Mediar, de acordo com o uso comum do verbo, quer dizer colocar-se entre duas partes; fazer a necessidade de mediação da desavença entre as partes. O pecado rompeu a boa relação entre o Criador e as criaturas.

E como todos os homens continuaram sendo pecadores, a relação entre os homens e Deus necessitava dos serviços de um mediador, de alguém que pudesse unir as partes e restabelecer a harmonia e a felicidade.

Esse mediador é Jesus Cristo, Aquele que veio ao mundo tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana para realizar essa obra de mediação. Jesus Cristo reúne as qualidades indispensáveis exigidas por tal ato de mediação, a saber:

POSSUIR UMA NATUREZA DUPLA – DIVINA E HUMANA:

Quando a desavença é entre dois homens, um terceiro homem pode mediar, pois este continua sendo homem, conhece a natureza dos outros dois, podendo assim media com justiça. Porém, agora nos encontramos com a dificuldade de que, aquele que quer mediar entre Deus e os homens, necessitará, de acordo com esta regra, ter duas naturezas – a divina e humana – para poder mediar com justiça. Como é possível alcançar esta união? Unicamente pela encarnação. Essa união desejada somente o Cristo encarnado a possui e ainda que não possamos compreender o mistério de sua pessoa, nós podemos ver a necessidade e condição.

Como Deus, Ele dá uma mão a Deus; e, como homem, dá uma mão aos homens para fazer a reconciliação. Se pensarmos na cruz como o clímax dessa mediação, descobriremos que, como homem, Ele podia morrer pelos homens; e, sendo Deus, ele acrescentou ao Seu sacrifício um valor infinito, mais do que suficiente para salvar a todos os homens.

SER SANTO: Uma criatura contaminada pelo pecado não poderia mediar neste caso. A santidade era absolutamente necessária para poder mediar diante de um Deus santo. De tal necessidade se diz: Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus - (Hebreus 7.26). Esse mediador ideal é Jesus Cristo. Como alguém têm dito, Seu maior milagre foi viver em santidade num mundo de pecado.

PODER MORRER: A Obra da mediação tinha que culminar com a morte do mediador a favor dos homens, pois não havia outra forma possível de resolver a situação. Para poder morrer, foi que Cristo se fez homem. A evidência principal de que ele poder morrer é que morreu!!! (Mateus 27.50; Hebreus 8.15-17).

TEORIAS SOBRE O SIGNIFICADO DA MORTE DE CRISTO: Ao longo dos séculos têm surgido muitas teorias que tratam de explicar o significado da morte de Cristo. Dentre as mais importantes estão as seguintes: A TEORIA DO PAGAMENTO A SATANÁS: Esta teoria foi sustentada por Orígenes, Agostinho e outros. A morte de Cristo, segundo eles, foi um pagamento do resgate a Satanás para libertar o homem das pretensões que o Diabo tinha sobre ele. Esta teoria resulta de tomar uma figura de linguagem além de sua intenção original.

A TEORIA DA RECAPITULAÇÃO: Cristo recapitulou em Sua vida e morte todas as etapas da vida humana, mudando o curso que a humanidade tomou em Adão. A desobediência de Adão é compensada com a obediência de Cristo. Isso foi defendido por Irineu (130-200 d.C.). A TEORIA DA SATISFAÇÃO: Cristo morreu para satisfazer a honra de Deus que havia sido ofendida.

Anselmo (1033-1109) foi seu maior defensor. Alguns objetam esta teoria dizendo que o pecado viola mais do que somente a honra de Deus. A TEORIA DA INFLUÊNCIA MORAL: Com esta teoria, Abelardo (1079-1142 d.C.) se opôs a teoria comercial de Anselmo. A morte de Cristo não era uma satisfação da lei divina, mas sim uma demonstração do amor de Deus. Porém, a morte de Cristo é mais do que isso. É substituição.

A TEORIA DE TOMÁS DE AQUINO: Aquino combinou Anselmo e Abelardo e sua doutrina se tornou a norma da Igreja Católica. Ainda que ele não considerava necessária a morte de Cristo para aplacar a ira de Deus, ele reconhecia que Cristo pagou alguma satisfação pelo pecado, a qual se aplicava àqueles que se uniam a Cristo e à sua igreja. A TEORIA DO EXEMPLO: Esta foi sustentada por Socínio. Cristo morreu como um mártir e é, portanto, nosso exemplo. Porém, não estabelece uma relação direta entre a morte de Cristo e a salvação dos pecados.

A TEORIA GOVERNAMENTAL: A morte de Cristo era necessária para mostrar que Deus repudia o pecado. O governo moral de Deus o exigia, porém, não houve, estritamente falando, uma satisfação pelo pecado. Esta teoria foi defendida por Grócio. A TEORIA MÍSTICA: Se parece com a teoria da influência moral. Cristo podia pecar, porém, foi livrado pelo Espírito Santo. Foi gradualmente purificando a natureza humana a qual na ocasião de Sua morte foi extirpada e, com ela, a depravação original. Esta transformação se constitui na redenção.

A TEORIA DO ARREPENDIMENTO VICÁRIO: Está fundamentada na suposição de que um arrependimento verdadeiro foi suficiente para expiar o pecado e que Cristo o realizou na cruz. Admite que o pecado não mereça castigo. A TEORIA DOS REFORMADORES: Em geral, seguem a mesma teoria de Anselmo, porém, vão além dele, afirmando que:

O pecado é a transgressão da lei divina, não somente uma ofensa à honra de Deus; Cristo morreu para satisfazer não somente a honra de Deus, mas sim, primordialmente, a Sua justiça; A morte de Cristo é vicária; Por meio da fé há uma união espiritual entre o crente e Cristo a qual permite ao crente apropriar-se dos benefícios de Sua morte.

FATOS SOBRE A MORTE DE CRISTO: A primeira verdade sobre a morte de Jesus é que ela não foi espiritual ou que apenas pareceu que Ele morreu.

Quando a Bíblia fala de Sua morte, ela não está usando de alegoria ou símbolos; antes, está declarando um fato, um acontecimento literal e histórico. Jesus morreu de fato e de verdade. Os apóstolos foram testemunhas deste fato (Atos 5.32; 10.39). Paulo confirmou que todos os fatos referentes a Cristo, o que inclui a Sua morte, eram fatos históricos facilmente comprovados em seu tempo, dizendo ao Rei Agripa:

Porque tudo isto é do conhecimento do rei, a quem me dirijo com franqueza, pois estou persuadido de que nenhuma destas coisas lhe é oculta; porquanto nada se passou em algum lugar escondido. - (Atos 26.26).

A morte de Cristo foi histórica e foi física. Seu corpo realmente faleceu e perdeu a vida: Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados - (1 Pedro 2.24; ver também João 19.28-37). A morte que o Senhor experimentou não somente foi histórica e física, mas também foi eterna (Mateus 27.46) e judicial (2 Coríntios 5.21).

OS BENEFÍCIOS DE SUA MORTE: Os benefícios da morte de Cristo estão descritos principalmente em quatro termos: A MORTE DE CRISTO FOI UMA SUBSTITUIÇÃO. Com isto nós queremos dizer que o Senhor morreu em lugar dos pecadores. Não somente morreu em benefício deles, pelo bem deles, em favor deles, mas também no lugar deles.
Ele foi feito pecado pro nós (2 Coríntios 5.21) no sentido de que a culpa de nossos pecados foi contata como se fosse Dele. A ideia de substituição também é comunicada com a da morte vicária (Mateus 20.28; Filemon 13; 2 Coríntios 5.21; 1 Pedro 3.18; Romanos 5.6-8; 8.32; Gálatas 3.13; 1 Timóteo 2.5-6).
A MORTE DE CRISTO FOI UMA REDENÇÃO: Com isso nós queremos dizer que Cristo pagou com Sua morte o preço de nossos pecados e nos deu completa liberdade das consequências dos mesmos. Três palavras principalmente se traduzem por redenção no Novo Testamento e ampliam o significado do que Cristo fez por nós em Sua morte: (1) AGORAZO = Que significa pagar o preço do resgate - (1 Pedro 2.21); (2) EXAGORAZO = Tirar do mercado de escravos (Gálatas 3.13-14) e (3) LUTROO = Dar completa liberdade.
A MORTE DE CRISTO FOI UMA RECONCILIAÇÃO: Como isto nós queremos dizer que através da morte de Cristo o estado de inimizade entre Deus e o homem foi mudado para amizade (2 Coríntios 5.17-21; Romanos 5.6-11; Efésios 2.16; Colossenses 1.220-22).
A MORTE DE CRISTO É UMA PROPICIAÇÃO: Por meio de Sua morte na cruz, o Senhor Jesus Cristo satisfez as exigências da justiça divina (1 João 2.2; Romanos 3.25).
A EXPIAÇÃO LIMITADA: Três destes quatro termos para a morte de cristo também são importantes porque são básicos para a doutrina da redenção.
Arminianos e Calvinistas (reformados) têm discutido se Cristo morreu somente para salvar aos eleitos ou a todos. Os Arminianos defendem que a Bíblia ensina que Cristo morreu por todos, mas que somente se beneficiam de Sua morte os que creem (1 Timóteo 4.10; 1 João 2.2).
A redenção foi por todos, inclusive pelos falsos mestres (2 Pedro 2.1); a reconciliação foi por todo o mundo (2 Coríntios 5.19); a propiciação foi por todo o mundo (1 João 2.2, onde mundo significa todos os não-salvos; 1 João 2.15-17).
Segundo eles, a evidência indireta dos benefícios da morte de Cristo vem de Romanos 5.6: Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Se Cristo morreu somente pelos eleitos, então, somente os escolhidos eram ímpios.
A posição reforma sobre a questão é resumida na Bíblia de Genebra: O nome [expiação limitada] é, potencialmente, enganoso, pois ele parece sugerir que os reformadores desejam de alguma forma limitar o valor da morte de Cristo. Não é o caso. O valor da morte de Cristo é infinito. A questão é saber qual é o propósito da morte de Cristo e o que Ele realizou com ela.
Cristo pretendia fazer da salvação algo não mais que possível? Ou Ele realmente salvou aqueles por quem Ele morreu?
A teologia reformada acentua que Jesus realmente fez propiciação pelos pecados daqueles a quem o Pai escolhera. Ele realmente aplacou a ira de Deus para com Seu povo, assumindo sua culpa sobre Si mesmo, redimindo-os verdadeiramente e reconciliando verdadeiramente aquelas pessoas específicas com Deus. Um nome melhor para expiação limitada seria redenção particular ou específica.
JESUS MORREU POR TODOS OS HOMENS; PORTANTO TODOS MERECEM A SALVAÇÃO: BASTA APENAS CRER NO SACRIFÍCIO VICÁRIO DE JESUS CRISTO!!! Maurílio Souza...

SEPTUAGÉSIMO NONO CAPITULO DO SEMINÁRIO PARA PASTORES E LIDERES DA COMUNIDADE CRISTÃ BELA AURORA E UBÁ!!!
Maurílio Souza...

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