MENSAGEM DA CRUZ

MENSAGEM DA CRUZ
ESPAÇO LITERARIO SOBRE A MENSAGEM DA CRUZ :

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

SEPTUAGÉSIMA OITAVA LIÇÃO DO SEMINÁRIO E ENSINAMENTOS PARA OS SERVOS DE DEUS!!! CRISTOLOGIA A DOUTRINA DE CRISTO: POR MAURÍLIO SOUZA ESCRITOR E HISTORIADOR BÍBLICO...


EVIDÊNCIAS DE SUA HUMANIDADE PERFEITA:
Há diversas evidências de que Jesus era perfeitamente humano. Essas evidências geralmente se relacionam às limitações humanas, de maneira, sendo Jesus Deus, se não fosse também humano – realmente um homem perfeito – Ele não teria tais limitações. Tais limitações, então, nos mostram claramente que Ele era um homem perfeito. Vejamos:
Ele tinha um intelecto humano. Sua sabedoria cresceu humanamente (Lucas 2.40, 52). Ele tinha emoções humanas como amor (Mateus 9.36; João 11.36), tristeza e choro (João 11.35; Mateus 26.38). Ele tinha vontade humana, pois desejou não morrer (Mateus 26.39) e obedientemente determinou ir a Jerusalém para sofrer (Lucas 9.51). 

Ele tinha um corpo humano. Ele nasceu fisicamente (Mateus 1.18; Lucas 2.7) e se desenvolveu como os humanos (Lucas 7.40, 52), além de ter necessidades humanas como: Fome de alimento (Mateus 4.2), sede de bebida (João 19.28) e sono (João 4.6), cansaço (João 4.6).
Ele enfrentou as tentações como os humanos (Hebreus 4.15). Ele é chamado de homem (humano) por si mesmo (Lucas 19.10) e pelos outros (1 Timóteo 2.5)...
SUA GENEALOGIA:
O testemunho adicional da humanidade do Senhor Jesus é proporcionado por Suas genealogias. Uma aparece em Mateus 1.1-17 e a outra em Lucas 3.23-38.
As genealogias são distintas em vários detalhes. Por um lado, a de Mateus tem 41 nomes, vai até Abraão e está dividida propositalmente em três seções de 14 nomes cada uma. Tem como propósito sublinhar a identificação de Jesus como Filho de Davi. O nome Davi é repetido duas vezes e é o único que é chamado de rei. Além disso, os números em hebraico eram escritos com letras e as que formam o número 14 são as que formam o nome Davi.
Tal arranjo está em harmonia com o propósito de Mateus, que é o de apresentar Jesus como o Rei de Israel. O artifício no arranjo da genealogia não é exclusiva de Mateus, mas sim algo comum nas genealogias bíblicas, onde sob a inspiração do Espírito Santo os escritores escolhem aos ascendentes mais representativos da linhagem. Por outro lado, a genealogia de Lucas tem 74 nomes e vai até Adão.
A encarnação trouxe uma ‘mudança’ permanente na segunda pessoa da Trindade já que Jesus Cristo nunca deixou de ser Deus e Homem ao mesmo tempo. Evidência para isto se encontra no fato de que (1) ressuscitou fisicamente (Mateus 28.9; João 20.17, etc.); (2) Ascendeu aos céus fisicamente (Atos 1.11); (3) Está no céu com um corpo visível (Atos 7.56; Atos 1.3); (4) Voltará a reinar fisicamente (Mateus 26.64; Marcos 14.62; Lucas 22.69-70); (5) Sua função mediadora depende de Sua humanidade (1 Timóteo 2.5). 
SEU ESVAZIAMENTO:

Quando nós lemos Filipenses 2.6-7, nós nos deparamos com a declaração de que Cristo a Si mesmo se ‘esvaziou’. Muitos mal entendidos têm surgido a partir do significado desta palavra. Alguns têm dito que no momento da encarnação, o Logos abandonou todos Seus atributos divinos; outros, que Ele abandonou apenas os atributos relativos, como onisciência, onipotência e onipresença; outros, Que o Logos renunciou ao uso de Seus atributos divinos; e ainda outros, que o Logos atuou como se não possuísse atributos divinos.

Esta discussão, geralmente, leva o título de a doutrina da kenosis. A palavra kenosis é um termo que entrou na discussão teológica de Filipenses 2.6-7, onde o verbo grego é ekenosis, e significa esvaziou. A kenosis (substantivo), então, se tornou o termo técnico referente à humilhação do Filho de Deus na encarnação. Porém, nos últimos anos, a palavra tem adquirido um sentido ainda mais técnico, ou seja, que se refere ao auto esvaziamento do Filho de Deus de certos atributos, especialmente a Sua onisciência.

A questão teológica parece que nunca esteve presente nas discussões cristãs na era apostólica inicial e, com certeza, nunca foi um tema que Paulo precisou defender em suas cartas. Em Filipenses 2.7, o único esvaziamento mencionado, se refere ao fato de que o Filho de Deus assumiu a forma de servo e foi reconhecido em figura humana.

O esvaziamento de Cristo não deve ser visto como um abandono ou despojamento de Sua glória divina, mas apenas uma espécie de ocultação da manifestação exterior de Sua plena glória. Por exemplo, a onisciência de Cristo – um atributo divino – nunca foi usada em plenitude durante o Seu ministério terreno. Embora seja óbvio no NT que o conhecimento de Cristo era superior aos dos outros homens (por exemplo, João 2.24), algumas passagens implicam uma limitação deste conhecimento.

Assim, em Seu estado de humilhação, antes da ressurreição, Ele realmente não conhecia o dia exato de Sua segunda vinda (Mateus 24.36; Marcos 13.32). Além disso, Ele se admirava (Mateus 8.10), podia ser realmente tentado (Hebreus 4.15) e possuía fé (Hebreus 12.2). Também se diz que Ele aprendeu, algo desnecessário para quem era onisciente (Lucas 2.52; Hebreus 5.8).

Ainda que cristãos verdadeiros possam discordar sobre o que realmente significa a kenosis de Cristo, nós entendemos que o ponto de vista sobre o despojamento ou esvaziamento do Senhor, que não fere a doutrina de Cristo tal como é ensinada na Bíblia, deve reconhecer que na Sua encarnação: Cristo velou ou encobriu a Sua plena glória (João 17.5), porém, não se despojou dela (João 1.17; 18.6); Cristo tomou uma natureza sujeita a limitações; Cristo agiu na dependência do Espírito Santo (Mateus 12.28; Lucas 4.14-18).

Uma forma adequada de resumir as implicações do esvaziamento é dizer que na encarnação Cristo se limitou voluntária e temporariamente no exercício de alguns dos atributos divinos. Uma das razões prováveis foi para que Suas exigências de obediência e serviço a Deus pudessem ser imitadas por Seus discípulos, pois, como poderíamos fazer as mesmas obras que Ele fez (João 14.12) se Ele as tivesse feito apenas como Deus e não como homem no poder do Espírito? O fato de Ele depender do Espírito Santo e não de Seus atributos inerentes nos ensina e nos encoraja a seguirmos os Seus passos em todas as questões da vida e do ministério.

SUA IMPECABILIDADE:

Quando nós falamos da impecabilidade de Cristo, nós queremos dizer que o Senhor Jesus Cristo não podia pecar. Isto é mais do que dizer que o Senhor não pode pecar. Precisamos diferenciar entre o poder não pecar e o não poder pecar. Deus não pode pecar (2 Timóteo 2.13) nem pode ser tentado (Tiago 1.13). O homem pode pecar e pode ser tentado. Devido à perfeita união das duas naturezas, o Senhor Jesus Cristo era tentável, mas não pecável.

Assim, a tentação que o Senhor Jesus experimentou foi distinta da que nós experimentamos. Nós somos tentados internamente (Tiago 1.13-15) e externamente (1 Coríntios 7.5). A tentação externa vem por meio de Satanás e a interna de nossa própria natureza pecadora.

O Senhor Jesus não tinha esta natureza pecadora (Lucas 1.35; Mateus 1.20; Hebreus 4.15), portanto, só foi tentado externamente. Por um lado, as tentações que nós experimentamos são dosadas por Deus (1 Coríntios 10.13), para que elas não nos destruam. Mas, por outro, as tentações que o Senhor Jesus experimentou caíram sobre Ele com toda a força do inimigo (Mateus 4.1-12).

A doutrina da impecabilidade de Cristo geralmente é rejeita pelo argumento de que, se o senhor não podia pecar, a tentação foi uma farsa. O testemunho bíblico, porém, está contra esta suposição.

Jesus Cristo experimentou a tentação com a intensidade da angústia que o fez suar sangue (Lucas 22.44). O Getsêmani é a melhor evidência da realidade da tentação do Senhor. Ali nós O vemos entre o que era Seu desejo e o que era a Sua vontade. Seu desejo foi evitar a cruz por causa da separação com o Pai. A sua vontade era fazer a vontade do Pai.

Evidências adicionais para a impecabilidade do Senhor aparecem em Atos 2.18; 4.15; 9.28; 2 Coríntios 5.21; 1 Pedro 2.22; João 8.46; 19.4). Além disso, a evidência teológica para a impecabilidade vem da verdadeira divindade de Cristo e o atributo da imutabilidade (Atos 1.12; 13.8).

SEPTUAGÉSIMO OITAVO CAPITULO DO SEMINÁRIO PARA PASTORES E LIDERES DA COMUNIDADE CRISTÃ BELA AURORA E UBÁ!!!

Maurílio Souza...


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