MENSAGEM DA CRUZ

MENSAGEM DA CRUZ
ESPAÇO LITERARIO SOBRE A MENSAGEM DA CRUZ :

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

MINHAS LEMBRANÇAS EM UM LUGAR CHAMADO PASSADO: (CRÔNICA PASTOR MAURILIO SOUZA)....

Hoje acordei com saudades do lugar onde nasci e cresci uma casa de pau a pique com um grande quintal.... Uma trepadeira na entrada de minha casa com uma pequena varanda onde sentávamos para conversar, enquanto esperava meu pai Oswaldo (apelidado de Major) chegar do serviço... Com um olhar cansado duas latas de soro de onde trabalhava a antiga “Candido tostes” em uma seção chamada “cura” na verdade era um grande freezer onde meu pai trabalhava...

Quando de longe via meu pai chegando corria para seus braços o abraçava e pedia uma moeda onde comprava doces e balas em um botequim perto de minha casa... Em um grande quintal  meu pai criava seus porcos onde gostava de ajudar na limpeza dos chiqueiros, mais o que mais gostava era de estar com ele e desfrutar da sua presença tantas vezes desejada nos tempos perdidos em sua internação em um hospital de loucos em Barbacena... Fui o único filho que meu pai curtiu o crescimento e as facetas e peripécias de criança.....

Havia muitas arvores frutíferas plantadas e cuidadas pela família; uma figueira na porta da cozinha onde seus galhos fazia de cavalo e brincava sobre eles, dois abacateiros cujos frutos eram distribuídos pelos vizinhos amigos de longas datas na rua chamado do meio na “Tapera Alta” onde nasci e cresci.... Uma mangueira cujas folhas balançavam ao sopro dos ventos, mas seus frutos eram minhas exclusividades na casa, por ser o caçula de doze irmãos onde apenas seis sobreviveram, por isso era mimado por todos da casa...

Uma goiabeira com goiabas deliciosas, ao lado de bananeiras, canas de açúcar fazia a alegria do final de semana onde sentávamos ao lado de minha mãe (Nivalda, uma mulher descendente indígena que não sabia ler e escrever, sem nem um dente perfeito em sua boca e que lavava roupas para fora onde ajudava no pequeno orçamento da família) que distribuía igualmente os pedaços da cana adocicada pela mãe natureza...

Ao deitar meu pai contava historias de príncipes e princesas, sendo que geralmente o príncipe sempre se chamava Lilinho (apelido amoroso) que era como todos da casa me chamavam.... Hoje o que ficou foram às lembranças de meus pais meus irmãos, onde às vezes faltava tudo mais uma coisa nunca faltou, o amor de uma família muito pobre das coisas mais muito rica na expressão de amizade, carinho e dedicação uns para com outros...

“Tempos que não voltam mais, deixados para traz mortos em um lugar chamado passado, mais muito vivo hoje em minhas lembranças”...
“Deus te abençoe” Pr Maurilio Souza...

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